terça-feira, 2 de setembro de 2025

Ao vivo: acompanhe o julgamento histórico de Bolsonaro

Primeira Turma do STF analisa acusações contra Bolsonaro e mais sete réus por cinco crimes

Jair Bolsonaro, de costas, e Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga a partir desta terça-feira (2) Jair Bolsonaro (PL) e o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado. As acusações contra Bolsonaro e outros sete réus serão analisadas pela Primeira Turma da Corte, composta pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Flávio Dino.



Além de Bolsonaro, integram o “núcleo crucial”: Alexandre Ramagem (ex-diretor-geral da Abin); Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha); Anderson Torres (ex-ministro da Justiça); Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional); Mauro Cid (delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro); Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil). Todos respondem como réus por liderarem a tentativa de golpe de Estado.

Caso sejam condenados com pena máxima, os réus podem receber até 43 anos de prisão. Eles são acusados pelos crimes de: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União com considerável prejuízo à vítima; e deterioração de patrimônio tombado.

A única exceção é Alexandre Ramagem. Em maio, a Câmara dos Deputados aprovou a suspensão parcial da ação penal contra ele, restringindo sua responsabilidade a três dos cinco crimes originais: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

O julgamento de Bolsonaro e dos demais réus deve se estender até o dia 12 de setembro.

Fonte: Brasil 247

Quaest: para 52%, Bolsonaro participou da tentativa de golpe; 55% consideram prisão domiciliar justa




Pesquisas recentes do instituto Quaest revelaram como os brasileiros avaliam o julgamento de Jair Bolsonaro, que começa nesta terça. Relembre

     Jair Bolsonaro (Foto: Ton Molina / STF)

Pesquisas recentes do instituto Quaest revelam como os brasileiros avaliam o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo, que começa nesta terça-feira (2), analisa a participação de Bolsonaro em uma trama golpista e também sua prisão domiciliar após indiciamento por coação no curso do processo, informa o g1. Os levantamentos foram encomendado pela Genial Investimentos.

Segundo o estudo, realizado entre 13 e 17 de agosto, 86% da população já estava informada sobre o julgamento. O índice representa um crescimento de 13 pontos percentuais em relação a março, quando 73% diziam saber do processo. Apenas 14% afirmaram ter tomado conhecimento do caso durante a pesquisa, contra 27% na sondagem anterior.

◈ Participação em plano golpista divide opiniões

A maioria dos entrevistados (52%) considera que Bolsonaro teve envolvimento direto na tentativa de golpe de Estado. O índice cresceu cinco pontos desde dezembro, quando 47% sustentavam essa visão. Outros 36% acreditam que ele não participou do plano — número praticamente estável em comparação ao final do ano passado. Além disso, 2% negam que tenha havido qualquer tentativa de golpe, enquanto 10% preferiram não responder.

◈ Avaliação sobre a prisão domiciliar

O instituto Quaest também perguntou sobre a medida de prisão domiciliar imposta a Bolsonaro após indiciamento por coação, ao lado do filho Eduardo Bolsonaro, em uma estratégia de pressionar autoridades e interferir na investigação. Para 55% dos entrevistados, a decisão da Justiça foi justa, contra 39% que a classificaram como injusta. Outros 6% não souberam opinar.

O apoio à prisão domiciliar se concentra principalmente entre pessoas que se identificam como de esquerda não lulista (93%), eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno de 2022 (84%) e moradores do Nordeste (65%). Já entre os que consideram a medida injusta estão os apoiadores declarados de Bolsonaro (87%), seus eleitores no último pleito presidencial (83%) e evangélicos (57%).

◈ Percepções regionais e sociais

Os recortes por renda, religião, gênero e faixa etária também indicam clivagens importantes. A medida é vista como justa por 62% dos católicos, 59% dos jovens de 16 a 34 anos e 58% das mulheres. Já a rejeição à prisão é mais elevada entre os evangélicos e bolsonaristas convictos.

A pesquisa Quaest ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais e tem margem de erro de dois a seis pontos percentuais, a depender do segmento analisado.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonarista causa confusão e tenta agredir Flávio Dino em voo: “Avião contaminado”


       O ministro Flávio Dino – Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino foi alvo de uma confusão dentro de um avião da Latam, na tarde desta segunda-feira (1º), em São Luís. O voo tinha como destino Brasília, com decolagem programada para 16h40. Uma passageira se exaltou e tentou agredir o magistrado, mas foi contida por seguranças. Com informações do jornal O Globo.

Testemunhas relataram que a mulher gritava frases contra Dino, dizendo que “não respeita esse tipo de gente” e que “este avião está contaminado”. Ela ainda questionou “onde o comunismo deu certo?”. O magistrado permaneceu sentado, de cabeça baixa, sem responder às provocações.

A assessoria de Dino afirmou que a passageira apontava para o ministro e gritava “o Dino está aqui”, em tentativa de incitar outros passageiros. A aeromoça-chefe advertiu a mulher, e logo depois um agente da Polícia Federal entrou na aeronave e conversou com o ministro e seu segurança, comunicando que registraria a ocorrência.

Aeroporto de Brasília
Flávio Dino estava indo para o Aeroporto de Brasília – Reprodução

O policial também se dirigiu à mulher, perguntando seu nome e orientando que certos comentários deveriam ser evitados para não inflamar os ânimos durante o voo. Ele ressaltou que qualquer manifestação seria relatada à superintendência da PF em Brasília.

Após o pouso, a passageira foi levada por agentes federais para prestar depoimento. Antes de sair, pediu que outros viajantes testemunhassem a seu favor e afirmou: “Cadê o celular de vocês, gente, para filmar essa palhaçada aqui? Parece que vieram pegar o Bolsonaro aqui dentro”.

O episódio ocorreu um dia antes do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados no STF pela tentativa de golpe de Estado. Dino é integrante da Primeira Turma do Supremo, composta ainda por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Bolsonaro chega fragilizado ao dia do julgamento, à espera de condenação pelo STF

Ex-presidente enfrenta crise pessoal e encontra-se politicamente fraco enquanto aguarda decisão no Supremo que pode condená-lo à prisão

       Bolsonaro com sua tornozeleira (Foto: Divulgação)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vive um dos momentos mais delicados desde que foi preso, em 4 de agosto, acusado de liderar uma trama golpista em 2022. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, nas 24 horas que antecederam o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), ele recebeu as visitas da senadora Damares Alves (Republicanos-PB) e do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

A presença dos dois aliados, autorizada de forma excepcional pelo ministro Alexandre de Moraes, reforça a situação de fragilidade do ex-inquilino do Planalto. Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, está pessoalmente debilitado e enfrenta isolamento político em meio ao racha do bolsonarismo.

Damares Alves, ex-ministra, passou cerca de duas horas em visita a Bolsonaro. Ela relatou que encontrou o ex-presidente abalado: “Ele está soluçando muito, acho que não é viável [a ida dele ao julgamento].

Arthur Lira, por sua vez, foi recebido por aproximadamente uma hora. O encontro simbolizou a retomada de laços entre os dois, que foram aliados durante o governo Bolsonaro, mas se afastaram após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A defesa recomendou que ele não acompanhasse presencialmente a abertura do julgamento no STF, prevista para esta terça-feira (2).

● Isolamento político e disputa por herança eleitoral

Além das limitações de saúde, Bolsonaro enfrenta desgaste dentro de seu próprio grupo político. Nem todos os aliados conseguiram visitá-lo nas datas permitidas pelo Supremo, o que provocou acusações de abandono e falta de lealdade. Até seus filhos expuseram publicamente fraturas no núcleo bolsonarista.

No centro do conflito está o espólio eleitoral do ex-presidente. Apesar da inelegibilidade, Bolsonaro insiste que manteria a candidatura ao Palácio do Planalto. Paralelamente, nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ganharam projeção como alternativa, mas evitam assumir esse papel para não parecerem insensíveis em um momento crítico.

● Expectativas para o julgamento

Processado por tramar um golpe de estado, Bolsonaro dá como certa a sua condenação. A aposta de seus aliados é que a Primeira Turma do STF não imponha a pena máxima, permitindo à defesa negociar uma redução de danos na dosimetria da pena.

Ainda assim, muitos bolsonaristas enxergam na aprovação de uma anistia no Congresso a única chance de reversão significativa do cenário. Contudo, a divisão entre parlamentares torna essa possibilidade incerta.

O julgamento de Jair Bolsonaro no STF pode redefinir o tabuleiro da direita brasileira para as eleições de 2026. Caso seja condenado, seu peso eleitoral tende a se transformar em capital político herdado por aliados próximos, com destaque para Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como nome natural da sucessão.

No entanto, a indefinição sobre quem herdará o espólio do bolsonarismo acirra disputas internas e pode fragmentar a base conservadora. Governadores e parlamentares já se movimentam para ocupar esse espaço, ao mesmo tempo em que a oposição ao governo Lula busca uma liderança consolidada.

Em resumo, a condenação de Bolsonaro pode acelerar a reorganização da direita.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

“Bolsonaro deve ser condenado a 32 anos”, diz Kakay sobre julgamento no STF


              O advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida e Castro, o Kakay. Reprodução

O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, é um dos nomes mais conhecidos da advocacia brasileira, com mais de 40 anos de atuação nos tribunais superiores. Reconhecido por sua defesa intransigente das garantias constitucionais e por ter atuado em processos de grande repercussão política, ele acompanha de perto o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista ao DCM, Kakay fez uma análise detalhada sobre o futuro de Bolsonaro no processo da tentativa de golpe. O criminalista afirmou que a condenação é praticamente certa e que a pena deve ficar em torno de 32 anos de prisão. Ele também explicou como deve ocorrer a execução da pena, avaliando a possibilidade de prisão domiciliar por razões de saúde, e comentou sobre o cronograma do julgamento, que, segundo sua experiência, poderia ser concluído em até três sessões. Confira:

DCM: Qual o prognóstico para o julgamento do Bolsonaro? Condenação? Se sim, quantos anos e por qual placar?

Kakay: Não podemos esquecer que este julgamento será feito sobre os mesmos fatos, as mesmas imputações e os mesmos atos pelos quais já foram julgadas mais de 600 pessoas, todas condenadas de forma unânime. Por isso, acredito que o julgamento será certamente unânime, com todos os ministros votando pela condenação pelos cinco crimes imputados. Quem define a imputação é o Procurador-Geral da República, não o Supremo. No meu ponto de vista, todos serão condenados pelos cinco crimes.

Aqui tratamos do núcleo crucial, os líderes. Bolsonaro era o maior beneficiário, assim como o general Braga Netto. Foram eles que coordenaram o grupo, pensaram no golpe e ajudaram a financiar. Pela regra da dosimetria da pena, isso pesa muito. Como não se pode aplicar pena abaixo do mínimo legal e todos os crimes têm penas altas, acredito que a condenação deve girar em torno de 32 anos. Pode haver ministros que proponham mais ou menos, mas, pela média, Bolsonaro, Braga Netto e o general Heleno devem ser condenados a pelo menos 32 anos de prisão.

Núcleo 1 da trama golpista: na fileira de cima, Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres; na de baixo, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto


Acredita que, em caso de condenação, Bolsonaro cumprirá a pena em regime domiciliar ou vai para algum estabelecimento prisional?

A regra, depois do trânsito em julgado, é que a pena seja cumprida em estabelecimento penitenciário. Foi assim com Collor, que também era ex-presidente e foi condenado pelo Supremo. Hoje, a Corte aceita apenas um primeiro embargo de declaração. A partir do segundo, como ocorreu no caso do senador Luiz Estevão, eles são considerados protelatórios, e o trânsito em julgado é decretado.

Nesse cenário, Bolsonaro provavelmente cumpriria pena na Papuda, e Braga Netto em Bangu, no Rio. No entanto, devido aos problemas de saúde de Bolsonaro, a defesa certamente pedirá a prisão domiciliar após o recolhimento. O juiz da execução costuma intimar a equipe médica do presídio, que em regra afirma ter condições de atendimento. Mas os advogados podem apresentar laudos de médicos particulares, como já aconteceu com Collor e Maluf. Se ficar comprovado que o estado de saúde pode se agravar no presídio, ele terá direito a cumprir a pena em casa.

Pela sua experiência com o STF, quando o senhor crê que teremos a definição do julgamento?

O relator ou o presidente normalmente consulta os advogados sobre a leitura do relatório. Em quase todos os casos, eles dispensam, já que conhecem o processo. Se for dispensado, a sessão começa com a sustentação oral de duas horas do doutor Gonê, depois a de Mauro Cid, e, em seguida, cada advogado dos réus fala por uma hora. Assim, essa etapa pode terminar já amanhã, e na quarta-feira o ministro Alexandre de Moraes poderia iniciar a leitura do voto.

Atualmente, os ministros não leem votos completos. Um voto pode ter mil páginas, mas geralmente é resumido. O ideal seria que Moraes apresentasse seu voto de forma objetiva, permitindo que os debates começassem logo. Acredito que a discussão principal será sobre a validade da delação premiada de Mauro Cid e a dosimetria das penas. Nesse ritmo, o julgamento poderia terminar em três sessões. Oficialmente estão previstas cinco, mas, pela minha experiência, três seriam suficientes.

Fonte: DCM

Hugo Motta frustra Tarcísio e barra anistia ampla na Câmara


O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deixou claro ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que uma proposta de anistia ampla, geral e irrestrita aos golpistas do 8 de Janeiro não teria chances de aprovação na Casa, conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

O aviso ocorreu em uma ligação telefônica na manhã da última segunda-feira (1º), véspera do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista.

Segundo relatos, o telefonema contou também com a participação do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), presidente nacional do partido, que estava reunido com Tarcísio no Palácio dos Bandeirantes.

Durante a conversa, o governador paulista reforçou os apelos em favor do projeto de anistia, mas ouviu de Motta que o tema é “complexo” e que precisaria ser analisado com cautela. O presidente da Câmara afirmou que uma anistia ampla não passaria entre os deputados.

Na prática, Motta sinalizou que seria muito difícil aprovar no Congresso um texto que beneficie diretamente Bolsonaro, que responde no STF por tentativa de golpe de Estado.

Após a ligação, Tarcísio e Marcos Pereira entraram em contato com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente. Eles reafirmaram disposição para atuar na articulação política em favor da anistia, mesmo diante das resistências apontadas por Motta.

Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

VÍDEO: Deputada bolsonarista e senadora do PDT batem boca e se encaram na CPI do INSS

Deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e senadora Leila Barros (PDT-DF) durante discussão – Reprodução

A sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, realizada nesta segunda-feira (2), foi marcada por um bate-boca entre a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora Leila Barros (PDT-DF). Após a votação de pedidos de prisão preventiva de investigados, a bolsonarista comemorou o resultado, o que levou a outra parlamentar a rebater que a base também havia apoiado a decisão.

A discussão evoluiu para troca de acusações e as duas chegaram a se levantar e se encarar no plenário. Colegas intervieram para evitar que a situação se agravasse. A cena ocorreu após a aprovação de um dos principais requerimentos da sessão, relacionado à operação Sem Desconto.


A medida aprovada prevê o encaminhamento de pedidos de prisão preventiva à Polícia Federal, responsável pela investigação. Para ser cumprida, a decisão precisa ainda da autorização da Justiça. O foco da operação é um esquema de fraudes em descontos indevidos que pode ter desviado bilhões de reais de aposentados e pensionistas do INSS.

O advogado Eli Cohen, um dos primeiros a denunciar as irregularidades, foi ouvido durante a sessão. A proposta inicial do relator era votar os pedidos ao final das perguntas dos parlamentares, mas o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), antecipou a votação após os primeiros questionamentos.

Durante a leitura dos nomes, parlamentares da base protestaram porque o relator não incluiu Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, ex-ministro da Previdência e ex-presidente do INSS, conhecido anteriormente como José Carlos Oliveira.

A CPMI do INSS foi instaurada para apurar denúncias de fraudes contra beneficiários e tem contado com a atuação conjunta de deputados e senadores. As discussões sobre as prisões preventivas indicam que os desdobramentos da operação Sem Desconto devem seguir em destaque nas próximas sessões.

Fonte: DCM

Lula lidera em todos os cenários eleitorais, aponta Real Time Big Data

Levantamento mostra presidente à frente em disputas contra Bolsonaro, Tarcísio, Michele Bolsonaro, Ratinho Jr. e Eduardo Leite, consolidando favoritismo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Contagem (MG) - 29 de agosto de 2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A pesquisa nacional do instituto Real Time Big Data, realizada entre 28 e 30 de setembro de 2025, confirma a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em todos os cenários eleitorais testados para a sucessão presidencial de 2026. O levantamento ouviu 2.500 pessoas em todo o Brasil e tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança.

Na pesquisa espontânea — quando não são apresentados nomes de candidatos — Lula aparece com 29% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro, com 21%. Tarcísio de Freitas marca 3%, Ciro Gomes e Michele Bolsonaro 1% cada. Brancos e nulos somam 11% e 31% não souberam ou não responderam.

Cenários estimulados

Nos cenários estimulados, em que nomes são apresentados ao eleitor, Lula mantém vantagem em todas as simulações:

  •  Contra Tarcísio de Freitas: Lula 42%, Tarcísio 40%. Romeu Zema aparece com 4% e Renan Santos com 2%.
  •  Contra Michele Bolsonaro: Lula 43%, Michele 37%. Zema tem 5% e Renan 2%.
  •  Contra Jair Bolsonaro: empate técnico, Lula 43% e Bolsonaro 43%. Zema surge com 4% e Renan 1%.
  •  Contra Bolsonaro e Michel Temer: Lula 42%, Bolsonaro 39% e Temer 11%.
  •  Contra Ratinho Jr.: Lula 45%, Ratinho Jr. 21%. Zema tem 10% e Caiado 4%.
  •  Contra Eduardo Leite: Lula 45%, Leite 17%. Zema aparece com 11% e Caiado com 5%.

Rejeição e votabilidade

O levantamento também mediu a rejeição. Lula registra 25% de eleitores que dizem votar nele “com certeza” e outros 23% que “poderiam votar”. Já 39% afirmam que não votariam no presidente em nenhuma hipótese. Bolsonaro, por sua vez, tem 22% de votos certos e 26% de potenciais votos, mas também lidera em rejeição: 40% dizem que não votariam nele de jeito nenhum.

Lula apresenta maior força no Nordeste, chegando a 56% em cenários estimulados, contra 20% de Ratinho Jr. e 13% de Eduardo Leite, por exemplo. Já Bolsonaro mantém desempenho mais competitivo no Sul, onde chega a 57% contra 33% de Lula.

A pesquisa Real Time Big Data reforça a resiliência eleitoral de Lula, que lidera em todos os cenários testados, mesmo diante de diferentes adversários. O resultado mostra que, apesar da polarização com o bolsonarismo, o presidente mantém-se como favorito para disputar e vencer um novo mandato em 2026.

Fonte: Brasil 247

CPI do INSS pede prisão preventiva de 21 nomes; confira a lista completa

O relator, Alfredo Gaspar, e o presidente da CPI do INSS, Carlos Viana – Reprodução/Wilton Junior

A CPI do INSS aprovou nesta terça-feira (2) o pedido de prisão preventiva de 21 pessoas suspeitas de participação em fraudes contra aposentados. A lista inclui o ex-presidente do instituto Alessandro Stefanutto e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou que a medida é necessária para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.

O esquema investigado envolve descontos indevidos em benefícios previdenciários e concessões suspeitas de empréstimos consignados. Segundo a Polícia Federal, as fraudes movimentaram centenas de milhões de reais, envolvendo dirigentes, empresários e entidades. Parte dos investigados teria recebido propinas para liberar autorizações de desconto em aposentadorias e pensões.

Com a decisão da CPI, a Advocacia do Senado Federal deve protocolar o pedido de prisão no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso será analisado pelo ministro André Mendonça, relator do processo. Parlamentares de diferentes partidos demonstraram preocupação com o alcance das medidas, destacando que o excesso de pedidos de prisão pode alterar o rumo dos trabalhos da comissão.

Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, olhando sério para a câmera
Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS – Reprodução


Entre os investigados também está José Carlos Oliveira, ex-ministro da Previdência no governo Jair Bolsonaro. Servidor de carreira, ele presidiu o INSS entre novembro de 2021 e março de 2022. Seu nome surgiu a partir da análise de movimentações financeiras de entidades suspeitas de ligação com o esquema. A Conafer, uma das organizações investigadas, recebeu mais de R$ 100 milhões do instituto.

O relator Alfredo Gaspar afirmou que os indícios coletados pela CPI e pela Operação Sem Desconto comprovam a necessidade das prisões preventivas. Já o senador Marcos Rogério (PL-RO) avaliou que as medidas podem enfraquecer os trabalhos da comissão. O deputado Rogério Correia (PT-MG) também criticou o volume de pedidos, destacando que o método pode levar à prisão de centenas de citados.

A lista de investigados reúne ex-dirigentes do INSS, empresários e operadores de call centers acusados de participar do esquema de fraudes. Entre os nomes estão André Paulo Félix Fidélis, ex-diretor de Benefícios; Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do instituto; além de Giovani Batista Spiecker, ex-coordenador-geral de atendimento, suspeito de enviar dados de beneficiários para descontos indevidos.

Confira a lista completa:

Ex-dirigentes do INSS

  • Alessandro Antônio Stefanutto – Ex-presidente do INSS.
  • André Paulo Félix Fidélis – Ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, suspeito de receber propina para autorizar descontos ilegais.
  • Erick Douglas Martins Fidélis – Filho de André Fidélis, apontado como participante em processos de concessão suspeita de benefícios.
  • Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho – Ex-procurador-geral do INSS, acusado de receber propina de lobistas.
  • Vanderlei Barbosa dos Santos – Ex-diretor de Benefícios do INSS, apontado como responsável pela “usina do esquema”.
  • Jucimar Fonseca da Silva – Ex-coordenador-geral de Pagamento de Benefícios, suspeito de participação no esquema.
  • Giovani Batista Spiecker – Ex-coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente, acusado de enviar dados de beneficiários sem autorização.
  • Reinaldo Carlos Barroso de Almeida – Atuava em diretoria do INSS, suspeito de repassar dados para descontos ilegais.
  • Alexandre Guimarães – Ex-diretor, suspeito de receber valores de lobistas ligados às entidades fraudulentas.

Operadores e empresários

  • Antônio Carlos Camilo Antunes (“Careca do INSS”) – Apontado como figura central no esquema.
  • Romeu Carvalho Antunes – Filho do “Careca do INSS” e sócio em empresas ligadas ao esquema.
  • Rubens Oliveira Costa – Sócio do “Careca do INSS”.
  • Milton Salvador de Almeida Júnior – Sócio do “Careca do INSS” em empresas investigadas.
  • Domingos Sávio de Castro – Dono de empresas de call center usadas nas fraudes.
  • Adelino Rodrigues Júnior – Operador de call center e representante de entidade investigada.
  • Maurício Camisotti – Empresário apontado como figura central nas fraudes.
  • Márcio Alaor de Araújo – Citado em depoimento como envolvido em esquema de descontos consignados.

Envolvidos em repasses e propinas

  • Cecília Rodrigues Motta – Advogada que presidiu entidades no Ceará, acusada de repassar propinas.
  • Taisa Hoffmann Jonasson – Companheira de Virgílio, suspeita de receber parte dos valores ilegais.
  • Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira – Sócia de empresa apontada pela AGU como usada em práticas ilícitas.

Outros investigados

  • Phillip Roters Coutinho – Policial federal flagrado escoltando investigados em viatura oficial.
Fonte: DCM

Morre Mino Carta, ícone do jornalismo brasileiro e fundador da CartaCapital

Jornalista ítalo-brasileiro marcou a imprensa com a criação de veículos como Veja, IstoÉ e CartaCapital

       Mino Carta (Foto: Reprodução/YouTube/CartaCapital)

O jornalista Mino Carta morreu nesta terça-feira (2), aos 91 anos, em São Paulo. A informação foi divulgada inicialmente pela CartaCapital, veículo do qual ele foi fundador e diretor de redação. Segundo a publicação, o jornalista enfrentava problemas de saúde e estava internado há duas semanas na UTI do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. A causa da morte não foi informada.

Nascido em Gênova, na Itália, em 1933, Mino Carta mudou-se com a família para São Paulo ainda na década de 1940. Ao longo de sua trajetória, tornou-se um dos nomes mais influentes da imprensa brasileira, participando da criação e da direção de veículos como o Jornal da Tarde, a revista Veja, a revista IstoÉ e, posteriormente, a CartaCapital, fundada em 1994.

Mino foi reconhecido não apenas pelo pioneirismo editorial, mas também pela defesa de um jornalismo crítico, independente e comprometido com o debate político e social do país. Sob sua liderança, as publicações que ajudou a criar moldaram o cenário da comunicação no Brasil, consolidando pautas e narrativas que marcaram momentos decisivos da história recente.

Com estilo inconfundível, combinando rigor crítico e visão de longo alcance, Mino Carta construiu um legado que permanece como referência no jornalismo nacional.

Fonte: Brasil 247

Julgamento de Bolsonaro no STF começa nesta terça (2) com cobertura ao vivo da TV 247

Acompanhe todas as informações e atualizações em tempo real pelo site do Brasil 247 e no canal da TV 247 no YouTube

            Jair Bolsonaro (Foto: Ton Molina/STF)

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, no Supremo Tribunal Federal (STF), tem início nesta terça-feira (2). Bolsonaro e outros sete réus do núcleo 1 da trama golpista serão analisados pela Primeira Turma da Corte, composta pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Flávio Dino. O Brasil 247 e a TV 247 terão equipes em Brasília-DF para cobertura completa do julgamento.

Além do ex-presidente, integram o núcleo 1: Alexandre Ramagem (ex-diretor-geral da Abin); Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha); Anderson Torres (ex-ministro da Justiça); Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional); Mauro Cid (delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro); Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil). Todos respondem como réus por liderarem a tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar na capital federal e não estará presente no julgamento. Caso sejam condenados com pena máxima, os réus podem receber até 43 anos de prisão. Eles são acusados pelos crimes de: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União com considerável prejuízo à vítima; e deterioração de patrimônio tombado.

A única exceção é Alexandre Ramagem. Em maio, a Câmara dos Deputados aprovou a suspensão parcial da ação penal contra ele, restringindo sua responsabilidade a três dos cinco crimes originais: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

O julgamento de Bolsonaro e dos demais réus deve se estender até o dia 12 deste mês:
tabela
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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

O voto de Fux em 2023 que pode acabar com a esperança de anistia a Bolsonaro

Luiz Fux, ministro do STF. Foto: Foto: Ton Molina/STF

A possibilidade de uma anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente com a expectativa crescente dentro de seu grupo político, enfrenta um obstáculo significativo, conforme afirmou o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado, que é considerado a principal esperança para aqueles que defendem Bolsonaro, já se posicionou claramente sobre a questão, deixando claro que a Constituição brasileira não permite o perdão para crimes contra a democracia.

O posicionamento de Fux foi feito em maio de 2023, quando a Corte derrubou o indulto concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira

Na ocasião, o então presidente havia assinado o indulto um dia após Silveira ser condenado pelo STF por ameaçar o Estado Democrático de Direito. A medida gerou controvérsias e foi rejeitada pelo STF, com Fux alinhando-se ao voto da relatora do caso, ministra Rosa Weber, que destacou a impossibilidade de anistiar crimes que afetam o Estado Democrático de Direito.

“Eu faço aqui uma análise também sob o ângulo político, porque eu entendo que crime contra o Estado Democrático de Direito é um crime político e impassível de anistia, porquanto o Estado Democrático de Direito é uma cláusula pétrea que nem mesmo o Congresso Nacional, por emenda, pode suprimir”, afirmou Fux na ocasião.

A declaração do ministro, que apontou a inelegibilidade de Silveira, destaca a posição do STF em proteger a democracia e garantir que aqueles que atentam contra ela não possam ser favorecidos por medidas de anistia.

O ex-deputado Daniel Silveira ao ingressar no sistema prisional. Foto: Reprodução


No entanto, apesar da postura clara de Fux, dentro do grupo político de Bolsonaro, existe a esperança de que o Congresso Nacional aprove uma anistia que, embora constitucionalmente inviável antes do julgamento, possa ser considerada após o veredito.

A expectativa é de que, caso Bolsonaro seja julgado culpado, o Congresso tenha o poder de legislar sobre a questão, uma vez que as questões políticas, após o julgamento, estariam fora do alcance da Corte. Fux, no entanto, já declarou que a anistia, sem julgamento prévio, “é uma impossibilidade”, ressaltando que “não se anistia sem julgar”.

A tensão sobre esse tema foi intensificada após uma declaração do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que reacendeu a esperança de que, se uma anistia fosse aprovada pelo Congresso, ela não seria barrada pela Corte. Barroso deixou claro que, em sua visão, o Congresso tem liberdade para legislar sobre questões políticas, mesmo após o julgamento de Bolsonaro.

O ministro Luiz Fux, contudo, reforçou sua posição, afirmando que não há margem legal para anistiar alguém sem um julgamento prévio, enfatizando que, no caso de Bolsonaro, a decisão sobre anistia seria uma questão política a ser definida pelo Congresso, não pelo STF.

Fonte: DCM

Saiba quem será o substituto de William Bonner na bancada do “Jornal Nacional”


      César Tralli e Renata Vasconcellos. Foto: João Cotta/Globo

O jornalista César Tralli será o novo apresentador do “Jornal Nacional”, substituindo William Bonner a partir de 3 de novembro. A decisão foi anunciada pela TV Globo em nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (1º), e será oficializada na edição de logo mais.

Nascido em São Paulo em 23 de dezembro de 1970, César Tralli iniciou sua carreira no jornalismo em 1991, como repórter no programa “Aqui Agora” do SBT. Em 1993, ingressou na TV Globo, onde se destacou como correspondente internacional em Londres entre 1995 e 2000, tornando-se o mais jovem a ocupar esse cargo na emissora.

De volta ao Brasil, Tralli assumiu o comando do “SPTV – 1ª Edição” em 2011, cargo que ocupou até 2021. Desde então, apresenta o “Jornal Hoje” e o “Jornal GloboNews – Edição das 18h”, consolidando-se como uma das principais vozes do jornalismo da emissora.

A escolha de Tralli para o “JN” é vista como uma transição natural, dada sua experiência e reconhecimento na emissora. Ele já havia substituído Bonner em edições anteriores do telejornal, o que lhe conferiu familiaridade com a dinâmica da bancada. Renata Vasconcellos, atual coapresentadora, continuará no programa, mantendo a estabilidade da equipe.

William Bonner, apresentador do JN. Foto: reprodução
A editora-chefe do “JN”, Cristiana Souza Cruz, também será promovida, assumindo a liderança editorial do telejornal a partir de novembro. Com 29 anos de carreira na Globo, ela tem sido uma figura-chave na produção do programa jornalístico. Outra mudança é a efetivação de Roberto Kovalick para a bancada do “Jornal Hoje”.

A transição representa um desafio para César Tralli, que precisará manter a credibilidade e o prestígio do JN, ao mesmo tempo em que imprime sua personalidade ao telejornal. A audiência e os críticos acompanharão de perto essa mudança, que marca o fim de uma era com a saída de William Bonner, após quase três décadas à frente do programa.

Fonte: DCM