terça-feira, 23 de setembro de 2025

Organizações da sociedade civil brasileira vão aos EUA denunciar ilegalidades de Trump contra o Brasil


É a primeira iniciativa do gênero desde o início do novo governo norte-americano

Centrais sindicais e os movimentos populares que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam ato em defesa da soberania e da pauta da classe trabalhadora, na Praça da República (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Representantes de 15 organizações da sociedade civil brasileira viajaram para os Estados Unidos, com o objetivo de participar de encontros bilaterais, conferências, entrevistas e briefings sobre defesa da democracia, dos direitos humanos, do meio ambiente, dos povos indígenas e das comunidades locais do Brasil no contexto das ameaças à soberania do país. É a primeira iniciativa do gênero desde o início do novo governo norte-americano, do presidente Donald Trump. A agenda prevê atuação da comitiva em Nova Iorque (de 22 a 26 de setembro) e em Washington (de 29 de setembro a 1º de outubro).

Presidente do Conselho Diretivo do WBO, James N. Green afirmou que, “pela primeira comitiva de organizações da sociedade civil que vai aos EUA desde as tensões políticas e anúncio das sobretaxas impostas pelos EUA contra o Brasil no contexto do julgamento da tentativa de golpe de Estado e da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro”.

“Neste ano houve missões de representantes governamentais e de entidades empresariais nos EUA para promover mediações e construção de alianças, mas esta é a primeira mobilização da própria sociedade civil brasileira e entre as sociedades civis dos dois países desde então”, continuou Green.

“A solidez da defesa internacional da democracia brasileira passa pelas mãos da sociedade organizada. Vamos ajudar a esclarecer e levar aos atores internacionais a visão da sociedade sobre as atuais questões principais do Brasil.”

☆ Eduardo Bolsonaro

Quem mora nos EUA é o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, no começo deste ano, saiu do Brasil para fazer articulações junto ao governo Trump, com o objetivo de impor sanções ao Brasil por causa do inquérito da trama golpista contra Jair Bolsonaro.

A Procuradoria-Geral da República denunciou Eduardo por coação em processo judicial. De acordo com investigadores, o parlamentar usa a própria influência para obstruir a investigação do plano golpista.

☆ Trama golpista

As organizações se mobilizaram para destacar a importância de resistir à tentativa de interferência do governo Trump no Brasil por conta do inquérito da trama golpista contra Jair Bolsonaro (PL), aliado do presidente norte-americano.

O Supremo Tribunal Federal condenou o ex-mandatário brasileiro a 27 anos de prisão devido à tentativa de golpe. Mais sete réus foram condenados.

Antes da condenação de Bolsonaro, o governo Trump havia anunciado um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA e suspendido vistos de ministros do STF para o território norte-americano.

☆ Mais detalhes

A iniciativa é organizada pelo WBO (Washington Brazil Office). Tem apoio da Amazon Watch, do Wola (Washington Office for Latin America), do CEPR (Center for Economic and Policy Research), da Associação Bem-Te-Vi Diversidade e do Instituto Umbuzeiro. Estão previstos encontros com organizações da sociedade civil americana – como ONGs, fundações, sindicatos, –, além de universidades, centros de estudo (think tanks), meios de comunicação, financiadores, parlamentares, líderes sociais e ativistas.

Entre os interlocutores estão a Câmara de Comércio Brasil-EUA, o Atlantic Council, a Freedom House, relatorias do Sistema Interamericano de Direitos Humanos da OEA, a CIDH, instâncias e assessorias políticas da Secretaria Geral da ONU, as representações diplomáticas brasileiras na ONU e na OEA, a Universidade Georgetown e a central sindical AFL-CIO, além de escritórios de parlamentares no Capitólio.

Confira a lista das organizações publicada no Washington Brazil Office:

  1.  Instituto Futuro
  2.  Libera
  3.  Rede Cerrado
  4.  Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT)
  5.  Plataforma Cipó
  6.  USNDB
  7.  Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB)
  8.  Instituto de Políticas Relacionais
  9.  Associação Brazil Office
  10.  Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB)
  11.  Movimento dos Atingidos por Barragens
  12.  Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN)
  13.  4H5H Media
  14.  Defend Democracy in Brazil (DDB)
  15. Instituto Decodifica
Fonte: Brasil 247

Lindbergh aciona STF para exigir cumprimento imediato da cassação de Zambelli


A parlamentar foi condenada a 10 anos de prisão em regime fechado, mas, em vez de perder mandato, teve seu caso enviado ao Conselho de Ética da Câmara

Lindbergh Farias e Carla Zambelli (Foto: Divulgação / Agência Câmara)

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), ingressou nesta segunda-feira (22) com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados a cumprir, de forma imediata, a decisão definitiva que determinou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

A parlamentar foi condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos de prisão em regime fechado, ao pagamento de indenização por danos morais coletivos e à perda do mandato na Ação Penal 2.428, que apurou a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em conjunto com o hacker Walter Delgatti Netto. A condenação já transitou em julgado.

◈ Câmara descumpre decisão do STF

Apesar do caráter impositivo da decisão judicial, a Mesa da Câmara optou por submeter o caso a um procedimento político, remetendo a questão ao Conselho de Ética, que instaurou a Representação nº 2/2025 e passou a realizar oitivas de testemunhas – inclusive da própria Zambelli, atualmente presa na Itália após ser incluída no alerta vermelho da Interpol.

No mandado de segurança, Lindbergh sustenta que a Câmara está usurpando competência do STF, uma vez que o artigo 55, §3º, da Constituição estabelece que, em casos de condenação criminal definitiva, a perda do mandato é ato meramente declaratório da Mesa Diretora, sem necessidade de deliberação política ou instrução probatória.

“Trata-se de uma flagrante violação à Constituição, que é cristalina ao estabelecer que a perda do mandato, em situações como a presente, é ato meramente declaratório da Mesa, não sujeito a deliberação política ou instrução probatória”, afirma a petição apresentada ao Supremo.

◈ Pedido de liminar

Lindbergh pede que o STF suspenda imediatamente a tramitação da representação no Conselho de Ética e determine que a Mesa da Câmara declare de pronto a cassação de Zambelli, conforme o acórdão da Ação Penal 2.428. O deputado argumenta que permitir a continuidade do processo interno abriria precedente para que parlamentares condenados adiassem indefinidamente a execução de decisões judiciais.

O caso está sob prevenção do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que resultou na condenação de Zambelli. A deputada foi presa na Itália em 7 de setembro e aguarda extradição para o Brasil.

Fonte: Brasil 247

Gilmar Mendes diz que sanções contra esposa de Moraes são arbitrárias

Flávio Dino também prestou solidariedade ao ministro do STF

Gilmar Mendes (Foto: Antonio Augusto/SCO/STF)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira (22) que a aplicação da Lei Magnitsky contra a esposa de Alexandre de Moraes, a advogada Viviane Barci de Moraes, é uma medida arbitrária.

Pelas redes sociais, o decano do STF considerou que a medida afronta a independência da Justiça brasileira e viola a soberania do Brasil.

“Punir um magistrado e seus familiares por cumprir seu dever constitucional é um ataque direto às instituições republicanas. Reitero meu total apoio ao colega e amigo, convicto de que o Supremo Tribunal Federal seguirá forte e fiel ao seu compromisso com a Constituição”, afirmou.

Gilmar Mendes elogiou o trabalho de Alexandre de Moraes na função de relator das ações penais sobre a trama golpista.

“É preciso recordar. Nosso país esteve à beira de um golpe de Estado, com invasão e depredação de prédios públicos, acampamentos pedindo intervenção militar e até planos de assassinato contra autoridades da República. Coube ao ministro Alexandre, com coragem e firmeza, enfrentar essa ameaça e assegurar que a democracia prevalecesse”, afirmou.

☉ Solidariedade

O ministro Flávio Dino também prestou solidariedade a Moraes e sua esposa e lamentou que as relações entre Brasil e dos Estados Unidos sejam atingidas.

“Temos uma tradição de admiração às instituições jurídicas dos Estados Unidos, especialmente à sua Suprema Corte. Espero que essas mesmas instituições saibam iluminar os caminhos de tão importante nação, consoante o direito internacional, em direção ao respeito à nossa soberania e às famílias brasileiras”, afirmou Dino.

☉ Sanções

Em julho, Moraes também foi alvo de sanções dos Estados Unidos.

A Lei Magnitsky prevê o bloqueio de contas bancárias, ativos e aplicações financeiras nos Estados Unidos, e proíbe transações com empresas americanas que estão no Brasil, além do impedimento de entrada no país.

Apesar das sanções, a medida teve impacto reduzido. Moraes não tem bens nem contas em bancos sediados naquele país. O ministro também não tem o costume de viajar para os Estados Unidos.

Além de Moraes, os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso também foram alvo de sanções e tiveram os vistos de viagem suspensos pelo governo dos Estados Unidos.

Fonte: Brasil 247

Sanções dos EUA contra esposa de Moraes ampliam chance de Bolsonaro ir para a Papuda

Medida baseada na Lei Magnitsky endurece clima no STF e reduz possibilidade de prisão domiciliar para o ex-presidente

Brasília (DF) 02/09/2025 - O ministro relator Alexandre de Moraes, na sessão de STF de julgamento de Bolsonaro e de mais sete réus da trama golpista (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)


As sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos à advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e à empresa Lex Instituto de Estudos Jurídicos, reacenderam o debate sobre o futuro de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo, a medida internacional baseada na Lei Magnitsky deve dificultar que a defesa de Bolsonaro consiga emplacar o pedido de prisão domiciliar, abrindo caminho para que o ex-presidente cumpra sua pena de 27 anos em um presídio comum, como a Penitenciária da Papuda, em Brasília. Aliados de Moraes relataram que “aumentou o risco de o ministro mandar Bolsonaro para a prisão comum”.

☆ Medo de cela comum

A decisão do STF já determina que Bolsonaro inicie o cumprimento da pena em regime fechado. Embora a legislação não garanta ao ex-presidente o direito a cela especial, ele vinha manifestando a pessoas próximas o temor de ser enviado para a Papuda. Nos bastidores, a expectativa era de que houvesse espaço para um arranjo alternativo, como cela especial ou prisão domiciliar, sustentado por razões médicas que a defesa planejava alegar nos embargos à sentença.

☆ Dosimetria em xeque

Outro ponto de tensão era o projeto de dosimetria das penas, sugerido pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como alternativa à anistia dos bolsonaristas. A proposta vinha sendo interpretada como um gesto de pragmatismo no STF, especialmente por ministros como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, que viam na redução das penas uma saída menos controversa do que o perdão total.

No entanto, a decisão dos Estados Unidos alterou o clima no tribunal. De acordo com interlocutores, Moraes teria reagido com forte irritação às sanções, o que repercutiu negativamente também nas negociações em curso na Câmara dos Deputados e no governo.

☆ Cenário mais duro para Bolsonaro

Com o endurecimento do ambiente, fontes próximas ao ministro afirmam que o Supremo não deve mais dar aval à dosimetria das penas. A tendência agora é de um posicionamento mais rígido quanto ao destino do ex-presidente, que vê se estreitarem as chances de um desfecho favorável à sua permanência fora de uma prisão comum.

Assim, a conjugação das sanções internacionais e da mudança de humor no STF coloca Bolsonaro diante de um horizonte mais duro: cumprir sua pena na Papuda, presídio símbolo do regime fechado no Distrito Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Lindbergh critica defesa de anistia e manda recado a Hugo Motta

O líder do PT também demonstrou apoio à decisão da PGR sobre Eduardo Bolsonaro. Vídeo

     Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), defendeu nesta segunda-feira (22) que o presidente da Casa Legislativa, Hugo Motta (Republicanos-PB), “acabe com esta história de pautar anistia, revisão de penas”. “Seria vergonhoso", afirmou.

Em vídeo publicado na rede social X, o petista destacou a gravidade das articulações feitas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo Donald Trump (EUA) e demonstrou apoio à decisão da Procuradoria-Geral da República, que denunciou o político da extrema direita por obstrução judicial.

“Estavam usando uma potência estrangeira para interferir no julgamento do Supremo Tribunal Federal”, disse Lindbergh.

◎ Anistia

No último dia 17, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para a tramitação da proposta que prevê anistia para pessoas envolvidas em ações golpistas. Foram 311 votos favoráveis, 163 contrários e 7 abstenções.

Com a decisão da Câmara, a proposta não precisará passar por alguma comissão antes de ser votada em plenário.

O autor do projeto é o deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ).A proposta concede anistia "aos participantes das manifestações reivindicatórias de motivação política ocorridas entre o dia 30 de outubro de 2022 e a data de entrada em vigor da lei".

◎ Ações golpistas

A pauta da anistia poderia beneficiar Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos de prisão pelo STF no inquérito da trama golpista. A Corte também condenou outros sete réus. Novos julgamentos acontecerão.

Na investigação sobre os atos golpistas, o STF condenou pelo menos 643 pessoas pela invasão à Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

Fonte: Brasil 247

STF considera injusta aplicação de sanções dos EUA contra esposa de Moraes

Norte-americanas foram convencidos de uma narrativa falsa, diz Supremo

       Estátua da Justiça no prédio do STF, em Brasília-DF (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

André Richter - Repórter da Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestou sobre as sanções anunciadas pelo governo dos Estados Unidos contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes.

Em nota à imprensa, a Corte lamentou a medida contra Viviane Barci de Moraes e disse que é injusta a aplicação da Lei Magnitsky.

“Infelizmente, as autoridades norte-americanas foram convencidas de uma narrativa que não corresponde aos fatos: estamos diante de um julgamento [trama golpista] que respeitou o devido processo legal e o amplo direito de defesa, com total publicidade", declarou a Corte.

Para o Supremo, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro teve a importância histórica reconhecida pela sociedade brasileira e pela punição à tentativa de golpe de Estado no país.

“Se já havia injustiça na sanção a um juiz pela sua atuação independente e dentro das leis e da Constituição, ainda mais injusta é ampliação das medidas para um familiar do magistrado”, acrescentou a Corte.

Em julho, Moraes também foi alvo de sanções dos Estados Unidos. O ministro atua como relator das ações penais da trama golpista no Supremo.

A lei americana prevê o bloqueio de contas bancárias, ativos e aplicações financeiras nos Estados Unidos, a proibição de transações com empresas americanas que estão no Brasil, além do impedimento de entrada no país.

Apesar das sanções, a medida teve impacto reduzido. Moraes não tem bens nem contas em bancos sediados naquele país. O ministro também não tem o costume de viajar para os Estados Unidos.

Além de Moraes, os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso também foram alvo de sanções e tiveram os vistos de viagem suspensos pelo governo dos Estados Unidos.

Fonte: Brasil 247

1º Apuca Kids leva cultura e lazer a bairros e espaços públicos de Apucarana

Iniciativa reúne mais de 30 atividades gratuitas durante o mês das crianças


A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, lançou nesta segunda-feira (22/9) o 1º Apuca Kids, projeto que oferecerá uma série de atividades gratuitas voltadas às crianças durante o mês de outubro. As ações acontecerão em diferentes bairros da cidade e também na região central. O anúncio foi feito pelo prefeito Rodolfo Mota e pelo secretário da pasta, Rodrigo Liévore (Recife), no gabinete municipal.

A programação inclui cinema, festival de pipas, oficina de skate, contação de histórias, espetáculos teatrais, apresentações circenses, varal de poesia, festival de ginástica rítmica e artística, apresentações musicais e atividades recreativas, sempre abertas à comunidade.

O prefeito Rodolfo Mota afirmou que a iniciativa está ligada à prioridade da atual gestão em cuidar das pessoas. “Apucarana é uma cidade de um povo feliz, alegre, trabalhador, que merece ter cultura e lazer. Nossos meninos e meninas precisam de atenção, carinho e acolhimento. Em outubro, mês das crianças, nós promoveremos 35 ações voltadas ao público infantil. Não vai faltar brinquedo, não vai faltar pipoca e nem oportunidade para a molecada brincar e se divertir”, disse.

O secretário de Cultura e Turismo, Rodrigo Liévore (Recife), ressaltou que a abertura do 1º Apuca Kids acontecerá nos dias 1º e 2 de outubro, com a chegada da Carreta SESI Cultura na Praça Rui Barbosa. “É música, é cinema, é pipa, é teatro, circo, é tudo que as nossas crianças têm direito para serem felizes. Cultura também é vida e faz parte de uma cidade”, declarou.

Programação do 1º Apuca Kids

• 1 e 2/10 (quarta e quinta-feira):
Carreta SESI Cultura, das 9 às 14 horas, na Rui Barbosa.• 03/10 (Sexta-feira)
Dia de Cinema, das 9 às 14 horas, na Praça CEU, Jardim América.

• 04/10 (Sábado):
Rua da Alegria no Residencial Sumatra, das 9 às 13 horas.
6º Festival de Ginástica Rítmica e Artística, das 13h30 às 18 horas, no Ginásio Lagoão.

• 05/10 (Domingo):
Festival de Pipas, das 9 às 13 horas, no Parque da Raposa.

• 06 e 07/10 (segunda e terça-feira):
Espetáculo Grita Cia de Palhaças, às 14 horas, no Cine Teatro Fênix.

• 08/10 (Quarta-feira):
Dia de Cinema, das 9 às 14 horas, na Praça CEU, no Jardim América.

• 09/10 (Quinta-feira):
Concerto Didático com a Banda Municipal de Apucarana, das 9 às 14 horas, no Cine Teatro Fênix.

• 10/10 (Sexta-feira):
Dia de Cinema, das 9 às 14 horas, na Praça CEU, no Jardim América.

• 11/10 (Sábado):
Rua da Alegria no Residencial Solo Sagrado, das 9 às 13 horas.
2º Capivara Fest, das 15 às 19 horas, no Parque Jaboti.

• 12/10 (Domingo):
Festival de Skate, das 9 às 14 horas, no Ginásio Lagoão.

• 15/10 (Quarta-feira):
Dia de Cinema, das 9 às 14 horas, na Praça CEU, no Jardim América.

• 16 e 17/10 (Quinta e sexta-feira):
Espetáculo Circo Biruta e o Mosquito Mequetrefe, às 9 e às 14 horas, no Cine Teatro Fênix.

• 17/10 (Sexta-feira):
Dia de Cinema, das 9 às 14 horas, na Praça CEU, no Jardim América.

• 18/10 (Sábado):
Outubro Rosa / Sábado das Famílias, na Praça 28 de Janeiro.

• 22/10 (Quarta-feira):
Dia de Cinema, das 9 às 14 horas, na Praça CEU, no Jardim América.

• 25/10 (Sábado):
Rua da Alegria no Residencial Fariz Gebrim, das 9 às 13 horas.
Espetáculo circense – ONG COMANDER.

• 31/10 (Sexta-feira):
Dia Nacional da Poesia – Varal de Poesias e contação de histórias na Praça 28 de Janeiro.

• 1º/11 (Sábado):
Rua do Lazer no Núcleo Adriano Correia, das 9 às 13 horas.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Apucarana mobiliza população em defesa da inclusão e acessibilidade

Ação aconteceu na Praça Rui Barbosa e foi alusiva ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência


Sábado foi dia de mobilização na Praça Rui Barbosa. Com o tema “Apucarana Mais Acessível e Inclusiva”, foi realizada uma grande ação alusiva ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, data celebrada em 21 de setembro. A programação reuniu entidades que atuam na defesa dos direitos, além de abrir espaço para apresentações artísticas e exposição de trabalhos de pessoas com deficiência.

O prefeito Rodolfo Mota destaca que o tema da inclusão é tratado diariamente de forma intersetorial pelas secretarias municipais. Ele frisa que o trabalho envolve desde melhorias na acessibilidade urbana até ações de conscientização, como as desenvolvidas pela Autarquia Municipal de Educação. Em setembro, todas as escolas da rede municipal trabalharam atividades pedagógicas sobre o tema e produziram cartazes com mensagens de apoio. Já a Secretaria de Esportes fez a divulgação do trabalho de inclusão realizado pela pasta, como o xadrez gigante e o vôlei adaptado.

Eidiana Cristina Bernardes da Silva, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, ressaltou que a data é um momento de lembrar que as pessoas com deficiência são parte ativa da sociedade. Ela afirmou que o evento também serve para cobrar direitos, combater barreiras e promover a participação plena de todos. Para Eidiana, o maior desafio ainda é a inclusão, que vai além das obras físicas e passa pela mudança de atitudes.

Ainda segundo Eidiana, o apoio das instituições e do poder público é fundamental para dar visibilidade ao tema. Ela celebrou a presença de centenas de pessoas ao longo da manhã, que acompanharam as apresentações de karatê de alunos autistas, ginástica rítmica das campeãs das Olimpíadas Especiais das Apaes do Paraná, desfile e exposição de telas produzidas por artistas com síndrome de Down, além das ações educativas, como a colocação de cadeiras de rodas em vagas comuns para chamar atenção para o uso correto das vagas especiais.

A secretária municipal de Assistência Social, Fabíola Carrero, reforçou que o evento foi uma oportunidade para mostrar o trabalho desenvolvido na cidade em prol da inclusão. Segundo ela, a mobilização promoveu conscientização, aproximou a população dos serviços e incentivou a participação de entidades que têm programas e projetos importantes para pessoas com deficiência.

A ação contou com a participação de entidades como Adefiap, AMAA, Apae, Instituto do Cego, Associação Download, Casa do Dodô, OAB e Procon. Também estiveram presentes secretarias municipais, colégios, faculdades, Sesi, Senac, Unimed, Sanepar e empresas locais. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família foi representada por Bruna Souza, responsável pelo núcleo regional.



Fonte: Prefeitura de Apucarana

Novo sistema semafórico de Apucarana passa no primeiro teste durante temporais, minimizando transtornos e riscos de acidentes em caso de pane energética

A situação positiva foi celebrada pelo prefeito Rodolfo Mota ao receber o relatório do Major Vilson Laurentino da Silva, secretário municipal da pasta


Os novos semáforos instalados em julho em cruzamentos centrais pela Secretaria de Segurança e Trânsito de Apucarana passaram nesta segunda-feira (22/09) pelo primeiro teste de resistência a quedas de energia. Dotados de autonomia em casos de falta de energia com suporte de um nobreak, que possibilita aos semáforos funcionarem entre quatro e seis horas seguidas, o investimento municipal provou ser capaz de minimizar transtornos e riscos de acidentes em caso de pane energética.

A situação positiva foi celebrada pelo prefeito Rodolfo Mota ao receber o relatório do Major Vilson Laurentino da Silva, secretário municipal da pasta. “Quando acontece um temporal, um dos primeiros serviços prejudicados com a falta de energia é o trânsito, sobretudo na área central, onde há maior circulação de veículos. Nesta segunda, o novo sistema passou pelo primeiro grande teste, o que nos motiva ainda mais a expandir este projeto de modernização”, assinala o prefeito.

Major Vilson salienta que o novo sistema semafórico faz uso de tecnologia de ponta. “Os equipamentos antigos foram substituídos pelos modelos tipo ciclo visual, que são mais eficientes, garantindo maior segurança e fluidez no tráfego. Nesta primeira etapa, foram substituídos 32 semáforos em 12 pontos estratégicos, com investimento próprio do município superior a 600 mil reais”, lembra o secretário.

Por outro lado, a chuva causou transtornos temporários em alguns prédios públicos de Apucarana, em especial na Unidade Básica de Saúde (UBS) Raul Castilho, no Núcleo Habitacional Papa João Paulo I, e no Terminal Urbano de Passageiros do Transporte Coletivo Sílvio Stocco. “No caso da unidade de saúde, o prédio apresenta problemas em sua cobertura há aproximadamente quatro anos, desde 2021. Quando assumimos em janeiro, identificamos que a infiltração no forro decorre de problemas estruturais no telhado e no madeiramento da unidade. Para garantir a segurança dos pacientes e da equipe de saúde, as consultas agendadas para esta segunda-feira foram transferidas para amanhã”, relata o médico Guilherme de Paula, secretário municipal da Saúde, frisando que melhorias estruturais na unidade estão dentro do planejamento de investimentos da Autarquia de Saúde.

Já no terminal urbano, o secretário municipal de Obras, engenheiro civil Mateus Franciscon Fernandes, esclarece que a causa mais provável da infiltração, que atingiu pontualmente uma luminária e uma parede, foi o entupimento de alguma calha ou a incapacidade de dar vazão ao grande volume de água. “Embora seja uma construção antiga, este foi um evento isolado, não havendo registros de reclamações semelhantes ou problemas estruturais pré-existentes no local”, indica o secretário. “Por uma questão de segurança, a equipe técnica da Secretaria de Obras aguardará a cessação das chuvas para realizar a inspeção detalhada no telhado do terminal urbano”, afirmou.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Com envolvimento de centenas de voluntários, mutirão no Parque da Raposa recolhe quatro caminhões de lixo e deixa legado com plantio de 100 novas árvores

Promovida pela Prefeitura de Apucarana – por meio das secretarias de Meio Ambiente e de Serviços Públicos, Fecomércio PR, Sesc Paraná e a empresa Tropic Ambiental, a ação contou com a participação de voluntários, universitários, entidades ambientais, escoteiros e parceiros institucionais


Mais de 500 pessoas, entre voluntários e membros de entidades do poder público, clubes de serviços e forças de segurança participaram neste sábado (20/09), de um mutirão de limpeza no Parque Ecológico da Raposa, o maior público desde 2019. A mobilização, em alusão ao Dia Mundial da Limpeza de Rios e Praias, resultou na retirada de quase quatro caminhões de resíduos, compostos principalmente por retalhos de tecido, móveis inservíveis, pneus e, em menor proporção, lixo doméstico em geral. Também foram plantadas 100 mudas nativas e frutíferas no entorno da represa.

Promovida pela Prefeitura de Apucarana – por meio das secretarias de Meio Ambiente e de Serviços Públicos, Fecomércio PR, Sesc Paraná e a empresa Tropic Ambiental, a ação contou com a participação de voluntários, universitários, entidades ambientais, escoteiros e parceiros institucionais. O prefeito Rodolfo Mota participou da atividade ao lado da primeira-dama e secretária da Mulher e Assuntos da Família, Karine Mota, e destacou a importância da união da comunidade. “Foi uma ação histórica, que envolveu centenas de voluntários em prol do meio ambiente. Cuidar dos nossos rios e parques é cuidar das pessoas e garantir um futuro melhor para Apucarana. Agradeço a cada cidadão que dedicou sua tarde a esse trabalho coletivo”, afirmou.

O secretário de Meio Ambiente, Diego Silva, também ressaltou o engajamento dos participantes. “A quantidade de resíduos recolhidos impressiona e mostra o quanto precisamos avançar em consciência ambiental. Ao mesmo tempo, o plantio de mudas deixa um legado positivo. Cada voluntário que esteve aqui se torna também um multiplicador dessa mensagem de cuidado com a cidade e com a natureza”, frisou, pontuando que a ação também celebrou o Dia da Árvore, comemorado no domingo (21/09).

Além da mobilização comunitária, a Prefeitura reforça que o combate ao descarte irregular de resíduos é prioridade permanente. O trabalho é realizado em conjunto pela Secretaria de Meio Ambiente e Guarda Civil Municipal (GCM), com apoio da população por meio do canal de denúncias. “Qualquer pessoa que flagrar descarte ilegal pode enviar fotos ou vídeos para o WhatsApp da Fiscalização Ambiental, no número (43) 99967-0324. Não é necessário se identificar, garantindo o anonimato do denunciante”, orienta Silva, secretário de Meio Ambiente.

Ele explica que a maioria dos flagrantes de descarte irregular tem sido registrada a partir de denúncias populares. “Quando alguém filma e envia para o canal, nossa equipe e a GCM conseguem agir com rapidez e responsabilizar os infratores. Esse apoio da comunidade é fundamental para que possamos reduzir o problema e manter os espaços limpos”, frisou.

Participantes – O mutirão foi uma iniciativa da Fecomércio PR, Sesc, empresa Tropic Ambiental e Prefeitura de Apucarana, através das secretarias de Meio Ambiente e de Serviços Públicos, em parceria com o Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental (PPGEA) da UTFPR Apucarana, Faculdade de Apucarana (FAP), Rotary Club de Apucarana, Rotary Club Cidade Alta, Grupo de Escoteiros Dom Bosco, 11º Batalhão de Bombeiros Militar do Paraná (11º BBP), Polícia Militar Ambiental Força Verde, Guarda Civil Municipal (GCM), 30º Batalhão de Infantaria Motorizado (30º BIMec), Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e Unimed.


Fonte: Prefeitura de Apucarana

Mostra das forças de segurança marca Semana Nacional do Trânsito em Apucarana

População pôde conferir de perto equipamentos, viaturas e materiais usados no dia a dia das corporações, além de receber folders educativos e orientações sobre direção segura


A Praça Rui Barbosa foi transformada, no sábado (20/09), em espaço de conscientização para um trânsito mais humano e seguro. Dentro da programação da Semana Nacional do Trânsito 2025, que traz o tema “Desacelere – seu bem maior é a vida”, a Prefeitura de Apucarana promoveu a Mostra das Forças de Segurança Pública e Salvamento. A população pôde conferir de perto equipamentos, viaturas e materiais usados no dia a dia das corporações, além de receber folders educativos e orientações sobre direção segura.

O prefeito Rodolfo Mota destacou que a ação busca aproximar a comunidade das forças de segurança e reforçar a educação para um trânsito mais humano. Ele lembrou que a mostra é parte de uma série de atividades iniciadas no dia 18 e que seguem até 25 de setembro, com palestras em empresas e aulas práticas de educação no trânsito em escolas municipais.

O secretário de Segurança Pública, major Vilson Laurentino da Silva, informou que foram montadas barracas na praça, reunindo a Guarda Civil Municipal (GCM), agentes de trânsito, 15ª Circunscrição Regional de Trânsito de Apucarana (Ciretran), 10º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e 11º Batalhão de Bombeiro Militar do Paraná (11º BBM). O público pôde ver de perto os equipamentos de salvamento, viaturas, uniformes e até realizar testes etilométricos, entendendo na prática como funciona o bafômetro e qual é o limite que caracteriza crime de trânsito.

Segundo o secretário, o evento também teve um momento de integração com a mobilização alusiva ao Dia de Luta da Pessoa com Deficiência, que aconteceu paralelamente na praça. Em parceria com a Associação dos Deficientes Físicos de Apucarana (Adefiap) e Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, cadeiras de rodas foram colocadas nas vagas comuns de estacionamento. Junto, foram colocados cartazes contendo frases como “só fui pegar uma coisinha”, “já volto” e “calma, é rapidinho.” A ação provocou reflexão sobre o uso indevido das vagas especiais e buscou estimular a empatia dos motoristas.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

16ª RS lança campanha de prevenção a suicídios

De 2024 a setembro de 2025, foram registrados 59 casos de suicídios na região

       Foto: Divulgação

A 16ª Regional de Saúde de Apucarana lançou nesta segunda-feira, dia 22, a campanha “Setembro Amarelo”, que prevê uma atuação mais vigorosa como forma de prevenção ao suicídio. O evento no Auditório Araucárias, reuniu professores, educadores, diretores de escolas, Profissionais de saúde mental, incluindo psicólogos, psiquiatras, enfermeiros e agentes comunitários.

Nos 17 municípios da área de abrangência da regional de Saúde de Apucarana, foram registrados 37 casos de óbitos por suicídio em 2024 e, até setembro de 2025, mais 22 casos. Os municípios com o maior número de casos nos últimos cinco anos – a partir de 2020 – são Arapongas com 68 óbitos e Apucarana com 58.

No encontro, foram ministradas várias palestras por profissionais de psiquiatria e psicologia, transmitindo orientações a todos sobre como atuar para acolher e prevenir situações deste tipo. A maior preocupação manifestada pelos profissionais de saúde é com relação a adolescentes e também com a faixa etária até os 30 anos de idade.

Juliana Lenartovicz, coordenadora de saúde mental da 16ª Regional de Saúde, alerta as famílias, professores e educadores em geral, sobre o monitoramento de sinais de sofrimento psíquico,isolamento, irritabilidade e queda de rendimento, além de mudanças comportamentais.

“Ao perceber estes sinais e, principalmente, mudanças de comportamento, a família ou o professor deve atuar no acolhimento, ajudando nas falhas e angústias dos jovens”, assinala a psicóloga.
Em relação aos adolescentes, Juliana acrescenta que o professor não substitui o psicólogo, mas é um elo importante de cuidado preventivo. “Todos os profissionais podem realizar o cuidado preventivo e contribuir no tratamento”, avalia ela.
A psicóloga Juliana de Godoy Dias, que atua em Londrina e Apucarana, alertou para os cuidados precoces dos pais em relação às crianças. “É preciso evitar problemas futuros com exagero no uso de celular e outras telas”, enfatiza ela.

O diretor da Regional de Saúde, Lucas Leugi, frisou que o foco da campanha é o monitoramento e prevenção. “Contamos com a participação efetiva de todos os profissionais de saúde, professores, educadores e membros de conselhos tutelares para somar forças nesta luta”, citou Leugi.

Estatísticas oficiais indicam que o Brasil registra uma média de 14 mil casos de suicídios por ano, sendo que na faixa etária entre 15 e 30 anos, o suicídio é uma das principais causas de morte. A maioria dos casos está associada a transtornos mentais, muitos não diagnosticados ou sem tratamento adequado.

Especialistas apontam que o uso intenso de tecnologias, redes sociais, pressão social, isolamento, cyberbullying, entre outras causas, têm impactos crescentes na saúde mental dos adolescentes.

No evento foi abordado o sofrimento mental entre adolescentes, que são afetados pelas tecnologias. Também foram mostradas estratégias de acolhimento e cuidados compartilhados entre escolas, famílias e serviços de saúde mental.

Fonte: Assessoria

Como Eduardo e Figueiredo reagiram à denúncia da PGR


O jornalista Paulo Figueiredo e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o blogueiro Paulo Figueiredo publicaram uma nota em resposta à denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que os acusou de coação em processos judiciais. A denúncia foi apresentada nesta segunda-feira (22) e aponta que os dois brasileiros atuaram de forma reiterada para submeter os interesses da República aos seus próprios desígnios pessoais e familiares, especialmente no que se refere a processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em sua nota, a dupla de extrema-direita criticou a acusação, classificando a denúncia, assinada por Paulo Gonet e enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), como uma “perseguição política em curso”. Já no primeiro argumento, o filho do ex-presidente alegou não pode ser punido pelas leis brasileiras pois estão nos Estados Unidos “sob a jurisdição americana”.

Eles também afirmaram que a suposta tentativa de intimidação não os afetará, pelo contrário, só fortalecerá sua convicção: “não nos deixaremos intimidar. Pelo contrário, isso apenas reforça o que temos afirmado repetidamente: que uma anistia ampla, geral e irrestrita é o único caminho para o Brasil. Meias medidas só agravarão o problema”.

O comunicado destaca ainda que aguardam a comunicação formal do processo pelos canais legais adequados entre o Brasil e os Estados Unidos para apresentar sua resposta oficial. No final do texto, os fugitivos se classificam como deputado federal e jornalista “em exílio”.

A denúncia da PGR é baseada em ações de ambos para obter sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras e o próprio Brasil, com o intuito de beneficiar Bolsonaro, agora condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista. A PGR acusa Eduardo e Figueiredo de tentarem manipular decisões judiciais.

Leia a nota na íntegra:

Recebemos pela imprensa a notícia de mais uma denúncia fajuta dos lacaios de Alexandre de Moraes na PGR, desta vez sob a alegação de “coação”. Sobre isso, vale esclarecer:

1. Vivemos nos Estados Unidos, sob a jurisdição, portanto, da Constituição americana, que na sua Primeira Emenda garante o direito de “to petition the Government for a redress of grievances” (peticionar ao Governo para corrigir abusos e injustiças). E é exatamente isso que estamos fazendo — e continuaremos a fazer.

2. A mera criminalização do exercício de um direito constitucional em outra jurisdição configura prática de repressão transnacional contra U.S. Persons. Essa é justamente uma das bases das sanções aplicadas a Alexandre de Moraes por violações de direitos humanos, bem como das tarifas comerciais impostas ao Brasil. Quem adere a esse tipo de conduta sujeita-se às mesmas penalidades e aprofunda ainda mais a crise entre Brasil e Estados Unidos.

3. O momento da publicação, logo após novas sanções dos EUA, evidencia a perseguição política em curso. Mas é uma perda de tempo: não nos intimidaremos. Pelo contrário, isso apenas reforça o que temos afirmado repetidamente — que a anistia ampla, geral e irrestrita é o único caminho para o Brasil. Meias-medidas apenas agravarão o problema.

Aguardaremos, muito pacientemente, a comunicação do processo pelas vias legais competentes entre Brasil e Estados Unidos para nos manifestarmos formalmente.

EDUARDO BOLSONARO
Deputado Federal em exílio

Fonte: DCM

Por que Bolsonaro não foi incluído em denúncia contra Eduardo e Figueiredo


O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi deixado de fora da nova denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e Paulo Figueiredo. De acordo com o procurador-geral Paulo Gonet, a razão para a ausência de Bolsonaro na denúncia é que ele já está incluído em outra ação penal relacionada à tentativa de golpe, pela qual foi condenado.

A acusação mais recente se concentra no núcleo de aliados de Bolsonaro, sem envolver diretamente o ex-presidente. Na denúncia apresentada, Gonet acusa Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo de terem adotado estratégias criminosas para causar instabilidade política no Brasil e obter sanções internacionais contra autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o procurador, a intenção dos dois era criar um clima de medo e incerteza, projetando uma imagem de um Brasil isolado e ameaçado por represálias estrangeiras. O objetivo era, conforme Gonet, influenciar o STF a não condenar Bolsonaro nos processos relacionados ao golpe.

A acusação detalha que tanto Eduardo quanto Figueiredo buscavam “enormes danos à economia nacional, a empregos de brasileiros, em que se infligiram e ameaçaram truculentas medidas sancionatórias aos julgadores”.
Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução

A ação de ambos foi comparada a uma “pena de morte” no contexto civil, com o intuito de constranger os juízes que tratam o caso. “Imaginavam, embora equivocadamente, que, dessa forma, Jair Bolsonaro haveria de se habilitar para a próxima disputa eleitoral à Presidência da República”, prosseguiu.

Se o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo responderão por coação, conforme o artigo 344 do Código Penal. O crime consiste em usar violência ou ameaça para influenciar ou intimidar autoridades ou envolvidos em processos judiciais, policiais ou administrativos. A pena prevista para esse crime é de 1 a 4 anos de prisão, além de multa.

A PGR argumentou que a conduta dos dois estava longe dos limites legais e que a estratégia adotada visava, de maneira indevida, influenciar as decisões judiciais e favorecer interesses pessoais e familiares.

Fonte: DCM