segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Convocados por Lula, líderes do BRICS realizam hoje reunião virtual em oposição às políticas unilaterais de Trump

Reunião do BRICS convocada por Lula realça força do multilateralismo

      Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou formalmente uma reunião virtual dos líderes do BRICS para esta segunda-feira (8). A iniciativa ocorre em meio ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos, o “tarifaço de 50%”, e busca promover uma plataforma coletiva em defesa do multilateralismo. .

Apesar de não ter sido definida oficialmente como pauta única, é esperado que o encontro — articulado pelo governo brasileiro — aborde as políticas comerciais restritivas de Washington e pressione pela reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). A cúpula deve também tratar de temas geopolíticos, como os conflitos em curso, além da COP 30.

Entre os participantes previstos estão presidentes e primeiros-ministros de países-membros do BRICS, incluindo o presidente chinês, Xi Jinping, o presidente russo, Vladimir Putin e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi ou seu representante diplomático de alto nível.

Essa convocação evidencia a relevância estratégica do multilateralismo, especialmente contra a crescente postura unilateral dos EUA sob o governo de Donald Trump. O encontro reforça o papel do BRICS como um importante fórum de países emergentes que buscam equilíbrio geopolítico e cooperação institucional.

Significado geopolítico

A reunião reforça a visão do Brasil liderando esforços pelo multilateralismo e pela cooperação entre economias emergentes, sinalizando resistência às políticas protecionistas e unilaterais de Washington. A estratégia também visa preparar posicionamentos conjuntos para eventos internacionais relevantes, como a Assembleia Geral da ONU (setembro), a COP 30 e a cúpula do G20.

Além disso, demonstra como o BRICS segue consolidando-se como canal significativo de diálogo Sul-Sul e como plataforma diplomática com influência crescente frente ao desequilíbrio do sistema internacional.

A convocação da reunião virtual do BRICS pelo presidente Lula para esta segunda-feira configura-se como um dos acontecimentos diplomáticos mais expressivos da semana. Ela marca a intensificação de ações multilaterais em contraponto às medidas protecionistas dos EUA sob o governo de Donald Trump, presidente dos EUA. Com a participação de líderes como Putin, Xi Jinping e Modi (mesmo que via representante), o encontro destaca o protagonismo do BRICS no cenário global e sua relevância na defesa de uma ordem internacional multipolar mais equilibrada e cooperativa.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Cristina Kirchner comemora vitória do peronismo nas eleições da Argentina


Cristina Kirchner aparece na sacada de sua casa em Buenos Aires comemorando a vitória do peronismo nas eleições legislativas – Foto: Reprodução

Cristina Kirchner foi flagrada comemorando a vitória arrasadora do peronismo nas eleições legislativas de Buenos Aires. Da sacada de seu apartamento, onde cumpre prisão domiciliar, a ex-presidente da Argentina acenou e celebrou junto a apoiadores que se reuniram diante de sua residência para festejar o resultado.

O Fuerza Patria, partido peronista de oposição, conquistou 46,95% dos votos na província de Buenos Aires, contra 33,86% do La Libertad Avanza, legenda de Javier Milei. O Somos Buenos Aires alcançou 5,41% e o Fuerza de Izquierda 4,37%, segundo dados preliminares da apuração. A vitória fortaleceu a base peronista e isolou o governo central em um segundo lugar distante.

Nas redes sociais, Cristina Kirchner publicou uma mensagem direta a Milei: “Você viu, Milei? Banalizar e vandalizar o ‘Nunca Mais’, que representa o período mais negro e trágico da história argentina, não sai de graça. Rir da morte e da dor dos seus oponentes, também não”.

Fonte: DCM

Ataques de Tarcísio ao STF são alvo de pedido de investigação do PSOL


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O PSOL protocolou na Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo um pedido de investigação contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) por declarações em que coloca em dúvida a confiabilidade do Judiciário e defende um eventual indulto a Jair Bolsonaro (PL), conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

O ofício foi assinado na última sexta-feira (4) pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP), pela deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e pelo vereador paulistano Celso Giannazi (PSOL).

Em entrevista ao Diário do Grande ABC, Tarcísio comentou o julgamento de Bolsonaro, acusado de tentar um golpe de Estado, e disse não poder confiar na Justiça. “Não acredito em elementos para ele ser condenado, mas infelizmente hoje eu não posso falar que confio na Justiça, por tudo que a gente tem visto”, afirmou.

O governador também declarou que, se eleito presidente, concederia perdão imediato a Bolsonaro. “Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, disse.

No documento enviado ao Ministério Público, os parlamentares afirmam que as falas representam “obstrução à Justiça” e “ataque às instituições do Poder Judiciário”. Eles ainda questionam a postura do governador.

“Se o governador não acredita na Justiça, acredita em quê? Em milícia, nos golpistas e criminosos? Não é aceitável que um governador do estado questione a seriedade, a integridade e a confiabilidade no Poder Judiciário”, diz o documento.

No último domingo (7), Tarcísio também elevou o tom durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista. Ele defendeu o pacote da anistia em tramitação no Congresso e criticou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “tirano”.

“Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega”, discursou o governador. Ao ouvir o coro de “fora, Moraes” vindo do público, reforçou os ataques: “Talvez porque ninguém aguente mais. Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo neste país”.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Ministros do STF apontam "vassalagem" de Tarcísio a Bolsonaro e aos EUA após ataques no 7 de Setembro

Governador de São Paulo adota postura “Bolsonaro acima de tudo”, de olho nas eleições de 2026

Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Foto: Reuters/Amanda Perobelli)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reforçou sua submissão política a Jair Bolsonaro (PL) em discurso na Avenida Paulista, no domingo (7). Segundo Andréia Sadi, do g1, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliaram que o gesto equivale a um slogan informal de “Bolsonaro acima de tudo”, interpretado como sinal de vassalagem em busca do apoio do ex-presidente para a disputa presidencial de 2026.

Tarcísio tem radicalizado o discurso contra a Corte, sobretudo contra o ministro Alexandre de Moraes, relator de investigações que envolvem Bolsonaro e aliados. No evento, o governador chamou Moraes de “tirano”, declaração que gerou forte reação no STF, inclusive entre magistrados que até então mantinham boa relação com ele.

☉ Estratégia eleitoral e articulações de bastidores

A leitura de ministros do Supremo é de que Tarcísio partiu para uma aposta de “tudo ou nada” ao alinhar-se de forma explícita a Bolsonaro, com o objetivo de consolidar-se como candidato da direita em 2026. Esse movimento, avaliam, não se restringe a uma submissão a Bolsonaro, mas também simbolizaria uma “vassalagem” diante dos Estados Unidos, que impuseram tarifas com impacto direto na economia paulista em reação ao julgamento de Bolsonaro pelo STF.

Nos bastidores, aliados de Tarcísio confirmam que sua pré-candidatura já está em curso, em articulação conduzida pelo presidente do PP, Ciro Nogueira. Um interlocutor próximo afirmou: Ele já é candidato. A operação está em andamento. A resistência maior não é de Jair, mas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). "Mas vai ser goela abaixo, porque o centrão está fechado com ele”.

☉ Disputa pelo vice e possíveis rumos partidários

De acordo com líderes do centrão ouvidos pelo portal, a escolha do vice ainda está em aberto. Caso se confirme a candidatura presidencial, Tarcísio deve migrar para o PL, conforme sinalizou Valdemar Costa Neto em entrevista na semana passada. Nesse cenário, a vaga de vice será negociada entre PP e União Brasil, que formam federação.

O discurso na Paulista também reforçou o alinhamento de Tarcísio às pautas defendidas pelos bolsonaristas, como a anistia para investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A presença do governador no ato consolidou a percepção de que ele definitivamente vestiu o figurino de candidato nacional.

A ofensiva política, no entanto, tem provocado reações negativas entre ministros do STF, que veem no movimento um risco de tensionamento institucional e um sinal claro de que Tarcísio está disposto a radicalizar em busca de espaço na corrida presidencial.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Pressão sobre Alcolumbre por anistia a Bolsonaro é inócua, dizem aliados

Segundo aliados do presidente do Senado, ele também não cederá a pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF

      Davi Alcolumbre (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Aliados do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), consideram pouco provável que as manifestações do 7 de Setembro provoquem qualquer mudança em sua postura no comando da Casa. A avaliação foi publicada por Igor Gadelha, do Metrópoles, que ouviu interlocutores próximos ao parlamentar sobre a possibilidade de o movimento pressionar pela abertura de pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mesmo com a pressão das ruas, Alcolumbre mantém a decisão de não dar andamento aos processos que pedem a derrubada de Moraes. Fontes ligadas ao senador dizem que sua posição é definitiva e que não será alterada pela mobilização de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

◎ Anistia

Além de rejeitar os pedidos de impeachment, aliados avaliam que Alcolumbre também não deve ceder em relação à anistia a Bolsonaro e outros acusados de participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. De acordo com essas fontes, o máximo que o senador admite é discutir a redução de penas para manifestantes de menor envolvimento, sem incluir o núcleo considerado central das investigações, no qual Bolsonaro está inserido.

◎ Pressão bolsonarista

Do lado oposto, parlamentares ligados a Bolsonaro entendem que a rejeição de Alcolumbre não encerra o debate. Para eles, o tema da anistia deve ganhar força no Congresso. O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), afirmou:

“A cabeça do presidente Davi Alcolumbre, nesse momento, é o que menos importa. Ele apenas reagiu ao que percebeu que estava acontecendo: será inevitável a aprovação da anistia. Então ele já reage fora do tempo, o assunto está na Câmara. Me parece que esse tema, pelas ruas, vai ganhando cada vez mais eco, mais apoio”.

◎ Relação com o governo

Embora o União Brasil tenha anunciado oficialmente o desembarque da base governista, Alcolumbre mantém proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O senador tem influência sobre dois ministérios estratégicos: Integração Nacional, comandado por Waldez Góes, e Comunicações, sob Frederico Siqueira.

Mesmo após a saída formal do partido da coalizão, a expectativa é de que os dois aliados de Alcolumbre permaneçam em seus cargos na Esplanada, reforçando o peso político do senador no tabuleiro do governo federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

"Tarcísio passou dos limites, e isso tem consequências", dizem ministros do STF após ataques do governador a Moraes

Tarcísio parte para o ‘tudo ou nada em busca da bênção do Bolsonaro para concorrer à Presidência’, afirmam os magistrados

      Tarcísio de Freitas (Foto: Reprodução Youtube)

Os ataques feitos pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao ministro Alexandre de Moraes durante o ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista foram interpretados como um marco negativo na relação entre ele e o Supremo Tribunal Federal (STF), relata Bela Megale, do jornal O Globo.

Pelo menos três ministros da Suprema Corte consideraram que Tarcísio ultrapassou "limites institucionais" ao classificar Moraes como “ditador” e “tirano” em seu discurso. Um dos magistrados avaliou: “Ele foi para o tudo ou nada. Um ataque tão virulento dirigido ao ministro Alexandre de Moraes atinge todo o tribunal. Tarcísio passou dos limites institucionais, e isso tem consequências. Certamente, o diálogo dele fica prejudicado com uma boa parcela dos ministros”.

◆ Movimentos políticos e cálculo eleitoral

Dentro do STF, a leitura é de que o governador radicalizou seu discurso como parte de uma estratégia política. Segundo outro integrante da Corte, a postura de Tarcísio visa agradar a Jair Bolsonaro (PL) e consolidar-se como o nome da direita na disputa presidencial de 2026. “Obviamente, o discurso do Tarcísio não é um sinal de quem queira construir diálogo com o Judiciário. O que eu vejo é ele radicalizando em busca da bênção do Bolsonaro para concorrer à Presidência”, afirmou.

◆ A reação do STF

Após as declarações de Tarcísio, o decano do Supremo, ministro Gilmar Mendes, reagiu publicamente pelas redes sociais. Ele rechaçou a acusação de “ditadura da toga” e defendeu a atuação da Corte: “Não há no Brasil ditadura da toga, tampouco ministros agindo como tiranos. O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais”.

Mendes destacou ainda que as ameaças à democracia não vieram do Judiciário, mas de episódios recentes da política nacional. Ele citou a negligência na condução da pandemia, a mobilização em frente a quartéis pedindo intervenção militar e a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. “Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, reforçou o ministro.

◆ Isolamento político no horizonte

A avaliação predominante entre os ministros do STF é de que, ao adotar uma postura de confronto direto com Alexandre de Moraes e, por extensão, com a Corte, Tarcísio de Freitas pode enfrentar dificuldades para manter interlocução institucional com o Supremo. O gesto, visto como um movimento de cálculo eleitoral, amplia sua identificação com a base bolsonarista, mas tende a restringir canais de diálogo em Brasília em um momento crucial de articulações para 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Gilmar rebate Tarcísio, acusa golpistas e lista crimes de Bolsonaro


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Foto: Divulgação

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, se pronunciou neste domingo (7) após as declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante uma manifestação pró-anistia na avenida Paulista. O decano da Corte negou a existência de uma “ditadura da toga” no Brasil e defendeu o papel do STF como guardião da Constituição. Ele também citou episódios recentes que, em sua avaliação, representam os verdadeiros riscos autoritários enfrentados pelo país:

No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento. Não há no Brasil “ditadura da toga”, tampouco ministros agindo como tiranos. O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais.

Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República.

O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo. É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam.

Confira o pronunciamento de Tarcísio:

Fonte: DCM

Após desfile de 7 de Setembro, Lula afirma que Brasil é soberano e “tem lado, o do povo”

Neste ano, a data ganhou caráter político explícito, com forte apelo à ideia de patriotismo e independência

                    Lula participa do desfile de 7 de setembro (Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais, neste 7 de setembro, para reafirmar a mensagem de soberania nacional. “O Brasil é independente e tem lado, o do povo brasileiro”, escreveu após participar do tradicional desfile cívico-militar em Brasília.

Neste ano, a data ganhou caráter político explícito, com forte apelo à ideia de patriotismo e independência. Segundo o governo, o objetivo foi marcar posição diante da oposição bolsonarista e também em meio às reações ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Conforme dados da Secretaria de Comunicação Social (Secom), cerca de 45 mil pessoas acompanharam o evento na Esplanada dos Ministérios, número superior ao de 2024, quando foram registradas 30 mil presenças.

O cenário montado para a celebração destacou cartazes e bonés com o slogan “Brasil Soberano”, reforçando o tom político da solenidade.

● Governo promove programas e símbolos nacionais

Além do desfile militar, o governo aproveitou a data para promover políticas públicas e programas estratégicos. O mascote Zé Gotinha foi destaque na defesa da vacinação, enquanto painéis apresentaram iniciativas como o Novo PAC e a futura realização da COP30 em Belém.Um dos momentos simbólicos foi a apresentação de uma música de exaltação patriótica, interpretada pela ministra da Cultura, Margareth Menezes. A letra dizia: “Bate forte coração, orgulho verdadeiro/ É o governo do Brasil, do povo brasileiro”.

● Pronunciamento e críticas a adversários

Na noite anterior, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, Lula defendeu a independência do país frente a pressões externas e ataques políticos. “O Brasil não será colônia de ninguém. O único dono deste país é o povo brasileiro”, declarou. Ele também classificou adversários que, segundo ele, agem contra interesses nacionais como “traidores da pátria”, afirmando que “a história não os perdoará”.

O presidente destacou ainda propostas como a regulação das redes sociais, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a valorização do Pix.

Fonte: Brasil 247

Entra na reta final julgamento do STF que pode condenar Bolsonaro à prisão

Ex-presidente é o principal alvo da ação sobre a trama golpista

Ex-presidente Jair Bolsonaro em casa, em Brasília, durante prisão domiciliar determinada pelo STF 14/08/2025 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Reuters)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser condenado a uma pena de prisão severa no julgamento da trama golpista em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso, em análise pela Primeira Turma, envolve oito réus, mas Bolsonaro é apontado como a figura central na tentativa de abalar o sistema democrático e o resultado das eleições de 2022.

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, embora generais e ex-ministros militares também estejam entre os acusados, como Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, suas situações jurídicas parecem menos graves na reta final do processo. O julgamento será retomado na terça-feira (10) e a expectativa é de que seja concluído na próxima sexta-feira (12), quando serão definidas as sentenças de todos os envolvidos.

◈ A ameaça de condenação para Bolsonaro

Bolsonaro responde às acusações de ter arquitetado e incentivado planos para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A Procuradoria-Geral da República sustenta que o ex-presidente utilizou a máquina pública, a influência sobre militares e sua base política para tentar corroer a confiança nas urnas eletrônicas e abrir espaço para uma ruptura institucional.

Ministros do Supremo ouvidos pela reportagem afirmaram que as provas contra Bolsonaro são mais consistentes do que as apresentadas contra os demais réus. O ex-presidente é acusado de liderar reuniões em que se discutiram alternativas ilegais para questionar o resultado eleitoral, além de estimular desinformação sobre a Justiça Eleitoral.

Segundo interlocutores da Corte, a possibilidade de condenação com pena pesada não está descartada.. Uma eventual decisão nesse sentido reforçaria o entendimento de que Bolsonaro foi além do discurso político e atuou diretamente para tentar inviabilizar a transição de poder.

◈ Situação dos generais no processo

Em contraste, os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira chegam à fase final do julgamento em posição relativamente mais favorável. Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, foi acusado de construir a narrativa contra as urnas, mas sua defesa conseguiu fragilizar as provas apresentadas pela Polícia Federal. Já Paulo Sérgio, ex-ministro da Defesa, apresentou testemunhos que o colocam como figura contrária a planos golpistas, embora ainda pese contra ele a postura crítica em relação ao TSE em 2022.

Outros réus —como Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid e Walter Braga Netto— também aguardam a definição de seus destinos jurídicos. Contudo, nenhum deles reúne tanto protagonismo quanto Bolsonaro, que permanece no centro do processo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

CPMI do INSS ouve ex-ministro da Previdência Carlos Lupi nesta segunda


Lupi comandou a pasta entre janeiro de 2023 e maio de 2025 Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A CPMI do INSS ouve nesta segunda-feira (8) o ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi. A reunião está marcada para as 16h.

Lupi comandou a pasta entre janeiro de 2023 e maio de 2025. O convite ao ex-ministro foi proposto pelo relator da comissão parlamentar mista de inquérito, deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL).

Segundo o parlamentar, o ex-ministro “detém informações imprescindíveis” para esclarecer quais medidas foram adotadas para evitar o desconto ilegal nos benefícios de aposentados.

Essa CPMI, comissão que investiga fraudes a aposentados e pensionistas no âmbito do INSS, é presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG).

Fonte: Agência Senado

Milei é atropelado em Buenos Aires: peronismo abre 13 pontos nas eleições legislativas


Javier Milei foi eleito em 2023 com um discurso de usar uma “motosserra” contra gastos públicos. Foto: Marcos Gomez/AFP

Na noite deste domingo (7), a partir das 21h, foram divulgados os primeiros resultados das eleições legislativas na Província de Buenos Aires, a mais populosa da Argentina, onde mais de 14 milhões de eleitores estavam aptos a votar.

O peronismo, reunido na frente Fuerza Patria — que une kirchneristas, aliados do governador Axel Kicillof e o setor de Sergio Massa — aparecia com uma vantagem de 13 pontos sobre o partido La Libertad Avanza, ligado ao presidente Javier Milei.

O pleito renova parte das cadeiras das duas câmaras legislativas da província: 46 assentos de deputados e 23 de senadores, além de vagas em câmaras municipais e conselhos escolares. A participação eleitoral superou 60% do eleitorado. Cerca de 70% dos votos se concentraram nas duas maiores regiões eleitorais, chamadas de Primeira e Terceira Seção.

Na Primeira Seção, onde concorria Gabriel Katopodis (Fuerza Patria), a coalizão peronista ultrapassou os 47% dos votos, contra 37,15% da lista de Diego Valenzuela, de La Libertad Avanza. Trata-se da primeira vitória clara do peronismo em uma eleição legislativa nessa região desde 2009. Mais atrás ficaram o Frente de Izquierda (4,28%) e o bloco Somos Buenos Aires, que reuniu radicais, setores da Coalizão Cívica e peronistas não kirchneristas, com 4,16%.

No bunker em La Plata, a deputada nacional Cecilia Moreau (kirchnerista) agradeceu a Juan Grabois, Máximo Kirchner, Sergio Massa, Axel Kicillof e também a Cristina Kirchner pelo resultado.

Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina. Foto: Reprodução

“A militância fez possível esse triunfo. A província marcou um caminho de esperança e futuro”, disse.

O governador de Tierra del Fuego, Gustavo Melella, celebrou o resultado como um “freio a Milei”, afirmando que o eleitorado escolheu uma província mais preocupada com trabalho, produção e inclusão.

Já Axel Kicillof comemorou ao lado de Sergio Massa, reforçando a unidade do peronismo diante do governo nacional.

O deputado e líder do PJ bonaerense, Máximo Kirchner, aproveitou o embalo para ironizar o presidente. Em uma publicação no Instagram, escreveu: “Pediste para tirar o pingüim do caixão e aí está. O povo não muda de ideia, segue com as bandeiras de Evita e Perón”.

Fonte: DCM

domingo, 7 de setembro de 2025

Bandeirão dos EUA vira símbolo de entreguismo em ato bolsonarista na Paulista


Ato bolsonarista na avenida Paulista tem bandeiraço dos EUA
Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

A avenida Paulista foi palco, neste domingo (7), de um ato bolsonarista em defesa da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro e do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). Organizado pelo pastor Silas Malafaia, o evento teve forte simbolismo, com apoiadores estendendo uma enorme bandeira dos Estados Unidos e exibindo cartazes de apoio a Donald Trump, que recentemente impôs um tarifaço de 50% contra o Brasil e aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. Mais entreguista impossível.

Entre os presentes, destaque para Michelle Bolsonaro, que foi ovacionada pelo público ao chegar segurando um boneco do marido e chorou ao subir no carro de som. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e lideranças como os deputados Luiz Lima, Hélio Lopes, Eduardo Pazuello e Clarissa Garotinho também marcaram presença. No discurso, Tarcísio afirmou que o julgamento no STF está “maculado” e defendeu a anistia como parte da tradição de reconciliação política do Brasil.

O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, negou que tenha havido tentativa de golpe em 2023, classificando os atos como “baderna generalizada”. Ainda assim, pediu punição para alguns envolvidos e anistia ampla para os demais, incluindo Bolsonaro. Durante sua fala, apoiadores gritaram “fora, Romário”, em referência ao senador criticado por não apoiar o impeachment de Moraes.

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, segura boneco do marido Jair Bolsonaro durante ato na avenida Paulista
Imagem: Adriana Negreiros/UOL


Esse foi o segundo grande ato sem a presença física de Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar por decisão do STF. No último, em agosto, ele participou por videochamada. Mesmo ausente, sua imagem esteve no centro do protesto, reforçada pelas falas de aliados e pelo coro de militantes que pediam “anistia já”.

Tarcísio também usou o ato para criticar diretamente o STF. Disse que condenações sem provas abrem uma “ferida que nunca vai fechar” e pediu a devolução do passaporte de Silas Malafaia, apreendido pela Polícia Federal em operação recente. O governador, apontado como possível candidato à presidência em 2026, reforçou que só Bolsonaro é o líder da direita, numa tentativa de equilibrar seu protagonismo com a lealdade ao ex-presidente.

Enquanto isso, em Brasília, o desfile oficial do 7 de Setembro foi marcado pelo mote “Brasil Soberano”, em contraposição à narrativa bolsonarista. O julgamento da trama golpista será retomado na terça-feira (9), com voto inicial do relator Alexandre de Moraes, seguido dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A decisão final deve sair até sexta-feira (12), definindo o futuro político de Bolsonaro e de outros sete réus do núcleo central.

Fonte: DCM

Michelle ataca STF às lágrimas e ecoa discurso de anistia para golpistas

Michelle Bolsonaro em ato bolsonarista. Foto: Reprodução

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro transformou a avenida Paulista em palanque político neste 7 de Setembro. Em lágrimas, afirmou que Jair Bolsonaro “não vai desistir”, ignorando o fato de que o marido está inelegível até 2030 por abuso de poder e uso indevido da máquina pública. O ato, marcado por pedidos de anistia a golpistas e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), reforçou a estratégia de vitimização que mantém a base bolsonarista mobilizada.

Michelle buscou se apresentar como cuidadora e guardiã de Bolsonaro, mas seu discurso foi além do emocional. Ela acusou ministros do STF de agirem como “tiranos” e descreveu o Brasil como vivendo sob uma “ditadura judicial”. Ao ecoar narrativas sem provas sobre perseguição política e supostos maus-tratos a presos do 8 de janeiro, a ex-primeira-dama repetiu a retórica de deslegitimação das instituições.

O momento não é apenas de apoio pessoal: Michelle também ensaia seu papel como peça-chave no tabuleiro eleitoral de 2026. A direita discute se ela deve ser vice de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou até mesmo cabeça de chapa presidencial. Em ambos os cenários, seu sobrenome e apelo religioso são vistos como trunfos para manter vivo o capital político do bolsonarismo.

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, segura boneco do marido Jair Bolsonaro durante ato na avenida Paulista
Imagem: Adriana Negreiros/UOL


Aos prantos, Michelle disse que Bolsonaro é “o maior líder da direita do país”. A frase serve como recado aos aliados que flertam com alternativas, mas ignora que o ex-presidente se tornou inelegível justamente por atentar contra a democracia. O discurso reforça o paradoxo do bolsonarismo: proclamar defesa da liberdade enquanto prega anistia para quem tentou derrubar o Estado de Direito.

O ato também escancarou a fragilidade do campo bolsonarista. Sem Bolsonaro em cima do trio elétrico, coube à esposa segurar o microfone e encarnar o papel de líder resistente. A encenação de lágrimas e fé reforça o apelo emocional da narrativa, mas não altera o fato de que a Justiça avança contra o ex-presidente. A aposta no vitimismo pode mobilizar seguidores, mas não reescreve os crimes cometidos.

A presença de Michelle na Paulista, incerta até a véspera, acabou se tornando símbolo do esforço de manter o bolsonarismo vivo mesmo sem Bolsonaro. O problema é que esse projeto depende cada vez mais de negar a realidade e de confrontar instituições, em vez de oferecer alternativas concretas ao país. O 7 de Setembro bolsonarista foi, mais uma vez, menos sobre independência e mais sobre a tentativa de blindar um líder condenado.

Fonte: DCM