sexta-feira, 5 de setembro de 2025

PT inicia mobilização virtual e nas ruas contra anistia e Tarcísio

Objetivo é enfrentar a tentativa de anistia aos golpistas e escancarar Tarcísio como bolsonarista radical

      Manifestações contra a anistia (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

O PT intensificou sua estratégia contra o projeto de anistia em discussão no Congresso Nacional. De acordo com o g1, a legenda definiu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como principal alvo de sua campanha. A mobilização inclui publicações nas redes sociais e convocações para que a militância vá às ruas no domingo, 7 de Setembro.

A ideia do PT é associar Tarcísio a Jair Bolsonaro (PL), buscando reforçar a imagem de que o governador compartilha de posições radicais semelhantes às do ex-presidente. Outro nome que deve ser alvo das críticas é o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do Progressistas, partido que anunciou nesta semana sua saída da base do governo Lula. A orientação no Palácio do Planalto, no entanto, é que a pauta não seja tratada em materiais oficiais nem nas celebrações cívicas da data, deixando a militância e os parlamentares de esquerda responsáveis por conduzir o enfrentamento.

☉ Declarações de Lula e estratégia no Congresso

Em discurso na quinta-feira (4), em uma comunidade de Belo Horizonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou o tema pela primeira vez de forma direta. “O Congresso, vocês sabem, não é um Congresso eleito pela periferia. O Congresso tem ajudado o governo, o governo aprovou quase tudo o que queria, mas a extrema-direita tem muita força ainda. É uma batalha que tem que ser feita também pelo povo”, afirmou.

Até então, Lula vinha evitando se posicionar abertamente sobre a anistia, mas sua fala em Minas Gerais foi interpretada como reflexo da decisão do partido de levar o debate às ruas. Ministros próximos ao presidente garantem que, caso o Congresso aprove uma anistia ampla, Lula deverá vetar o texto. Um assessor próximo ao presidente classificou essa eventual decisão como um “presente histórico”, já que permitiria a Lula se apresentar como defensor da democracia em contraposição a Tarcísio e aos aliados de Bolsonaro.

☉ Disputa nas redes sociais

Dentro do PT, a percepção é de que a defesa da anistia dominou o debate nas redes nos últimos dias, superando até mesmo o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). A leitura é que, ao contrário de outros momentos, como nas discussões sobre aumento de impostos ou taxação da alta renda, o bolsonarismo conseguiu vantagem digital e pautou a narrativa.

☉ Atos de 7 de Setembro e o "Grito dos Excluídos"

A tradicional manifestação do “Grito dos Excluídos”, organizada pela esquerda no Dia da Independência, terá neste ano novos contornos. Os temas inicialmente previstos eram a defesa da soberania nacional — diante do tarifaço imposto pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump —, o apoio à ampliação da isenção do Imposto de Renda e o fim da escala de trabalho 6x1.

Com a crescente mobilização bolsonarista em defesa da anistia, o PT e seus aliados decidiram incorporar o assunto às manifestações. As palavras de ordem que devem marcar os protestos incluem “Brasil contra anistia”, “Sem anistia” e “Em defesa da democracia”. A avaliação interna é que essa pauta tem maior potencial de engajamento popular do que as bandeiras originalmente planejadas.

Assim, a disputa de narrativas deve se intensificar tanto nas ruas quanto nas plataformas digitais, em um 7 de Setembro marcado pelo embate entre a defesa da democracia e as articulações em favor da anistia.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Proposta do PL por “anistia ampla” que beneficiaria Bolsonaro enfrenta resistência no Congresso, STF e governo

Projeto que tenta incluir Jair Bolsonaro e reverter sua inelegibilidade divide parlamentares e encontra obstáculos jurídicos e políticos

     STF e a Câmara dos Deputados (Foto: STF / Agência Câmara)

A proposta do PL para ampliar o alcance da anistia, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e até a reversão de sua inelegibilidade, esbarra em fortes resistências dentro do Congresso Nacional, no Supremo Tribunal Federal (STF) e no próprio governo federal, destaca reportagem da Folha de S.Paulo.

O julgamento de Bolsonaro pelo STF no caso da trama golpista impulsionou as articulações do PL e de partidos do centrão em defesa de um perdão mais amplo. No entanto, a iniciativa encontra barreiras tanto entre senadores quanto na Corte, além de gerar incertezas na Câmara dos Deputados.

◈ Resistências no Congresso e no Supremo

Líderes do PL, PP, União Brasil e Republicanos reconhecem dificuldades em consolidar um texto de consenso. Enquanto a proposta de perdoar apenas os condenados pelos atos de 8 de Janeiro encontra maior respaldo, incluir Bolsonaro e reverter sua inelegibilidade divide opiniões.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), elaborou uma versão que perdoa desde investigados no inquérito das fake news, iniciado em 2019, até condenados por participação nos acampamentos golpistas e no 8 de Janeiro. O texto, obtido pela Folha, é considerado o mais abrangente já discutido no Legislativo, mas enfrenta críticas do centrão, que prefere manter a inelegibilidade do ex-presidente como forma de abrir caminho para a candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2026.

◈ Estratégia política e disputas internas

A pressão pelo perdão ganhou força após críticas dos filhos de Bolsonaro a aliados políticos, acusados de usar sua base eleitoral sem esforço real para libertá-lo. Nesse cenário, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, passou a se engajar diretamente nas articulações em Brasília. O movimento também influenciou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que admitiu discutir a pauta, embora ainda sem definir data de votação ou relatoria.

Motta afirmou após encontro com Tarcísio: "Não há ainda nenhuma definição sobre a anistia e seguimos ouvindo líderes de partidos favoráveis e contrários ao tema". Apesar da cautela, o deputado reconheceu que a pressão dos líderes aumentou.

◈ Alternativa do Senado e posição do STF

No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) rejeitou a ideia de uma anistia ampla. Ele prepara um projeto alternativo que reduz apenas as penas dos condenados pelo 8 de Janeiro, proposta considerada mais aceitável por parte dos ministros do STF.

Apesar disso, especialistas ouvidos pela Folha apontam que a versão apresentada por Sóstenes Cavalcante, que prevê até a reversão da inelegibilidade de Bolsonaro, dificilmente resistiria ao crivo do Supremo. A análise é de que a inclusão de crimes contra o Estado democrático de Direito em uma anistia poderia ser revertida pela Corte.

◈ Cenário ainda indefinido

Enquanto isso, líderes partidários discutem a possibilidade de um meio-termo, que contemple parte das demandas da base de Bolsonaro sem romper o equilíbrio político no Congresso. Esse arranjo também dependeria de uma espécie de acordo tácito com ministros do STF para reduzir riscos de judicialização.

O futuro da proposta, portanto, segue indefinido: se por um lado há pressão crescente de parlamentares da direita e do centrão, por outro, o texto ainda enfrenta resistências institucionais e jurídicas que podem inviabilizar sua aprovação em caráter amplo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

GSI aciona 'Plano Escudo' para o 7 de Setembro, com drones e snipers para proteger Lula

Plano Escudo prevê 200 homens de prontidão, revista antibomba e monitoramento de manifestações no DF

      Marcos Amaro e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

A segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o desfile de Sete de Setembro, em Brasília, contará com um esquema reforçado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Segundo o jornal O Globo, o chamado “Plano Escudo” terá atuação ampliada neste ano, em razão do julgamento da trama golpista em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde terça-feira (2), quando começou a análise do caso, cerca de 200 homens extras permanecem de prontidão em áreas próximas ao Palácio do Planalto. Esse contingente, além do efetivo habitual de segurança, seguirá mobilizado até a conclusão do julgamento. O desfile do próximo domingo (7) é considerado um dos momentos mais sensíveis dentro desse período.

◈ Reforço tecnológico e vigilância aérea

Entre as medidas adicionais está o uso de drones e equipamentos anti-drones para neutralizar dispositivos não tripulados que representem ameaça. O GSI também ampliou a equipe de “contra-snipers”, encarregada de monitorar eventuais atiradores na Esplanada dos Ministérios.

A tribuna presidencial, onde Lula estará acompanhado por ministros e autoridades dos Três Poderes, passará por revista antibomba e química no sábado. O local ficará sob guarda permanente até o início do evento, previsto para as 9h de domingo, com duração de duas horas.

◈ Manifestações monitoradas e nível de alerta

O GSI acompanha ainda duas manifestações marcadas para o domingo: uma em apoio a Jair Bolsonaro (PL) e outra favorável a Lula. Integrantes do governo classificam a situação atual como “nível amarelo”, o mais baixo da escala de risco que ainda contempla os níveis laranja e vermelho, aplicados em casos de maior ameaça.

O desfile deste ano terá como tema central “Brasil Soberano” e será aberto com Lula em carro oficial. O evento cívico-militar foi organizado em conjunto pelo GSI, o Comando Militar do Planalto e a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, que definiram protocolos mais rigorosos após os ataques de 8 de janeiro de 2023.

Segundo fontes do Planalto, todos os cuidados extras refletem a combinação entre o julgamento no STF e a importância simbólica do Sete de Setembro para a segurança institucional do país.

Fonte; Brasil 247 com informações do jornal O Globo

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

PAI promove mudança histórica na Saúde de Apucarana com mais de 10 mil atendimentos pediátricos em apenas 60 dias

Entre 30 de junho e 1º de setembro, a unidade realizou 10.087 atendimentos, uma média de 160 por dia, além de 1.971 exames laboratoriais e 2.199 exames de raio-x


Em apenas 60 dias, o Pronto Atendimento Infantil de Apucarana (PAI) transformou o atendimento de urgência e emergência para crianças e adolescentes. Entre 30 de junho e 1º de setembro, a unidade realizou 10.087 atendimentos, uma média de 160 por dia, além de 1.971 exames laboratoriais e 2.199 exames de raio-x. Os resultados dos dois primeiros meses de funcionamento foram apresentados nesta quinta-feira (04/09) pelo prefeito Rodolfo Mota e pelo secretário municipal de Saúde, médico Guilherme de Paula.

“Apucarana cheia de desafios, mas também é uma cidade feita de um povo bom, ordeiro, trabalhador, servidores dedicados. E é por isso que fiz questão de estar aqui apresentando os resultados. É uma alegria poder ser o responsável por colocar em funcionamento o tão sonhado Pronto Atendimento Infantil de Apucarana. Em apenas seis meses de gestão tornamos real algo prometido por quase 20 anos, é uma mudança histórica, uma transformação na saúde da nossa cidade”, salientou o prefeito Rodolfo Mota.

Ele destacou o impacto positivo do PAI para o funcionamento de toda a rede pública de saúde. “A Clínica da Criança, que fica aqui ao lado, deixou de ser usada para urgência e emergência, funcionando agora apenas com consultas eletivas de pediatria e fonoaudiologia. E a UPA também foi beneficiada: cerca de 100 atendimentos a menos por dia significaram a redução de uma hora no tempo médio de espera para os adultos. É um ganho para todos”, reforçou Mota, agradecendo à equipe da Secretaria de Saúde, liderada pelo médico Guilherme de Paula.

A dedicação dos profissionais, reforçou o prefeito, tem se revertido na satisfação dos usuários. Pesquisa interna mostra que mais de 90% dos pais e acompanhantes avaliaram positivamente o atendimento recebido nesses dois primeiros meses. “Isso comprova que o PAI está cumprindo seu papel de forma eficiente e humanizada, reorganizando o fluxo da rede e elevando a qualidade da saúde pública em Apucarana”, pontuou Rodolfo Mota.

Moradora do Distrito de Pirapó, Eliane Pessa, estava no PAI com seu filho Miguel. O menino, de 7 anos, apresentava suspeita de fratura no braço após queda. “Está sendo muito rápido aqui. Chegamos, passamos pela triagem e fomos logo atendidos na consulta e direcionados para o raio-x”, elogiou.

O raio-x da unidade é digital. “A criança ou adolescente faz o exame de imagem e no mesmo instante o resultado já está disponível na tela do computador do médico, isso garante agilidade na avaliação e intervenções necessárias”, destaca o Dr. Guilherme de Paula, secretário municipal da Saúde.

Além dos mais de 10 mil atendimentos, ele estima que mais de 30 mil pessoas passaram pelo PAI neste período de 60 dias. “Levando-se em conta o número de atendidos e o de acompanhantes, certamente mais de 30 mil pessoas entre pacientes, mães, pais, avós, enfim, responsáveis, tenham passado pelo PAI nestes dois meses com grande aprovação”, projeta Dr. Guilherme, reafirmando o compromisso da equipe da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) com a qualidade do atendimento.

O PAI – Localizado no térreo do prédio do futuro Hospital Municipal de Apucarana, o PAI oferece atendimento de urgência e emergência a recém-nascidos até adolescentes de 16 anos, das 7 às 22 horas, todos os dias da semana. A estrutura, que tem como diretora a administradora hospitalar Rosa Mara Gregório, conta com recepção, sala de espera ampla, seis consultórios, sala de emergência, duas salas de medicação, sala com raio-x digital, além de banheiros e área de apoio, garantindo conforto aos pacientes e familiares.


Fonte: Prefeitura de Apucarana

Carlos Bolsonaro e Caroline de Toni saem na frente em pesquisa para o Senado no estado de Santa Catarina

O parlamentar registrou 45% das intenções de voto

      Caroline de Toni e Carlos Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara I Divulgação)

A pesquisa do instituto Real Time Big Data divulgada nesta quinta-feira (4) mostrou o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) em primeiro lugar na disputa pelo Senado em Santa Catarina.

O parlamentar registrou 45% das intenções de voto para ocupar uma cadeira no Senado em Santa Catarina, contra 33% de Caroline de Toni (PL-SC), atual deputada federal. As estatísticas referem-se ao cenário 3 do levantamento, encomandado pela Record.

De acordo com números, o senador Esperidião Amin (PP-SC) conseguiu 21%, e o ex-deputado federal Décio Lima (PT), 19%. O prefeito de Joinville (SC), Adriano Silva (Novo), atingiu 17%.

O ex-deputado federal Carlos Chiodini (MDB) e Paulo Alceu (sem partido) conseguiram 7% cada. Votos em branco e nulo representaram 7%. Os que não souberam responder ou não opinaram, 4%.

Fonte: Brasil 247

Tebet prevê conclusão da Rota Biocêanica até 2026




Ministra destaca potencial da integração regional durante evento em Campo Grande, que reuniu autoridades e empresários do Brasil e do Chile

A ministra Simone Tebet discursa durante o evento Rodada de Negócios - Rota Bioceânica - 3/9 (Foto: Celso Magalhães)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ressaltou durante a Rodada de Negócios Brasil-Chile, realizada em Campo Grande (MS), o impacto positivo da Rota Bioceânica de Capricórnio, um dos principais projetos de integração da América do Sul. O evento, que ocorreu na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS), foi uma plataforma para discutir como fortalecer a cooperação bilateral entre os dois países e expandir as parcerias empresariais, especialmente com foco na logística e infraestrutura.

O encontro contou com a participação de representantes do Brasil e do Chile, incluindo o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, e o ministro da Economia, Fomento e Turismo do Chile, Álvaro García Hurtado, entre outros. Em seu discurso, Tebet enfatizou que as obras da Rota Bioceânica, previstas para serem concluídas até 2026, têm o potencial de dobrar a integração comercial da região, beneficiando não apenas o comércio entre o Brasil e o Chile, mas também entre os outros países envolvidos na rota, como Argentina e Paraguai.

“A Rota Bioceânica tem o poder de transformar nossa balança comercial em apenas cinco anos, criando novas oportunidades para setores como turismo, gastronomia e hotelaria", afirmou a ministra. O projeto visa conectar o Oceano Atlântico ao Pacífico, por meio de um corredor de mais de 2.000 km que liga os portos brasileiros de Santos, Paranaguá e Itajaí aos terminais chilenos de Iquique, Mejillones e Antofagasta.

O governador Riedel reforçou o compromisso de Mato Grosso do Sul com a conclusão do projeto. "Nosso estado está empenhado em ser um facilitador das iniciativas que garantirão o sucesso da Rota Bioceânica", declarou. A Rota Bioceânica não apenas abre novos caminhos comerciais, mas também pode acelerar a integração econômica entre os países da região, ampliando a competitividade do Brasil no comércio com a Ásia.

Em sua participação, o ministro chileno Álvaro García Hurtado destacou que o Chile possui uma rede de acordos comerciais vantajosos, que beneficiarão ainda mais a implementação da rota. “Além de ser um ponto de passagem, o Chile agrega valor ao comércio regional, oferecendo benefícios tarifários através de acordos comerciais já estabelecidos", explicou.

Hurtado também compartilhou os avanços realizados pelo Chile na infraestrutura necessária para a Rota Bioceânica. O país já investiu mais de US$ 1 bilhão para melhorar as rotas e portos, como o de Iquique, que agora conta com uma nova grua, e o de Antofagasta, que recebeu obras de ampliação. O fortalecimento do ecossistema logístico da região de Tarapacá, com a habilitação de portos secos, também foi citado como um passo importante para consolidar a integração regional. O ministro afirmou que o Chile não está apenas realizando discursos, mas sim avançando com a execução das obras essenciais para o sucesso do projeto.

Essa interação reforça a importância da Rota Bioceânica de Capricórnio como um motor para o crescimento econômico da América do Sul, promovendo uma integração mais fluida e sustentável entre seus países.

Fonte: Brasil 247

STJ concede liminar ao deputado Renato Freitas e restabelece mandato

O Superior Tribunal de Justiça suspendeu uma medida anteriormente anunciada pelo TJ do Paraná

      Renato Freitas (Foto: Divulgação)

O Superior Tribunal de Justiça suspendeu as punições aplicadas ao deputado estadual Renato Freitas (PT) e restabeleceu o mandato do parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná. O STJ suspendeu uma medida anteriormente anunciada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) e seguiu o entendimento da primeira decisão, em que o desembargador Jorge de Oliveira Vargas afirmou ser ilegal a sanção aplicada contra o petista.

De acordo com o STJ, o Tribunal paranaense não tinha competência para rever a liminar concedida em favor de Renato Freitas.

O motivo para o início do processo foi uma representação da Secretária Márcia Huçulak (PSD), por causa da atuação de Freitas em um protesto na Casa Legislativa em junho de 2024, contra o projeto de lei que instituiu o Programa Parceiro da Escola.

Manifestantes quebraram vidros, portas de acesso ao plenário, cadeiras nas galerias, e arrombaram o portão principal de entrada. A representação acusou Freitas de ter estimulado a ocupação do plenário e dificultado o trabalho dos parlamentares.

Fonte: Brasil 247

CPMI do INSS intima 'Careca do INSS' a prestar depoimento

Em outra decisão, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito intimou o empresário Maurício Camisoti

     Careca do INSS

O vice-presidente da CPMI do INSS, deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), afirmou nesta quinta-feira (4) que o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", foi intimado a prestar depoimento no próximo dia 15. Os desvios no Instituto Nacional de Seguro Social resultaram no prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões durante cinco anos, entre 2019 e 2024, apontaram as investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da República.

Em outra decisão, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito intimou o empresário Maurício Camisoti a prestar depoimento em 18 de setembro. Ele tem ligação com a Ambec (Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos).

No Congresso, a CPMI é composta por 16 deputados e 16 senadores titulares e igual número de suplentes. O pedido de criação da comissão foi apresentado em 12 de maio e sua instalação ocorreu no mês seguinte.

O requerimento para a criação da CPMI teve o apoio de 223 deputados e 36 senadores. As estatísticas foram superiores ao mínimo exigido, de 171 deputados e 27 senadores, números que representam um terço da composição de cada Casa.

Em 2025, a PF e a CGU fizeram a Operação Sem Desconto contra associações acusadas de falsificar autorizações de idosos. Os documentos eram usados para que o INSS descontasse automaticamente, das aposentadorias e pensões, uma mensalidade associativa. Os valores desviados iam para as associações. A justificativa era a de oferecer serviços diversos aos associados, o que não ocorria.

Fonte: Brasil 247

Michelle Bolsonaro: "meu futuro político está totalmente entregue a Deus"

A ex-primeira-dama voltou a defender Jair Bolsonaro, réu no inquérito da trama golpista

    Michelle Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (4) que entregou o seu futuro na política "à vontade de Deus", sem descartar a possibilidade de ser candidata à presidência da República em 2026. "Muitos me perguntam sobre eleições. No momento, não estou pensando em eleições", disse.

Durante entrevista publicada no blog da Jussara Soares, na CNN, Michelle voltou a defender Jair Bolsonaro (PL) por causa do que ele chamou de "toda essa perseguição" judicial. O político da extrema direita é réu no inquérito da trama golpista, cumpre medidas cautelares e está em prisão domiciliar. O julgamento dele começou na última terça-feira (2).

A ex-primeira-dama disse que é necessário ampliar a participação das "mulheres de bem" na política, por meio de atividades do PL Mulher e de iniciativas como o Projeto Alicerça Brasil, que busca alavancar candidaturas femininas do partido com apelo ao público conservador e evangélico.

"O meu futuro está totalmente entregue à vontade de Deus", disse Michelle, evitando uma resposta taxativa sobre uma possível entrada sua na corrida presidencial de 2026.

Fonte: Brasil 247

CGU sabia de irregularidades no INSS desde 2019 e já tomava medidas, diz depoente na CPMI

CPMI do INSS ouviu diretora de auditorias da CGU, Eliane Viegas Mota

      Eliane Viegas Mota (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

TV Brasil - A CPMI do INSS ouviu nesta quinta-feira (4/9) a diretora de auditoria de previdência da Controladoria Geral da União (CGU), Eliane Viegas Mota. Ela depôs como testemunha, para esclarecer as auditorias feitas sobre as fraudes nos descontos irregulares em benefícios pagos a aposentados e pensionistas. Lembrando que foi uma operação da Polícia Federal, em parceria com a CGU, que apontou o desvio de bilhões de reais em benefícios da Seguridade Social.

Eliane Viegas disse que informações sobre irregularidades em descontos associativos no INSS chegaram à CGU em 2019, mas até então não havia indícios de que se tratava de uma prática generalizada. Quatro associações chegaram a ser suspensas naquela oportunidade, após a recomendação feita ao INSS. Ela afirmou que outros órgãos comunicaram ao Instituto sobre esse problema em 2021, e a própria CGU fez outro comunicado em 2024, também ao Ministério da Previdência e ao INSS.

Mais cedo, a CPMI apresentou vários requerimentos. Um deles pede informações ou registros de saída e entrada, inclusive imagens de segurança, de Antônio Carlos Camilo, o “careca do INSS”, nas dependências do Senado Federal. O depoimento dele está marcado para a próxima quinta-feira (11/9). E na segunda-feira (8/9) será ouvido o ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO – Diretora da CGU diz que alertou sobre farra do INSS durante governo Bolsonaro


Eliane Viegas Mota, diretora de Auditoria de Previdência da Controladoria-Geral da União (CGU), na CPMI do INSS. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A diretora de Auditoria de Previdência da Controladoria-Geral da União (CGU), Eliane Viegas Mota, afirmou, nesta quinta-feira (4), o órgão alertou autoridades em 2021, ano em que Jair Bolsonaro era o então presidente, sobre irregularidades nos descontos de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Ela foi questionada sobre o tema pelo deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, nesta quinta (4). Eliane foi ouvida na condição de testemunha.

“Eu quero saber se em 2021 foi feita alguma comunicação da CGU para alguma autoridade da República sobre irregularidade de desconto associativo”, questionou o deputado.

Em resposta, Eliane afirmou: “Se nós pegarmos as atas do GTI [Grupo de Trabalho Interinstitucional] Previdência, nos teremos, sim, manifestação. Não só da CGU, mas do Ministério Público, da Defensoria Pública da União. Por isso que estou falando especificamente, eu preciso pegar ano a ano”.

A servidora foi interrompida na sequência e o relator do colegiado afirmou que tinha uma “pergunta objetiva” e que gostaria de resposta. Paulo Pimenta (PT-RS) tentou acalmar o colega, que continuou interrompendo a depoente.
Veja: 

Eliane não esclareceu como foi feita a comunicação e qual autoridade ou órgão foi alertado sobre os descontos, que geraram uma operação contra o esquema bilionário da fraude no INSS em abril deste ano.

Em outro momento da CPMI, ela disse que o INSS tomou conhecimento sobre as fraudes em 2019, mas que o instituto optou por não fazer nada. Ela afirmou que só soube do esquema após uma denúncia feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que recomendou a suspensão dos acordos, mas não teve sucesso.

Fonte: DCM

7 de Setembro: movimentos realizam atos em defesa da soberania; veja lista


Protesto contra anistia a golpistas na Avenida Paulista. Foto: Ettore Chiereguini/Reuters

No feriado de 7 de setembro, que marca os 203 anos da Independência, movimentos populares realizam atos em pelo menos 23 estados e no Distrito Federal em defesa da soberania nacional. A mobilização é organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, pelo Fórum das Centrais Sindicais e pelo tradicional Grito dos Excluídos, que neste ano se unem ao Plebiscito Popular por um Brasil mais justo.

Segundo levantamento dos organizadores, estão confirmados 36 protestos em 33 cidades do país. Entre as principais bandeiras estão a taxação dos super-ricos, a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil e a redução da jornada de trabalho sem redução salarial.

O lema deste ano, “7 de Setembro do Povo – quem manda no Brasil é o povo brasileiro”, busca reforçar que a data deve simbolizar luta por direitos e soberania, em contraposição à tentativa da extrema-direita de apropriar-se do simbolismo da independência.

A imposição de tarifas sobre produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu ainda mais força à mobilização. Os organizadores afirmam que a medida é um ataque contra a economia nacional e que o Brasil não pode se curvar a pressões externas.
O Grito dos Excluídos em 2025 ocorre paralelamente ao plebiscito “Por um Brasil Mais Justo”. Reprodução
As manifestações também buscam fortalecer a pauta ambiental, ressaltando que soberania e democracia estão ligadas à preservação dos recursos naturais. Para os movimentos, independência só se concretiza quando o povo tem garantidos seus direitos sociais e ambientais.

Durante os atos, será realizada a coleta de votos do Plebiscito Popular, que consulta a população sobre propostas como a taxação dos mais ricos, o fim da escala de trabalho 6×1 e a ampliação do acesso à justiça fiscal e social no país.

Veja a lista das mobilizações:

Nordeste

  • Maceió (AL) – Praça da Faculdade – 8h
  • Feira de Santana (BA) – Av. Presidente Dutra – 14h
  • Salvador (BA) – Campo Grande – 9h
  • Souto Soares (BA) – Praça Raul Soares – 9h
  • Fortaleza (CE) – Praia do Futuro – 8h
  • João Pessoa (PB) – Lagoa do Parque Solon de Lucena – 9h
  • Campina Grande (PB) – Praça Clementino Procópio – 9h
  • Recife (PE) – Parque 13 de Maio até Praça do Carmo – 9h
  • Natal (RN) – Praça das Flores – Petrópolis – 9h
  • Aracaju (SE) – Praça da Catedral Metropolitana – a partir das 9h

Norte

  • Macapá (AP) – Av. Cabral / Hospital do Amor – 7h
  • Manaus (AM) – UFAM (25 a 28/08, 10h às 16h); Feira Caipora Criativa (30/08, 15h às 20h); Rotatória Novo Aleixo até Parque dos Gigantes da Floresta (05/09, concentração 15h | caminhada 16h30)
  • Belém (PA) – Escadinha do Cais do Porto até Praça da Prefeitura – 9h
  • Porto Velho (RO) – Cúria Arquidiocesana – (a confirmar)
  • Boa Vista (RR) – Palco Aderval da Rocha, em frente à Praça Germano Sampaio – 15h30
  • Palmas (TO) – Praça Tarcísio Machado – 18h

Centro-Oeste

  • Brasília (DF) – Praça Zumbi dos Palmares – 10h
  • Goiânia (GO) – Praça do Trabalhador e caminhada pela Feira Hippie – concentração 8h30 | caminhada 9h
  • Cáceres (MT) – Salão da Matriz São Sebastião, Rua Rodrigues Alves, 201 – Cidade Nova – 7h
  • Cuiabá (MT) – Praça Cultural do Jardim Vitória até Estádio Verdinho – concentração 7h30 (07/09)
  • Primavera do Leste (MT) – Paróquias locais – (a confirmar)
  • Rondonópolis (MT) – Universidade Federal de Rondonópolis, Av. dos Estudantes, 5055 – 04/09
  • Campo Grande (MS) – Rua 13 de Maio com Dom Aquino – 8h

Sudeste

  • Vitória (ES) – Praça Portal do Príncipe até Praça João Clímaco – 8h30
  • Belo Horizonte (MG) – Praça Raul Soares – 9h
  • Rio de Janeiro (RJ) – Rua Uruguaiana com Presidente Vargas – 9h (com café da manhã solidário)
  • Aparecida (SP) – Basílica Velha, seguida da Romaria das Trabalhadoras e Trabalhadores – 7h
  • Mauá (SP) – Santuário Imaculada Conceição, Praça Mons. Alexandre V. Arminas, 01 – 8h30
  • Santana do Parnaíba (SP) – Largo da Matriz, s/n, Centro – 14h
  • São Paulo (SP) – Praça da Sé (café da manhã às 7h, ato às 9h, caminhada às 10h30); Praça da República (ato às 9h)

Sul

  • Curitiba (PR) – Território indígena Kogûnh Jamã, BR 277 – Rondinha, Campo Largo – 4h30
  • Porto Alegre (RS) – Parque da Redenção (Espelho d’Água) – 10h30; Ponte de Pedra, Largo dos Açorianos – 14h
  • Florianópolis (SC) – Parque da Luz – 8h30
  • Joinville (SC) – Entrada do Parque Caieira (acolhida, caminhada e missa campal) – 15h (06/09)
Fonte: DCM

Anistia será um “vexame internacional” se aprovada, diz Gleisi


A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, afirmou que a eventual aprovação de uma anistia seria um “vexame internacional”. Em entrevista à TV Ponta Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte, Gleisi disse que a medida significaria um “presente” do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Isso vai ser um vexame internacional se acontecer, porque nós estamos dando uma demonstração de defesa da democracia no mundo com esse processo, mas também com a postura que nós estamos tendo em relação às pressões externas. O Congresso não pode compactuar com isso e ser um agente do desrespeito ao Supremo Tribunal Federal”, declarou a ministra.

As declarações ocorrem em meio a movimentações no Congresso. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta que ainda não há definição sobre a votação de um projeto de anistia, embora Tarcísio pressione pelo avanço do tema.

Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sinalizou que pode apresentar um texto alternativo, que não incluiria o ex-presidente Jair Bolsonaro entre os beneficiados.

Gleisi também comentou sobre a decisão da federação União Progressista, formada por União Brasil e PP, que determinou a saída de todos os seus filiados do governo Lula. A medida inclui os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), que devem deixar os cargos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante ato pró-anistia em Copacabana (RJ), em março. Foto: Alexandre Cassiano/Agência O Globo

A ministra disse que a saída dos partidos não deve causar problemas desde que os integrantes que permanecerem no Executivo apoiem o presidente e sua agenda no Congresso.

“Quem quer sair saia, ninguém é obrigado a ficar. Mas quem ficar tem que apoiar o presidente Lula, tem que apoiar os programas do governo, tem que fazer articulação no Congresso Nacional para as nossas propostas”, prosseguiu.

Ela reforçou que os ministros ou ocupantes de cargos federais ligados a partidos que decidiram sair só poderão permanecer se demonstrarem lealdade à gestão.

“Isso ficou bem claro, tendo mandato ou não tendo mandato, inclusive aqueles que indicam cargos no governo federal. Isso estando claro e tendo esse apoio que é importante para o governo, não há problema nenhum nosso em relação a esses ministros”, completou.

Fonte: DCM

Natália Bonavides: “Tarcísio rasgou todo seu disfarce de mocinho”

Deputada do PT critica governador de São Paulo por articulação em favor da anistia a golpistas

     (Foto: ABR)

Em uma entrevista marcada por fortes críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a deputada federal Natália Bonavides (PT) afirmou que ele "rasgou todo seu disfarce de mocinho" ao se aliar a forças que, segundo ela, tentam desestabilizar a democracia no Brasil. No Boa Noite 247, Bonavides apontou que Tarcísio, ao apoiar a articulação para a anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 2022, revelou sua verdadeira posição política, distanciando-se da imagem de moderado que havia tentado construir.

A deputada, que tem se mostrado uma das vozes mais críticas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e aos aliados de extrema-direita, criticou duramente a falta de comprometimento do governador paulista com os princípios democráticos. Para Bonavides, a postura de Tarcísio de Freitas se revela como uma verdadeira "traição à pátria", uma vez que ele se coloca ao lado de pessoas e projetos que buscam enfraquecer as instituições e desrespeitar o Estado de Direito.

"Ao apoiar uma anistia para quem cometeu crimes contra a democracia, Tarcísio não só rasgou seu disfarce de ‘mocinho’, mas também se aliou àqueles que colocaram em risco o futuro do país", afirmou a deputada, referindo-se ao debate atual sobre a possível concessão de anistia aos responsáveis pelos ataques de 2022. Para ela, a tentativa de absolver os golpistas seria um erro estratégico, pois poderia abrir precedentes perigosos para futuras tentativas de desestabilização política.

O tema da anistia foi um dos pontos centrais de sua fala. Bonavides ressaltou que a ideia de "pacificação" através da anistia é uma falácia que pode gerar consequências devastadoras para a estabilidade política do Brasil. “Impunidade não traz pacificação", declarou, citando uma importante observação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em relação à concessão de anistias que favoreçam os responsáveis por crimes antidemocráticos.

A deputada alertou também para o contexto mais amplo da articulação política envolvendo figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros do seu círculo, que continuam a trabalhar pela criação de um ambiente favorável à impunidade. Bonavides criticou fortemente a influência externa, fazendo referência à relação dos Bolsonaros com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e como essas conexões internacionais estão sendo utilizadas para pressionar decisões internas. “O que vemos é um movimento para submeter a soberania nacional aos interesses de outros países”, afirmou Bonavides, destacando o envolvimento de Tarcísio nesse processo.

Outro ponto abordado por Bonavides foi a dinâmica no Congresso Nacional, que, segundo ela, está sendo sequestrada por pautas de interesse da direita. Embora o Senado mostre resistência à ideia da anistia, a Câmara dos Deputados tem mostrado um clima mais favorável à discussão, o que preocupa a deputada. Ela fez um alerta: mesmo sendo um tema amplamente rejeitado pela população, a pressão política e o desejo de se alavancar politicamente nas próximas eleições podem ser suficientes para garantir a aprovação de uma anistia em favor dos envolvidos nos atos de 2022.

A parlamentar ainda destacou a importância da mobilização popular para pressionar os legisladores a respeitarem a Constituição e não permitirem que a história se repita. "O engajamento da sociedade é fundamental para que a democracia seja preservada", frisou. Bonavides também enfatizou que a luta não deve ser vista apenas no campo institucional, mas também deve ser travada nas ruas, por meio de protestos e atos públicos que mostrem a força do movimento democrático.

Em relação a sua própria trajetória política, Bonavides afirmou que, apesar de alguns rumores sobre sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte, sua prioridade continua sendo fortalecer sua atuação no Congresso. Ela deixou claro que não pretende disputar o cargo de governadora, já que o Partido dos Trabalhadores (PT) já tem um candidato competitivo no estado, o secretário da Fazenda, Cadu, que, segundo ela, está mais preparado para fazer frente aos desafios do governo estadual.

Por fim, Bonavides reafirmou sua posição de que a democracia no Brasil está em constante ameaça. A deputada afirmou que a eleição de 2026 será crucial e que, mais do que nunca, é necessário garantir que os direitos do povo brasileiro sejam preservados contra as investidas da extrema-direita. "Se não entrarmos no debate sobre a anistia e não denunciarmos suas intenções, corremos o risco de perder nossa democracia", concluiu.

O contexto político brasileiro continua sendo de tensão, com a polarização crescente e o debate sobre a anistia ganhando força. A atuação de figuras como Tarcísio de Freitas e a articulação da direita são vistas como um risco real para a continuidade das conquistas democráticas no país, e a mobilização popular será decisiva para definir os rumos da nação. Assista:

 

Fonte: Brasil 247