quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Anistia será um “vexame internacional” se aprovada, diz Gleisi


A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, afirmou que a eventual aprovação de uma anistia seria um “vexame internacional”. Em entrevista à TV Ponta Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte, Gleisi disse que a medida significaria um “presente” do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Isso vai ser um vexame internacional se acontecer, porque nós estamos dando uma demonstração de defesa da democracia no mundo com esse processo, mas também com a postura que nós estamos tendo em relação às pressões externas. O Congresso não pode compactuar com isso e ser um agente do desrespeito ao Supremo Tribunal Federal”, declarou a ministra.

As declarações ocorrem em meio a movimentações no Congresso. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta que ainda não há definição sobre a votação de um projeto de anistia, embora Tarcísio pressione pelo avanço do tema.

Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sinalizou que pode apresentar um texto alternativo, que não incluiria o ex-presidente Jair Bolsonaro entre os beneficiados.

Gleisi também comentou sobre a decisão da federação União Progressista, formada por União Brasil e PP, que determinou a saída de todos os seus filiados do governo Lula. A medida inclui os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), que devem deixar os cargos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante ato pró-anistia em Copacabana (RJ), em março. Foto: Alexandre Cassiano/Agência O Globo

A ministra disse que a saída dos partidos não deve causar problemas desde que os integrantes que permanecerem no Executivo apoiem o presidente e sua agenda no Congresso.

“Quem quer sair saia, ninguém é obrigado a ficar. Mas quem ficar tem que apoiar o presidente Lula, tem que apoiar os programas do governo, tem que fazer articulação no Congresso Nacional para as nossas propostas”, prosseguiu.

Ela reforçou que os ministros ou ocupantes de cargos federais ligados a partidos que decidiram sair só poderão permanecer se demonstrarem lealdade à gestão.

“Isso ficou bem claro, tendo mandato ou não tendo mandato, inclusive aqueles que indicam cargos no governo federal. Isso estando claro e tendo esse apoio que é importante para o governo, não há problema nenhum nosso em relação a esses ministros”, completou.

Fonte: DCM

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