Movimentos sociais e centrais sindicais organizam manifestações em mais de 40 cidades
Manifestações contra a anistia (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil) O tradicional "Grito dos Excluídos", que ocorre há 20 anos e é organizado pela Frenta Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, realizam neste domingo (7) atos em defesa da soberania nacional. As manifestações também têm o objetivo de servir como contraponto às ações bolsonaristas marcadas para o mesmo dia, que pedem anistia para golpistas do 8 de janeiro.
Os atos são organizados pela Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos como o MST e o MTST, e o Fórum das Centrais Sindicais, que engloba os principais sindicatos do país. Em São Paulo, a manifestação principal será na Praça da República, na região central, com previsão de 200 a 250 ônibus, a partir das 9h. O horário foi definido para evitar conflitos com o ato bolsonarista na Avenida Paulista, que começa às 15h.
Entre os confirmados, estão Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, e o presidente nacional do PT, Edinho Silva, além de deputados federais da base de Lula, como Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Erika Hilton (PSOL-SP). Também há expectativa da participação de Márcio Macêdo, secretário-geral da Presidência da República.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) destaca que os sindicalistas vão às ruas para defender a "pauta da classe trabalhadora", que inclui soberania, isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, taxação dos super-ricos, fim da escala 6x1, redução da jornada sem perda salarial e combate à pelotização irrestrita. Durante os atos, serão coletadas assinaturas para um "plebiscito popular" sobre essas pautas econômicas.
"Esse 7 de Setembro tem um simbolismo muito grande, especialmente diante dos ataques que a soberania do país vem sofrendo", disse Sergio Nobre, presidente da CUT, referindo-se às tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil. "Não tem motivação econômica. É uma manobra com objetivos políticos claros: favorecer a candidatura de Bolsonaro em 2026 e abrir caminho para a eleição de um presidente de extrema-direita alinhado aos interesses dos Estados Unidos", completou.
Ao todo, são esperadas mais de 40 manifestações em 23 estados e no Distrito Federal, incluindo:
Nordeste:
Maceió (AL), Praça da Faculdade, 8h
Feira de Santana (BA), Av. Presidente Dutra, 14h
Salvador (BA), Campo Grande, 9h
Fortaleza (CE), Praia do Futuro, 8h
Recife (PE), Parque 13 de Maio até Praça do Carmo, 9h
Norte:
Belém (PA), Escadinha do Cais do Porto até Praça da Prefeitura, 9h
Macapá (AP), Avenida Cabral/Hospital do Amor, 7h
Boa Vista (RR), Palco Aderval da Rocha, 15h30
Centro-Oeste:
Brasília (DF), Praça Zumbi dos Palmares, 10h
Goiânia (GO), Praça do Trabalhador, 8h30
Cuiabá (MT), Praça Cultural do bairro Jardim Vitória, 7h30
Sudeste:
São Paulo (SP), Praça da República, 9h
Rio de Janeiro (RJ), Rua Uruguaiana com Presidente Vargas, 9h
Belo Horizonte (MG), Praça Raul Soares, 9h
Sul:
Porto Alegre (RS), Ponte de Pedra, Largo dos Açorianos, 14h
Florianópolis (SC), Parque da Luz, 8h30
Fonte: Brasil 247