quinta-feira, 22 de maio de 2025

Beto Preto diz que está à disposição para o governo do Paraná ou o Senado



“Se por ventura ele me escalar, eu vou estar pronto”. A declaração é do secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto (PSD), que é deputado federal licenciado, e foi feita durante entrevista à Jovem Pan News Curitiba sobre a corrida eleitoral ao Palácio Iguaçu em 2026. A afirmação ocorreu após o governador Ratinho Junior ter apresentado, na mesma emissora, uma lista de cinco pré-candidatos do PSD ao governo paranaense.

Ratinho Junior citou como pré-candidatos os nomes de Rafael Greca, Alexandre Curi, Guto Silva, Darci Piana e Sandro Alex. Beto Preto informou que está à disposição do governador, quer para o governo, quer para o Senado.

“Se o governador achar que eu devo participar desse processo não como deputado federal, mas como candidato em uma das posições da (eleição) majoritária, ele escolhe. Ele é o técnico do time que está ganhando e ele já falou que os candidatos dele devem ser do PSD”, disse.

Fonte: Contraponto

Paraná é modelo de agronegócio moderno para o Brasil, diz Ratinho Junior em fórum do BTG

De acordo com Ratinho Junior, a vocação na produção de alimentos e o bom ambiente de negócios que as empresas têm para investir são fatores fundamentais para o desenvolvimento do Estado. A projeção atual do Departamento de Economia Rural (Deral) é que a agricultura do Paraná produza 45,3 milhões de toneladas na safra de 2024/2025.

CUIABÁ
O governador Carlos Massa Ratinho Junior apresentou nesta quinta-feira (22) os índices e resultados que fazem do Paraná uma referência para o agronegócio brasileiro, no AgroForum Cuiabá.  (Foto: Jonathan Campos/AEN)

O governador Carlos Massa Ratinho Junior apresentou nesta quinta-feira (22) os índices e resultados que fazem do Paraná uma referência para o agronegócio brasileiro, no AgroForum Cuiabá, evento organizado pelo banco BTG Pactual para profissionais e investidores do setor. Durante o painel de abertura do encontro, que também contou com a presença do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, Ratinho Junior afirmou que a estratégia do Estado de incentivo à agroindustrialização, aliada a uma produção sustentável, é um modelo para o agronegócio moderno.

“O Paraná é o segundo maior produtor do Brasil em grãos e o maior produtor de proteína animal. Nós estamos ampliando o ambiente de negócios que fomente a industrialização da produção de alimentos, acabando com o extrativismo agrícola. Isso multiplica o valor faturado e a renda que fica no estado. O Brasil tem que seguir este caminho. Por isso, hoje o Paraná é um modelo para o agronegócio moderno”, disse o governador.

De acordo com Ratinho Junior, a vocação na produção de alimentos e o bom ambiente de negócios que as empresas têm para investir são fatores fundamentais para o desenvolvimento do Estado. Do ponto de vista regional, a estratégia gera empregos e renda. No tabuleiro global, o Paraná assume uma posição importante na garantia da segurança alimentar do planeta.

“A discussão mais central em todo o mundo pelas próximas décadas é a segurança alimentar. Serão 10 bilhões de habitantes no mundo até 2050, e boa parte da comida para estas pessoas vai sair daqui do Brasil. O papel do Governo do Estado é criar políticas públicas para facilitar a vida de quem produz, para dar conta de atender a todo esse crescimento”, afirmou.

Os dados do setor mostram o protagonismo paranaense na produção de alimentos. A projeção atual do Departamento de Economia Rural (Deral) é que a agricultura do Paraná produza 45,3 milhões de toneladas na safra de 2024/2025, com crescimento de 19% em relação ao ano anterior.

Em relação à proteína animal, o Paraná liderou o crescimento nacional da produção de frangos e suínos, com um aumento de 53,3 milhões de frangos e de 281,4 mil cabeças de suínos ao longo de 2024, em relação ao ano anterior. Com isso, o Estado produz mais de 2,2 bilhões de aves e 12,4 milhões de porcos, por ano.

O crescimento das agroindústrias, inclusive, tem puxado os índices de empregos do Paraná. Com mais de R$ 300 bilhões de investimentos privados recebidos desde 2019, o Estado atingiu no início de 2025 a menor taxa histórica de desocupação para o 1º trimestre do ano, com 4%.

Mauro Mendes destacou o papel do agronegócio brasileiro para a segurança alimentar global. "Além de uma atividade importante em si, o agronegócio é importante pelas cadeias que ele impacta. Apesar das incertezas globais, é um setor que está protegido economicamente, já que muitas regiões do planeta dependem destes alimentos produzidos aqui no Brasil. Temos uma liderança importante, portanto, em assuntos-chave para o mundo, que é a produção de alimentos e a sustentabilidade", disse.

⊛ SUSTENTABILIDADE – O governador também defendeu as iniciativas sustentáveis desenvolvidas no Paraná, conduzidas em parceria com o setor produtivo. “Os nossos produtores protegem as matas ciliares, as bacias e microbacias existentes. O setor produtivo entendeu que se não tem água, não tem agronegócio. O caminho é ter regulações ambientais que não sejam apenas restritivas, mas que fomentem uma produção sustentável”, disse Ratinho Junior.

Baseado nisso, o Paraná foi eleito o estado mais sustentável do Brasil pelo Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). Entre os principais índices estão a redução de 64% do desmatamento ilegal de Mata Atlântica entre 2023 e 2024, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, e o aumento de 13% das matas ciliares nos últimos anos com programas de plantio de mudas e proteção de nascentes.

⊛ INFRAESTRUTURA E EDUCAÇÃO – Durante o painel, o governador também apresentou os avanços do Paraná nas áreas de educação e infraestrutura, apontadas como áreas fundamentais para o desenvolvimento do Estado no médio e no longo prazo.

O Estado, por exemplo, tem a melhor nota do Brasil no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) tanto no ensino médio, quanto no ensino fundamental. O avanço tem sido marcado por aumento nos investimentos na área e adequação dos currículos escolares para uma educação voltada à tecnologia e inovação, com aulas de programação e robótica.

Na infraestrutura, o governador destacou o programa de concessões rodoviárias, com obras em mais de 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais, e com investimentos previstos de quase R$ 60 bilhões. Assim como os investimentos previstos para o Porto de Paranaguá, como o Moegão, sistema de descarregamento de cargas com aportes de quase R$ 600 milhões.

⊛ PRESENÇAS – Participaram do evento do BTG Pactual o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, e o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti, e demais autoridades e executivos do banco.

Fonte: AEN

Comissão concede anistia a Dilma Rousseff por perseguição e tortura sofrida durante a ditadura militar

Decisão unânime da Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos põe fim a um processo que se arrastou por mais de duas décadas

Dilma Rousseff (Foto: Divulgação)

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania concedeu, nesta quinta-feira (22), a anistia política à ex-presidente Dilma Rousseff e fez um pedido de desculpas pela perseguição e tortura realizada pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar. Ela também terá direito a uma reparação econômica de R$ 100 mil em razão de sua demissão da Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Rio Grande do Sul, em 1977.

“Esta comissão, pelos poderes que lhe são conferidos, lhe declara [Dilma Vana Rousseff] anistiada política brasileira e, em nome do Estado brasileiro, lhe pede desculpas por todas as atrocidades que lhe causou o estado ditatorial; causou à senhora, a sua família, aos seus companheiros de luta e, ao fim e ao cabo, a toda a sociedade brasileira”, disse a presidente da comissão, a procuradora federal aposentada Ana Maria Oliveira.

“Nós queremos também lhe agradecer pela sua incansável luta pela democracia brasileira, pela sua incansável luta pelo povo brasileiro”, acrescentou Ana Maria durante a sessão plenária da comissão, em Brasília.

A sessão foi transmitida ao vivo pelo canal do ministério no YouTube. Em razão de compromissos como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (o banco do Brics), na China, Dilma não pôde comparecer pessoalmente, mas a reunião contou com a presença de outros presos políticos e das deputadas federais Maria do Rosário, Jandira Feghali e Érika Kokay.

O pedido de anistia foi enviado por Dilma pela primeira vez em 2002, quando a Comissão de Anistia foi criada, mas o processo foi suspenso a pedido dela enquanto ocupava os cargos de ministra de Estado e de presidente da República. Em 2016, ele voltou à tramitação e, em 2022, Dilma teve o pedido negado. A ex-presidente, então, entrou com recurso.

A ordem de análise dos pedidos tem os critérios definidos pela Portaria nº 652/2017, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na sessão de hoje, 96 requerimentos estavam em pauta.

“Durante o período da ditadura, a requerente dedicou-se à defesa da democracia, da igualdade, da educação estudantil e dos direitos sociais, por meio de intensa atividade política e de oposição aos abusos cometidos pelo regime militar. Por tais motivos foi perseguida, monitorada por 20 anos, expulsa do curso universitário, demitida, além de ter sido presa e severamente torturada”, diz o pedido de Dilma, que foi lido pelo relator do caso na comissão, Rodrigo Lentz.

Tortura

A ex-presidente foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos “repetidos e infundados” em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e Minas Gerais, “sempre pelos mesmos fatos investigados, com a finalidade de prolongar seu período na prisão”.

Nesta quinta-feira, Lentz também leu diversos depoimentos que Dilma deu ao longo dos anos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. Ela relata choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez, privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outros.

À Comissão Nacional da Verdade, a ex-presidente afirmou que a tortura deixa cicatrizes que não são apenas físicas. “Acho que nenhum de nós consegue explicar a sequela, a gente sempre vai ser diferente”, disse, explicando que, por ser mais jovem, ela suportou melhor à prisão, fisicamente, mas o impacto no médio prazo é maior.

“Quando se tem 20 anos o efeito é mais profundo. No entanto, é mais fácil aguentar no imediato. Fiquei presa há três anos, o estresse é feroz, inimaginável. Descobri pela primeira vez que estava sozinha, encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente o resto da vida, as marcas da tortura fazem parte de mim”, disse.

Reparação econômica

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na FEE. Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército a época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo reparações econômicas simbólicas. No Rio Grande do Sul, foi atestada a motivação exclusivamente política de sua demissão e, em 1990, ela foi readmitida, com a assinatura de um novo contrato de trabalho.

No pedido à Comissão de Anistia federal, Dilma diz que deveria ter sido reintegrada, considerando o tempo de serviço e a evolução profissional que teria alcançado durante o período que ficou afastada pelo ato de exceção. A diferença salarial dessa evolução seria de cerca de R$ 5 mil.

Em seu relatório, Rodrigo Lentz reconhece o direito à reparação financeira em prestação única, considerando a extensão temporal de todos os atos de exceção, de 20 anos de repressão política, desde o pedido de prisão em 3 de março de 1969 até o final da vigilância em 5 de outubro de 1988. Dilma vai receber, então, o teto de pagamento previsto na Constituição, de R$ 100 mil, bem como a contagem de tempo para a Previdência.

“Para além do terror da tortura e do tratamento degradante do cárcere, é possível elencar outros atos de exceção por motivação exclusivamente política que a requerente foi vítima”, disse, orientando o reconhecimento da anistia política e o pedida de desculpas à ex-presidente.
Anistia política

A Comissão de Anistia é o órgão de Estado responsável por analisar os pedidos de reconhecimento e reparação econômica a cidadãos perseguidos politicamente por agentes do Estado ou aos seus familiares, no período de 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1988.

Em entrevista recente à Agência Brasil, a presidente do colegiado, Ana Maria Oliveira, destacou que o conceito de anistia cabe àqueles que sofreram violações do Estado, como perseguição, prisão e tortura, em uma violação à democracia e aos direitos humanos. “Hoje nós pedimos desculpas àqueles que lutaram pelas liberdades no regime de exceção e que, portanto, foram perseguidos pelo Estado ditatorial”, disse.

Em 2023, já sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao nomear a nova equipe da comissão, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania destacou que a principal missão do colegiado seria reverter a interferência política propagada desde 2019, quando teve início o governo de Jair Bolsonaro. Na ocasião, a pasta indicou que a descaracterização do conceito de reparação integral levou ao indeferimento de 95% dos casos analisados entre 2019 e 2022, com um total de 4.081 processos negados.

Fonte: Brasil 247

Mais de 20 clubes decidem boicotar eleição da CBF em que Samir Xaud é candidato único

Clubes alegam que eleição ocorre sem garantir representatividade, exigem a revisão do colégio eleitoral e a criação de um conselho de integridade

Samir Xaud, médico e candiato a presidência da CBF - 17/05/2025 (Foto: Reprodução/Instagram)

Mais de vinte clubes do futebol brasileiro aderiram a um manifesto em que anunciam o boicote à eleição para a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). As agremiações criticam duramente o modelo eleitoral vigente e exigem reformas estruturais na entidade.

Os clubes alegam que a eleição ocorre sem garantir a devida representatividade, exigem a revisão do colégio eleitoral e a criação de um conselho de integridade.

Com isso, 21 clubes da Séries A e B não estarão presentes no pleito. São eles, de acordo com a ESPN Brasil: América-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo-SP, Chapecoense, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Cuiabá, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Mirassol, Novorizontino, Operário, Santos, São Paulo e Sport.

Mais cedo, Samir Xaud conquistou o apoio de 25 das 27 federações estaduais e se consolidou como o nome escolhido para suceder Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF. Por outro lado, os clubes signatários apoiam a candidatura do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos.

Fonte: Brasil 247

Haddad diz que novas medidas serão anunciadas ao longo do ano para cumprir meta fiscal

Governo informou que Orçamento de 2025 terá um congelamento de R$ 31,3 bilhões de gastos não obrigatórios

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante cerimônia em Brasília 03/04/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (22) que o governo seguirá anunciando medidas ao longo do ano para garantir o cumprimento da meta fiscal. A informação é do blog da Míriam Leitão, do jornal O Globo.

“Eu disse isso e repito: nós estamos anunciando a primeira para o cumprimento da meta, um primeiro conjunto de medidas. Mas, ao longo do ano, eu não preciso esperar o próximo bimestre para continuar trabalhando naquilo que for necessário para cumprir o centro da meta. Então, vou continuar perseguindo o centro da meta”, disse.

Haddad informou ainda que algumas ações já estão prontas para serem divulgadas, mas ainda aguardam o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A declaração ocorre no mesmo dia em que o governo confirmou o congelamento de R$ 31,3 bilhões de gastos não obrigatórios no Orçamento de 2025. Uma das medidas, que será detalhada ainda hoje, envolve mudanças no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Fonte: Brasil 247 com informações do blog da jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo

PL faz nova investida pela anistia com projeto que propõe “perdão restrito”

Novo texto propõe anistia apenas aos condenados no 8 de janeiro, mas pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro

Deputado federal Sóstenes Cavalcante, que protocolou o pedido de urgência para o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que entregou ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) uma nova versão do projeto que concede anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. O novo texto é mais restrito em comparação ao que estava sendo discutido na Câmara até então por propor a anistia apenas aos crimes relacionados ao dia dos ataques. As informações são do g1.

Apesar da versão mais restrita do texto, a proposta pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, prestes a ser condenado por tentativa de golpe de Estado. O próprio Sóstenes reconheceu que advogados de Bolsonaro podem usar a eventual aprovação do texto para pedir anistia ao ex-presidente. O deputado também afirmou que Bolsonaro tem colaborado na elaboração da proposta.

Na terça-feira (20), durante reunião com líderes partidários, Hugo Motta alertou que a proposta pode ser considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ainda que seja aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República. Aliados do presidente da Câmara dizem, em caráter reservado, que ele busca evitar desgastes com o Judiciário e com o Palácio do Planalto, destacando que a anistia é uma pauta restrita ao campo bolsonarista e não representa uma demanda do conjunto da Câmara.

Sóstenes, por outro lado, declarou que não aceitará submeter o texto a acordos com o Supremo ou com o governo Lula. “Vamos continuar articulando para convencer o Hugo Motta a pautar”, disse o deputado.

Aliados do presidente Lula no Congresso também avaliam que, caso Hugo Motta leve o projeto ao plenário, poderá criar atrito com a base governista e assumir uma pauta que não tem apoio amplo. Eles destacam que o presidente da Câmara tem mantido bom relacionamento com o Planalto, inclusive participando de viagens oficiais ao lado de Lula, e que pautar o projeto poderia desgastar essa relação.

A proposta atual prevê a anistia para pessoas que participaram dos atos de 8 de janeiro ou ofereceram apoio, inclusive por meio de doações, serviços, apoio logístico ou publicações em redes sociais. O texto propõe o perdão por crimes como golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, mas mantém a possibilidade de responsabilização civil pelos danos ao patrimônio público.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Governo congela R$ 31,3 bilhões do Orçamento de 2025

Do valor total, R$ 20,7 bilhões serão contingenciados, bloqueados temporariamente para cumprir a meta de resultado primário

Simone Tebet e Fernando Haddad (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
O Orçamento de 2025 terá um congelamento de R$ 31,3 bilhões de gastos não obrigatórios, informaram há pouco os Ministérios da Fazenda e do Planejamento. O valor consta do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento enviado ao Congresso a cada dois meses que orienta a execução do Orçamento.

Desse total, R$ 20,7 bilhões serão contingenciados, bloqueados temporariamente para cumprir a meta de resultado primário. Embora a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 estabeleça meta de resultado primário zero (nem déficit nem superávit), a equipe econômica considerou o limite inferior de tolerância, que permite déficit de R$ 31 bilhões para este ano.

Os R$ 10,6 bilhões de gastos discricionários (não obrigatórios) restantes foram bloqueados para cumprir o limite de gastos do arcabouço fiscal, que prevê crescimento dos gastos até 2,5% acima da inflação para este ano. Segundo os Ministérios da Fazenda e do Planejamento, esse bloqueio foi necessário porque o governo terá de abrir crédito de R$ 12,4 bilhões para acomodar o crescimento de gastos obrigatórios.

O congelamento dos R$ 31,3 bilhões será detalhado no próximo dia 30, quando o governo publicar um decreto presidencial com os limites de empenho (autorização de gastos) por ministérios e órgãos federais).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificou o bloqueio dos R$ 10,6 bilhões pelo crescimento dos gastos com a Previdência Social e com o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

“O que está no nosso radar é a questão da Previdência, que ainda é um desafio no Brasil, apesar das reformas feitas, e a questão do BPC. É um programa [o BPC] que está com alto índice de judicialização. Não é uma competência exclusiva do Poder Executivo, que tem regras de concessão do benefício na forma da Constituição”, justificou Haddad.

Em relação ao contingenciamento de R$ 20,7 bilhões, Haddad explicou que a frustração de receitas levou à medida. A principal, ressaltou o ministro, é a insuficiência das medidas para compensar a desoneração da folha de pagamento, aprovadas pelo Congresso no ano passado.

“Esses [cerca de] R$ 20 bilhões do contingenciamento se devem ao fato de que ocorreram algumas circunstâncias posteriores ao encaminhamento do Orçamento. São fatos que precisam ser avaliados. O primeiro fato é que não houve a compensação da desoneração da folha, que ficou parada no STF [Supremo Tribunal Federal]. O segundo problema é a paralisação parcial da Receita Federal, que afeta o desempenho da arrecadação”, explicou.

O ministro acrescentou que a alta da taxa de juros também afetou a arrecadação neste ano, ao provocar a desaceleração da economia. “A taxa de juros prevista na elaboração do Orçamento não é a mesma em vigor atualmente”, comentou Haddad.

Fonte: Brasil 247

“Quando se sente ameaçado, Moraes dobra a aposta”, diz ministro do STF


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Foto: Ailton de Freitas/Agência O Globo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deve “dobrar a aposta” após Marco Rubio, chefe do Departamento de Estado americano, dizer que o governo dos Estados Unidos pretende impor sanções contra ele. Colegas do magistrado acreditam que “o tiro sairá pela culatra” se o país realmente buscar punições.

“Sempre que se sente ameaçado, ele dobra a aposta”, disse um ministro da Corte, de maneira reservada, à coluna de Josias de Souza no UOL. O mesmo magistrado avaliou que a ameaça do chefe da diplomacia dos Estados Unidos é mal fundamentada e foi divulgada num momento que pode prejudicar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Violação de direitos é piada, traz as digitais de Eduardo Bolsonaro e chega na hora em que o brigadeiro Baptista Júnior confirma no Supremo revelações corrosivas”, prosseguiu o membro do STF. A avaliação interna no tribunal é de que uma eventual sanção não atingiria apenas Moraes, mas seria vista como uma intromissão externa no Judiciário e uma agressão à soberania nacional.

Rubio afirmou nesta quarta (21) que “há uma grande possibilidade” de que o ministro seja punido com base na Lei Magnitsky, lei que permite aos Estados Unidos punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos. Ele relata que a sanção está “sob análise no momento”.

Marco Rubio, chefe do Departamento de Estado americano. Foto: Jonathan Ernst/Reuters
A informação foi apresentada durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Ele foi questionado sobre o tema por Cory Mills, deputado republicano da Flórida, sobre a possibilidade de sancionar Moraes.

A possível punição do ministro foi articulada por bolsonaristas em conjunto com parlamentares do Partido Republicano, do presidente Donald Trump. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, tem buscado punições a Moraes desde que anunciou sua fuga ao país.

Eduardo e o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) organizaram recentemente um “grupo de trabalho” com Cory Mills, presidente do sub-comitê de inteligência das relações internacionais do Congresso americano.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Homem ameaça explodir bomba em frente a ministério em Brasília


Homem, acompanhado por uma mulher e duas crianças, ameaça explodir uma bomba em Brasília. Foto: reprodução

Uma ameaça de bomba mobilizou policiais militares para o entorno do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), em Brasíia, na tarde desta quinta-feira (22). O suspeito está acompanhado de uma mulher e duas crianças.

Segundo relatos de testemunhas ao Metrópoles, o homem já explodiu um artefato na região do MDS e, por volta das 16h, uma equipe da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) conversava com o suspeito.

Nas redes sociais, uma pessoa relatou que ele “mencionou o golpe de 1964” e teria explodido fogos de artifício.

Em outras fotos que circulam no X, antigo Twitter, é possível ver que por volta das 16h os policiais militares isolaram a área e conversavam com o homem que parece bastante alterado enquanto segura uma das crianças no colo. A outra está em um carrinho de bebê.

A PMDF informou que uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foi encaminhada ao local para negociar com o suspeito, iniciando a Operação Petardo, usada casos de ameaças de bombas. O homem está em posse de um pacote suspeito, segundo os policiais.

O MDS fica no bloco A da Esplanada dos Ministérios, próximo aos prédios que abrigam as pastas do Esporte e dos Direitos Humanos e da Cidadania.

MATÉRIA EM ATUALIZAÇÃO 
Fonte: DCM

Não se pode admitir que estrangeiros cerceiem a jurisdição doméstica, diz Gilmar após EUA ameaçarem sanções contra Moraes

Ministro defendeu que a regulação das plataformas digitais é parte fundamental da soberania nacional

Ministro do STF GIlmar Mendes (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu nesta quinta-feira (22) a declarações feitas por autoridades americanas contra o também ministro Alexandre de Moraes. Em publicação nas redes sociais, Gilmar afirmou que não se pode admitir que agentes estrangeiros “cerceiem o exercício da jurisdição doméstica na tutela de garantias constitucionais”.

A manifestação veio após Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, dizer que há uma “grande possibilidade” de Moraes ser alvo de sanções por parte do governo do presidente Donald Trump, sob o argumento de supostas violações aos direitos humanos e à liberdade de expressão no Brasil.

Embora não tenha citado nomes, Gilmar defendeu que a regulação das plataformas digitais e o estabelecimento de parâmetros para discursos odiosos são parte fundamental da soberania nacional. O ministro ainda destacou que a "experiência brasileira mostrou nos últimos anos que câmaras de eco e manifestações extremistas corroem os fundamentos republicanos".
Fonte: Brasil 247

Em mensagens, Cid diz que recebeu informações sigilosas de Aras

Mauro Cid tira celular do bolso de Jair Bolsonaro durante desembarque no Aeroporto de Guarulhos (SP), em 2022. Foto: Agência O GlobO

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, relatou ter recebido informações confidenciais de Augusto Aras, então procurador-geral da República, em janeiro de 2023. Segundo mensagens obtidas pela Polícia Federal, ele conversou sobre inquéritos com o general (então coronel) Santana Netto.

No diálogo, Cid ainda cita a vice-procuradora-Geral da República, Lindôra Araújo. “Informação passada de forma reservada pelo PGR e pela V PGR Lindora”, escreveu após mencionar todos os inquéritos nos quais era investigado diretamente.

“De cabeça estou em 6: fake news, milícias digitais, atos antidemocráticos, vazamento de inquérito sigiloso (indiciado), desinformação sobre vacina (indiciado), inquérito dos empresários. Sigilo bancário e telemático quebrado. Desinformação, tráfico de influência, rede de financiamento de milícias digitais, ch grupo político dos atos antidemocráticos”, disse Cid a Santana Netto no WhatsApp, em 2 de janeiro daquele ano.

O tenente-coronel dá a entender que conseguiu as informações diretamente com a dupla. A PGR é responsável por apurar possíveis crimes e denunciar autoridades como presidente, ministros, senadores e deputados, mas os inquéritos contra Cid também envolvem Bolsonaro.

Não foram encontradas mensagens no celular de Cid com Aras ou Lindôra, mas ele afirmou, em sua delação premiada, que Bolsonaro recebia o chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) com frequência no Palácio da Alvorada.

Aras liderou o órgão entre setembro de 2019 e setembro de 2023. No período, ele arquivou mais de uma centena de procedimentos contra Bolsonaro. Em fevereiro deste ano, confirmou as visitas, mas alegou que os encontros duravam 15 minutos e o assunto mais comum era futebol.

Sobre as novas mensagens de Cid, o ex-PGR negou a informação e afirmou: “Não tenho qualquer relação com as pessoas mencionadas nas mensagens. Não tenho qualquer responsabilidade sobre conversas de WhatsApp de terceiros, onde qualquer um pode dizer o que quiser”. Lindôra não se pronunciou.

Veja as conversas:

Mauro e Cid e coronel falam sobre inquéritos contra bolsonaristas. Foto: Reprodução

Mauro Cid lista investigações contra ele e diz que recebeu informações da então vice-PGR, Lindôra Araújo. Foto: Reprodução

"Contundente", diz Gleisi após depoimento do ex-comandante da FAB sobre trama golpista

“A verdade vai se impondo de maneira inapelável”, diz a ministra sobre o depoimento que complicou ainda mais a situação de Bolsonaro

      Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou nesta quinta-feira (22) que o depoimento do ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Júnior, ao Supremo Tribunal Federal (STF), desmonta de forma definitiva a versão defendida por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados sobre os eventos golpistas que marcaram o período pós-eleitoral de 2022.

“O depoimento ao STF do ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Júnior é contundente: confirma que Jair Bolsonaro foi alertado sobre a total ilegalidade da trama golpista”, escreveu a ministra em suas redes sociais.

Gleisi destadou que, segundo o general, a cúpula das Forças Armadas chegou a discutir a prisão ilegal do ministro Alexandre de Moraes, do STF, além de relatar que o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, se ofereceu para usar tropas na tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de janeiro de 2023.

A ministra ainda pontuou a gravidade do envolvimento de autoridades militares de alta patente em uma conspiração para a ruptura institucional e reforçou que os fatos estão vindo à tona com força. “Confirma que discutiram a prisão ilegal do ministro Alexandre de Moraes e também que o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, ofereceu tropas para impedir a posse de Lula e instaurar uma ditadura no país. A cada passo do julgamento, a verdade vai se impondo de maneira inapelável!”, completou.
Fonte: Brasil 247

OAB repudia ameaça de sanções dos EUA a Alexandre de Moraes e defende soberania nacional

Comissão de Direito Constitucional da OAB vê ofensiva como violação à independência da jurisdição brasileira

Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se manifestou, nesta quinta-feira (22), contra as ameaças de sanção do governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A OAB considera que a ofensiva contra o magistrado brasileiro é uma violação à soberania nacional e aos princípios que fundamentam as relações internacionais.

Em uma nota publicada pela comissão de Direito Constitucional, a OAB expressou "preocupação" com qualquer iniciativa externa que vise impor sanções a magistrados brasileiros em razão de decisões tomadas no exercício regular de suas funções jurisdicionais. A entidade afirmou que tal atitude configura "uma clara violação" aos princípios da soberania e da independência dos poderes, fundamentais tanto para o direito internacional quanto para a ordem constitucional brasileira.

"A jurisdição é expressão da soberania, e somente o Estado brasileiro, por meio de seus próprios órgãos e segundo seu ordenamento jurídico, possui legitimidade para apurar e, se necessário, responsabilizar seus agentes públicos", declarou a comissão no comunicado.

O advogado Marcus Vinícius Furtado Coêlho, presidente da comissão de Direito Constitucional da OAB, criticou duramente a postura do governo americano, considerando-a "absolutamente inaceitável". Para ele, todos os brasileiros devem se manifestar contra a tentativa de reduzir o Brasil a "uma república de segunda categoria". Coêlho reafirmou que o Brasil é uma nação soberana e não aceita interferências externas sobre sua jurisdição.

A ameaça de sanções foi feita pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que na quarta-feira (21) sinalizou que "há grande possibilidade" de o governo de Donald Trump impor algum tipo de sanção contra o ministro Alexandre de Moraes. O ataque de Rubio ocorreu após Moraes ter decretado o bloqueio de plataformas norte-americanas, como X e Rumble, no território brasileiro, em fevereiro deste ano.

Na ocasião, o Departamento de Estado dos EUA classificou as decisões de Moraes como "incompatíveis com os valores democráticos", e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil endossou a declaração. Além disso, o Rumble e a Trump Media, empresa vinculada ao presidente dos EUA, processaram o ministro na Justiça estadunidense..

Leia a íntegra da nota da comissão de Direito Constitucional da OAB:

"Nota em Defesa da Soberania Nacional e da Independência da Jurisdição Brasileira

A Comissão de Direito Constitucional da OAB Nacional manifesta preocupação e absoluto repúdio diante de qualquer iniciativa externa que pretenda impor sanções a magistrados brasileiros em razão de atos praticados no exercício regular da função jurisdicional.

Trata-se de uma clara violação aos princípios da soberania nacional, da independência dos Poderes e da não intervenção, pilares fundamentais do Direito Internacional e da ordem constitucional brasileira. A jurisdição é expressão da soberania, e somente o Estado brasileiro, por meio de seus próprios órgãos e segundo seu ordenamento jurídico, possui legitimidade para apurar e, se for o caso, responsabilizar seus agentes públicos.

"É absolutamente inaceitável que qualquer país estrangeiro pretenda submeter o Brasil a práticas de extraterritorialidade punitiva, afrontando nossa soberania e tentando nos reduzir à condição de nação subordinada. Todos os brasileiros devem se insurgir contra essa tentativa de impor ao país o status de uma república de segunda categoria. O Brasil é soberano, cuida de seus próprios assuntos e não admite interferências externas em sua jurisdição", afirma Marcus Vinícius Furtado Coêlho, presidente da Comissão de Direito Constitucional da OAB Nacional.

A OAB Nacional, por meio de sua Comissão de Direito Constitucional, reafirma seu compromisso com a defesa intransigente da soberania brasileira, da autonomia das instituições e da plena observância dos princípios que regem a convivência internacional entre Estados soberanos.

Marcus Vinícius Furtado Coêlho, Presidente da Comissão Constitucional da OAB"

Fonte: Brasil 247