quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Julgamento de Bolsonaro no STF será retomado nesta quarta-feira com transmissão ao vivo pela TV 247

Ex-presidente e sete aliados respondem por crimes da trama golpista e podem pegar até 43 anos de prisão; sessão desta terça foi encerrada antes do previsto

      Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de participação na trama golpista de 8 de janeiro teve início nesta terça-feira (2), no Supremo Tribunal Federal (STF), e será retomado na manhã desta quarta-feira (3). Os acusados respondem a cinco crimes e podem ser condenados a até 43 anos de prisão caso recebam a pena máxima.

O presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, encerrou os trabalhos às 17h55, mais de uma hora antes do previsto, por conta de compromissos da ministra Cármen Lúcia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesta quarta, os advogados do general Augusto Heleno, de Bolsonaro e dos ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto terão até uma hora cada para apresentar suas sustentações orais. Após as defesas, começará a leitura dos votos pelos ministros. O segundo dia terá transmissão ao vivo pela TV 247:

◈ A defesa de Anderson Torres

A fala do advogado Eumar Novacki, que representa o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, ganhou destaque. Ele adotou a tática de afastar responsabilidades de seu cliente, enfatizando que a viagem de Torres aos Estados Unidos ocorreu antes da cogitação dos atos golpistas e que o ex-ministro teria atuado para desmontar acampamentos bolsonaristas.

Sobre a chamada “minuta do golpe”, localizada em sua casa, Novacki afirmou: “Esse documento já circulava na internet semanas antes. Meu cliente não participou da sua elaboração”. Ele também negou que Torres tenha utilizado a Polícia Rodoviária Federal para atrapalhar a votação em áreas favoráveis a Lula.

A sessão foi marcada por um embate quando Novacki tentou exibir um áudio diretamente de seu celular, após alegar falha técnica nos slides. O ministro Alexandre de Moraes interrompeu a tentativa, alegando que o material não havia sido submetido previamente à secretaria judicial, autorizando apenas a leitura do conteúdo.

◈ Delação de Mauro Cid em debate

O ex-senador Demóstenes Torres, advogado do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, questionou a validade da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. “A proposta da PGR de homologar o acordo, ao mesmo tempo em que critica Cid, é antijurídica”, declarou. A Procuradoria havia considerado o delator contraditório em suas falas.

Paralelamente ao julgamento, parlamentares aliados de Bolsonaro promoveram uma audiência no Senado com Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes no TSE, atualmente na Itália. O perito repetiu acusações contra Moraes, aproveitadas politicamente por senadores bolsonaristas. Flávio Bolsonaro afirmou: “Está claro que Alexandre de Moraes não respeita o devido processo legal” e prometeu retomar o pedido de impeachment do ministro.

◈ Pressão política por anistia

No Congresso, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) alertou para o avanço de negociações em torno de uma anistia aos envolvidos nos atos golpistas. “O projeto de anistia ganhou força”, disse, atribuindo o movimento a articulações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Vamos lutar para que o Parlamento não entre numa aventura. É um desrespeito esse movimento no primeiro dia do julgamento”, criticou.

A expectativa é de que a sessão desta quarta-feira seja inteiramente ocupada pelas sustentações das defesas, cabendo aos ministros iniciarem a leitura dos votos na sequência. O julgamento deve se estender por vários dias e é acompanhado com grande atenção política e social.

Fonte: Brasil 247

"A ficha caiu", diz cúpula do Exército sobre pedido de aposentadoria antecipada de Mauro Cid

"Ele tomou a decisão que foi melhor para todos", afirmou integrante da cúpula do Exército

      Mauro Cid (Foto: Gustavo Moreno / STF)

A decisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), de antecipar seu pedido de aposentadoria, conhecido como "baixa do Exército", gerou uma série de análises dentro da cúpula militar. Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, o pedido, agora formalizado, é visto por membros de alta patente das Forças Armadas como a confirmação de que Cid finalmente compreendeu que não teria mais uma carreira promissora dentro do Exército.

De acordo com integrantes da cúpula, a frase que circula entre os altos escalões da caserna é clara: “Demorou, mas a ficha caiu". Para esses militares, a mudança de postura de Cid representa um entendimento tardio sobre seu futuro na instituição. Mesmo que conseguisse manter o acordo de delação premiada e evitar a expulsão, as perspectivas para sua carreira eram limitadas, principalmente após o envolvimento nas investigações sobre a tentativa de golpe em 2023. Na opinião de um membro de alta patente, Cid teria compreendido que, para recomeçar sua trajetória, seria melhor seguir para a esfera civil. "Ele entendeu que não devia perder mais tempo e tomou a decisão que foi melhor para todos", afirmou a fonte.

Desde que seu nome foi associado às investigações, Cid recebeu diversas recomendações, inclusive do Alto Comando do Exército, para antecipar sua aposentadoria. No entanto, o tenente-coronel se recusava a deixar a ativa, acreditando que ainda poderia manter algum tipo de proteção devido ao cargo que ocupava. Mas, conforme avaliam fontes próximas, a realidade se impôs, e Cid percebeu que a chance de ascender novamente dentro da Força era remota, principalmente devido ao processo judicial em que está envolvido. A expectativa era de que ele não seria promovido novamente, independentemente do desfecho das investigações.

A decisão de Cid de solicitar a baixa foi tomada após uma análise das poucas perspectivas de crescimento dentro do Exército. Em conversas com aliados, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro confessou que a falta de perspectivas o levou a reconsiderar sua trajetória militar.

O pedido de baixa foi formalizado no início de setembro, com Cid optando por ser incluído na cota compulsória de aposentadoria. Com 29 anos e seis meses de serviço, Cid não alcançou os 31 anos exigidos para ir para a reserva, mas, caso sua solicitação seja aprovada, ele terá direito aos proventos proporcionais ao período trabalhado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Eduardo Bolsonaro amplia ataque a Moraes e articula sanções dos EUA contra a família do ministro

Bolsonaristas apostam em novas sanções do governo Trump já na quinta-feira

Eduardo Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | LR Moreira/Secom/TSE)

Na terça-feira (2), foi dado início à fase final do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus no caso da trama golpista. Nesse contexto, aliados de Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acreditam que novas sanções do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, podem ser aplicadas contra o entorno do ministro Alexandre de Moraes, incluindo sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e potencialmente seus filhos. Segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo, com base em interlocutores bolsonaristas, as novas retaliações podem ocorrer já na quinta-feira (4) ou durante o processo no Supremo Tribunal Federal (STF).

Eduardo Bolsonaro tem uma reunião agendada com autoridades da Casa Branca nesta quarta-feira (3). Nos últimos dias, ele e o ex-apresentador da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, intensificaram a aproximação com o governo Trump, na tentativa de pressionar a administração americana a expandir as sanções contra Moraes, incluindo sua esposa e filhos. A estratégia é fortalecer a argumentação de que o patrimônio do casal está intrinsecamente ligado, e que a única forma de impedir que Moraes contorne as sanções dos Estados Unidos seria incluir Viviane e seus filhos na lista de alvos.

Alexandre de Moraes foi incluído na lista das sanções Ofac (Office of Foreign Assets Control) no final de julho. Desde então, teve cartões de crédito internacionais cancelados, e existe uma crescente preocupação de que bancos brasileiros possam seguir o mesmo caminho, interrompendo serviços financeiros ligados ao magistrado e a possíveis novos alvos de Washington. A medida se alinha ao objetivo de bolsonaristas de ampliar as restrições financeiras, agora mirando também no escritório de Viviane Barci de Moraes. A inclusão da esposa de Moraes nas sanções significaria que ela, seu escritório e até seus filhos seriam alvos de severas restrições econômicas, o que dificultaria ainda mais suas atividades comerciais, especialmente nas áreas de direito empresarial e relações governamentais, onde o escritório é bem estabelecido.

O escritório de Viviane Barci de Moraes, que também conta com dois dos filhos do ministro, Alexandre e Giuliana, já esteve envolvido em processos que investigam atitudes hostis contra o ministro, como o incidente ocorrido no aeroporto de Roma em julho de 2023. A inclusão de Viviane nas sanções americanas foi, até o momento, adiada, possivelmente para garantir a escalada das medidas contra o Supremo Tribunal Federal, antes de outras autoridades da Corte, como Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, serem afetadas.

Em uma estratégia de pressão, os aliados de Bolsonaro visam usar a Magnitsky Act, uma lei dos Estados Unidos que permite sanções a indivíduos ligados a abusos de direitos humanos ou corrupção, para atingir também Viviane e seus filhos.

A investigação contra Bolsonaro, relacionada a uma tentativa de golpe de Estado, foi usada por Trump como justificativa para a aplicação de tarifas sobre produtos brasileiros e as sanções contra o ministro. Em resposta ao processo, o presidente americano classificou as ações como uma "caça às bruxas" e chegou a pedir o encerramento imediato do julgamento, algo que jamais foi cogitado pelo Supremo. Eduardo Bolsonaro, por sua vez, defende uma "anistia ampla, geral e irrestrita", como condição para aliviar as tensões diplomáticas e derrubar as tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Relatório de Alexandre de Moraes reacende expectativa por pena severa para Jair Bolsonaro

Na avaliação de advogados que atuam no processo, de integrantes do governo Lula e do entorno de Bolsonaro, a pena será de, no mínimo, 25 anos de prisão

Alexandre de Moraes (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O relatório do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu um tom contundente que reforçou, entre aliados e adversários de Jair Bolsonaro (PL), a expectativa de uma pena elevada no julgamento da trama golpista, informa Malu Gaspar, do jornal O Globo. O entendimento geral é que o documento riscou uma linha clara sobre a seriedade dos crimes, descartando pressões por uma pacificação que signifique impunidade.

Nas avaliações de advogados que atuam no processo, integrantes do governo Lula (PT) e até mesmo do entorno de Bolsonaro, a previsão é de que o ex-presidente possa receber uma sentença de, no mínimo, 25 anos de prisão. Circulam previsões ainda mais pessimistas, com um "piso" de 30 anos. A fundamentação do relator foi interpretada como um sinal decisivo nessa direção.

Em trecho central de seu voto, o ministro Alexandre de Moraes foi enfático ao declarar: “A sociedade brasileira e as instituições mostraram sua força, sua resiliência, em que pese a manutenção de uma polarização. Nesses momentos, a História nos ensina que a impunidade, omissão e covardia não são opções para a pacificação, pois o caminho aparentemente mais fácil, e só aparentemente, que é da impunidade, da omissão, deixa cicatrizes traumáticas na sociedade”.

As penas pelos crimes dos quais Bolsonaro é acusado – organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros – podem somar até 43 anos. Como a Procuradoria-Geral da República (PGR) o enquadra como o protagonista e chefe de toda a trama, a expectativa é que sua pena se aproxime do máximo. “Vai ser muito maior que 17 anos”, comentou um advogado de outro réu, lembrando que condenados por papéis menores no 8 de janeiro receberam penas de 14 a 17 anos.

Um dos pontos técnicos decisivos para a dosimetria da pena será a análise dos chamados "pedidos subsidiários" das defesas. Os advogados de Bolsonaro, Walter Braga Netto e Anderson Torres argumentam que o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos) absorveria o crime de golpe de Estado (4 a 12 anos), impedindo a condenação por ambos. A defesa sustenta que são fatos conexos, não autônomos.

Em oposição a esse argumento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante sua sustentação oral, caracterizou as ações como um plano sistemático. Ele afirmou que o grupo liderado por Bolsonaro “desenvolveu e implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas, com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022”. Gonet foi categórico: “Todos aderiram à organização criminosa cientes do que defendia o presidente Jair Bolsonaro e contribuíram, em divisão de tarefas, para a consumação do projeto autoritário de poder”.

Apesar de o relator ter sinalizado a possibilidade de absolvição para algum réu se houver "prova da inocência ou mesmo qualquer dúvida razoável", o consenso no entorno do ex-presidente é de pessimismo. Como resumiu um de seus advogados: “Não tem como salvar o Bolsonaro, mas não acho que dá para colocar todo mundo no mesmo saco”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

“Um golpe está sendo arquitetado dentro do parlamento”, denuncia Lindbergh

Deputado e líder do PT na Câmara alerta que partidos e Tarcísio de Freitas planejam anistia a Bolsonaro e generais após julgamento no STF
       Lindbergh Farias (Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, fez uma denúncia grave em vídeo publicado na noite do primeiro dia do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, que analisa sua responsabilidade na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. Em declaração divulgada em suas redes sociais, o parlamentar afirmou que há uma articulação dentro do Congresso Nacional para anistiar Bolsonaro e generais envolvidos na trama golpista.

Segundo Lindbergh, partidos políticos de peso estariam “de mãos dadas com Tarcísio de Freitas”, governador de São Paulo pelo Republicanos, para aprovar a anistia logo após a decisão da Corte. “Um golpe está sendo arquitetado dentro do parlamento. Isso é uma traição à Constituição, à democracia brasileira e um tapa na cara do povo brasileiro”, declarou.

Ameaça contra Lula e Alexandre de Moraes

No mesmo vídeo, Lindbergh alertou ainda para a preparação de um novo ataque político contra o presidente Lula e contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, indicando que setores da elite política já se articulam para virar suas armas contra o atual governo. As declarações do líder do PT acendem um sinal de alerta sobre a resiliência das forças golpistas e o risco de retrocesso democrático. A aprovação de uma anistia a Bolsonaro e militares golpistas não apenas representaria a impunidade de crimes contra a ordem constitucional, como abriria caminho para novas tentativas de ruptura institucional.

Fonte: Brasil 247

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Apesar dos juros, consumo das famílias foi motor da economia no 2º tri

Exportações também foram destaque, mostra IBGE

    (Foto: Kiko Sierich/Reprodução Itaipu )

Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil
O crescimento de 0,4% da economia brasileira no segundo trimestre ante o primeiro trimestre foi puxado principalmente pelo consumo das famílias, que mostrou expansão de 0,5% no período.

A constatação está no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), divulgado nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, a alta é de 3,2%.

Uma das formas de calcular o desempenho do PIB é pela chamada ótica do consumo, que inclui o comportamento do consumo das famílias, consumo do governo, importações, exportações e Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa os investimentos.

Na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, essas demandas apresentaram os seguintes desempenhos:

     consumo das famílias: +0,5%
    ● consumo do governo: -0,6%
    ● investimento: -2,2%
    ● exportação: +0,7%
    ● importação: -2,9%

O avanço do consumo das famílias é o principal motor porque esse componente da demanda representa 63,8% do PIB. O outro componente com expansão, a exportação, responde por 18% do PIB.

● Juros

O resultado de 0,4% do PIB no campo positivo é uma desaceleração, uma vez que o primeiro trimestre cresceu 1,3% ante o quarto trimestre de 2024.

De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o motivo principal para a redução do ritmo de crescimento é a política monetária restritiva do Banco Central (BC), que lança mão de juros altos para conter a inflação.

Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está em 15% ao ano, o patamar mais alto desde julho 2006. Os juros altos têm o efeito de desestimular o consumo e o investimento para esfriar a economia e diminuir a procura por bens e serviços, consequentemente, tirando força da inflação.

No entanto, Palis aponta que a economia brasileira tem demonstrado resiliência, tanto que o consumo das famílias atingiu o patamar recorde no segundo trimestre. O combustível para isso, explica a pesquisadora do IBGE, é o comportamento do mercado de trabalho e a política fiscal expansionista.

“Continua o dinamismo no mercado de trabalho, a gente continua com o crescimento do total dos salários reais recebidos pelas famílias, a gente continua com os programas de transferência de renda, é política fiscal ajudando”, explica.

O dado mais recente de emprego do IBGE aponta que o Brasil atingiu a taxa de desocupação de 5,8%, sendo a menor já registrada na série histórica, iniciada em 2012. O levantamento mostra ainda que o país bateu recorde de salário do trabalhador, com rendimento médio mensal de R$ 3.477.

O principal programa de transferência de renda do governo federal é o Bolsa Família. O valor médio do benefício para as famílias de baixa renda está em R$ 671,54. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o programa alcança 19,19 milhões de famílias.

Mesmo com a Selic alta, que se reflete em outras operações de crédito da economia, Palis afirma que o crédito para as famílias “continua crescendo bem”.

“A gente viu uma desaceleração importante nesse saldo das operações de crédito para as pessoas jurídicas, mas não para as pessoas físicas”, avalia.

● Tarifaço

O comportamento das exportações brasileiras no segundo trimestre não reflete o tarifaço imposto pelo presidente americano, Donald Trump, às vendas brasileiras que entram nos Estados Unidos, uma vez que só começaram em agosto.

Palis acredita que os efeitos da cobrança de tarifas serão percebidos a partir dos dados do terceiro trimestre, mas enfatizou que as exportações não têm o mesmo peso que o consumo das famílias no PIB. Além disso, a pesquisadora relativiza o papel do comércio exterior na economia brasileira, especificamente com os Estados Unidos.

“A economia é muito mais ligada ao consumo das famílias, não é tão aberta assim. Realmente o comportamento do consumo das famílias determina bastante o da economia como um todo”, diz.

“Já tem um tempo que os Estados Unidos não são mais o nosso principal parceiro comercial”, lembra.

O principal parceiro comercial do Brasil é a China. De 2001 a 2024, a participação americana no total de exportações brasileiras regrediu de 24,4% para 12,2%, ou seja, caiu praticamente à metade, de acordo com o Indicador de Comércio Exterior (Icomex), estudo mensal do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o tarifaço de Trump afeta 3,3% das exportações brasileiras.

Fonte: Brasil 247

União Brasil e PP dão 30 dias para que ministros ligados às siglas entreguem os cargos

O prazo determinado atinge diretamente André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo)

      Celso Sabino (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O PP e o União Brasil decidiram fixar um prazo de 30 dias para que ministros filiados às duas legendas deixem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão, segundo a coluna da jornalista Tainá Falcão, da CNN Brasil, foi tomada em reunião da cúpula nacional das siglas, que recentemente formalizaram a criação de uma federação partidária.

O prazo determinado atinge diretamente André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo). Ambos pretendiam permanecer nos cargos até abril, mas acabaram convencidos pelas direções partidárias a antecipar a saída e alinhar-se à nova estratégia política definida pela federação.

O União Brasil mantém representantes em outros ministérios, como Waldez Góes, à frente do Desenvolvimento Regional, e Frederico Siqueira Filho, no comando das Comunicações. Ambos foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), aliado do Planalto, e devem permanecer na Esplanada dos Ministérios, segundo informações da Folha de S.Paulo.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Durante julgamento de Bolsonaro, conselheiro de Trump ataca Moraes: "terrorista"


Estrategista de Donald Trump usou rede social para atacar ministro do STF em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe

       Jason Miller, Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução)

O julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e de integrantes do chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado começou nesta terça-feira (2) no Supremo Tribunal Federal (STF). A análise do caso é feita pela Primeira Turma, formada pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Flávio Dino.

Durante o julgamento, uma declaração polêmica veio dos Estados Unidos. Jason Miller, estrategista e conselheiro do presidente Donald Trump, publicou nas redes sociais uma mensagem direta contra Moraes, relator da ação penal. "Seria sensato que Alexandre de Moraes, do STF, soubesse que os Estados Unidos não negociam com terroristas", escreveu, compartilhando reportagem que nociticia a resposta de Moraes a pressões dos Estados Unidos: "A soberania nacional não pode, não deve e jamais será vilipendiada, negociada ou extorquida, pois é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, previsto na Constituição. Esta Corte sempre será absolutamente inflexível na defesa da soberania nacional, da democracia e da independência do Judiciário", afirmou o ministro.

Réus e acusações

Além de Bolsonaro, outros sete nomes considerados centrais na tentativa de ruptura institucional também são julgados: Alexandre Ramagem (ex-diretor-geral da Abin), Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens e delator), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

Os réus respondem a acusações graves, entre elas: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado com violência contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A pena máxima pode chegar a 43 anos de prisão.

No caso de Ramagem, a Câmara dos Deputados aprovou em maio a suspensão parcial da ação penal, restringindo sua responsabilidade a três crimes: organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247

Brasil mantém 10ª posição entre as maiores economias do mundo apesar de crescimento abaixo da média

PIB brasileiro avançou 0,4% no segundo trimestre

     (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (2) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2024. Os dados, repercutidos pela revista Veja com base em levantamento da agência Austin Ratings, colocam o país na 32ª posição entre 55 economias analisadas em termos de crescimento trimestral.

O desempenho brasileiro ficou abaixo da média global, que registrou 0,7%, e também da média dos países do grupo Brics — Rússia, Índia, China e África do Sul — que cresceram 0,7% no mesmo período. A comparação foi feita em moeda local, considerando a variação em relação ao trimestre anterior.

◈ Comparação internacional

Entre os países analisados, a Indonésia liderou a expansão econômica no segundo trimestre, reforçando sua posição como uma das economias emergentes mais dinâmicas do cenário global. Já o Brasil, embora tenha mostrado avanço, ficou em uma faixa intermediária, distante dos principais motores de crescimento mundial.

◈ Brasil se mantém como 10ª economia

Apesar do ritmo considerado mediano, o Brasil preservou sua posição como a 10ª maior economia do mundo quando o PIB é convertido em dólares. Desde o ano passado, o país ocupa esse posto, após ter alcançado a 9ª posição em 2023, segundo cálculos da Austin Ratings baseados em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Fonte: Brasil 247

VÍDEO – Bolsonarista ataca manifestantes em condomínio e quase apanha


       Bolsonarista foi confrontado por grupo que protesta contra o ex-presidente. Foto: Reprodução

O clima em frente ao condomínio onde Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar ficou tenso nesta terça-feira (2), durante o julgamento do chamado núcleo crucial da trama golpista no Supremo Tribunal Federal. Manifestantes favoráveis e contrários ao ex-presidente trocaram gritos, xingamentos e chegaram a se encarar, quase partindo para agressões físicas.

O embate aconteceu no bairro nobre do Jardim Botânico, em Brasília, onde o ex-mandatário reside. Além de Bolsonaro, outros sete réus respondem por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada e dano qualificado ao patrimônio público.

Em um momento, é possível ver um bolsonarista gritando e colocando o dedo no rosto de um manifestante contrário ao ex-presidente. Na sequência, o extremista tenta puxar e rasgar uma faixa com a frase “Bolsonaro na cadeia”.

Aos gritos de “Bolsonaro na Papuda”, ele foi confrontado por um manifestante que usava camiseta do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e deixou o local. Veja:


A tensão se soma à mobilização iniciada no fim de semana. No domingo (31), apoiadores de Bolsonaro realizaram uma carreata em direção ao condomínio Solar de Brasília. O grupo se concentrou na Torre de TV, no centro da capital, antes de partir em cortejo para o local onde o ex-presidente está confinado.

Durante a carreata, foram exibidas bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel. Faixas e cartazes também chamaram a atenção, com frases como “Fora Lula”, “Fora Moraes, buzine!” e “Anistia já”. O alvo principal dos protestos foi o ministro relator da ação contra o ex-presidente.

A manifestação chegou ao condomínio por volta das 10h20, horário em que Bolsonaro já recebia visitas de familiares. Os apoiadores estacionaram veículos em frente ao local e mantiveram discursos inflamados contra a Corte, pedindo perdão judicial aos réus do 8 de Janeiro.

Fonte: DCM

VÍDEO – “Salva meu pai, Trump”: Bolsonaro e Eduardo viram piada em protesto

O ex-presidente Jair Bolsonaro representado como presidiário em protesto em frente ao seu condomínio. Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em frente à residência de Jair Bolsonaro, no Jardim Botânico, em Brasília, a disputa entre apoiadores e críticos do ex-presidente ganhou novos contornos nesta terça-feira (2). Enquanto ocorria o primeiro dia do julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), opositores exibiram um ato carregado de ironia.

O grupo inflou um boneco que representava Bolsonaro como presidiário, com direito a tornozeleira eletrônica. A cena fazia referência à prisão domiciliar determinada pelo STF e foi acompanhada por faixas e gritos contra o ex-presidente.

A manifestação também mirou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Recentemente, ele apelou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tentar “salvar” o pai de uma possível condenação. Os opositores, então, ironizaram o gesto com um coro repetido: “Salva meu pai, Trump”.

O momento foi registrado em vídeo, que mostra os manifestantes críticos entoando as frases em frente ao condomínio. Ao fundo, era possível ouvir apoiadores de Bolsonaro reagindo com gritos em defesa do ex-presidente.

As manifestações paralelas refletiram o ambiente polarizado do julgamento no STF, que analisa a conduta de Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentar abolir o Estado Democrático de Direito e articular um golpe. A sessão atraiu grupos dos dois lados desde as primeiras horas da manhã.

De um lado, apoiadores pediam anistia e exaltavam a inocência de Bolsonaro. Do outro, opositores buscavam satirizar a situação do ex-presidente e de sua família.


Fonte: DCM

Trump diz que EUA destruíram “barco carregado de drogas” na Venezuela


      Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: reprodução

O presidente Donald Trump afirmou nesta terça-feira (2) que militares dos Estados Unidos “destruíram” um barco que estaria saindo da Venezuela, supostamente carregado de drogas. “Nos últimos minutos, nós acabamos, literalmente, de destruir um barco carregado de drogas. Havia muitas drogas nesse barco”, disse Trump a repórteres no Salão Oval.

“Esse barco saiu da Venezuela, está saindo muita coisa da Venezuela. Muita coisa mesmo está vindo de lá. Então nós o destruímos, e vocês vão ver isso assim que essa reunião terminar”, acrescentou o presidente.

O secretário de Estado, Marco Rubio, confirmou o episódio. “As Forças Armadas dos EUA conduziram um ataque letal no sul do Caribe contra uma embarcação de drogas que havia partido da Venezuela”, declarou.

Até o momento, não há informações sobre o número de mortos, e o regime de Nicolás Maduro ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

Navio dos EUA enviado ao mar venezuelano. Foto: reprodução

Direita venezuelana apoia Trump

Mais cedo, a oposição ao presidente venezuelano afirmou que mantém “contato permanente” com o governo Trump em meio à chegada de navios de guerra dos Estados Unidos à costa da Venezuela. Um membro da equipe de Maria Corina Machado, líder da oposição, disse ao G1 que “respeita e acompanha de perto” os anúncios do governo estadunidense e que “uma transição já começou” no país, sem detalhar mais informações.

A declaração ocorre em meio a uma crise crescente entre os EUA e o governo Maduro após o envio de oito navios de guerra, incluindo um submarino nuclear, para perto da costa venezuelana. As embarcações começaram a chegar no final da semana passada, elevando a tensão regional.

A justificativa oficial do governo Trump é combater o narcotráfico na região, ao mesmo tempo em que a Casa Branca acusa Maduro de liderar um cartel de drogas e promete usar “toda a força” contra o regime. Em contrapartida, Maduro afirmou que os Estados Unidos possuem 1.200 mísseis apontados para a Venezuela e prometeu “luta armada” caso ocorra um ataque.

A fala de um integrante da equipe de Maria Corina Machado reforça publicações recentes da líder opositora nas redes sociais, em que ela afirmou que uma transição está em curso no país e mencionou “uma nova era para a Venezuela”.

“Os cidadãos venezuelanos já estão prontos para o retorno da democracia e para um auge econômico e social nunca antes visto na história do nosso país”, disse Corina em publicação no X.

Em uma entrevista coletiva com jornalistas nacionais e internacionais na segunda-feira, Maduro declarou que os Estados Unidos buscam uma “mudança de regime na Venezuela e afirmou que o governo Trump teria prometido entregar o poder à oposição após sua saída da presidência, sem apresentar provas. A oposição não comentou a declaração do presidente venezuelano.

Fonte: DCM

VÍDEO – Cármen Lúcia enquadra advogado que pediu voto impresso: “Já é auditável”


A ministra Cármen Lúcia durante o julgamento da trama golpista nesta terça (2). Foto: Reprodução/TV Justiça

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia enquadrou o advogado Paulo Renato Garcia Cintra Pinto, que defende o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) durante o julgamento da trama golpista nesta terça (2). Ao defender seu cliente, ele citou o voto impresso e pediu “voto auditável” nas eleições.

Durante a sustentação oral, ele afirmou que Ramagem apenas era a favor do “voto auditável ou voto impresso”. Após o fim da argumentação, a magistrada confrontou o advogado e deixou claro que existe auditoria nas disputas eleitorais.

“Vossa senhoria sabe a distinção entre processo eleitoral auditável e voto impresso? O senhor repetiu como se fosse sinônimo, e não é, porque o processo eleitoral é amplamente auditável no Brasil, passamos por uma auditoria”, disse a ministra.

Ela afirmou que existe uma auditoria em diversas etapas no processo eleitoral. “Há auditoria desde 1996, quando foi criado o processo eletrônico. Ela é auditável e passa por várias fases”, completou.


O advogado ainda tentou argumentar, dizendo que usou os termos “voto auditável” e “voto impresso” para se referir ao que defendiam o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados em 2022. “É só em relação à defesa e ao que foi dito, não é que a defesa defende essa ideia”, alegou.

Ramagem é um dos 8 réus do chamado “núcleo central” da trama golpista e era o diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo Bolsonaro. Ele responde por três crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e participação em organização criminosa armada.

O julgamento do primeiro grupo teve início na manhã desta terça, com um resumo das investigações feito pelo relator, Alexandre de Moraes. Na sequência, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, relembrou as provas elencadas na denúncia para justificar a condenação dos réus. Agora, os advogados de defesa têm feito as sustentações orais.

Fonte: DCM

Pesquisa aponta Beto Preto entre os favoritos ao Senado em 2026; veja a declaração do secretário

 

           Foto: Divulgação 


Um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, realizado em Curitiba e na Região Metropolitana, mostrou o secretário de Estado da Saúde e deputado federal licenciado, Beto Preto, entre os nomes mais bem avaliados para a disputa ao Senado em 2026. Em cenários testados, ele alcançou cerca de 20% das intenções de voto, superando figuras como Filipe Barros e Renato Freitas.

Procurado, Beto Preto agradeceu o apoio recebido, mas reforçou que o foco neste momento é a gestão estadual.

“Recebo com gratidão esse reconhecimento, mas sei que a política é construída em equipe. O governador Ratinho Junior é o técnico que escala o time, e eu estou à disposição para contribuir onde for necessário. O meu trabalho hoje é estar na linha de frente da saúde, entregando hospitais, ampliando serviços e cuidando da vida das pessoas. Esse é o compromisso que assumi e que sigo honrando todos os dias”, afirmou.

Confira ois números:

Senador estimulada

cenário 1:

Não sabe/ não opinou 4,7%
Nenhum/ Branco/ Nulo 6,3%
Ratinho Junior 67,5%
Alvaro Dias 40,8%
Beto Preto 19,7%
Renato Freitas 12,6%
Filipe Barros 11,6%
Jeffrey Chiquini 6,8%
Zeca Dirceu 5,8%

Senador estimulada

cenário 2:

Não sabe/ não opinou 7,3%
Nenhum/ Branco/ Nulo 10,3%
Cristina Graeml 43,9%
Alexandre Curi 30,6%
Beto Preto 20,6%
Filipe Barros 15,5%
Renato Freitas 15,5%
Jeffrey Chiquini 8,0%
Zeca Dirceu 7,0%

Fonte: Assessoria