quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Agenda de Heleno mostra espionagem de “cubanos na USP” e confissão sobre “gestão” de Bolsonaro


O ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI. Foto: Carolina Antunes/PR

Uma agenda apreendida da posse do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro, traz registros de reuniões, dados sigilosos e anotações sobre operações da Abin e movimentações do governo passado. O documento integra o inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado, atualmente em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

O documento da agenda possui cerca de 200 páginas e revela detalhes sobre a percepção de Heleno em relação à gestão de Bolsonaro, à atuação da Abin e à Polícia Federal, além de registros de espionagem e proteção a familiares do então presidente.

Entre os registros, há menção ao monitoramento de estudantes cubanos na Universidade de São Paulo (USP). Em uma anotação datada de 25 de janeiro de 2022, Heleno descreve que a Abin estaria “levantando cubanos, infiltrados na USP, para espionagem da área estudantil”.

Anotação na agenda de Augusto Heleno cita monitoramento de “cubanos” na USP. Foto: Reprodução

A agenda também contém anotações sobre investigações financeiras e políticas. Em fevereiro de 2020, o general registrou que a Abin deveria “investigar o Coaf”, em referência ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras, responsável por apurar movimentações suspeitas no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Durante a pandemia de Covid-19, Heleno comentou sobre a postura de Bolsonaro, apontando a necessidade de vacinação e descrevendo um “rombo na popularidade” do presidente. Ele registrou que o então chefe da República “desdenha do vírus” e que “nada está bom”, reforçando críticas à condução do governo em relação à saúde pública.

Heleno escreveu que Bolsonaro teria que “tomar vacina” e citou queda de popularidade na pandemia. Foto: Reprodução

O general também citou a Polícia Federal em suas anotações. Em um trecho, Heleno afirma que a corporação estava “preparando uma sacanagem grande”, sem detalhar o contexto. Em outro ponto, ressaltou que a corporação deveria ser subordinada ao presidente e questionou ações legais.

A relação entre Bolsonaro e a Polícia Federal foi motivo de desgaste durante seu governo. O ex-ministro Sergio Moro deixou o cargo em 2020 alegando interferência do presidente na instituição. Reuniões ministeriais revelaram que o então presidente defendia mudanças no comando da corporação do Rio para proteger familiares e aliados de investigações em curso.

Polícia Federal preparava “sacanagem grande”, mas não detalhou objetivo da corporação. Foto: Reprodução
A agenda de Heleno registra também episódios envolvendo Jair Renan Bolsonaro, filho 04 do ex-presidente, e supostos presentes de grupos empresariais, como um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. A apuração sobre o caso foi vinculada a uma investigação da chamada Abin paralela, segundo a PF, que teria sido usada para proteger o 04 de suspeitas de tráfico de influência.

Quando a PF iniciou investigações sobre Jair Renan, a Abin teria monitorado o ex-parceiro comercial e personal trainer do filho do presidente, segundo relatos do próprio Heleno. A atuação da agência de inteligência evidencia como estruturas de segurança foram utilizadas em assuntos relacionados à família presidencial.
Anotações de Augusto Heleno sobre Jair Renan, o filho 04 de Bolsonaro. Foto: Reprodução
Heleno anotou em seu caderno que, apesar de notícias da imprensa sobre o uso do veículo pelo filho do presidente, o carro estava sob a posse de outra pessoa. Segundo ele, “é atribuição da Abin verificar um fato” quando envolve a segurança de familiares do chefe do Executivo.

Fonte: DCM

Quem é a brasileira que reclamou do preço da carne nos EUA após tarifaço


        A faxineira brasileira Viviani Ellsworth. Foto: Reprodução

A brasileira que viralizou por reclamar do preço da carne nos Estados Unidos após o tarifaço de Donald Trump, presidente do país, é Viviani Ellsworth. Ela tem 51 anos, trabalha como faxineira e vive no território americano há cerca de 10 anos.

Viviani, que já foi funcionária da modelo Gisele Bündchen e foi demitida por gritar com sua cachorra de estimação, se descreve como uma “house cleaner de luxo” e afirma que só tem “clientes ricos e milionários”.  Ela mora atualmente na Flórida.

Ela é dona de uma empresa própria de limpeza residencial e, além do trabalho, também atua como influencer, com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram e quase 500 mil no TikTok, além de ter uma loja de produtos de limpeza que revende produtos da Amazon para clientes no Brasil e nos Estados Unidos.

A brasileira também é casada com um homem americano e mora com um filho, além de ter outra vivendo no Brasil. Nas redes, ela ostenta uma vida de luxo e até um veículo da marca Porsche.

Em vídeo publicado no ano passado, Viviani disse que tinha “ranço” de Trump e chegou a quebrar o dedo de uma estátua do republicano na casa de uma cliente.

Essa não foi a primeira vez em que Viviani viralizou por reclamar do preço de compras. Durante uma viagem ao Brasil, em 2024, ela gravou um conteúdo similar dizendo que o custo de vida no Brasil é muito alto.

No conteúdo que viralizou recentemente, a brasileira diz que alguns cortes de carne chegam a custar US$ 45 (R$ 243) e que o preço do frango duplicou entre o mês passado e agosto, passando de US$ 6 (cerca de R$ 32) para US$ 12 (R$ 65).

Fonte: DCM

VÍDEO – Merval Pereira surpreende e defende Lula de ataques de Trump


      Merval Pereira durante comentário na GloboNews. Foto: reprodução

Em uma rara defesa pública ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o jornalista Merval Pereira, conhecido por suas posições alinhadas à direita, criticou duramente as ações do governo estadunidense de Donald Trump contra o Brasil durante participação no programa “Estúdio I” da GloboNews nesta quinta-feira (14).

“A coisa é tão paradoxal. Quando tinha um governo democrático como o do (Jimmy) Carter, que era um sujeito humanista, atacava o governo brasileiro, mas estava atacando uma ditadura. Hoje você tem um governo americano que é o menos democrático dos últimos anos defendendo um governo que era a favor do golpe militar, contra um governo eleito democraticamente”, afirmou Merval.

O comentarista destacou a contradição histórica: “Pode-se não gostar dele e ser de direita, mas não tem o direito de dizer que o Lula está no governo por conta de uma trapaça. Então é uma coisa completamente louca o que está acontecendo”.

Ataques de Trump

As declarações de Merval ocorrem em meio a uma escalada de ataques de Trump ao Brasil. Na última quarta-feira (13), o secretário de Estado Marco Rubio anunciou a revogação de vistos de autoridades brasileiras ligadas ao programa Mais Médicos, classificando a iniciativa como parte de um “esquema de exportação de trabalho forçado” pelo regime cubano.

Entre os alvos estão Mozart Júlio Tabosa Sales, atual secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador do programa. Esta é a primeira vez que autoridades do governo Lula são diretamente atingidas pelas sanções estadunidenses, que anteriormente focavam em membros do Judiciário.

O presidente brasileiro reagiu às críticas de Trump sobre o processo contra Jair Bolsonaro (PL), que o estadunidense definiu como “caça às bruxas”: “Se ele conhecesse a verdadeira história, estaria dando parabéns à Suprema Corte brasileira por estar julgando alguém que tratou de bagunçar a democracia brasileira”.

Lula ainda contrastou sua postura democrática com a de Bolsonaro: “Quem está falando isso para vocês é quem mais perdeu eleições para presidente. Eu acabava de perder e voltava para casa. Não ficava xingando ninguém. Não ficava duvidando das urnas”.

Fonte: DCM

VÍDEO – Desesperado, Eduardo promete ir “até as últimas consequências” contra Moraes


Eduardo Bolsonaro em entrevista à BBC News Brasil. Foto: reprodução

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou, nesta quarta-feira (13) que está disposto a “ir às últimas consequências” para remover o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). As declarações foram dadas em Washington D.C., onde o parlamentar se reuniu com autoridades estadunidenses para discutir novas sanções contra autoridades brasileiras.

“Estou disposto a ir às últimas consequências para retirar esse psicopata do poder. Se depender de mim, a gente vai continuar aqui, dobrando a aposta até que a pressão seja insustentável”, afirmou Eduardo em entrevista à BBC News Brasil.

O terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está acompanhado pelo jornalista bolsonarista Paulo Figueiredo, neto do ditador João Figueiredo, em sua agenda nos Estados Unidos, que inclui encontros com representantes do Departamento de Estado, do Tesouro e assessores da Casa Branca.

O principal alvo das articulações de Eduardo continua sendo Moraes, que em julho foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky pelo governo Trump. Porém, o deputado ampliou o leque de possíveis alvos, mencionando explicitamente o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

“Se no futuro nada for feito, talvez aí a gente tenha também o Alcolumbre e o Hugo Motta figurando nessa posição. Eles já estão no radar”, disse Eduardo, referindo-se à possibilidade de novas sanções. O parlamentar criticou especialmente Motta por não colocar em votação a anistia aos condenados do 8 de Janeiro e por recuar na tramitação da PEC do Fim do Foro Privilegiado.


Eduardo na mira da Justiça

Eduardo Bolsonaro é alvo de inquérito no STF por obstrução de justiça e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que o deputado atuou ativamente para que o governo estadunidense impusesse sanções a autoridades brasileiras.

As tensões entre Brasil e EUA se intensificaram após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros no dia 6 de agosto. Na justificativa, Donald Trump acusou o governo Lula de promover perseguições políticas a Bolsonaro e aliados, classificando os processos como “caça às bruxas”.

Eduardo defendeu publicamente as medidas: “A nossa liberdade vale mais do que a economia”.

Já na última quarta-feira (13), o governo Trump anunciou novas sanções que atingiram dois nomes ligados ao governo Lula: Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador da COP30. As punições estão relacionadas ao programa Mais Médicos.

Em vídeo nas redes sociais, Eduardo comemorou: “É um recado a autoridades brasileiras que cometeram violações de direitos humanos”. O deputado, que se mudou para os EUA em fevereiro, afirmou que continuará sua campanha por sanções “enquanto houver perseguição política no Brasil”.

Fonte: DCM com informações da BBC News Brasil

Moraes é o ministro do STF com a avaliação mais alta do país, diz pesquisa Atlas

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: reprodução

Alexandre de Moraes aparece no topo do ranking de imagem entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo levantamento Atlas/Bloomberg realizado entre 3 e 6 de agosto de 2025. O ministro é visto de forma positiva por 49% dos entrevistados, enquanto 51% afirmam ter uma visão negativa. Apesar da divisão, o percentual de avaliação favorável é o mais alto entre os 11 integrantes da Corte.

O resultado mantém Moraes em posição de destaque no Judiciário, num momento em que seu nome está fortemente associado a decisões de impacto nacional, como processos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023, investigações contra desinformação e ataques às instituições. Sua atuação à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2022 e 2024, especialmente nas eleições gerais e no enfrentamento a campanhas de notícias falsas, também contribuiu para colocá-lo no centro do debate político.

Na sequência do ranking aparecem Cármen Lúcia e Flávio Dino, ambos com 46% de imagem positiva. Embora estejam próximos de Moraes, nenhum outro ministro alcança a mesma taxa de aprovação registrada por ele.

A pesquisa ouviu 2.447 pessoas em todo o Brasil, usando o método de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR), que busca garantir amostras representativas da população adulta. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Veja os gráficos abaixo:

Crédito na imagem
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Fonte: DCM

Trump ataca o Brasil: 'um dos piores países do mundo'

Presidente dos Estados Unidos criticou Brasil por supostamente aplicar tarifas comerciais “altíssimas”

      Donald Trump - 06/08/2025 (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovou, nesta quinta-feira (14), seus ataques ao Brasil, e ainda aproveitou para acusar o país de aplicar tarifas comerciais sobre produtos estadunidenses supostamente "altíssimas".

Segundo Trump, o Brasil está entre os piores parceiros comerciais dos EUA. Contudo, a balança comercial Brasil-EUA é favorável ao país norte-americano, de acordo com dados oficiais.

“Um dos piores países do mundo. Tem sido um péssimo parceiro comercial no que diz respeito a tarifas”, declarou o mandatário durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, de acordo com o canal RT.

O Brasil sofreu a aplicação de tarifas unilaterais dos EUA, de 50%, sobre seus produtos. Por meio de negociações, uma extensa lista de produtos nacionais acabou isenta.

Fonte: Brasil 247 com informações do canel RT

Golpista do 8/1 rompe tornozeleira após julgamento e Moraes manda prendê-lo


Diego Ventura durante atos golpistas de 8/1. Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão de Diego Dias Ventura, apontado como uma das lideranças do acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília antes dos ataques de 8 de janeiro. A decisão ocorre após o réu, já condenado a 14 anos de prisão, romper sua tornozeleira eletrônica em 1º de julho, mesmo dia em que foi sentenciado pela Primeira Turma do STF.

Diego Ventura, conhecido como “Diego da Direita Limpa Campos”, cumpria prisão domiciliar no Rio de Janeiro com medidas cautelares, incluindo comparecimento semanal à Justiça e proibição de deixar o estado. No entanto, a Secretaria de Administração Penitenciária fluminense informou que o dispositivo de monitoramento foi desligado em 2 de julho, levando Moraes a expedir ordem de prisão pela Polícia Federal.

Nas investigações, Ventura é identificado como uma das figuras centrais na organização do acampamento bolsonarista, ao lado de Ana Priscila Azevedo, também condenada a 17 anos.

Em vídeos nas redes sociais, ele aparece coordenando ações e arrecadações para manter o protesto. Segundo depoimentos à polícia, o réu admitiu ter permanecido 50 dias no acampamento e ingressado nos prédios do STF e do Planalto durante os ataques, registrando as ações.

Diego Ventura, condenado a 14 anos de prisão. Foto: reprodução

Em sua decisão, Moraes destacou que as provas demonstram o “efetivo envolvimento na empreitada criminosa”, caracterizando uma “associação criminosa armada” que planejou e executou os ataques. O ministro ressaltou que, em crimes multitudinários como esse, os líderes devem responder de forma mais gravosa, mesmo sem a necessidade de comprovar autoria individual de danos específicos.

Diego Ventura foi preso inicialmente em julho de 2023, quando preparava um evento da Direita Brasileira em Campos dos Goytacazes (RJ). Sua condenação pelo STF em julho deste ano o inclui entre os principais organizadores dos atos que visavam destabilizar as instituições democráticas.

Fonte: DCM

52,1% discordam de penas do STF para réus do 8 de janeiro, aponta Atlas/Bloomberg



Levantamento ouviu 2.447 pessoas entre os dias 3 e 6 de agosto

        Atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mais da metade da população brasileira avalia negativamente as penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro. De acordo com pesquisa Atlas/Bloomberg, divulgada nesta quinta-feira (14), 52,1% dos entrevistados afirmaram discordar das condenações que ultrapassam 15 anos de prisão para participantes da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

O levantamento mostra ainda que 45,5% da população concorda com as punições impostas pela Corte, enquanto 2,4% não souberam responder. Foram ouvidas 2.447 pessoas entre os dias 3 e 6 de agosto, por meio de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). A margem de erro é de dois pontos percentuais, com índice de confiança de 95%.

Condenações e acordos judiciais

Segundo dados da Procuradoria-Geral da República (PGR), até o mês passado o STF havia condenado 643 pessoas por envolvimento nos atos golpistas. Ao todo, 1.198 indivíduos já foram responsabilizados judicialmente.

Desse total, 555 firmaram acordos de não persecução penal com a PGR, medida que suspende o processo mediante o cumprimento de penas alternativas. Os acordos são voltados a acusados que não participaram diretamente dos ataques e que confessaram seus crimes.

Entre os condenados, 270 foram considerados responsáveis por crimes mais graves. As penas variam de 3 a 17 anos de prisão, somadas a multas e ao pagamento de R$ 30 milhões em indenização por danos morais coletivos, valor que deverá ser dividido entre todos os réus.

Fonte: Brasil 247

Mercado vê melhora em resultado primário e dívida bruta do governo em 2025 e 2026, mostra Prisma

Levantamento do Ministério da Fazenda indica receitas maiores e dívida bruta um pouco menor, enquanto persistem dúvidas sobre a disciplina do gasto

     Moedas de real (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

BRASÍLIA (Reuters) - Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram as previsões para o resultado primário do governo em 2025 e 2026, estimando receitas maiores, e também previram cenário mais benéfico para a dívida pública bruta nos dois anos, mostrou nesta quinta-feira o relatório Prisma Fiscal de agosto.

Os economistas agora esperam que o resultado primário em 2025 seja de um saldo negativo de R$70,877 bilhões, contra visão anterior de déficit de R$72,107 bilhões. Para 2026, a projeção para o resultado primário foi a um déficit de R$81,064 bilhões em agosto, ante R$89,374 bilhões no mês passado.

O governo tem como meta alcançar déficit zero em 2025 e superávit de 0,25% do PIB em 2026.

A pesquisa também mostrou que a expectativa mediana é que a dívida bruta do governo geral chegue a 79,80% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, abaixo dos 80,00% projetados em julho. Em 2026, a previsão é de que a dívida alcance 83,87% do PIB, ante projeção anterior de 84,10%.

Do lado da arrecadação, a expectativa mediana da receita líquida do governo central subiu para este ano e o próximo. A projeção indica a entrada de R$2,323 trilhões em 2025, contra R$2,318 trilhões estimados em julho. Em 2026, o dado é visto em R$2,491 trilhões, contra R$2,482 trilhões projetados há um mês.

Na frente dos gastos, houve aumentos nas previsões para as despesas do governo central neste ano, a R$2,395 trilhões, de R$2,394 trilhões anteriormente, e no próximo, a R$2,577 trilhões, de R$2,574 trilhões no mês passado.

O mercado tem demonstrado preocupação com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal e a trajetória de gastos, enquanto o choque nos juros pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública.

Na quarta-feira, analistas demonstraram preocupação com o plano apresentado pelo governo para enfrentar os efeitos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que inclui uma lei para deixar gastos fora da contabilidade da meta fiscal, procedimento que hoje não é permitido. A coleta das respostas do Prisma de agosto foi feita antes desse anúncio.

Fonte: Brasil 247 com Informações da Reuters


Hugo Motta garante punição de bolsonaristas que organizaram ‘motim’ na Câmara

Presidente da Câmara rejeita punição sumária a parlamentares que ocuparam a Mesa Diretora e afirma que decisão deve seguir trâmite interno da Casa

       Hugo Motta diante do plenário ocupado (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou, em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (14), que a aplicação imediata de punições aos parlamentares envolvidos no motim que interrompeu os trabalhos da Casa não seria o procedimento adequado. Segundo ele, a avaliação do episódio deve seguir o rito regimental e passar pela Corregedoria.

Questionado sobre a possibilidade de o caso ficar sem punição, Motta destacou que já determinou o encaminhamento do assunto para análise interna. “Como se trata de um evento, um momento em que a Casa teve a participação de vários parlamentares, eu acho que fazer isso por rito sumário seria, na minha avaliação, a medida não correta para o momento”, afirmou.

Ainda segundo ele, o procedimentos internos ja foram iniciados. "Então, usamos o ato regimental, o Corregedor já está cumprindo o prazo. Nós mandamos todas as denúncias para a Corregedoria, ele já está notificando os parlamentares e penso que nesse prazo dos 45 dias, sem prejuízo daquilo que tem que ser feito, que é a responsabilização desses parlamentares, a Corregedoria vai se manifestar e a mesa vai tomar as providências cabíveis, porque a gente não pode permitir que o que aconteceu volte a se repetir", afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews

Hugo Motta descarta anistia "ampla, geral e irrestrita" e diz que "sentimento da Casa" é por revisão de penas

“Não vejo um ambiente para anistiar quem planejou matar pessoas. O que aconteceu no 8 de janeiro foi muito grave”, diz o presidente da Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta - 18/06/2025 (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (14) que não vê apoio interno para aprovar uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. A declaração foi dada em entrevista à GloboNews, segundo o g1, e vai na contramão do que defendem apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Motta, embora um projeto auxiliar tenha começado a ser debatido no semestre passado, a proposta não prevê um perdão total. “Eu não vejo dentro da Casa um ambiente para, por exemplo, anistiar quem planejou matar pessoas, não acho que tenha esse ambiente dentro da Casa”, disse.

Revisão de penas como alternativa

O parlamentar ressaltou que existe preocupação com condenados que não tiveram papel central nos ataques e que, devido à soma das penas, acabaram recebendo sentenças consideradas altas. Nesses casos, ele vê espaço para discutir um projeto que permita a revisão das decisões judiciais e a progressão para regimes mais brandos.

“Há uma preocupação, sim, com pessoas que não tiveram um papel central, que pela cumulatividade das penas acabaram recebendo penas altas. Há uma certa sensibilidade acerca dessas pessoas que poderiam, numa revisão de penas, receber, quem sabe, uma progressão e ir para um regime mais suave, que não seja um regime fechado”, afirmou.

Motta considera que um texto alternativo, que não configure anistia, mas contemple revisão de penas, teria maior aceitação entre partidos de oposição e da base do governo. “É esse que eu acho que é o sentimento da Casa”, avaliou.

Diálogo com Lula e STF

O presidente da Câmara também disse que está disposto a retomar as discussões sobre um projeto alternativo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ninguém quer fazer nada na calada da noite, de forma atropelada. O que aconteceu no 8 de janeiro foi muito grave e isso precisa ficar registrado para que — assim como aconteceu na última semana, no plenário da Casa — esses episódios não voltem a se repetir”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Maioria dos brasileiros apoia prisão de Bolsonaro e atuação de Moraes, aponta Datafolha




Levantamento mostra que 51% concordam com prisão domiciliar de Bolsonaro e 53% avaliam que Moraes age dentro da lei

        Bolsonaro e Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de colocar Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar é apoiada por 51% da população brasileira. É o que revela a nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (14) pela Folha de S. Paulo, que também indica que 53% dos entrevistados acreditam que Moraes tem agido dentro dos limites da lei.

O instituto ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 113 municípios do país, entre os dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A prisão domiciliar foi determinada em 4 de agosto, após Moraes entender que Bolsonaro violou uma das medidas cautelares impostas anteriormente — a de não utilizar redes sociais de terceiros. O ex-presidente participou por vídeo de um ato político em sua defesa, o que levou à nova sanção judicial.

Bolsonaro é investigado por tentativa de golpe de Estado para se manter no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. O julgamento do caso no STF deve começar em setembro. Nesta quarta-feira (13), sua defesa apresentou as alegações finais no processo.

Segundo o Datafolha, a prisão teve grande repercussão: 87% dos entrevistados disseram ter tomado conhecimento da medida. Destes, 30% se consideram bem informados, 42% mais ou menos informados e 15% pouco informados. Outros 4% não souberam opinar e 3% se disseram indiferentes à questão.

Apesar da maioria favorável, 42% dos entrevistados afirmaram discordar da decisão de Moraes. As opiniões variam por faixa etária e região. Entre jovens de 16 a 24 anos, o apoio à prisão domiciliar chega a 60%, embora a margem de erro nesse grupo seja maior, de até seis pontos percentuais. No Sul do país, tradicional reduto bolsonarista, a maioria (51%) vê a prisão como injusta, enquanto 43% concordam com a medida — diferença que também está dentro da margem de erro regional.

A percepção de que o Judiciário persegue Bolsonaro ainda divide os brasileiros. Para 43%, o ex-presidente é tratado de forma mais severa do que outros políticos. Já 37% acham que ele é tratado de maneira igual, e 13% acreditam que é tratado com mais benevolência. Outros 7% não responderam.

Sobre a conduta do ministro Alexandre de Moraes, 53% consideram que ele age conforme a lei. No entanto, 39% veem suas decisões como motivadas por perseguição política a Bolsonaro.

Nos Estados Unidos, o caso ganhou repercussão com o apoio de Donald Trump, que lidera uma campanha de solidariedade a Bolsonaro. O presidente americano puniu o Brasil com aumento de tarifas de importação, cancelou o visto de Moraes e outros ministros do STF e incluiu o relator do caso do golpe em uma lista de sanções econômicas com base na Lei Magnitsky — acusando Moraes de violar direitos humanos.

A divisão atual de opiniões lembra o cenário de 2018, quando Lula foi preso. Naquela ocasião, 54% dos entrevistados consideraram a prisão justa, enquanto 40% discordaram. A diferença está no contexto: o petista foi condenado em segunda instância, critério necessário à época para o cumprimento da pena. Lula passou 580 dias preso até a mudança da regra e a anulação do processo.

O Datafolha também havia aferido, em julho, a disposição dos brasileiros diante de uma possível prisão de Bolsonaro por tentativa de golpe. Naquele momento, 48% eram favoráveis à prisão, contra 46% contrários — e 51% diziam não acreditar que ela realmente ocorreria.

Já as medidas cautelares impostas por Moraes antes da prisão domiciliar tinham o apoio de 55% da população. Elas foram adotadas após o ministro apontar risco de fuga de Bolsonaro, em meio ao início de mobilizações internacionais contra o STF e em favor do ex-presidente.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

VÍDEO – Brasileira se revolta com preço da carne nos EUA após tarifaço: “Assustada”

Brasileira se revolta com preço da carne nos Estados Unidos. Foto: Reprodução


Uma brasileira que vive nos Estados Unidos gravou um vídeo indignada com o preço da carne no país após o tarifaço de Donald Trump, presidente do país. Ela, que não foi identificada, diz que ficou “assustada” com os valores dos produtos em mercados americanos.

“É para sentar e chorar. Os Estados Unidos vai quebrar, ou vai ser só para rico e milionário morar aqui (sic)”, afirmou a brasileira no vídeo. A mulher relata que há uma “diferença gigantesca” no valor de julho para agosto, mês em que o tarifaço entrou em vigor.

“A carne está caríssima, eu não tive coragem de comprar”, prosseguiu. Ela conta que o frango saltou de US$ 6 (cerca de R$ 32) para US$ 12 (R$ 65), pedaços de carne têm sido vendidos por US$ 45 (R$ 243) e adquiriu apenas um bife, por U$ 6.

O item foi um dos alvos da sobretaxa de 50% de Trump, mas a brasileira conta que outros produtos também tiveram aumento. Ela relata que pagou um total de US$ 106 (R$ 574) pela compra de pães, leite, cereais, frutas, queijo e verduras.

Veja o desabafo:

Fonte: DCM

EUA atacam Mais Médicos no Brasil e poupam Itália, onde cubanos são homenageados

       O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o secretário de Estado, Marco Rubio. Foto: Reprodução


O secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, anunciou nesta quarta-feira (13) a revogação de vistos de funcionários do governo brasileiro ligados ao programa Mais Médicos.

A medida também atinge ex-integrantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e foi divulgada após o Departamento de Estado impor restrições a autoridades de países africanos, de Cuba e de Granada, acusadas de privar a população cubana de cuidados médicos essenciais.

Criado em 2013, o Mais Médicos ampliou a presença de profissionais na rede pública, especialmente em áreas carentes, permitindo que médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior atuassem sem revalidação do diploma. Segundo estimativas oficiais, o programa chegou a mais de 4 mil municípios e beneficiou mais de 63 milhões de pessoas antes de ser substituído em 2019 e depois retomado em 2023 para suprir vagas não preenchidas.

Enquanto isso, o trabalho dos médicos cubanos continua a ser reconhecido internacionalmente. Na região da Calábria, na Itália, mais de 330 médicos da Brigada Médica Cubana que atuam em 27 hospitais foram homenageados com uma placa de agradecimento entregue pelo presidente da Anaic, Marco Papacci.

“Decidimos honrá-los com esta placa, para lhes manifestar o nosso mais sincero agradecimento pelo que fizeram, o que fazem e o que farão não só pelo nosso país, mas pela humanidade”, afirmou Papacci durante a cerimônia em Cosenza.

Médicos da Brigada Médica Cubana na Itália são homenageados com uma placa de agradecimento entregue pelo presidente da Anaic, Marco Papacci. Foto: Reprodução

A embaixadora de Cuba na Itália, Mirta Granda Averhoff, ressaltou que os médicos cubanos são verdadeiros embaixadores do humanismo e da solidariedade de seu país. “Com esta belíssima placa da Anaic, não apenas se reconhece a brigada médica, mas o povo cubano”, disse.

O trabalho da Brigada Médica Cubana contribui significativamente para melhorar os indicadores de saúde na região, abrangendo 23 especialidades e distribuído pelas cinco províncias da Calábria: Cosenza, Catanzaro, Crotone, Reggio Calabria e Vibo Valentia. A primeira leva de médicos chegou em dezembro de 2022, seguida por grupos adicionais em 2023 e 2024.

Para autoridades locais, o empenho dos profissionais cubanos demonstra compromisso com a defesa da vida e reforça o valor da cooperação internacional em saúde. Ao mesmo tempo, a medida de restrição de vistos dos EUA evidencia a tensão política que envolve programas de saúde internacionalmente reconhecidos e seus profissionais.

Fonte: DCM