quinta-feira, 14 de agosto de 2025

VÍDEO – Desesperado, Eduardo promete ir “até as últimas consequências” contra Moraes


Eduardo Bolsonaro em entrevista à BBC News Brasil. Foto: reprodução

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou, nesta quarta-feira (13) que está disposto a “ir às últimas consequências” para remover o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). As declarações foram dadas em Washington D.C., onde o parlamentar se reuniu com autoridades estadunidenses para discutir novas sanções contra autoridades brasileiras.

“Estou disposto a ir às últimas consequências para retirar esse psicopata do poder. Se depender de mim, a gente vai continuar aqui, dobrando a aposta até que a pressão seja insustentável”, afirmou Eduardo em entrevista à BBC News Brasil.

O terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está acompanhado pelo jornalista bolsonarista Paulo Figueiredo, neto do ditador João Figueiredo, em sua agenda nos Estados Unidos, que inclui encontros com representantes do Departamento de Estado, do Tesouro e assessores da Casa Branca.

O principal alvo das articulações de Eduardo continua sendo Moraes, que em julho foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky pelo governo Trump. Porém, o deputado ampliou o leque de possíveis alvos, mencionando explicitamente o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

“Se no futuro nada for feito, talvez aí a gente tenha também o Alcolumbre e o Hugo Motta figurando nessa posição. Eles já estão no radar”, disse Eduardo, referindo-se à possibilidade de novas sanções. O parlamentar criticou especialmente Motta por não colocar em votação a anistia aos condenados do 8 de Janeiro e por recuar na tramitação da PEC do Fim do Foro Privilegiado.


Eduardo na mira da Justiça

Eduardo Bolsonaro é alvo de inquérito no STF por obstrução de justiça e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que o deputado atuou ativamente para que o governo estadunidense impusesse sanções a autoridades brasileiras.

As tensões entre Brasil e EUA se intensificaram após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros no dia 6 de agosto. Na justificativa, Donald Trump acusou o governo Lula de promover perseguições políticas a Bolsonaro e aliados, classificando os processos como “caça às bruxas”.

Eduardo defendeu publicamente as medidas: “A nossa liberdade vale mais do que a economia”.

Já na última quarta-feira (13), o governo Trump anunciou novas sanções que atingiram dois nomes ligados ao governo Lula: Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador da COP30. As punições estão relacionadas ao programa Mais Médicos.

Em vídeo nas redes sociais, Eduardo comemorou: “É um recado a autoridades brasileiras que cometeram violações de direitos humanos”. O deputado, que se mudou para os EUA em fevereiro, afirmou que continuará sua campanha por sanções “enquanto houver perseguição política no Brasil”.

Fonte: DCM com informações da BBC News Brasil

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