segunda-feira, 23 de junho de 2025

VÍDEO: piloto de balão que caiu em SC chora e relata perda total de controle

 

O piloto Elves de Bem Crescêncio em depoimento após queda de balão em SC – Foto: Reprodução
Elves de Bem Crescêncio, o piloto que conduzia o balão que caiu no último domingo (22) em Praia Grande, Santa Catarina, prestou depoimento e afirmou que perdeu completamente o controle da aeronave após o início de um incêndio. O fogo teria começado no piso do cesto e se espalhado rapidamente até atingir o cilindro de gás. A queda resultou em oito mortos e 13 sobreviventes.

De acordo com Crescêncio, ele tentou apagar as chamas com os pés e, em seguida, utilizou um extintor, que falhou. Com o fogo se alastrando, o piloto orientou os passageiros a se abaixarem e aguardarem o toque no solo para tentar saltar. Alguns conseguiram pular durante uma tentativa de pouso forçado. No entanto, com a redução de peso, o balão voltou a subir, carregando os demais ocupantes, antes de cair em chamas.

Emocionado, o piloto declarou que o voo havia começado sob boas condições climáticas e que não havia qualquer indício de problema técnico. Crescêncio tem licença da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e disse que acionou o telefone de emergência (190) assim que conseguiu. Ele permaneceu no local para prestar ajuda e informações às autoridades.

A Polícia Civil abriu investigação para apurar as causas da tragédia. As autoridades analisam se houve falha técnica, erro humano ou negligência. A perícia está sendo conduzida com base em depoimentos, restos da aeronave e registros do voo.

A ANAC também acompanha o caso e analisa as condições de segurança e manutenção do balão. O objetivo é verificar se a aeronave estava em conformidade com as exigências técnicas e operacionais para voos turísticos.

A empresa Sobrevoar, responsável pelo passeio, divulgou uma nota oficial afirmando que segue todas as normas de segurança exigidas por lei e que está prestando apoio às famílias das vítimas.

Fonte: DCM

VÍDEO – Bolsonarista Douglas Garcia é expulso da Parada LGBT+: “Extrema-direita não se cria aqui”

 

O ex-deputado estadual Douglas Garcia e seu assessor são expulsos por manifestantes durante a Parada do Orgulho LGBT+ na Avenida Paulista, em São Paulo. Foto: Reprodução
O ex-deputado estadual Douglas Garcia convive com contradições. O bolsonarista, assumidamente gay, foi, no último domingo (22), à Parada do Orgulho LGBT+ na Avenida Paulista, em São Paulo, fazer provocações e acabou sendo expulso por manifestantes.

Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra o bolsonarista e seu assessor passando vergonha, sendo confrontados pelo público presente no evento, até deixarem o local.

Uma das manifestantes dispara: “Dando repúdio aqui ao imbecil do Douglas Garcia, que veio fazer provocação no nosso bloco, mas a gente botou ele pra correr. Caiu aqui junto com o ‘assessorzinho’ dele, e teve que ser salvo pela polícia, que veio tacar spray na nossa cara pra salvar o imbecil provocador.”

Na sequência, ela completa dizendo: “Porque aqui esse tipo de gente, a extrema-direita, não se cria entre as LGBTs.” Então, o bolsonarista e seu assessor deixaram o local com pessoas escoando a frase: “Recua, fascista, recua.”

Assista abaixo:
Fonte: DCM

Após chamar comida nordestina de “lavagem”, dançarina é desligada da equipe de Zezé

 

A dançarina Bianca Alencar. Foto: Reprodução
A cantora Bianca Alencar, que fazia parte da equipe da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, foi desligada do grupo após a repercussão negativa de um vídeo em que comparou um almoço comprado em Floresta (PE) com “lavagem de porcos”. A informação foi confirmada pela assessoria da dupla ao Metrópoles.

A fala, considerada xenofóbica por internautas, gerou forte reação nas redes sociais. Após a polêmica, Bianca se defendeu, dizendo que foi mal interpretada. “Meus pais são nordestinos, cresci comendo comida nordestina”, disse a cantora.

Ela alegou que o vídeo foi tirado de contexto e que seu comentário não se referia à cidade de Floresta, mas às dificuldades enfrentadas em viagens. “Às vezes, a gente chega e não tem hotel adequado, não tem toalha, a comida está estragada porque ficou muito tempo lá”, explicou. Bianca ainda afirmou que situações parecidas ocorrem em outros estados. “Em São Paulo tem variedade, mas também tem comida ruim. Isso acontece em todo lugar”, disse.

Fonte: DCM

Vídeo de Hugo Motta bebendo uísque em festa de São João gera indignação nas redes

Na gravação, Motta aceita um "desafio" de amigos e dá um gole de um uísque Chivas Regal 12 anos

             Hugo Motta (Foto: Reprodução X)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se tornou alvo de críticas nas redes sociais após um vídeo seu viralizar neste fim de semana. Nas imagens, o deputado aparece bebendo um gole de uísque diretamente da garrafa durante uma festa de São João realizada em Patos (PB), sua base eleitoral. O evento, ocorrido no sábado (21), contou com patrocínio do governo federal e reuniu políticos da região.

Na gravação, Motta aceita um "desafio" de amigos e dá um gole de um uísque Chivas Regal 12 anos, o que rapidamente gerou reações negativas entre internautas, que questionaram a conduta do parlamentar, especialmente pelo fato de ele ocupar o cargo de presidente da Câmara.

Além das críticas ao vídeo, usuários das redes sociais aproveitaram para relembrar outras polêmicas envolvendo o deputado. "Hugo Motta (Republicanos-PB), atual presidente da Câmara dos Deputados, comemorando o aumento da conta de luz da população", ironizou um internauta, em referência a medidas impopulares debatidas no Congresso.

Outro ponto lembrado foi a proposta apresentada por Motta que permite o acúmulo de aposentadoria com o salário de deputado, além de episódios envolvendo o uso de dinheiro público. Em 2023, o parlamentar foi criticado por ter gastado R$ 27 mil em um jantar enquanto ainda era líder do seu partido, valor que foi posteriormente reembolsado.

Fonte: Brasil 247

Pesquisa mostra que 87% das mulheres empreendedoras já se endividaram e 68% têm crédito negado

Levantamento da Serasa com a Opinion Box revela obstáculos como acesso ao financiamento, bicos para complementar renda e sobrecarga doméstica

      (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A maioria das mulheres que decide empreender no Brasil enfrenta um cenário de fragilidade financeira e barreiras institucionais que limitam o crescimento de seus negócios. Segundo pesquisa da Serasa em parceria com a Opinion Box, divulgada em 2024, 87% das mulheres empreendedoras já tiveram ou ainda têm o nome negativado, e 68% relataram ter tido ao menos um pedido de crédito negado. Os dados revelam um ciclo preocupante de endividamento e dificuldade de acesso ao financiamento, comprometendo o potencial de desenvolvimento do empreendedorismo feminino no país.

O levantamento mostra ainda que a realidade financeira dessas empreendedoras está longe da estabilidade. Apesar do desejo de autonomia e da realização pessoal com o próprio negócio, 74% das mulheres entrevistadas afirmam precisar recorrer a atividades informais — os chamados “bicos” — para complementar a renda mensal. Isso indica que, na prática, o negócio principal muitas vezes não gera receita suficiente para sustentar suas responsáveis.

“A dificuldade em obter crédito e juntar capital inicial” foi apontada como a principal barreira para o crescimento por 35% das entrevistadas. O estudo também revela que 75% das mulheres já recorreram a algum tipo de financiamento para manter seus negócios ativos. Sem acesso regular ao crédito, essas empreendedoras ficam vulneráveis em momentos de crise e perdem a chance de investir, inovar e expandir suas atividades — comprometendo também a geração de empregos e renda.

Outro fator que contribui para o cenário adverso é a sobrecarga com o trabalho doméstico. De acordo com a pesquisa, 73% das mulheres empreendedoras relatam que as tarefas não remuneradas da casa dificultam diretamente o desenvolvimento de seus negócios. A "dupla jornada" impacta o tempo e a energia que poderiam ser dedicados à gestão da empresa, planejamento estratégico, prospecção de clientes ou capacitação.

Os dados do estudo indicam que, embora o empreendedorismo seja visto como um caminho de liberdade e autonomia, ele ainda se depara com entraves estruturais e financeiros que atingem com maior intensidade as mulheres. A Serasa, ao divulgar os resultados, reforça seu compromisso com a educação financeira e o apoio à inclusão econômica feminina, alertando para a urgência de políticas públicas e iniciativas do setor privado que ampliem o acesso ao crédito e promovam a igualdade de oportunidades para mulheres no empreendedorismo.

Fonte: Brasil 247

Pequenos negócios geram empregos e ajudam beneficiários do Bolsa Família a sair da pobreza

Dados do governo mostram que 75% dos novos postos formais em 2024 foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família, com forte papel do empreendedorismo

     Mel de cooperativa em feira de pequenos negócios (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Os pequenos negócios têm desempenhado papel central na redução das desigualdades no Brasil. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), 98,8% das pessoas que conseguiram empregos com carteira assinada em 2024 estão inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Dentre elas, 1,27 milhão — o equivalente a 75,5% — eram beneficiárias do programa Bolsa Família.

Grande parte dessas vagas foi criada por micro e pequenas empresas, que, apenas em 2024, foram responsáveis por 1.222.972 novos postos de trabalho. A informação foi publicada pela Agência Sebrae de Notícias. Além disso, há uma forte movimentação de beneficiários que passaram a empreender por conta própria, por meio do registro como microempreendedores individuais (MEIs), o que demonstra a busca ativa por autonomia financeira e inclusão produtiva.

Esse avanço ocorre em um momento de retomada do crescimento econômico. Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 3,4% em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, cerca de 24,4 milhões de pessoas deixaram o Mapa da Fome, e a renda média das famílias subiu 9,3%, sinalizando melhora nas condições de vida da população.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, destaca que o foco agora é elevar a qualidade do trabalho e da renda. “O desafio atual é outro: melhorar a qualidade dos empregos, elevar a qualificação da população e aumentar o nível de inovação das empresas brasileiras. Só assim será possível elevar os salários de forma sustentável, uma vez que o desafio mais urgente já foi superado: a pulverização da geração de empregos”, afirmou.

Lima também chama atenção para o crescente número de pessoas do CadÚnico que têm se formalizado como MEIs. Um estudo feito pelo Sebrae em parceria com o MDS mostra que cerca de 30% de todos os microempreendedores individuais do país estão inscritos no Cadastro Único. O perfil predominante desses empreendedores é de mulheres (55%) e pessoas não brancas (63%), refletindo a busca por renda e inclusão por parte dos grupos mais vulneráveis da sociedade.

“Isso nos permite projetar um conjunto de ações para apoiar essas pessoas que buscam o empreendedorismo movidas pela necessidade de geração de renda. Queremos capacitar esses microempreendedores individuais para que eles tenham condições de crescer, contribuindo com a geração de novos empregos e a redução da pobreza no país”, afirmou o presidente do Sebrae.

Regra de Proteção garante transição gradual

Para garantir uma transição mais segura para o mercado formal de trabalho, o governo federal mantém a chamada Regra de Proteção do Bolsa Família. Por essa regra, quem consegue um emprego com carteira assinada pode continuar recebendo 50% do valor do benefício, incluindo os adicionais para gestantes, crianças e adolescentes, por até dois anos. Em junho de 2025, mais de 3 milhões de famílias estavam sendo beneficiadas por essa medida.

A partir da folha de pagamento de julho, o governo fará mudanças na Regra de Proteção para priorizar as famílias em situação de maior vulnerabilidade. As novas diretrizes permitirão que famílias cuja renda per capita fique entre R$ 218 e R$ 706 permaneçam no programa por até 12 meses, ainda recebendo 50% do benefício.

No caso de famílias com renda considerada estável, como aquelas que recebem aposentadorias, pensões ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), o tempo de permanência na Regra de Proteção será limitado a dois meses. Para famílias com pessoas com deficiência que recebem o BPC, o prazo máximo será de 12 meses.

Fonte: Brasil 247

Alta do petróleo é esperada e ação da Petrobras pode conter impactos, afirma Durigan

Dario Durigan afirma que política de preços da Petrobras pode amortecer impacto e alerta para efeitos do conflito no Oriente Médio

                               Dario Durigan (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, alertou nesta segunda-feira (23) que os preços do petróleo devem sofrer pressão de alta nos próximos dias, em razão das tensões geradas pelo ataque dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã, ocorrido no fim de semana.

Durigan destacou que, embora algumas compras recentes do produto tenham atenuado a volatilidade do mercado, a tendência é de aumento nos preços. “O preço do petróleo tende a subir, apesar de a gente já ter visto nos últimos dias, nas últimas semanas, alguma compra de petróleo que pode amortecer a subida do petróleo nesta semana. Mas nós vamos acompanhar de perto”, afirmou durante entrevista à rádio CBN, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Diante do novo cenário internacional, o secretário defendeu medidas de contenção, como o modelo de precificação adotado pela Petrobras. “Acho que algumas mitigações, como a política de preços da Petrobras, são bem-vindas neste momento”, completou. Além do petróleo, Durigan apontou que o impacto das tensões no Oriente Médio pode se estender ao câmbio, provocando movimentos de fuga de capitais em direção a ativos considerados mais seguros, como o dólar, e afetando moedas de países em desenvolvimento.

“Há um movimento que busca a segurança no mercado, então moedas de países em desenvolvimento, como a nossa, mesmo ativos variáveis, como ativos de Bolsa, podem acabar sendo rejeitados ou vendidos neste momento em benefício de moedas fortes como o dólar”, avaliou.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Ensino superior avança entre as classes mais pobres e transforma realidades no Brasil

Nos últimos anos, o acesso ao ensino superior no Brasil tem passado por uma profunda transformação.

Por: Polo
A presença crescente de estudantes das classes mais pobres nas universidades, especialmente por meio da educação a distância (EAD) e de programas de inclusão, tem modificado o perfil do ensino superior no país e impactado positivamente a vida de milhares de brasileiros que antes viam o diploma como um sonho distante.

Segundo dados do Censo da Educação Superior 2023, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de ingressantes no ensino superior por meio da modalidade EAD superou, pelo segundo ano consecutivo, o número de ingressantes em cursos presenciais. Ao todo, 63,5% dos novos estudantes em 2022 optaram pela educação a distância, um aumento significativo em relação à década passada. Entre os fatores que explicam esse crescimento, estão a flexibilidade dos horários, o custo reduzido e a possibilidade de conciliar estudos com trabalho.

Além disso, programas como o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) têm desempenhado papel crucial na democratização do acesso ao ensino superior.

Em 2023, o Prouni ofertou mais de 290 mil bolsas de estudo, sendo a maioria voltada para estudantes com renda familiar de até 1,5 salário mínimo per capita. Já o Fies financiou mais de 50 mil novas vagas, permitindo que alunos de baixa renda possam pagar o curso após a formatura.

Esse novo perfil de estudante tem provocado uma mudança significativa no mercado de trabalho. O diploma de ensino superior ainda é um dos principais fatores de ascensão profissional no Brasil. De acordo com o IBGE, uma pessoa com ensino superior completo ganha, em média, quase três vezes mais do que alguém que tem apenas o diploma de Ensino Médio. Para muitos jovens das periferias e áreas rurais, essa diferença representa a oportunidade de romper o ciclo da pobreza.

Os cursos mais procurados por esse público refletem tanto as necessidades do mercado quanto o desejo de estabilidade. Administração, Pedagogia, Direito, Enfermagem, Psicologia e cursos tecnológicos voltados à gestão e à tecnologia da informação estão entre os mais requisitados. A área da saúde, por exemplo, teve aumento expressivo no número de matrículas, impulsionada pela valorização dos profissionais durante a pandemia.

Outro dado que chama a atenção é o crescimento do número de concluintes no ensino superior. Em 2022, mais de 1,3 milhão de pessoas colaram grau em universidades brasileiras. Grande parte desse número veio da modalidade EAD, indicando que o formato tem conseguido não apenas atrair alunos, mas também garantir a conclusão dos estudos — algo que, historicamente, era um desafio entre estudantes de baixa renda.

As instituições privadas também têm ampliado estratégias para atrair esse público, com mensalidades mais acessíveis, parcerias com empresas para oferta de bolsas e criação de polos de apoio presencial em regiões periféricas. A digitalização e o avanço das tecnologias educacionais têm contribuído para a qualidade do ensino, mesmo a distância.

O acesso ao ensino superior não apenas amplia as chances de emprego e renda, mas também promove autoestima, mobilidade social e participação mais ativa na sociedade. O diploma, para muitos brasileiros das classes menos favorecidas, representa uma conquista pessoal e familiar que ecoa por gerações.

O desafio agora está em garantir a permanência e a qualidade do ensino, para que o avanço do acesso se traduza, efetivamente, em melhores condições de vida. Ainda há obstáculos a superar — como a evasão, a infraestrutura limitada em regiões remotas e a desigualdade de acesso à internet —, mas os dados indicam que o Brasil está no caminho certo ao transformar a educação superior em uma ponte para o futuro de todos.

Fonte: Brasil 247

Boletim Focus: mercado reduz previsão de inflação e vê crescimento do PIB em 2,21%

A estimativa da inflação caiu de 5,25% para 5,24%

           Sede do Banco Central, em Brasília 22/02/2022 REUTERS/Adriano Machado (Foto: ADRIANO MACHADO)

Por Felipe Moreira, do Infomoney - As projeções dos analistas para a inflação neste ano foram revisadas para baixo pela terceira semana consecutiva, conforme divulgado no Relatório Focus do Banco Central nesta segunda-feira (23). A estimativa caiu de 5,25% para 5,24%.

A projeção do PIB, por sua vez, subiu de 2,20% para 2,21%.

A mediana para o câmbio em 2025 recuou de R$ 5,77 para R$ 5,72.

Enquanto isso, a previsão para taxa básica de juros neste ano subiu de 14,75% para 15% após o Copom elevar a Selic para 15% ao ano na reunião da semana passada.

◆ Inflação - A projeção para inflação no próximo ano permaneceu em 4,50%. A projeção para 2027 ficou em 4,00%, enquanto para 2028, a estimativa ficou em 3,85%.

Para o IGP-M, as projeções para 2025 caíram de 4,16% para 3,86%, enquanto a estimativa para 2026 caiu de 4,55% para 4,50%. Para 2027 e 2028, a projeção de inflação ficou em 4%.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2025 caiu de 4,55% para 4,34%. As projeções para 2026 subiram de 4,31% para 4,32%. Para 2027, a estimativa ficou em 4,00%, enquanto para 2028, a estimativa caiu de 3,85% para 3,83%.

◆ Câmbio - Para 2026, a estimativa ficou em R$ 5,80, enquanto a projeção para recuou de R$ 5,80 para R$ 5,75. Para 2028, a projeção permaneceu em R$ 5,80.

◆ PIB - Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2026 subiu de 1,83% para 1,85%. A projeção permaneceu ficou em 2,00% em 2027. Para 2028, a projeção continuou em 2%, há 67 semanas.

◆ Selic - A projeção para 2026 ficou em 12,50%, enquanto para 2027 permaneceu em 10,50%. Para 2028, a estimativa permaneceu em 10% por 26 semanas.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Camilo Santana: "sou terminantemente contra qualquer corte em educação"

Ministro cobra o Congresso por emendas e defende ampliar o Pé-de-Meia para todos os jovens do ensino médio no Brasil

     Camilo Santana e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em meio às discussões sobre cortes de gastos no governo federal, o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), defendeu a ampliação dos investimentos na área e criticou abertamente a possibilidade de redução de recursos. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Santana foi enfático: “sou terminantemente contra qualquer corte em educação”. Para ele, o foco do país deve ser o fortalecimento das políticas públicas voltadas à juventude e à qualidade do ensino.

O ministro apontou o programa Pé-de-Meia, voltado para estudantes do ensino médio, como prioridade da atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O programa, que atualmente atende 4 milhões de jovens inscritos no Cadastro Único com custo anual de R$ 12 bilhões, poderia alcançar a totalidade dos 6,7 milhões de estudantes dessa etapa com apoio do Congresso. “Quem foi eleito para governar o país foi o presidente”, afirmou, ao criticar o volume de emendas parlamentares que moldam o orçamento federal sem diálogo com as diretrizes do Executivo.

Defesa da juventude e cobrança ao Legislativo - Santana criticou a crescente fatia do orçamento controlada pelo Legislativo e lamentou cortes feitos na sua pasta. Segundo ele, o orçamento enviado pelo MEC ao Congresso já prevê limitações, mas mesmo assim foi reduzido em quase R$ 3 bilhões em 2025. “Isso mexe com os objetivos e resultados”, advertiu. Para o ministro, parte das emendas deveria ser destinada à educação de forma vinculada a programas estruturantes: “por que eu não estabeleço que parte das emendas vá para a educação?”.

Além de universalizar o Pé-de-Meia, Camilo quer garantir a expansão do ensino integral e ações de alfabetização. Ele lembra que esses programas exigem infraestrutura, alimentação, professores e laboratórios. “Não se faz só com boa vontade, precisa ter condições”, destacou.

Ensino integral e obras inacabadas - O ministro reconhece os desafios para expandir o ensino integral, mas afirma que a meta de um milhão de matrículas por ano será mantida, mesmo diante de restrições orçamentárias. Quanto às obras paralisadas, ele diz que “nenhuma teve problema de recurso”, e que o objetivo é entregar todas até o fim de 2026. Ele também menciona a atualização dos valores e a desburocratização dos processos como medidas já adotadas para destravar os projetos.

Santana reforçou que o Plano Nacional de Educação (PNE) está alinhado com a atuação do MEC e que as políticas de tempo integral e ensino técnico são fundamentais para o futuro do país. Segundo ele, “quando a gente fez as mudanças no ensino médio, uma consulta pública mostrou que a maioria dos alunos quer ensino técnico”.

Orçamento, Fundeb e o papel do Estado - Sobre os debates recentes envolvendo a compensação para o IOF, Santana se posicionou contra a redução da parcela da União no Fundeb. Também rejeitou a proposta de fim dos pisos constitucionais para saúde e educação. “Se tira, cria condições para reduzir. E, ao contrário, devemos aumentar”, disse, defendendo o cumprimento da meta de 10% do PIB para a educação prevista no PNE.

Para ele, o desafio fiscal não pode ser argumento para retrocessos: “acho que o governo não deveria ter proposto déficit zero logo no primeiro ano. Isso amarrou, engessou a capacidade de investimento”. Santana cita os R$ 800 bilhões em subsídios fiscais como fonte de recursos que deveriam ser reavaliados, afirmando que esse valor supera os orçamentos somados dos ministérios da Educação, Saúde e Desenvolvimento Social.

Pé-de-Meia como eixo de transformação - Apesar de representarem uma fatia menor do orçamento discricionário, as despesas com tempo integral e alfabetização são, segundo o ministro, estratégicas. Mas o destaque maior está no Pé-de-Meia, que busca manter o jovem na escola e inclui contrapartidas como frequência e aprovação. “Ele é um dos instrumentos. É preciso ter uma escola que acolha o aluno, com infraestrutura, internet, ter um bom professor”, explicou.

Santana assegura que o programa tem potencial para reduzir em até 25% a evasão escolar e que sua universalização é desejo compartilhado com o presidente Lula. “Eu vou lutar por isso. O [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad curtiu isso”, declarou.

Impacto político e defesa do governo - Questionado sobre a possível influência do trabalho do MEC na imagem do governo, Camilo Santana apontou para comparações inevitáveis nas eleições: “ir para uma reeleição sempre é um plebiscito. Vamos comparar os quatro anos do Bolsonaro com os quatro anos do Lula”. Para ele, os resultados da atual gestão são claros: “inflação melhor, temos pleno emprego, menor índice de desigualdade, aumentamos a renda média, PIB crescendo, o Brasil tirou, em um ano, 15 milhões de brasileiros da fome”.

Santana conclui reforçando que Lula será um “candidato imbatível, independentemente de quem seja o concorrente”.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Com maioria, STF retoma quarta-feira julgamento sobre redes sociais

Plenário já formou maioria pela responsabilização das empresas

      Facebook, Instagram e WhatsApp (Foto: Reuters)

Felipe Pontes, repórter da Agência Brasil - O Supremo Tribunal Federal (STF) tem marcada para a próxima quarta-feira (25) a retomada do julgamento sobre a responsabilidade das redes sociais por publicações ilegais feitas por usuários em suas plataformas.

Em sessão anterior neste mês, o plenário formou maioria de 7 a 1 pela possibilidade de responsabilização, na esfera cível, das empresas caso permitam que seus usuários publiquem mensagens que violem a lei.

Essas mensagens podem conter, por exemplo, conteúdos racistas, homofóbicos, misóginos, de ódio étnico, contra a honra ou antidemocráticos, entre outros tipos de crimes cometidos online.

O alcance real do entendimento da maioria e como ele deve ser aplicado são questões que ainda devem ser esclarecidas ao final do julgamento, uma vez que cada ministro votou de forma própria.

Na essência, porém, a maioria entende que as empresas de tecnologia têm responsabilidade pelo que é publicado em suas plataformas, podendo ser punidas a pagar indenizações. Votaram nesse sentido os ministros Dias Toffoli, Luiz Fux, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

O único a divergir até o momento foi André Mendonça, para quem as plataformas não têm responsabilidade pelo exercício da liberdade de expressão feito por seus usuários. Ainda devem votar os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia.

O plenário julga dois recursos que questionam o artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014). O dispositivo prevê que, "com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura", as empresas provedoras de aplicações na internet somente podem ser responsabilizadas civilmente por publicações de terceiros se descumprirem alguma ordem judicial prévia de retirada.

Os recursos em julgamento têm repercussão geral. Isso significa que o plenário do Supremo vai estabelecer uma tese vinculante, que deverá ser seguida obrigatoriamente por todos os tribunais do país ao julgar processos sobre o assunto.

◆ Votos - Os primeiros a votar no julgamento do tema foram os relatores dos recursos, os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Os dois entenderam que o artigo 19 do Marco Civil da Internet é inconstitucional, por conferir imunidade indevida às plataformas de redes sociais.

Para os relatores, não é necessário que as empresas aguardem uma ordem judicial para que sejam obrigadas a retirar do ar o conteúdo considerado ilícito, bastando para isso a notificação extrajudicial por alguém que se sinta vítima da publicação.

Presidente do Supremo, o ministro Luís Roberto Barroso votou de forma similar, ressalvando somente que nos casos de crimes contra a honra – injúria, calúnia e difamação – ainda seria preciso uma ordem judicial prévia para a derrubada de postagens dos usuários de redes sociais.

Flávio Dino votou de forma semelhante a Barroso, no sentido de que, em regra, seja aplicado o previsto no artigo 21 do Marco Civil da Internet. Por esse dispositivo, basta a notificação extrajudicial de vítima ou advogado para que um conteúdo ilícito seja removido. Nos crimes contra a honra, ainda seria aplicado o artigo 19.

Formando maioria, Gilmar Mendes previu em seu voto diferentes regimes de aplicação das regras do Marco Civil, desde uma aplicação geral do artigo 21 até uma aplicação residual do artigo 19 nos casos de crimes contra a honra e de responsabilização presumida nos anúncios e impulsionamentos ilegais aceitos pelas plataformas.

Alexandre de Moraes foi o sétimo a se juntar à maioria. Para ele, as big tech que atuam no ramo das redes sociais podem ser equiparadas a empresas de mídia, sendo assim responsáveis pelo que é publicado em suas plataformas.

◆ Outro lado - O julgamento é acompanhado de perto pelas chamadas big tech - grandes empresas de tecnologia que dominam o mercado de redes sociais, como Google e Meta. No início do julgamento, em sustentação oral, representantes do setor defenderam a manutenção do Marco Civil da Internet como está, protegendo as aplicações do uso que é feito por seus usuários.

Representantes das redes sociais defenderam a manutenção da responsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial e que o eventual monitoramento prévio do que é publicado pelos usuários configuraria censura.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Deputados consideram inevitável a cassação do mandato de Carla Zambelli

Seu nome já foi incluído na lista de procurados da Interpol, e o Ministério da Justiça brasileiro formalizou o pedido de extradição.

Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/Agência Brasil )

Parlamentares da cúpula da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados avaliam, nos bastidores, que a perda do mandato de Carla Zambelli (PL-SP) é apenas uma questão de tempo. Segundo informações do Metrópoles, mesmo que a deputada consiga postergar o processo ou recorrer, o afastamento prolongado e as faltas acumuladas levarão inevitavelmente à cassação.

Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão dos sistemas internos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desde então, fugiu do país e atualmente encontra-se na Itália, segundo ela própria confirmou. Seu nome já foi incluído na lista de procurados da Interpol, e o Ministério da Justiça brasileiro formalizou o pedido de extradição.

Dentro do Congresso, cresce a percepção de que não há mais espaço para articulações que tentem preservar o mandato da deputada bolsonarista. “Ela acabará perdendo o mandato de uma forma ou de outra”, confidenciou um parlamentar ouvido reservadamente pela reportagem.

◆ CCJ já notificou Zambelli e processo segue

Na sexta-feira (20/6), a CCJ notificou oficialmente Zambelli sobre o início do processo que pode culminar em sua cassação. O presidente da comissão, Paulo Azi (União-BA), informou que a deputada já acusou o recebimento da notificação e tem agora um prazo para apresentar sua defesa.

“Ela tem cinco sessões para apresentar a defesa. O prazo é até a primeira semana de julho”, explicou Azi à coluna do Metrópoles.

Mesmo diante da condenação do STF, o processo de cassação na Câmara precisa seguir os trâmites regimentais, garantindo o direito de defesa da parlamentar. No entanto, o fato de Zambelli estar fora do Brasil e acumular faltas reforça o entendimento entre os deputados de que a perda do mandato é “inevitável”.

◆ Condenação, fuga e extradição

O caso ganhou repercussão em 15 de maio, quando a Primeira Turma do STF condenou Zambelli por unanimidade a 10 anos de prisão e determinou a perda do mandato. A decisão ocorreu após a parlamentar ser responsabilizada por participação na invasão do sistema do CNJ.

Em coletiva realizada logo após a condenação, Zambelli alegou problemas de saúde como justificativa para não cumprir a pena em regime fechado. “Eu estou pegando vários relatórios dos meus médicos e eles são unânimes em dizer que eu não sobreviveria à cadeia”, afirmou.

Mesmo com o recurso apresentado em 23 de maio, a Primeira Turma do Supremo rejeitou os embargos em 6 de junho, consolidando a condenação e esgotando as possibilidades de apelação.

A parlamentar deixou o Brasil por via terrestre, atravessando a fronteira com a Argentina, e desde então afirma estar em Roma, na Itália. Em 7 de junho, o ministro Alexandre de Moraes determinou que o Ministério da Justiça formalizasse o pedido de extradição, o que já foi feito.

◆ Mandato politicamente insustentável

Aliados próximos de Zambelli reconhecem que a situação é praticamente irreversível e admitem, em conversas reservadas, que a prisão da deputada é “iminente”. Além disso, o suplente da parlamentar já começou a apresentar projetos na Câmara, sinalizando que sua saída é considerada certa pelos próprios integrantes da base governista e da oposição.

A expectativa é que o processo de cassação avance e seja votado ainda em julho. Se confirmada a perda do mandato, será o desfecho de uma trajetória marcada por polêmicas, enfrentamentos com o Judiciário e, agora, fuga internacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Anvisa endurece regras para venda de remédios como Ozempic e Wegovy após uso abusivo crescer no Brasil

A decisão foi embasada em análises do sistema de farmacovigilância da própria Anvisa

     (Foto: Reuters/George Frey)

A venda de medicamentos agonistas do GLP-1, como Ozempic, Wegovy e Saxenda, usados tanto para o tratamento de diabetes quanto para a perda de peso, passará a ser mais rigorosamente controlada no Brasil. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após constatar um aumento preocupante no uso indiscriminado desses produtos, principalmente para fins estéticos, fora das indicações clínicas recomendadas. As informações são do G1.

Os medicamentos, conhecidos popularmente como “canetas emagrecedoras”, foram desenvolvidos originalmente para tratar o diabetes tipo 2 e, em alguns casos, a obesidade. No entanto, o uso sem prescrição médica tem se popularizado, especialmente entre pessoas que buscam emagrecimento rápido, o que, segundo especialistas, representa um grave risco à saúde.

Diante desse cenário, a Anvisa determinou que, além da exigência da receita médica, será obrigatória a retenção do documento no ato da compra. Embora esses medicamentos sejam classificados como de tarja vermelha — o que, na teoria, já obriga a apresentação da receita —, na prática, muitos estabelecimentos não fazem essa exigência de forma rigorosa. A nova medida entra em vigor 60 dias após sua publicação no Diário Oficial da União, por meio de uma atualização na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 471/2021.

A decisão foi embasada em análises do sistema de farmacovigilância da própria Anvisa, o VigiMed, que monitora efeitos adversos de medicamentos e compartilha dados com outros países. Segundo a agência, o Brasil apresenta um volume significativamente maior de eventos adversos relacionados ao uso inadequado desses medicamentos do que o observado em outros países.

O alerta sobre o uso indiscriminado não vem apenas das autoridades sanitárias, mas também de especialistas e entidades médicas. A pesquisadora da USP Thamires Capello apresentou à Anvisa um estudo revelando que 45% das pessoas que utilizam as canetas emagrecedoras o fazem sem prescrição médica e, desse total, 73% nunca receberam orientação de um profissional de saúde. Além disso, mais da metade dos usuários consumiram o medicamento exclusivamente para emagrecimento.

Para a médica endocrinologista Cristina Schreiber, diretora do departamento de Endocrinologia do Esporte e Exercício da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), os riscos são significativos. “Com o acompanhamento médico, a falta de apetite é monitorada, assim como o padrão alimentar, evitando que o paciente pare de se alimentar corretamente, por exemplo”, explica. Ela ressalta que o uso incorreto pode causar desnutrição grave, perda de massa muscular e queda de cabelo, entre outros problemas.

Outro risco apontado pelos especialistas é o chamado "efeito sanfona" após o uso indiscriminado do medicamento. O nutrólogo Noé Alvarenga alerta: “Sem o suporte contínuo de médico e nutricionista, a massa magra se perde de forma irreversível e, após a suspensão da medicação, esse desgaste atua como poderoso gatilho para o rápido reganho de peso”.

Além dos riscos à saúde individual, o consumo abusivo desses medicamentos tem causado escassez para quem realmente precisa, como os portadores de diabetes tipo 2. Segundo a médica endocrinologista e nutróloga Samara Rodrigues, do Grupo Valsa, o uso "off-label" — ou seja, fora das indicações aprovadas — tem crescido de forma preocupante. “Uma pesquisa revelou que, em 2022, o número de prescrições de medicamentos para perda de peso aumentou 41% em comparação com o ano anterior. Isso é preocupante, pois muitos pacientes podem não estar cientes dos possíveis efeitos colaterais, como problemas gastrointestinais, risco aumentado de pancreatite e até mesmo problemas de tireoide”, destaca.

Dados internacionais também apontam para o uso exagerado. Um estudo publicado na revista Diabetes Care mostrou que, em 2021, cerca de 30% das prescrições de Ozempic no mundo foram feitas para pessoas sem diabetes.

Para os especialistas, é fundamental ampliar a conscientização da população. “A obesidade é uma doença crônica, geneticamente herdada. Assim, durante o acompanhamento médico, importantes decisões como aumentar ou reduzir a dose são tomadas a fim de que o tratamento se torne eficaz e sustentável ao longo do tempo”, reforça Schreiber. Samara Rodrigues complementa que hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de exercícios, devem ser sempre a primeira alternativa no combate à obesidade.

A preocupação com o uso irregular dos medicamentos também se estende ao combate à falsificação e ao contrabando. Só este ano, segundo o programa Fantástico, já foram registradas mais de 350 apreensões de medicamentos falsificados em aeroportos brasileiros. Na semana passada, a Receita Federal apreendeu mais de 600 canetas no Aeroporto Internacional do Recife.

Em nota enviada ao g1, a fabricante Novo Nordisk, responsável pelo Ozempic e Wegovy, declarou que “compartilha das mesmas preocupações da Anvisa quanto ao uso irregular de medicamentos”.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaro faz drama e diz que “ninguém consegue diagnosticar” seu problema

 

Jair Bolsonaro fala com a imprensa em frente ao Hospital DF Star, em Brasília – Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro (PL) afirmou, no sábado (22), que os médicos ainda não conseguiram identificar a origem das dores e dos sintomas que vem enfrentando nos últimos dias. “É uma coisa rara, ninguém consegue diagnosticar”, disse o ex-presidente na porta do Hospital DF Star, em Brasília.

O ex-mandatário relatou que sofre crises frequentes de soluço: “Às vezes dura 24 horas, às vezes até uma semana de vômito, de soluço, 24 horas por dia”. Ele afirmou que seu médico o liberou para comer o que quiser, mas recomendou que ele se alimente com mais calma.


Segundo o médico Cláudio Birolini, responsável por acompanhar Bolsonaro, os exames indicaram um provável quadro de pneumonia viral. “Foi feito exame de sangue e tomografia que constatou que ele provavelmente teve um quadro de pneumonia viral”, explicou o profissional.

Birolini acrescentou que o ex-presidente iniciará tratamento com antibióticos para tratar o problema pulmonar.

Bolsonaro já apresentava sinais de mal-estar desde a última quinta-feira (20), quando discursou em Aparecida de Goiânia.

Na ocasião, interrompeu a fala alegando estar mal: “Vomito dez vezes por dia”. No dia seguinte, deixou um evento em Goiânia após cerca de 20 minutos, repetindo que não estava bem. Sem melhora na madrugada de sábado, decidiu ir ao hospital para realizar novos exames.

Fonte: DCM