Marcelo Oliveira, prefeito de João Dias, no Rio Grande do Norte, assassinado em 2021, após disputas políticas envolvendo facções criminosas – Foto: Reprodução
Facções criminosas têm se infiltrado nas eleições de cidades do interior do Brasil, buscando interferir nos resultados e ampliar seu poder. Um exemplo ocorreu em João Dias, no Rio Grande do Norte, onde traficantes ligados ao PCC executaram o prefeito Marcelo Oliveira (União Brasil) em meio a uma disputa política na região.
Segundo investigações, o político foi alvo de ameaças e negociações com traficantes antes de sua morte. Áudios revelaram ofertas de grandes quantias de dinheiro para que ele renunciasse ao cargo, o que foi feito meses depois.
O controle da prefeitura foi então transferido para Damária Jácome, irmã de um dos traficantes envolvidos, e a cidade passou a ser governada indiretamente pela facção criminosa, conforme indicam as investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Norte.

A relação entre facções criminosas e o poder político local tem se intensificado. A oferta de dinheiro e o controle de recursos públicos atraem esses grupos para a política, onde podem garantir vantagens econômicas, como o desvio de verbas.
Em um relatório divulgado pelo Fantástico, da TV Globo, a Polícia Federal alertou sobre a interferência de facções em pelo menos 42 cidades durante as últimas eleições municipais.
No estado de São Paulo, o PCC teria investido bilhões em apoio a candidaturas, com a intenção de controlar não apenas os resultados eleitorais, mas também o uso de recursos públicos, como verba federal destinada a municípios.
Fonte: DCM com informações do Fantástico da TV Globo
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