sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Lenir de Assis: 'não dá para aceitar que Malafaia use a religião para fazer política suja e espalhar ódio'

A parlamentar defendeu 'respeito à fé do nosso povo'

           Lenir de Assis (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Lenir de Assis (PT-PR) defendeu nesta quarta-feira (20) a investigação da Polícia Federal contra o pastor-empresário Silas Malafaia, alvo de mandados de busca e apreensão, por conta de suas articulações suspeitas com Jair Bolsonaro (PL) no sentido de tentar apoio, com o objetivo de pressionar o Supremo Tribunal Federal e o Congresso por anistia a envolvidos em tentativas de golpe.

"Sou cristã e respeito a fé do nosso povo, mas não dá pra aceitar que Silas Malafaia use a religião para fazer política suja, espalhar ódio e ataque à democracia. Muito menos manipular a fé dos brasileiros para proteger interesses particulares. A Polícia Federal e a Justiça estão fazendo o trabalho delas. Ninguém está acima da lei: nem presidente, nem deputado, nem pastor", afirmou a parlamentar. "E a paz de verdade só virá com a punição dos golpistas e de todos os seus cúmplices!".

Por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o pastor teve os passaportes cancelados e está proibido de sair do país e de ter contato com Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro.

De acordo com a PF, há indícios de que Malafaia estaria envolvido na tentativa de interferir na ação penal que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu. A investigação aponta que Malafaia fazia parte de um grupo que buscava coagir membros do Poder Judiciário.

Fonte: Brasil 247

Com 38%, Moro lidera corrida ao governo do Paraná em 2026, segundo Genial/Quaest

Senador do União Brasil tem vantagem expressiva, enquanto outros nomes aparecem distantes nas intenções de voto

       Sergio Moro (Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado)

O senador e ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-PR) é o favorito na disputa pelo governo do Paraná em 2026, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (22) pela Folha de S. Paulo.

Segundo o levantamento, Moro tem 38% das intenções de voto, contra 8% de Paulo Eduardo Martins (Novo), 7% de Enio Verri (PT) e 6% de Guto Silva (PSD).

A pesquisa mostra que 28% dos entrevistados votariam em branco ou nulo, enquanto 13% não souberam responder.

O atual governador, Ratinho Junior (PSD), apresenta altos índices de aprovação: 84% dos paranaenses aprovam sua gestão, contra 12% que desaprovam.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Como é a “cela especial” separada para Bolsonaro na Superintendência da PF


O ex-presidente Jair Bolsonaro acompanhado de policial federal. Foto: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo

A Polícia Federal já preparou uma cela especial temporária para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem cumprido prisão domiciliar. O espaço fica no térreo da Superintendência da corporação no Distrito Federal, no Setor Policial de Brasília.

Segundo a CNN Brasil, a “cela do Bolsonaro”, como tem sido chamada, é uma sala improvisada e preparada para acomodar o ex-presidente. O local tem banheiro reservado, cama, mesa de trabalho, cadeira e televisão.

O espaço é similar ao reservado para o presidente Lula na Superintendência da Polícia Federal no Paraná em 2018. O petista ficou em um cômodo de 15 metros quadrados, com armário, divisória separando o quarto-sala do banheiro e um boxe com chuveiro elétrico, pia e vaso sanitário.

O espaço foi montado há mais de três meses. Ex-presidentes costumam ter benefícios em prisões: é o caso de Fernando Collor de Mello, que também ficou temporariamente em uma sala especial em presídio de Maceió (AL), montada no cômodo usado pelo diretor do local.

Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também ficou preso na Superintendência da PF no Distrito Federal e não teve as mesmas regalias de Bolsonaro. A cela em que estava tinha o mesmo tamanho, mas contava com beliche de concreto com camas hospitalares e um chuveiro acima do local da privada.

Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. Foto: Divulgação
Apesar da cela especial na superintendência da PF, Bolsonaro pode acabar indo para outro local, como uma prisão militar ou um batalhão da Polícia Militar. O ex-presidente só usará o espaço da corporação se o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar que fique no local.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, quando Moraes determinou a medida após o descumprimento de medidas cautelares impostas no mês passado. Ele e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, foram indiciados nesta quarta (20) pela Polícia Federal.

Moraes deu um prazo de 48 horas, que se encerra na noite desta sexta (22), para que os advogados de Bolsonaro prestem esclarecimentos após a PF encontrar provas que comprovam “risco de fuga”.

Fonte: DCM

Rogério Correia protocola denúncia contra Zé Trovão por ameaçar o ministro Alexandre de Moraes

"Não podemos normalizar os ataques", afirmou o parlamentar

Zé Trovão (menor destaque) e Rogério Correia (Foto: Pablo Valadares/Câmara I Bruno Spada/Câmara)

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou nesta quinta-feira (21) que protocolou na Corregedoria da Casa uma denúncia contra Zé Trovão (PL-SP). O parlamentar bolsonarista ameaçou de morte o relator do inquérito da trama golpista no Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes.

“Protocolei ofício ao corregedor da Casa com uma nova denúncia contra o deputado Zé Trovão (PL-SC) por ter ameaçado de morte o ministro Alexandre de Moraes. Ele já responde a um processo remetido pela própria Mesa Diretora da Câmara pelo episódio do sequestro do Plenário, há duas semanas. A nova denúncia demonstra o comportamento frequente do deputado e a sua insistência em ferir as normas e o decoro”, escreveu o parlamentar na rede social X.

O petista citou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e afirmou que o deputado do Republicanos-PB, "em breve, terá de decidir sobre as punições". "Espero que essa nova denúncia deixe ainda mais evidente que não podemos normalizar os ataques do deputado em questão”.

O ministro do STF Alexandre de Moraes vem sendo alvo de ataques da extrema direita brasileira nos últimos anos, principalmente, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), que é réu no inquérito do plano golpista, cumpre medidas cautelares e está em prisão domiciliar. Em outra apuração, ele foi indiciado pela Polícia Federal nessa quarta (20) por obstrução judicial da apuração da trama do golpe.

A tentativa de obstrução ocorreu porque Bolsonaro e o seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também indiciado, resolveram fazer articulações com o governo Donald Trump (EUA) para aplicar sanções à economia brasileira e sanções ao STF. Na área econômica, os Estados Unidos anunciaram um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras para o território norte-americano.

O governo Trump também suspendeu vistos de ministros do STF para os EUA e, contra o ministro Alexandre de Moraes, a gestão do presidente americano está usando a chamada Lei Magnitsky. Essa legislação foi instituída em 2012 com o objetivo de punir os envolvidos na morte do advogado e ativista russo Sergei Magnitsky, falecido em 2009 em uma prisão de Moscou.

Quatro anos depois, em 2016, a norma foi ampliada e passou a autorizar os Estados Unidos a aplicar sanções contra pessoas ou organizações acusadas de corrupção ou de violações de direitos humanos, ainda que não haja condenação judicial prévia.

As penalidades aplicadas ao ministro incluem o bloqueio de eventuais bens e ativos financeiros em território norte-americano. Instituições bancárias dos EUA são obrigadas a informar o Office of Foreign Assets Control (OFAC) sobre a existência desses recursos, e Moraes fica impedido de realizar transações ou movimentar fundos em solo americano.

Segundo interlocutores, Alexandre de Moraes minimizou a medida, ressaltando que ela "não vai mudar nada", já que não possui contas, investimentos ou patrimônio sob jurisdição dos Estados Unidos.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro movimentou R$ 30 milhões em um ano, aponta relatório da PF



Documento indica suspeitas de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-mandatário e familiares

Ex-presidente Jair Bolsonaro em casa, em Brasília, durante prisão domiciliar determinada pelo STF 14/08/2025 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Reuters)

 Um relatório da Polícia Federal, com base em informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), aponta que Jair Bolsonaro (PL) movimentou R$ 30 milhões entre março de 2023 e fevereiro de 2024. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as transações foram classificadas como atípicas e levantam indícios de “lavagem de dinheiro e outros ilícitos”.

De acordo com a análise da PF, a maior parte das operações financeiras foi direcionada a pagamentos de honorários advocatícios e aplicações em títulos como CDB e RDB. Dois escritórios de advocacia que defendem o ex-presidente receberam, juntos, R$ 6,6 milhões. Além disso, mais de 50% dos débitos correspondem a investimentos em renda fixa, que somaram R$ 18,3 milhões.

Ainda conforme a reportagem, o relatório também registra que, entre dezembro de 2024 e junho de 2025, Bolsonaro movimentou mais R$ 22 milhões. Nesse período, ele transferiu R$ 2,1 milhões ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros R$ 2 milhões à esposa, Michelle Bolsonaro. Para a PF, os repasses ao filho foram usados para financiar atividades contra o governo brasileiro nos Estados Unidos, enquanto a transferência para a ex-primeira-dama teria como objetivo prevenir bloqueios em suas contas.

A investigação integra o inquérito que apura tentativa de obstrução de julgamento da ação penal sobre o golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse processo, Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro já foram formalmente indiciados pela PF.

Segundo o relatório, Michelle Bolsonaro recebeu R$ 2,9 milhões entre setembro de 2023 e agosto de 2024, e gastou R$ 3,3 milhões no mesmo período. Parte relevante dos valores, cerca de R$ 1,9 milhão, veio da empresa MPB Business, da qual é sócia.

No caso de Eduardo Bolsonaro, as transações consideradas atípicas incluem os R$ 2,1 milhões transferidos por seu pai e uma operação de câmbio de R$ 1,6 milhão. Já Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro, registrou R$ 4,8 milhões em créditos no período de setembro de 2023 a agosto de 2024.

Entre os valores recebidos por Carlos, destaca-se o pagamento de R$ 700 mil feito pelo empresário Mario Pimenta de Oliveira Filho. Ele confirmou à reportagem que o montante corresponde à compra de um apartamento na Tijuca, no Rio, que pertencia ao filho do ex-mandatário. Segundo o empresário, a aquisição foi feita para acolher uma familiar doente e só descobriu que o imóvel era de Carlos no momento da assinatura em cartório.

“Não sabia que era dele. Pela documentação, vi que pertencia a ele desde 2003, salvo engano. Não sou do ramo da política, sou comerciante”, declarou Oliveira Filho, que atua no setor de oficinas de automóveis e já colocou o apartamento novamente à venda.

A defesa do ex-mandatário ainda não se pronunciou sobre as novas conclusões do relatório da Polícia Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Eduardo Bolsonaro escondeu dinheiro na conta da esposa, diz PF

Segundo a investigação, Eduardo recebeu R$ 2 milhões do pai, Jair Bolsonaro

       Eduardo Bolsonaro - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Jessica Koscielniak)

De acordo com a Polícia Federal (PF), a conta bancária de Heloísa, esposa do deputado Eduardo Bolsonaro, foi utilizada para ocultar recursos do deputado, permitindo o acesso a valores repassados do deputado e ao mesmo tempo driblando eventuais bloqueios judiciais.

A PF informou na quarta-feira (20) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o filho dele, Eduardo, pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Segundo a investigação, após receber R$ 2 milhões do pai, Eduardo transferiu para a esposa dois valores — R$ 50 mil em 19 de maio e R$ 150 mil em 5 de junho. Para os investigadores, as transferências tinham como objetivo ocultar a origem do dinheiro e garantir o acesso aos valores, mesmo em caso de bloqueio judicial da conta do deputado licenciado.

A decisão da PF foi tomada após a corporação concluir as investigações sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Fonte: Brasil 247 com informações do R7

Comandante do Exército manda recado a golpistas: 'minha espada não tem partido'

Declaração surge em meio a pressões de setores da extrema direita e bolsonaristas para uma ação dos EUA contra o Brasil

                                 Tomás Paiva e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou nesta quinta-feira (21), Dia do Soldado, que a força, inspirada em seu patrono, Duque de Caxias, mantém sua coesão e imparcialidade, informou a agência Folha Press.

“Sua espada foi empunhada em prol de um único lado: o da pátria, pois, conforme o próprio declarou: ‘Minha espada não tem partido’ […] [Caxias] Ensinou-nos, ainda, que a força do Exército reside na fé, na coesão, na disciplina, na imparcialidade e no compromisso com o bem comum”, disse Tomás, na cerimônia oficial, em Brasília-DF.

Paiva enfatizou que o exemplo de Caxias, símbolo da pacificação no Exército, passa pelos conceitos da dignidade humana e união nacional.

“Em sua longa trajetória na busca da unificação nacional, debelou revoltas internas sem triunfalismos, respeitou os vencidos como irmãos e tratou todos, aliados e adversários, com dignidade e humanidade”, afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações da agência Folha Press

Malafaia silencia em depoimento à PF e condiciona fala ao acesso ao inquérito

Pastor bolsonarista foi alvo de operação no aeroporto do Galeão e é investigado por suposta atuação para obstruir a Justiça

       (Foto: Lula Marques/AgênciaPT)

O pastor Silas Malafaia permaneceu em silêncio ao prestar depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (20). Segundo o g1, ele afirmou ter exercido o direito constitucional de não responder às perguntas, já que, de acordo com sua defesa, ainda não teve acesso ao conteúdo do inquérito. Malafaia ressaltou, no entanto, que pretende se manifestar assim que conhecer a íntegra da investigação.

A ação contra o líder religioso ocorreu no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, onde agentes federais cumpriram mandado de busca pessoal e de apreensão de celulares. A medida foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da apuração sobre tentativa de coação no curso do processo, ligada ao caso que investiga a tentativa de golpe de Estado e envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros ex-integrantes de seu governo.

De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, mensagens analisadas pela PF indicam que Malafaia teria atuado como orientador e colaborador em estratégias de coação e obstrução de Justiça articuladas por Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Além de ter celulares apreendidos, o pastor está proibido de deixar o país e de manter contato com os demais investigados. As medidas buscam evitar interferências no andamento do inquérito, que também resultou no indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro pelos crimes de coação e tentativa de abolição do Estado democrático de direito.

A operação desta semana ocorreu em meio ao avanço das investigações sobre a tentativa de golpe, que segundo a Polícia Federal, envolveu articulações políticas e uso de redes de apoio para pressionar autoridades do Judiciário e do Ministério Público.

Mensagens já recuperadas pelos investigadores apontam para divergências internas entre aliados de Jair Bolsonaro, incluindo trocas de ofensas entre o ex-mandatário, Silas Malafaia e Eduardo Bolsonaro, revelando um cenário de fraturas no campo da direita política brasileira.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Hugo Motta manda recado para Eduardo Bolsonaro: "não funciono sob ameaça"

Presidente da Câmara afirma que não se deixa intimidar e reforça que Conselho de Ética analisará pedidos de cassação contra o deputado

                        Hugo Motta (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), rebateu nesta quarta-feira (21) as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em entrevista ao blog da jornalista Andréia Sadi, do g1, Motta disse que não se intimida com pressões externas. “Eu não levo muito em consideração essas ameaças, porque – primeiro – não funciono sob ameaça. Então, para mim, isso não altera nem o meu humor, nem a minha maneira de agir”, afirmou.

Segundo o G1, Eduardo Bolsonaro direcionou ameaças à Motta e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sugerindo que ambos poderiam ser alvo de sanções do governo dos Estados Unidos caso não avançassem projetos de anistia e pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Na última sexta-feira (15), Motta enviou ao Conselho de Ética da Câmara quatro representações contra Eduardo Bolsonaro, que estavam paradas na Mesa Diretora havia semanas. As denúncias – três apresentadas pelo PT e uma pelo PSOL – acusam o parlamentar de quebra de decoro por supostamente atuar contra os interesses do Brasil e em defesa de medidas propostas pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Motta ressaltou que a Câmara tratará Eduardo Bolsonaro sem privilégios ou perseguições: “Nós temos dito que o deputado Eduardo Bolsonaro será tratado como todo e qualquer deputado, obedecendo o regimento da Casa. Nem haverá privilégio, nem também haverá o interesse de prejudicar. Nós temos que saber separar as coisas, porque o papel do presidente da Casa é agir com muita imparcialidade”.

Paralelamente, nesta quarta-feira (20) a Polícia Federal indiciou Eduardo Bolsonaro e o Jair Bolsonaro (PL) sob acusação de coação a autoridades responsáveis por investigar o golpe de Estado de 2023. Em sua rede social, o deputado classificou a medida como exagerada: “É lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados”, disse.

Eduardo ainda alegou que sua atuação no exterior “jamais teve como objetivo interferir em qualquer processo em curso no Brasil” e que, segundo ele, sua agenda nos Estados Unidos foi voltada à defesa das liberdades individuais, com foco no projeto de anistia em tramitação no Congresso.

Interlocutores do presidente da Câmara afirmam que as ameaças de Eduardo Bolsonaro não têm repercussão efetiva dentro do Parlamento. Segundo esses aliados, o clima político já foi mais favorável às pautas defendidas pela família Bolsonaro, mas o desgaste provocado pelas pressões externas e o impacto do chamado tarifaço norte-americano praticamente inviabilizaram avanços na proposta de anistia.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lindbergh comemora: "Lula dispara nas pesquisas e Bolsonaro se enrola em fogo no parquinho"

Líder do PT na Câmara comenta resultados da pesquisa Quaest, divulgada nesta quinta-feira

       Lula e Lindbergh Farias (Foto: Ricardo Stuckert)

O deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, foi às redes sociais, nesta quinta-feira (21), celebrar os resultados da mais recente pesquisa Quaest, que mostram o crescimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o enfraquecimento da extrema direita, de nomes como o do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo.

Lula lidera a disputa eleitoral do primeiro turno pela presidência da República e abriu vantagem sobre os demais adversários em todos os cenários de segundo turno, apontou a pesquisa.

De acordo com o parlamentar, os bolsonaristas estão em crise e tentam desesperadamente usar o Brasil inteiro como "moeda de troca", em articulação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliado de Bolsonaro.

"E tem mais! A extrema direita está em crise e as provas de traição se acumulam. É Bolsonaro pedindo asilo vergonhosamente na Argentina pra fugir da Justiça e se enrolando em áudios que provam a chantagem do tarifaço pela anistia. O que essa gente está fazendo é usar o país inteiro como moeda de troca para se livrar da cadeia", escreveu o deputado.

A sondagem aponta ainda que quase 50% dos entrevistados têm mais medo do retorno de Jair Bolsonaro ao poder do que da reeleição de Lula.

Fonte: Brasil 247

Moraes cobra Exército por atraso em informações sobre "kid pretos" em inquérito sobre trama golpista

Ministro do STF deu 48 horas para que o Exército apresenta os dados sobre movimentações de oficial investigado em núcleo de forças especiais

      Kids Pretos (Foto: Exército Brasileiro)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou do Exército a entrega de informações que deveriam ter sido enviadas à Corte sobre a atuação de militares ligados ao chamado "núcleo 3" da trama golpista. O grupo investigado inclui integrantes das forças especiais, conhecidos como "kids pretos", além de um policial federal.

Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, Moraes solicitou em 7 de agosto que a Força entregasse a ficha de movimentação do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, contendo registros entre janeiro de 2021 e janeiro de 2023, com detalhamento das funções exercidas e em que caráter. Até 19 de agosto, mais de 40 dias depois, o pedido não havia sido atendido. Agora, o ministro determinou prazo de 48 horas para o cumprimento da ordem.

De acordo com investigações da Polícia Federal, Rafael Martins é suspeito de ter atuado como operador da tentativa de golpe e de participar de um plano que previa até a prisão do próprio Moraes. O militar teria adquirido um telefone celular utilizado na operação e registrado em nome de sua esposa.

Em depoimento à Corte, Martins compareceu de farda e foi obrigado a trocar de roupa para o interrogatório. Ele também foi citado pelo tenente-coronel Mauro Cid, delator no processo, que reafirmou ter recebido dinheiro em espécie do general e então ministro Walter Braga Netto. Segundo o ex-ajudante de Jair Bolsonaro (PL) , a quantia teria sido entregue em uma caixa de vinho no Palácio da Alvorada e destinada a Martins.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Frota militar dos EUA recua no Caribe por causa de furacão em meio à tensão com Venezuela

Navios retornaram à Virgínia após o avanço do furacão Erin, em operação que elevou o temor de uma intervenção militar no governo de Nicolás Maduro

      (Foto: Sputnik)

A frota naval dos Estados Unidos, que havia se deslocado recentemente para o Caribe em uma operação contra o narcotráfico, retornou à base em Norfolk, Virgínia, devido ao avanço do furacão Erin. O Grupo Anfíbio de Prontidão Iwo Jima, composto por 4.500 fuzileiros navais e três navios de assalto anfíbio, havia partido há apenas cinco dias de Norfolk. O retorno, segundo o jornal O Globo, ocorreu de forma antecipada por causa dos riscos associados à tempestade, que alcançou a categoria 5 no fim de semana. Ainda não está claro se os navios chegaram a se aproximar da costa venezuelana antes da retirada.

O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA alertou que o furacão Erin deve atingir áreas da Virgínia e de Maryland com ventos intensos a partir desta quinta-feira (21). A frota, que na terça-feira (19) estava próxima às Bahamas, regressou de forma preventiva para evitar danos.

A operação, sob comando do U.S. Southern Command, mobilizou os navios USS Iwo Jima, USS Fort Lauderdale e USS San Antonio, além de três contratorpedeiros equipados com o sistema Aegis, um submarino de ataque nuclear e aeronaves de patrulha marítima P-8 Poseidon. Segundo especialistas, o aparato representava não apenas uma ação contra cartéis de drogas, como anunciado oficialmente, mas também uma demonstração de força militar incomum para operações desse tipo.

A movimentação militar dos EUA ocorreu após uma diretriz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ordenou o combate a cartéis estrangeiros de drogas. A medida reacendeu preocupações de uma possível intervenção na Venezuela, país com o qual Washington rompeu relações diplomáticas em 2019.

Na última terça-feira (19), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou a posição do governo Donald Trump afirmando que “os EUA usarão toda a força contra o regime de Nicolás Maduro. A porta-voz também acusou o presidente venezuelano de comandar um cartel que envia drogas para o território norte-americano.

O Tesouro dos Estados Unidos incluiu em julho o chamado Cartel de los Soles na lista de organizações terroristas e fixou uma recompensa de US$ 50 milhões pela captura de Maduro, medida que elevou ainda mais a tensão regional.

Em resposta, o governo de Caracas anunciou a mobilização de 4,5 milhões de voluntários, denunciando a presença militar norte-americana como uma provocação. Especialistas em relações internacionais avaliam que, embora a justificativa oficial seja o combate ao tráfico, a ação demonstra a crescente pressão de Washington sobre o governo de Nicolás Maduro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

INSS suspende contrato com Crefisa após apontar coação e venda casada em novos benefícios

Autarquia diz ter identificado práticas abusivas e falhas operacionais; Crefisa nega irregularidades e afirma não ter sido notificada formalmente

Agência da Crefisa (Foto: Reprodução/Instagram)

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu de forma cautelar o contrato com a Crefisa para o pagamento de novos benefícios. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (21) e levou em conta reclamações recorrentes sobre o atendimento da instituição financeira. As informações foram publicadas pelo jornal Valor Econômico, que obteve a nota oficial do INSS e a resposta da Crefisa.

De acordo com o Valor, o INSS relatou que a Crefisa venceu 25 dos 26 lotes do Pregão Eletrônico de 2024 para operacionalizar pagamentos futuros, mas o contrato foi interrompido após denúncias registradas por Procons, Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e beneficiários — estes últimos por meio das agências da Previdência Social e da plataforma Fala.BR.

Na comunicação oficial, o INSS sustenta ter constatado um conjunto de irregularidades, como “coação para a abertura de conta corrente e venda casada de produtos”, além de “dificuldade ou impedimento no recebimento do benefício; falta de estrutura adequada nas agências bancárias; portabilidades indevidas e não autorizadas; falta de um sistema de triagem e emissão de senhas e de informações claras e atendimento inadequado”. A autarquia afirmou que a suspensão vale apenas para novos pagamentos e foi adotada “como medida necessária para cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público”.

O órgão também reforçou o compromisso com padrões mínimos de qualidade no atendimento, destacando: “O INSS não compactua com práticas que acarretem prejuízos ou desconfortos aos beneficiários, especialmente àqueles em situação de vulnerabilidade social. A transparência e a segurança no atendimento são princípios irrenunciáveis na relação com os segurados”.

Procurada pelo Valor, a Crefisa repudiou as acusações e disse não ter sido comunicada oficialmente. “Recebeu com ‘surpresa as informações divulgadas’, uma vez que ‘não foi formalmente comunicado por parte do INSS até o momento sobre qualquer medida nesse sentido’”, declarou a instituição.

Em defesa do próprio histórico operacional, o banco afirmou: “O Banco Crefisa vem prestando regularmente o serviço de pagamento de benefícios desde 2020, sem qualquer interrupção, não havendo reclamação de qualquer beneficiário de que tenha deixado de receber seu benefício, dentre os mais de 1 milhão de beneficiários atendidos em todo o território nacional”.

A empresa também contestou supostas falhas de infraestrutura e restrições de acesso aos recursos. “A estrutura dos espaços físicos é adequada e há caixas eletrônicos em todos os Postos de Atendimento para realização de saques. Portanto, não há dificuldades ou impedimento para recebimento dos benefícios, assim como não há atrasos, recusas de pagamento e limitação para saque”, alegou.

Quanto às acusações de coação e venda casada, a Crefisa declarou: “Nenhum contrato é celebrado sem autorização dos clientes. ‘Não há coação para abertura de conta corrente e venda casada de produtos e prova disso é que menos de 5% dos mais de 1 milhão de Beneficiários atendidos abriram conta corrente na instituição’”.

Ao final, a instituição reforçou a tese de regularidade contratual: “O Banco Crefisa reitera que não praticou qualquer irregularidade e que vem cumprindo integralmente as cláusulas do contrato vigente, respeitando todos os critérios legais e contratuais estabelecidos, reforçando seu compromisso com a ética, a legalidade e a boa-fé contratual”.

Fonte: Brasil 247 com informações publicadas pelo jornal Valor Econômico

Promessa de Lula avança: Câmara aprova urgência para isenção de IR até R$ 5 mil


                Hugo Motta, presidente da Câmara. Foto: reprodução

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (21) um requerimento de urgência para o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O texto, que já foi aprovado em comissão especial, agora poderá ser votado diretamente pelo plenário sem necessidade de passar por outras comissões.

Segundo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), ainda não há previsão de análise do conteúdo (mérito) da proposta pelo conjunto dos deputados. A votação da urgência ocorreu de forma simbólica e com orientação favorável de todos os partidos, do PT ao PL.

O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que discutirá a data para a votação final do projeto com lideranças partidárias.

“Pauta importante que, sem dúvida alguma, trará benefícios para milhões de brasileiros e brasileiras que passarão a ter isenção do IR. Vamos, nas próximas reuniões, definir a data da pauta. Conversaremos também com o relator, deputado Arthur Lira, para que possamos anunciar a data de votação do mérito da matéria”, declarou Motta.


A ampliação da faixa de isenção do IR para R$ 5 mil foi uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, estão isentos do pagamento de IR quem ganha até dois salários mínimos deste ano, o equivalente a R$ 3.036.

A proposta, relatada pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), também prevê um desconto parcial para quem tem rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350.

O impacto fiscal da medida é significativo. Em 2026, a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil vai custar R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos. Para compensar a perda de arrecadação, Lira manteve a proposta do governo de tributar com uma alíquota progressiva de até 10% rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. A alíquota máxima incidirá para quem recebe anualmente a partir de R$ 1,2 milhão.

O texto aprovado na comissão especial também inclui dispositivo que destina parte do dinheiro com excesso de arrecadação a estados e municípios.

De acordo com parecer, mesmo com a ampliação da faixa de desconto parcial, haverá uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027. Esse dinheiro será usado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária.

Em seu parecer, Lira também isentou da alíquota mínima do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF) governos estrangeiros (com reciprocidade de tratamento), fundos soberanos e entidades no exterior que tenham como principal atividade a administração de benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões.

Fonte: DCM

Tarcísio foge de perguntas sobre ataques de Eduardo: “Não vou comentar”


O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Eduardo Knapp/Folhapress

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), minimizou nesta quinta (21) os xingamentos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em mensagens trocadas com Jair Bolsonaro. Para ele, tratam-se de “conversas privadas de pai para filho” e sem relevância pública. As declarações foram dadas durante agenda no interior do estado.

As mensagens vieram à tona em relatório da Polícia Federal, que também indiciou o ex-presidente e seu filho. Ambos são acusados de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em meio à investigação da trama golpista julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Nos diálogos revelados pela PF, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, critica Tarcísio por tentar negociar o tarifaço imposto pelos EUA ao Brasil e se movimentar como possível candidato à Presidência com aval do ex-presidente. O material foi apontado como indício de divergências internas no campo bolsonarista.

“Não vou comentar uma conversa privada de pai para filho. É uma questão que só interessa aos dois. E eu não sei nem por que essas conversas foram divulgadas. Não vejo interesse público nisso”, disse Tarcísio.

Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. Foto: Andre Penner/AP
Segundo o governador, a parceria com Bolsonaro continua baseada em confiança e gratidão. “Relação de lealdade, relação de amizade, relação de gratidão com uma pessoa que eu entendo que fez muito pelo Brasil e fez muito por mim. Me abriu a porta, sempre foi muito amigo e eu vou ser amigo, vou estar sempre do lado, vou estar sempre trabalhando para ajudar na medida do possível”, prosseguiu.

Tarcísio também criticou o vazamento das mensagens, afirmando que a divulgação prejudica a privacidade e reforçou críticas às investigações em curso. Para ele, o episódio não deve comprometer sua relação política com o ex-presidente nem abrir espaço para disputas dentro da base bolsonarista.

Na quarta (20), a PF formalizou o indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro. O relatório aponta que pai e filho atuaram para tentar obstruir processos judiciais e restringir os poderes constitucionais, reforçando a acusação de tentativa de golpe de Estado.

Fonte: DCM

“Me oriente”: Bolsonaro pediu ajuda ao advogado de Trump


Donald Trump e Jair Bolsonaro na Flórida (EUA), em 2020. Foto: Jim Watson/AFP

A Polícia Federal incluiu em seu relatório um áudio em que o ex-presidente Jair Bolsonaro pede orientação ao advogado Martin De Luca, ligado à Rumble e à Trump Media & Technology Group, sobre como se posicionar em relação ao tarifaço imposto ao Brasil pelo presidente americano Donald Trump. Para os investigadores, a iniciativa demonstra alinhamento de Bolsonaro a interesses externos.

No registro, Bolsonaro afirma ter redigido uma nota de apoio a Trump e solicita que o advogado o guie sobre como divulgar a mensagem nas redes sociais.

“Martin, peço que você me oriente também, me desculpa aqui tá, minha modéstia, como proceder. Eu fiz uma nota, acho que eu te mandei. Tá certo? Com quatro pequenos parágrafos, boa, elogiando o Trump, falando que a questão de liberdade tá muito acima da questão econômica. A perseguição a meu nome também”, diz Bolsonaro no áudio.

Na sequência, ele diz que ficou “muito feliz” com a manifestação de Trump e manifesta “muita gratidão a ele”. “Me orienta uma nota pequena da tua parte, que eu possa fazer aqui, botar nas minhas mídias, pra chegar a vocês de volta aí. Obrigado aí. Valeu, Martin”, completa.

Martin De Luca, advogado que representa a Rumble e a Trump Media & Technology Group. Foto: Reprodução

Segundo a PF, o diálogo sugere que Bolsonaro buscava usar decisões de outro governo como ferramenta política contra autoridades brasileiras, em especial membros do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento aponta tentativa de influenciar a opinião pública por meio de orientação direta de representantes ligados ao presidente americano.

Segundo o g1, aliados de Bolsonaro veem o episódio como um dos pontos mais delicados do relatório. Para eles, a gravação reforça a percepção de que havia coordenação entre Bolsonaro e aliados de Trump, em um esforço de pressionar instituições brasileiras em meio às investigações sobre a trama golpista.

O material divulgado mostra ainda comunicações envolvendo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia. Ambos também aparecem nas apurações, que relacionam transferências financeiras, mensagens e contatos internacionais a um movimento de apoio ao ex-presidente.

Fonte: DCM

PF já prepara cela para receber Bolsonaro na prisão

Jair Bolsonaro, ex-presidente e réu por tentativa de golpe de Estado. Foto: Gustavo Moreno/STF

A Polícia Federal já preparou uma cela especial temporária para o caso de prisão em regime fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente cumpre recolhimento domiciliar. O espaço está localizado no térreo da Superintestendência da PF no Distrito Federal, no Setor Policial de Brasília, e foi preparado com banheiro reservado, cama, mesa de trabalho, cadeira e televisão.

A “cela de Bolsonaro”, como vem sendo chamada por policiais no DF, segue os moldes da que abrigou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Superintendência da PF no Paraná, entre 2018 e 2019.

Ao CNN, integrantes da PF explicaram que a sala foi montada há mais de três meses e não tinha foco específico em Bolsonaro, podendo ser usada para qualquer autoridade presa. “Ela foi montada e reestruturada após a cúpula da PF e a Vara de Execuções Penais do DF consultarem a Superintendência para checar se haveria um lugar específico para custodiar o ex-presidente”, revelaram fontes.


Um relatório da PF enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) mostra que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares ao enviar mais de 300 mensagens e vídeos pelo WhatsApp após ser proibido pela Corte de usar redes sociais em 21 de julho. Para os investigadores, a prática tinha como objetivo “burlar a ordem de proibição a retransmissão de conteúdos imposta pela Justiça”.

O material apreendido também revelou um rascunho de pedido de asilo político à Argentina, dirigido a Javier Milei, elemento que a PF considera como prova de “risco concreto de fuga”.
documento encontrado pela Polícia Federal no celular de Bolsonaro. Foto: Reprodução


Áudios atribuídos ao pastor Silas Malafaia mostram que ele atuava como conselheiro político de Bolsonaro, com interlocução junto a aliados de Donald Trump. As conversas revelam tentativas de influenciar a atuação do STF e pressionar por uma “anistia” que interrompesse os processos.

A investigação também identificou movimentação financeira suspeita: um dia antes de depor sobre Eduardo Bolsonaro, o ex-presidente transferiu R$ 2 milhões para a conta da esposa, Michelle Bolsonaro, operação não informada à autoridade policial. Eduardo teria usado a conta da própria mulher para movimentar valores enviados pelo pai, prática interpretada como tentativa de ocultar patrimônio.

A PF indiciou Bolsonaro nesta quarta-feira (20) por coação no curso de processo e abolição do Estado Democrático de Direito. Os investigadores entendem que ele e seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro, atuaram juntos para que os Estados Unidos sancionassem o Brasil e a Justiça brasileira para interromper o processo e julgamento de plano de golpe de Estado.

Fonte: DCM