domingo, 18 de maio de 2025

Prefeituras recebem R$ 2 bilhões na terça-feria, referentes ao segundo repasse do FPM

No quinto mês do ano, a segunda parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) será de R$ 2.361.301.142,43. Descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a transferência prevista para terça-feira, 20 de maio, será de R$ 1.889.040.913,94. Essa transferência representa 20% do montante total do mês, e é parte da arrecadação nacional com os Impostos de Renda e Sobre Produtos Industrializados (IR e IPI).

A partir dos dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta um crescimento de 39,50%, retirando o efeito da inflação. “A base de cálculo do FPM cresceu R$ 3,33 bilhões neste segundo, passando de R$ 7,16 bilhões em 2024 para R$ 10,4 bilhões neste ano”, detalha o documento da entidade. Resultado do aumento de 110,4% da arrecadação do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e do crescimento de 41,2% imposto sobre pessoa física.

De janeiro até agora, o FPM teve crescimento real de 3,13%, sem o efeito da inflação do período. Em valores, foram transferidos aos cofres municipais a soma de R$ 13,1 bilhões e, de janeiro até 20 de maio de 2024, R$ 11,9 bilhões. Mesmo com o cenário positivo, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, recomenda o controle das finanças, pois as demandas ainda são infinitamente maiores que a fatia destinada aos Entes locais do bolo tributário.

No vermelho
Dentre os problemas que “rapam” os cofres municipais, Ziulkoski destaca os encargos da execução dos programas federais, dívidas previdenciárias e as medidas aprovadas pelo Congresso Nacional que promovem despesas não previstas no orçamento, como a isenção do Imposto de Renda, que pode retirar R$ 11,8 bilhões aos Municípios. Cenário deletério confirmado com aumento de prefeituras no vermelho, e esse panorama será debatido durante a XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.

Por Raquel Montalvão

Ataques de Israel deixam pelo menos 96 mortos e mais de 140 feridos em Gaza neste domingo

Mais cedo, pelo menos 36 pessoas morreram após bombardeios contra um campo de refugiados

Faixa de Gaza após ataque israelense (Foto: Reuters)

Pelo menos 96 pessoas foram mortas e mais de 140 ficaram feridas neste domingo (18) em decorrência de ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, informou o Ministério da Saúde do enclave. As informações são da Sputnik.

“Desde esta manhã (horário local), de acordo com informações preliminares, os hospitais receberam 96 mortos e mais de 140 feridos como resultado dos massacres e bombardeios da ocupação contra civis na Faixa de Gaza”, afirmou o ministério em comunicado.

Mais cedo, pelo menos 36 pessoas morreram após bombardeios contra o campo de refugiados de al-Mawasi, onde palestinos deslocados estavam abrigados no sul da Faixa de Gaza, informou a rede Al Jazeera.

As vítimas, entre mortos e feridos, foram levadas para um hospital de campanha do Kuwait e para o Hospital Nasser, em Khan Yunis.

Na noite de 18 de março, as Forças de Defesa de Israel retomaram os ataques à Faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os bombardeios continuam porque o movimento palestino Hamas se recusou a aceitar um plano dos Estados Unidos para estender o cessar-fogo e libertar os reféns.

A trégua entre Israel e Hamas terminou oficialmente em 1º de março, mas os combates não haviam sido retomados devido à mediação de negociações por um acordo em Gaza. No entanto, Israel cortou o fornecimento de energia elétrica a uma usina de dessalinização no enclave e bloqueou a entrada de caminhões com ajuda humanitária na região.

Fonte: Brasil 247

Lúcio se recupera de queimaduras após acidente com lareira e apresenta evolução clínica, diz família

Internado em UTI desde quinta-feira, ex-zagueiro está consciente, faz fisioterapia e é acompanhado por equipe especializada em queimados

Lúcio (Foto: Reprodução/Instagram/@lucio_l3)

O ex-zagueiro Lúcio, de 47 anos, está internado desde a última quinta-feira (15) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Brasília, no Distrito Federal, após sofrer queimaduras provocadas por uma explosão de lareira ecológica em um acidente domésticor.

De acordo com o jornal O Globo, Lúcio está sob os cuidados da equipe especializada em queimados do hospital. Ele passou por curativos nas lesões e segue consciente, conversando e realizando sessões de fisioterapia. “Permanece com quadro de saúde estável”, informa a nota do Hospital Brasília.

A família do ex-atleta reforça que a internação em UTI ocorre por precaução e para garantir o monitoramento contínuo. Segundo os parentes, Lúcio “não corre risco” e sua recuperação tem sido positiva. As visitas estão restritas à família próxima, incluindo sua esposa, a cirurgiã-dentista Marília Scarton Forgiarini, que agradeceu, por meio das redes sociais, as mensagens de apoio e orações recebidas.

Lúcio completou 47 anos no dia 8 de maio e é lembrado como um dos principais nomes da geração campeã do mundo em 2002 com a Seleção Brasileira. Foi, inclusive, o último jogador daquele grupo a anunciar a aposentadoria, em 2020. Seu último jogo oficial ocorreu em 2019, pelo Brasiliense, na Série D do Campeonato Brasileiro.

Ao longo de sua trajetória no futebol, o zagueiro teve passagens marcantes por clubes nacionais como Internacional, São Paulo e Palmeiras. Na Europa, construiu uma carreira sólida em gigantes como Bayer Leverkusen, Juventus, Bayern de Munique e, sobretudo, Inter de Milão — clube onde conquistou a Liga dos Campeões da UEFA em 2010 e tornou-se ídolo da torcida.

Além do título mundial, Lúcio ergueu duas Copas das Confederações com a seleção brasileira e acumulou títulos nacionais e internacionais por onde passou, consolidando-se como um dos defensores mais respeitados de sua geração.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Portugueses vão às urnas para eleição que dificilmente resultará em governo estável

Além do impasse político, questões como habitação e imigração dominaram a campanha

Outdoor da AD - Coligação PSD/CDS, antes das eleições antecipadas em Lisboa, Portugal, 5 de maio de 2025 (Foto: REUTERS/Pedro Nunes)

(Reuters) – Os eleitores portugueses foram às urnas neste domingo para a terceira eleição parlamentar em três anos, mas muitos se preparam para mais incertezas, já que o pleito dificilmente resultará em um governo estável.

A votação foi convocada apenas um ano após o início do mandato do governo minoritário de centro-direita, depois que o primeiro-ministro Luís Montenegro não conseguiu obter a confiança do Parlamento em março — em uma votação proposta por ele mesmo após a oposição questionar sua integridade devido a negócios da consultoria de sua família.

Montenegro negou qualquer irregularidade, e a maioria das pesquisas de opinião indicou que os eleitores rejeitam as críticas da oposição.

As seções eleitorais abriram das 8h às 19h (horário local), com as primeiras projeções de boca de urna previstas para às 20h.

Além do impasse político, questões como habitação e imigração dominaram a campanha. A eleição acontece após uma década de governos frágeis em Portugal — apenas um deles obteve maioria parlamentar e mesmo assim caiu antes de concluir o mandato, no ano passado.

Pesquisas indicam que a Aliança Democrática (AD) de Montenegro deve obter o maior número de votos e conquistar mais cadeiras do que nas eleições de março de 2024, mas ainda assim sem maioria absoluta.

“Não podemos ter eleições todos os anos”, disse Diogo Lima, bancário de 26 anos. Segundo ele, a AD deveria ser deixada para governar, mesmo que não vença por larga margem.

Do lado de fora da seção onde Montenegro votou, na cidade de Espinho, no norte, Irene Medeiros, de 77 anos, afirmou que “o melhor candidato deve vencer”, mas demonstrou receio de mais incertezas no futuro.

Apesar dos impasses políticos, Portugal superou a maioria dos países da União Europeia em crescimento econômico, alcançou superávits orçamentários e reduziu sua dívida sob governos tanto de centro-esquerda quanto de centro-direita.

Contudo, mais instabilidade pode atrasar projetos importantes, como a mineração de lítio no norte do país, e comprometer a privatização da companhia aérea TAP, que já enfrenta sucessivos adiamentos.

‘ÚNICA DÚVIDA’

Logo após votar, Montenegro disse a jornalistas estar confiante na possibilidade de alcançar estabilidade. “Há uma busca por uma solução estável, mas agora isso depende da escolha das pessoas”, afirmou.

O Partido Socialista (PS), rival histórico da AD, aparecia com cerca de 26% nas intenções de voto, atrás da AD com mais de 32%, segundo o agregador de pesquisas da Rádio Renascença.

Segundo o cientista político António Costa Pinto, o novo Parlamento provavelmente se parecerá com o anterior, e é impossível prever quanto tempo o próximo governo durará, já que isso dependerá de fatores que vão desde a conjuntura internacional até a capacidade da AD de firmar acordos com outros partidos.

“A única dúvida é se a AD formará um novo governo minoritário... ou se fará uma coligação pós-eleitoral com a Iniciativa Liberal (IL), mesmo que essa coligação não garanta maioria absoluta”, afirmou ele, referindo-se ao partido liberal pró-mercado, que aparece em quarto lugar nas pesquisas.

Apesar de afinidades ideológicas com a AD, os números da IL não devem ser suficientes para alcançar os 116 assentos necessários à maioria no Parlamento de 230 cadeiras — o que exigiria ao menos 42% dos votos.

A participação eleitoral costuma ser baixa em Portugal, e alguns analistas políticos temem que o comparecimento este ano seja ainda menor, devido ao cansaço eleitoral.

O partido de extrema direita Chega, com o qual Montenegro se recusa a fazer acordos, aparece em terceiro lugar com cerca de 18%, número semelhante ao do ano passado. Contudo, problemas de saúde de última hora do líder do partido, André Ventura, podem afetar o resultado.

Após ser internado duas vezes na última semana por espasmo esofágico, Ventura fez uma aparição surpresa no evento final de sua campanha, na sexta-feira.

Fonte: Brasil 247

Comando Vermelho suspendeu crimes durante G20 no Rio a pedido de "representante das autoridades", revela PF

Traficante Naldinho ordenou sete dias de trégua durante reunião do G20. PF ainda não identificou quem fez o pedido

Reunião de Líderes do G20 no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A Polícia Federal descobriu que a cúpula do Comando Vermelho (CV) ordenou uma trégua nas ações criminosas no Rio de Janeiro durante a reunião de chanceleres do G20 realizada em fevereiro de 2024. A revelação veio à tona por meio de mensagens interceptadas com autorização judicial, segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo.

De acordo com o conteúdo das conversas, Arnaldo da Silva Dias, conhecido como Naldinho — um dos integrantes do Conselho Permanente do CV e atualmente preso em Bangu 3, no Complexo de Gericinó — enviou um comunicado determinando que a facção “segurasse sete dias sem guerras e roubo”. A justificativa seria um pedido feito por “um representante das autoridades no Rio”. A PF, no entanto, não conseguiu identificar quem seria esse interlocutor.

“Boa tarde a todos meus irmãos. Hoje, um representante das autoridades no Rio procurou o irmão que é sintonia e pediu para nós segurarmos sete dias sem guerras e roubo devido ao G20 (são representantes de 20 países diferentes)”, escreveu Naldinho no “salve” enviado em 22 de fevereiro de 2024, data em que ministros das Relações Exteriores do G20 se reuniam na Marina da Glória. Na mensagem, ele ainda acrescentou: “eles demonstraram um respeito por nós”.

◉ Intervenção no texto e papel de liderança - Antes de enviar a versão final do comunicado, Naldinho chegou a submeter uma redação preliminar ao traficante Edgar Alves Andrade, o Doca — chefe do Complexo da Penha e um dos criminosos mais procurados do estado. O primeiro rascunho incluía uma ameaça de punição a quem desobedecesse a ordem, mas, após avaliação de Doca, o texto foi suavizado.

A atuação de Naldinho como uma espécie de porta-voz do CV foi detalhada em relatório da PF. Condenado a mais de 50 anos por tráfico e homicídio, ele é descrito como responsável por transmitir ordens da alta cúpula para as bases da organização. Em seus comunicados, resolve disputas entre traficantes, anuncia acordos com outras facções e até organiza rifas de armamentos, como a realizada em março de 2024, cujo prêmio anunciado foram dois fuzis AR calibre 5,56.

◉ Aliança com a ADA e decisões internas - Outro ponto revelado pelos “salves” diz respeito à reaproximação entre o Comando Vermelho e a facção Amigos dos Amigos (ADA), rivais históricos no tráfico carioca. Em mensagem de 25 de fevereiro de 2025, Naldinho anunciou que o CV estava “numa sintonia de respeito, com grau de companheiro e futuramente até amizade” com a ADA. O pacto foi selado definitivamente em 4 de março, com novas regras de convivência: "moradores de ambas comunidades poderão transitar com passe livre em qualquer comunidade que for ADA ou CV sem qualquer constrangimento".

Além das tratativas com a ADA, as mensagens mostram como decisões internas eram tomadas. Em 1º de março de 2025, por exemplo, Naldinho confirmou quem seriam os donos de uma nova boca de fumo numa favela recém-invadida. “Entraram no bom senso e ficou decidido que os três são donos da boca”, escreveu, referindo-se aos traficantes JN, Turuna e Merenda, este último ausente na votação anterior por estar hospitalizado.

◉ Tentativa de fuga e novo pedido de transferência - O relatório da Polícia Federal também aponta que Naldinho, sob o apelido de Samuray, pode ter participado do planejamento de uma tentativa de fuga em massa do Complexo de Gericinó. Conversas interceptadas indicam que R$ 20 mil do caixa da facção foram repassados a ele para a construção de um túnel na unidade Vicente Piragibe, descoberta meses depois. A obra foi interrompida antes de permitir a fuga dos detentos.

Essa não foi a primeira tentativa de evasão atribuída a Naldinho. Em dezembro de 2021, um alvará de soltura falso foi enviado à Secretaria de Administração Penitenciária, o que levou sua transferência à unidade de segurança máxima de Bangu 1. Em 2020, ele retornou ao sistema prisional fluminense.

Diante das novas evidências, a Polícia Federal solicitou, em novembro de 2024, sua transferência para um presídio federal. O pedido foi reforçado pela Polícia Civil em fevereiro de 2025 e teve parecer favorável do Ministério Público. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ainda não decidiu sobre o caso.

O Globo informou que não conseguiu contato com a defesa de Naldinho. Em manifestação judicial, seus advogados argumentaram que “não há como identificar a pessoa que se utilizou da linha telefônica” e sustentaram que “não há conduta praticada pelo apenado capaz de incluí-lo no sistema penitenciário federal”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Selic a 14,75% é "um crime" e "não vai resolver o problema da inflação", diz José Dirceu

Ex-ministro critica a atuação do Banco Central e a meta de inflação e diz que a Selic alta “aumenta a dívida pública e impede o investimento”

(Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

 O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) voltou a disparar duras críticas contra a condução da política monetária brasileira. Em entrevista ao Metrópoles, ele classificou como “um crime” a atual taxa de juros básica da economia, fixada em 14,75% pelo Banco Central.

“Eu considero um crime o Brasil ter uma taxa de juros alta. Isso não vai resolver o problema da inflação. Sou contra a taxa de 14,75%. Ela aumenta a dívida pública, impede o investimento”, afirmou, ao criticar diretamente a condução da autoridade monetária.

Dirceu foi enfático ao afirmar que sua crítica se dirige ao Banco Central como um todo, e não apenas a seu presidente, Gabriel Galípolo, escolhido para o cargo pelo presidente Lula (PT). “[Condeno] a atuação do Banco Central”, respondeu quando questionado sobre a gestão de Galípolo.

Segundo o ex-ministro, a inflação brasileira está sendo julgada com base em uma meta considerada, por ele, distante da realidade do país. “Estamos sem déficit primário praticamente e a inflação está fora da meta porque é irreal. Três por cento num país como o Brasil é irreal. A meta não era essa. Eu sempre fui contra desde o primeiro governo do Lula. A meta era 4%, 5,5% ou 2,5%”, declarou.

Dirceu também fez um paralelo com o cenário internacional para sustentar sua crítica à taxa de juros elevada. Para ele, mesmo sem alcançar plenamente suas metas inflacionárias, economias centrais estão optando por reduzir os juros para estimular o crescimento. “Os países capitalistas centrais estão reduzindo os juros mesmo sem reduzir a inflação, pois sabem que a economia precisa crescer”, pontuou.

Fonte: Brasil 247

Leão XIV dá início a pontificado, pede unidade da Igreja e promete não agir como “autocrata”

Em inauguração como novo papa, Leão XIV fez um chamado pela unidade da Igreja dividida

Papa Leão XIV acena para as pessoas ao chegar no papamóvel para sua missa inaugural no Vaticano, em 18 de maio de 2025 (Foto: REUTERS/Matteo Minnella)

(Reuters) – O papa Leão XIV iniciou formalmente seu pontificado neste domingo com um apelo à unidade e à preservação da herança da Igreja Católica, prometendo não governar como “um autocrata”. Ele também buscou diálogo com os conservadores que se sentiram abandonados sob seu antecessor.

Após um primeiro percurso em seu papamóvel diante de uma multidão estimada em até 200 mil pessoas na Praça de São Pedro e arredores, Leão foi oficialmente instalado como o 267º pontífice da Igreja Católica Romana, durante uma missa campal.

Fiéis acenavam com bandeiras dos Estados Unidos e do Peru, reivindicando ambos o papa como “seu”. Nascido em Chicago, o pontífice de 69 anos viveu muitos anos como missionário no Peru e possui também cidadania peruana.

Robert Prevost, praticamente desconhecido no cenário internacional e tornado cardeal apenas dois anos atrás, foi eleito papa em 8 de maio após um breve conclave que durou menos de 24 horas.

Ele sucede o argentino Francisco, falecido em 21 de abril, que liderou a Igreja durante 12 anos turbulentos, marcados por enfrentamentos com tradicionalistas e a defesa dos pobres e marginalizados.

Em sua homilia, lida em italiano fluente, Leão afirmou que, como líder dos 1,4 bilhão de católicos romanos no mundo, dará continuidade ao legado social de Francisco, incluindo o combate à pobreza e a proteção ao meio ambiente. Também prometeu enfrentar “as questões, preocupações e desafios do mundo atual” e, em sinal aos conservadores, declarou que protegerá “a rica herança da fé cristã”, repetindo diversas vezes o apelo por unidade.

A multidão entoou “Viva il Papa” (Viva o Papa) e “Papa Leone”, seu nome em italiano, enquanto ele acenava do papamóvel antes da missa inaugural, que contou com a presença de dezenas de líderes mundiais.

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, católico convertido e crítico de Francisco por causa da rígida política migratória da Casa Branca, liderou a delegação americana, ao lado do secretário de Estado, Marco Rubio, também católico.

Vance apertou brevemente a mão do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, no início da cerimônia. Os dois haviam se encontrado pela última vez em fevereiro na Casa Branca, onde protagonizaram um confronto diante da imprensa internacional. Zelenskiy e Leão teriam uma reunião privada mais tarde no domingo, enquanto Vance deve se encontrar com o papa na segunda-feira.

Em um apelo breve ao fim da missa, Leão abordou diversos conflitos globais. Disse que a Ucrânia está sendo “martirizada” — expressão recorrente de Francisco — e pediu uma “paz justa e duradoura” no país. Também mencionou a crise humanitária em Gaza, afirmando que o povo do enclave palestino está sendo “reduzido à fome”.

Entre os fiéis que lotaram a Praça de São Pedro havia muitos peregrinos dos EUA e do Peru.

Chamado à unidade

Dominic Venditti, de Seattle, disse estar “extremamente entusiasmado” com o novo papa. “Gosto de como ele é emotivo e gentil”, afirmou. “Adoro a trajetória dele.”

Desde sua eleição, Leão já indicou prioridades centrais para seu pontificado, como alertas sobre os perigos da inteligência artificial e a importância de promover a paz no mundo e na própria Igreja.

O papado de Francisco deixou uma Igreja dividida, com conservadores acusando-o de gerar confusão, especialmente por declarações improvisadas sobre temas como moral sexual e uniões entre pessoas do mesmo sexo.

Ao dizer que assumia a missão “com temor e tremor”, Leão usou as palavras “unidade” ou “unido” sete vezes em seu discurso e mencionou “harmonia” em quatro ocasiões.

“Jamais se trata de conquistar os outros pela força, por propaganda religiosa ou por meios de poder. Trata-se sempre e apenas de amar, como Jesus amou”, disse ele, em aparente referência à guerra verbal entre católicos conservadores e progressistas.

Conservadores também acusavam Francisco de governar de forma autoritária e lamentavam o fato de ele não consultar amplamente antes de tomar decisões importantes.

Referindo-se a São Pedro, o apóstolo do século I de quem os papas herdariam sua autoridade, Leão afirmou: “Pedro deve apascentar o rebanho sem jamais ceder à tentação de ser um autocrata, impondo-se sobre aqueles que lhe foram confiados. Pelo contrário, ele é chamado a servir a fé de seus irmãos e irmãs, e a caminhar ao lado deles.”

Entre os líderes mundiais presentes estavam os presidentes de Israel, Peru e Nigéria; os primeiros-ministros da Itália, Canadá e Austrália; o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Membros da realeza europeia também ocuparam os assentos VIP próximos ao altar, incluindo o rei Felipe VI e a rainha Letizia, da Espanha.

Leão cumprimentou muitos desses líderes ao fim da cerimônia e abraçou seu irmão Louis, que viajou da Flórida para prestigiá-lo.

Como parte da liturgia de posse, o novo papa recebeu dois itens simbólicos: o pálio, uma vestimenta litúrgica feita de lã de cordeiro que simboliza seu papel como pastor, e o anel do pescador, em referência a São Pedro, que era pescador.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Criticado por Janja, TikTok ainda abriga vídeos do 'desafio do desodorante', que matou Sarah Raíssa, de 8 anos

Mesmo após a tragédia, vídeos com variações do desafio continuam no TikTok e no Kwai, apontam pesquisadora e relatório

      Logo do TikTok logo em um celular (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

Apesar da comoção nacional causada pela morte de Sarah Raíssa Pereira de Castro, de apenas 8 anos, em abril deste ano, vídeos promovendo o chamado “desafio do desodorante” seguem circulando em plataformas populares como o TikTok e o Kwai. A informação foi revelada em reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, que reuniu dados de uma pesquisa coordenada pela psicóloga Fernanda Rasi Madi, especializada em conteúdos violentos nas redes.

Segundo o estudo, mesmo após a tragédia, os vídeos não apenas continuam disponíveis, como também ganham novas versões — entre elas, práticas que envolvem a queima da pele com aerossol ou o uso prolongado do spray até a explosão do recipiente. A pesquisa mostra ainda que os vídeos são, muitas vezes, publicados com hashtags relacionadas à saúde mental, o que, segundo Madi, "demonstra a tentativa de alcançar adolescentes psicologicamente vulneráveis".

◉ Desafios servem de porta de entrada para conteúdo extremo - A coleta de dados realizada entre 15 de abril e 7 de maio identificou mais de 30 vídeos relacionados ao desafio do desodorante, acumulando desde algumas dezenas até mais de 84 mil curtidas e milhões de visualizações. O levantamento também concluiu que nem todos os conteúdos incentivam diretamente a realização dos desafios. Há publicações que aparentam ser alertas, mas acabam funcionando como tutoriais velados.

Para Madi, esse tipo de material representa a porta de entrada para uma espiral de dessensibilização que pode levar os jovens a ambientes virtuais mais radicais e perigosos. “Eles criam missões em troca de recompensas como fama e validação social”, explica. A especialista destaca que há grupos extremistas se aproveitando dessa lógica para recrutar adolescentes, muitas vezes por meio de jogos ou desafios aparentemente inofensivos.

“A permanência desse conteúdo nas redes evidencia a fragilidade dos mecanismos de moderação, sobretudo diante de públicos tão vulneráveis”, alertou.

◉ Plataformas minimizam responsabilidade e mantêm respostas genéricas - A reportagem da Folha enviou quase 30 links com vídeos do desafio ao TikTok. A empresa respondeu que os conteúdos foram "minuciosamente revisados" e que aqueles que violam as diretrizes foram removidos — sem, no entanto, informar quantos ou quais conteúdos foram de fato excluídos.

Em nova resposta, a plataforma afirmou que, entre outubro e dezembro de 2024, mais de 153 milhões de vídeos foram removidos globalmente, sendo que 20,8% deles violavam diretrizes relacionadas à saúde mental e comportamental. “Mantemos esforços contínuos para moderar e remover prontamente esse tipo de conteúdo”, limitou-se a declarar em nota.

O Kwai, também citado no relatório como repositório de vídeos com desafios perigosos, não respondeu aos questionamentos.

◉ Investigação policial ainda sem conclusão - Passado mais de um mês da morte de Sarah Raíssa, a investigação conduzida pela Polícia Civil não apresentou novas informações. De acordo com as autoridades, não há atualizações desde 14 de abril, quando o delegado responsável, Walber José de Sousa Lima, informou que o celular da menina estava sob perícia.

Na ocasião, o delegado afirmou que buscava identificar os autores e replicadores do conteúdo relacionado ao desafio. Caso sejam encontrados, os responsáveis podem ser enquadrados por homicídio duplamente qualificado, com penas que podem chegar a 30 anos de reclusão. Ainda não foi confirmado oficialmente em qual plataforma a menina teve acesso ao vídeo que pode ter motivado sua morte.

Lula e Janja expõem a Xi Jinping os abusos da plataforma chinesa -  Recentemente, em jantar oferecido pelo presidente chinês, Xi Jinping, o presidente Lula (PT) e a primeira-dama, Janja, expuseram ao líder do país asiático problemas relacionados à rede social chinesa.

Ao contrário do que foi veiculado por setores da imprensa brasileira, não houve qualquer incidente diplomático entre Brasil e China na ocasião. A conversa entre os líderes girou em torno de um tema sensível e urgente: os perigos que as redes sociais impõem a crianças e adolescentes.

Durante o encontro, Janja relatou o caso da menina Sarah Raíssa e o presidente Lula, por sua vez, propôs formalmente a Xi Jinping o envio de um representante de confiança do governo chinês ao Brasil para discutir a regulamentação do ambiente digital, em especial o funcionamento do TikTok. “Perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa da confiança dele para a gente discutir a questão digital, e sobretudo o TikTok”, declarou Lula antes de deixar a China.

A resposta do presidente chinês foi direta: ele reconheceu o direito do Brasil de regulamentar as plataformas, ressaltando que essa também é uma preocupação interna na China. O TikTok, por sua vez, enviou uma carta oficial ao governo brasileiro, por meio do Itamaraty, manifestando disposição para o diálogo.

Fonte: Brasil 247

Alckmin entrega carta de Lula ao papa Leão XIV com convite para a COP30 em Belém

Vice-presidente representou o Brasil na missa inaugural do pontificado e fez convite formal do presidente para participação do papa na cúpula do clima

Geraldo Alckmin e papa Leão XIV (Foto: Reprodução/VaticanNews)

Em missão diplomática no Vaticano, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) entregou pessoalmente ao papa Leão XIV uma carta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com um convite para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em Belém, no Pará, no mês de novembro.

Segundo a Folha de S. Paulo, Alckmin, católico praticante, beijou a mão do pontífice ao saudá-lo, seguindo o protocolo do Vaticano para encontros com o papa. Ele estava desacompanhado no momento da audiência, embora tenha viajado a Roma junto com sua esposa, Lu Alckmin. O papa recebeu a carta em mãos, num gesto que reforça o caráter institucional e simbólico do convite feito pelo governo brasileiro.

A cerimônia de cumprimentos às delegações foi organizada por ordem de precedência diplomática. Primeiro, autoridades italianas e dos países de origem do novo papa – Peru e Estados Unidos – foram chamadas. Em seguida, monarcas em exercício, como o rei Felipe 6º da Espanha e o príncipe Albert 2º de Mônaco; chefes de Estado, entre eles Gustavo Petro, presidente da Colômbia, e Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal; além de membros da realeza europeia, como o príncipe Edward, do Reino Unido, e chefes de governo, como os primeiros-ministros da Alemanha, Friedrich Merz, e da França, François Bayrou.

Os vice-presidentes vieram na sequência, organizados por ordem alfabética dos países em francês, idioma tradicional da diplomacia internacional. Alckmin foi o 58º nome da lista. A ordem protocolar, no entanto, teve alterações ocasionais motivadas por questões de segurança — o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por exemplo, teve seu encontro antecipado.

O clima da cerimônia teve momentos de emoção. Leão XIV abraçou o irmão mais velho, Louis Prevost, em um gesto que chamou a atenção dos presentes e marcou a solenidade com um toque de proximidade familiar, mesmo em meio ao rígido cerimonial do Vaticano.

Com a entrega da carta, o governo brasileiro reforça sua expectativa de contar com a presença do papa na COP30. A visita do pontífice ao Brasil, especialmente à região amazônica, seria carregada de significado político, ambiental e espiritual, diante da centralidade do tema climático na agenda internacional.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

STF inicia série de depoimentos com militares e ministros sobre tentativa de golpe bolsonarista

Entre as 81 testemunhas convocadas estão Hamilton Mourão, Tarcísio de Freitas, Paulo Guedes e três ex-comandantes das Forças Armadas

      Ministros do STF e Jair Bolsonaro (Foto: Antonio Augusto / STF I Lula Marques / Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) dá início nesta segunda-feira (19) a uma intensa agenda de audiências no âmbito da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Segundo o jornal O Globo, o cronograma prevê oitiva de 81 testemunhas, indicadas tanto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto pelas defesas dos oito réus do chamado "núcleo crucial" da organização investigada.

Entre os nomes que prestarão depoimento estão figuras centrais da gestão passada e da atual política nacional, como o ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, e os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, além do atual comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen. Aproximadamente um terço dos depoentes possui vínculos com as Forças Armadas.

⊛ Maratona de oitivas até junho - As audiências têm previsão de se estender até o início de junho, embora o prazo possa ser prorrogado, caso necessário. Os depoimentos serão conduzidos por um juiz auxiliar vinculado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. As testemunhas responderão às perguntas formuladas pelo magistrado, pelos procuradores da República e pelos advogados de defesa.

Esta etapa da ação penal concentra-se nos oito réus acusados de integrar o núcleo central da tentativa de ruptura institucional, entre eles Jair Bolsonaro e o general da reserva Walter Braga Netto, que foi seu candidato a vice na última eleição.

⊛ Foco nos militares - Os primeiros depoentes são aqueles listados pela PGR, incluindo os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos Almeida Baptista Junior (Aeronáutica). Ambos relataram à Polícia Federal que Bolsonaro os apresentou a uma minuta de decreto com proposta para anular o resultado das eleições, fato considerado decisivo para a investigação.

Além dos generais, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também constava entre os nomes da PGR, mas a própria Procuradoria desistiu de sua oitiva. No entanto, Ibaneis ainda pode ser convocado como testemunha de defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, para comentar falhas na segurança dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023.

Outra figura a ser ouvida é Éder Balbino, conhecido como o “gênio de Uberlândia”, que chegou a ser indiciado pela PF, mas ficou fora da denúncia. Ele prestou serviços ao Instituto Voto Legal, contratado pelo PL para auditar as urnas eletrônicas.

⊛ Delação de Mauro Cid e depoimentos-chave - Na sequência, serão ouvidas testemunhas indicadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou acordo de delação premiada. Cid apontou como testemunhas apenas militares do Exército, com destaque para o general Júlio Cesar de Arruda, demitido do comando do Exército após recusar-se a revogar a nomeação de Cid para um posto estratégico em Goiânia.

No campo da defesa, o ex-ministro Anderson Torres lidera em número de indicações: 38 testemunhas — algumas também listadas por outros réus ou pela acusação. Apenas uma foi rejeitada pelo STF: o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, já réu em outro processo relacionado.

O ex-comandante Freire Gomes aparece como o depoente mais solicitado, sendo indicado por cinco dos réus, entre eles Bolsonaro e o almirante Almir Garnier. Mourão também foi apontado por quatro réus diferentes, incluindo o ex-presidente e Braga Netto.

⊛ Eleições e sistema eletrônico sob questionamento - A estratégia da defesa de Bolsonaro inclui colocar em dúvida o sistema eletrônico de votação. Entre as testemunhas escolhidas estão o coronel da Aeronáutica Wagner Oliveira da Silva, que integrou a comissão fiscalizadora das eleições pelo Ministério da Defesa, e Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário do Tribunal Superior Eleitoral, tido como o “pai da urna eletrônica”.

Outros réus, como o ex-ministro Augusto Heleno e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), optaram por indicar antigos subordinados para depor em seu favor.

Na semana passada, os advogados de Bolsonaro pediram o adiamento das audiências, alegando falta de tempo para analisar os novos documentos disponibilizados às defesas. O ministro Alexandre de Moraes indeferiu o pedido.

Encerradas as oitivas das testemunhas, será a vez dos próprios réus comparecerem ao STF para prestar seus depoimentos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

sábado, 17 de maio de 2025

Itaipu completa 51 anos com foco em inovação energética

Em 17 de maio de 1974, foi assinada a Ata de Fundação de Itaipu Binacional, fruto de um acordo entre Brasil e Paraguai

(Foto: Reprodução/Itaipu Binacional )

Agência Brasil - A usina hidrelétrica de Itaipu, líder mundial em geração acumulada de energia limpa, completa 51 anos neste sábado (17). Fruto de um acordo entre Brasil e Paraguai assinado em 1974, ela tem papel estratégico no fornecimento de eletricidade e no desenvolvimento regional.

Atualmente, cerca de 7% da energia elétrica consumida no Brasil procedem de Itaipu. A usina informou que tem tarifa reduzida em 26% desde 2023 – valor que será mantido até dezembro de 2026. A empresa opera com mais de 97% de disponibilidade, fornecendo energia a mais de 20 milhões de pessoas no Brasil.

Em 2025, Itaipu recebeu o Milestone Award, principal premiação do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) como uma das obras que transformaram a engenharia mundial. A usina - construída há 51 anos sem modelagem digital e com mão de obra de mais de 40 mil trabalhadores - tem hoje 20 unidades geradoras e 14 GW de potência instalada. Os mais de três bilhões de megawatts-hora acumulados desde o início da produção de Itaipu seriam suficientes para abastecer o mundo inteiro por 43 dias.

O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, explica que Itaipu é mais do que uma usina. “É um projeto de integração entre nações, de compromisso com o desenvolvimento sustentável e de liderança na transição energética. Ao completar 51 anos, reafirmamos nossa missão de fornecer energia limpa e acessível com responsabilidade social e ambiental para o Brasil, o Paraguai e o planeta”, afirmou.

Transição energética

Na área de inovação, Itaipu investe na transição energética por meio de projetos em biogás, hidrogênio de baixo carbono, combustível sustentável de aviação e uma usina solar flutuante no próprio reservatório. Cerca de US$ 649 milhões estão sendo aplicados na atualização tecnológica da hidrelétrica.

“Além da produção energética com uma das três tarifas mais baratas do país, Itaipu mantém forte atuação em sustentabilidade. Desde os anos 1980, a usina promove ações ambientais e sociais. Em 2005, ela assumiu oficialmente o compromisso de produzir energia com responsabilidade socioambiental, destacada na sua missão institucional”, diz nota da empresa.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Presidente da Federação Paulista de Futebol oficializa candidatura à presidência da CBF

Dirigente paulista Reinaldo Carneiro Bastos busca substituir Ednaldo Rodrigues, afastado pela Justiça

Presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, em 2023 (Foto: Rebeca Reis/FPF)

Reinaldo Carneiro Bastos, atual presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), anunciou oficialmente neste sábado (17) sua candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Em nota divulgada pela FPF, o dirigente afirmou: "Reconstruir a credibilidade do futebol brasileiro exige ação e experiência. Precisamos de uma nova CBF: aberta, moderna, ambiciosa e profissional. A entidade que gere a maior paixão nacional e que fatura mais de R$ 1 bilhão ao ano deve ser administrada com transparência" .

A eleição está marcada para o dia 25 de maio, um domingo, véspera da chegada do técnico Carlo Ancelotti ao Brasil para assumir o comando da seleção nacional. O pleito visa substituir Ednaldo Rodrigues, afastado pela Justiça após decisão que considerou nulo o acordo que permitiu sua reeleição até 2030, devido à suposta falsificação da assinatura do ex-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima, diagnosticado com câncer cerebral desde 2018 .

Carneiro Bastos conta com o apoio de oito federações estaduais e 30 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, totalizando 67 votos. Para ser eleito, são necessários 71 votos, e a expectativa é de que mais cinco clubes formalizem apoio nos próximos dias, o que garantiria a maioria necessária no colégio eleitoral de 141 votos.

O principal concorrente de Reinaldo é Samir Xaud, médico e presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol (FRF) para o período de 2027 a 2030. Xaud desponta como favorito, contando com o apoio de 19 das 27 federações estaduais e do interventor Fernando Sarney, nomeado após o afastamento de Ednaldo Rodrigues. Além disso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes sinalizou preferência por Xaud, embora sua inexperiência preocupe clubes da Série A .

Entretanto, Xaud enfrenta acusações de improbidade administrativa relacionadas à sua gestão como diretor-geral do Hospital Geral de Roraima entre 2017 e 2020. Segundo o Ministério Público de Roraima, ele e outros gestores teriam simulado serviços médicos para justificar pagamentos à empresa Coopebras, causando um prejuízo de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. Além disso, já foi suspenso por dois anos da função de perito médico do Tribunal de Justiça de Roraima por erro em laudo.

Fonte: Brasil 247 

Moraes rejeita pedido da defesa e mantém oitivas sobre plano golpista de Bolsonaro

Ministro do STF afirma que novas provas não alteram a acusação já aceita contra o ex-presidente, que é réu por tentativa de golpe de Estado
       Alexandre de Moraes (Foto: Luccas Zappalá/STF)

 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido feito pelos advogados de Jair Bolsonaro (PL) para suspender as audiências com testemunhas no caso que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, informa o jornal O Globo. Segundo Moraes, as novas provas reunidas não modificam o núcleo da denúncia já aceita pela Corte.

Bolsonaro havia solicitado o adiamento das oitivas para ter mais tempo de analisar os novos materiais incluídos no processo. No entanto, Moraes destacou que as provas adicionais “em nada alteraram os fatos imputados na acusação”. Ele ainda ressaltou que o conteúdo já foi previamente analisado pelo Judiciário ao aceitar a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

“A disponibilização desse material, entretanto, em nada alterou os fatos imputados na acusação, consubstanciada na denúncia oferecida pelo Ministério Público e o conjunto probatório em que foi baseada”, escreveu o ministro do STF no despacho.

Com a negativa, o cronograma de depoimentos segue inalterado. As oitivas começam na próxima segunda-feira (19), com testemunhas indicadas pela PGR. Entre os primeiros a prestar depoimento estão os ex-comandantes militares Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos Almeida Baptista Junior (Aeronáutica). O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi retirado do rol de testemunhas pela PGR, que não justificou a decisão.

Segundo relatos prestados à Polícia Federal, Freire Gomes e Baptista Junior confirmaram que Bolsonaro apresentou a eles uma proposta para reverter o resultado eleitoral que deu vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Outras figuras ligadas ao governo Bolsonaro também serão ouvidas, entre elas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ex-ministro da Economia Paulo Guedes e os senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Ciro Nogueira (PP-PI) e Rogério Marinho (PL-RN).

No dia 22, as audiências incluem testemunhas citadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou um acordo de delação premiada com a PF. Entre elas está o general Júlio Cesar de Arruda, que assumiu o comando do Exército no início do governo Lula.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Para conter avanço bolsonarista, PT quer eleger "bancada lulista" no Senado em 2026

Objetivo é evitar uma maioria bolsonarista na Casa, nem que para isso sejam necessárias mais alianças com partidos de centro e centro-direita

        Lula e Humberto Costa (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A cúpula do PT pode adotar uma estratégia pragmática nas eleições de 2026: abrir mão de candidaturas próprias ao Senado em alguns estados e apoiar nomes de partidos aliados como MDB, PSD e PSB. O objetivo é conter o avanço do bolsonarismo na Câmara Alta e evitar uma maioria de oposição que possa dificultar o eventual quarto mandato do presidente Lula (PT), informa a Folha de S. Paulo.

A articulação eleitoral passa diretamente pelo temor de que Jair Bolsonaro (PL), inelegível, organize uma ofensiva para eleger aliados ao Senado. A preocupação do PT é que o bolsonarismo use o espaço para tensionar o Supremo Tribunal Federal (STF), defender anistia a envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 e barrar indicações do governo ao Banco Central e às agências reguladoras.

Bolsonaro e seu grupo devem escalar nomes de confiança para a disputa — entre eles, Michelle, Flávio e Eduardo Bolsonaro, todos filiados ao PL. Atualmente, a legenda bolsonarista detém a segunda maior bancada do Senado, com 14 parlamentares, oito deles com mandato até 2031.

Frente a esse cenário, o presidente nacional do PT, senador Humberto Costa, confirma a movimentação: “estamos em uma fase de diagnóstico para começar as conversas internas e com partidos aliados. A nossa expectativa é construir uma bancada lulista e impedir que a extrema direita possa fazer maioria, o que seria um problema”.

Petistas que buscarão reeleição e nomes já colocados - O PT tem atualmente nove senadores, mas seis deles terminam o mandato em fevereiro de 2027. Cinco devem tentar renovar suas cadeiras: Jaques Wagner (BA), Humberto Costa (PE), Rogério Carvalho (SE), Fabiano Contarato (ES) e Randolfe Rodrigues (AP) — estes dois últimos eleitos pela Rede Sustentabilidade e que migraram para o PT durante a legislatura.

A única exceção é o senador Paulo Paim (RS), que já anunciou que não buscará um novo mandato. O favorito à sua sucessão é o deputado federal e ex-ministro Paulo Pimenta.

Além disso, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), é considerada o único nome certo do partido para o Senado em 2026. Ela encerra seu segundo mandato e é vista como favorita.

Outros nomes também estão no radar, mas dependem de composições locais. No Distrito Federal, a deputada Erica Kokay (PT) deve disputar uma vaga. No Amazonas, o ex-deputado Marcelo Ramos tenta viabilizar sua candidatura. No Rio de Janeiro, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, cogita o Senado, mas admite a possibilidade de disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados.

Conflitos internos e negociações com aliados - A disputa na Bahia é emblemática. O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), articula sua candidatura ao Senado, o que provocou tensão na base aliada do governador Jerônimo Rodrigues (PT), já que os senadores Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD) também desejam reeleição. A possibilidade de uma chapa com Rui Costa e Jaques Wagner vem sendo cogitada, mas o PT local caminha com cautela para evitar rupturas.

No Ceará, o deputado José Guimarães (PT), líder do governo na Câmara, deseja uma vaga ao Senado. Porém, enfrenta resistências de aliados do governador Elmano de Freitas (PT). Nomes como Eunício Oliveira (MDB), que tenta retornar ao Senado, o ex-senador Chiquinho Feitosa (Republicanos) e o deputado Júnior Mano (PSB), com apoio de Cid Gomes, compõem o tabuleiro eleitoral.

No Piauí, o PT pressiona por candidatura própria, mas o governador Rafael Fonteles (PT) sinaliza apoio a Marcelo Castro (MDB) ou Júlio Cesar (PSD). Em Alagoas, Lula deve respaldar a tentativa de reeleição de Renan Calheiros (MDB), o que pode inviabilizar o projeto do deputado Paulão (PT).

São Paulo e Rio: nomes indefinidos - Em São Paulo, um dos maiores centros eleitorais do país, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) é apontado como nome viável para enfrentar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL). No entanto, há pressão para que Alckmin permaneça como vice na chapa presidencial de Lula.

Já no Rio de Janeiro, o quadro é mais incerto. Aliados do prefeito Eduardo Paes — que deve ter o apoio de Lula na eleição estadual — discutem os nomes do deputado evangélico Otoni de Paula (MDB) e do ex-deputado Alessandro Molon (PSB) para a disputa ao Senado.

A estratégia nacional petista está clara: mais que hegemonia partidária, o foco será derrotar o bolsonarismo. Em estados como o Amazonas, o partido deve priorizar o apoio a nomes como o senador Eduardo Braga (MDB), que enfrentará o bolsonarista Capitão Alberto Neto (PL). A lógica deve se repetir em diversas unidades da federação: alianças pragmáticas para evitar a formação de uma maioria conservadora no Senado que possa minar a governabilidade de Lula a partir de 2027.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo