domingo, 10 de agosto de 2025

Pix parcelado promete transformar pagamentos e acirrar disputa com cartões de crédito

Regulamentação do Banco Central prevista para setembro amplia alcance do sistema e gera reações no mercado e no exterior

    (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos que revolucionou a forma como os brasileiros transferem dinheiro, está prestes a dar um passo decisivo: a implementação do parcelamento de transações. A regulamentação pelo Banco Central deve ocorrer em setembro, abrindo caminho para que a funcionalidade concorra diretamente com um dos principais atrativos dos cartões de crédito.

O movimento promete alterar o equilíbrio no mercado de pagamentos, chamando atenção de empresas e governos internacionais. Em julho, os Estados Unidos incluíram o Pix parcelado em uma investigação sobre práticas comerciais desleais. A medida gerou reação do presidente Lula, que afirmou: "Se o Pix tomar conta do mundo, os cartões de crédito irão desaparecer". Embora a declaração tenha tom exagerado, especialistas consideram que a nova modalidade pode, sim, representar ameaça real às gigantes Visa e Mastercard, como aponta reportagem da revista Veja.

☆ Padronização e novos parâmetros

Hoje, o parcelamento via Pix já é oferecido por algumas instituições, como o Banco do Brasil, que movimentou R$ 1,5 bilhão desde dezembro de 2022 nessa modalidade — montante modesto frente aos mais de R$ 5 trilhões anuais transacionados em Pix à vista pela instituição. Sem regras uniformes, alguns bancos utilizam a fatura do cartão de crédito como base para o parcelamento, prática que o Banco Central considera inadequada.

Com a regulamentação, o Pix parcelado será oficialmente um novo produto financeiro, vinculado à análise de crédito do cliente, com taxas de juros definidas por cada instituição de acordo com o risco do pagador. Não haverá tarifas adicionais nem intermediação das operadoras de cartões, o que deve tornar a ferramenta mais competitiva.

Segundo Breno Lobo, chefe adjunto do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do BC, "o objetivo não é eliminar nenhum meio de pagamento, mas ampliar as opções disponíveis para a população". A Federação Brasileira de Bancos acredita que a medida impulsionará ainda mais a adesão ao Pix, que já foi utilizado por 168 milhões de brasileiros até junho de 2025.

☆ Impactos esperados para consumidores e comerciantes

O Banco Central prevê que as compras feitas por Pix parcelado tenham preços iguais ou inferiores às realizadas com cartão de crédito. Isso porque não haverá tarifas como as cobradas pelas maquininhas, e os comerciantes receberão o valor à vista, o que pode estimular descontos.

Para Ana Paula Tozzi, diretora-executiva da AGR Consultores, "varejistas pagam caro para aceitar cartões de crédito". Ela avalia que a chegada do Pix parcelado "vai aquecer a concorrência: as operadoras e bandeiras de cartão vão ter que melhorar suas condições".

A Mastercard afirmou, em nota, confiar na sua capacidade de adaptação: "Assim como o mercado de pagamentos evolui rapidamente, o cartão de crédito acompanha essas mudanças". Já a Visa optou por não comentar.

☆ Repercussão internacional e preocupações

Apesar do otimismo, a investigação aberta pelos Estados Unidos traz incertezas. Um ex-diretor do Banco Central, hoje na iniciativa privada, avalia que "os americanos podem concluir que as empresas do país são incapazes de competir com o Pix e que a ferramenta estaria distorcendo o mercado".

Os bancos brasileiros reforçam que o Pix não é um produto comercial, mas um sistema público acessível a todas as instituições financeiras. Ainda assim, há receio de que pressões externas resultem em sanções ao Brasil.

O reconhecimento, no entanto, é crescente. O Nobel de Economia Paul Krugman afirmou recentemente que "o Brasil pode ter inventado o futuro do dinheiro" e que outros países podem aprender com o sucesso brasileiro na criação de um sistema digital de pagamentos.

Com a chegada do parcelamento, o Pix se consolida não apenas como uma inovação nacional, mas como um possível modelo global para o futuro das transações financeiras.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Zema tenta rebater vexame na GloboNews e acaba defendendo o STF

 

O governador de MG, Romeu Zema: burro

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), divulgou neste sábado (9) um vídeo nas redes sociais tentando rebater a entrevista em que foi desmentido ao vivo na GloboNews.

No registro, o pré-candidato à Presidência em 2026 afirma que “me parece que estão levando a lei ao pé da letra” ao comentar as condenações dos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A fala reforça que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem justamente aplicado a lei aprovada pelo Congresso e sancionada por Jair Bolsonaro para punir os responsáveis pela tentativa de golpe.

Zema é um monumento à burrice.

A reação do governador veio após sua participação, na sexta-feira (8), no programa “GloboNews Mais”. Durante a entrevista, ele tentou minimizar os crimes dos golpistas, acusando o STF de “fazer encenação” e citando, de forma distorcida, que houve condenações de 17 anos por “sentar em uma cadeira” e de 14 anos por “pichar com batom”.

A declaração foi contestada pela apresentadora Julia Duailibi, que explicou que as penas estão previstas na Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, aprovada pelo próprio Congresso e sancionada por Bolsonaro.

O comentarista Octávio Guedes reforçou a correção, lembrando que “o crime não é sentar na cadeira nem pichar de batom, o crime é tentativa de golpe de Estado”. Mesmo assim, Zema insistiu na retórica, perguntando se houve tiros ou mortes no dia 8 de janeiro. Julia respondeu que a lei não exige mortes para caracterizar o crime, mas sim a tentativa de derrubar, com violência, o Estado democrático de direito.

O embate evidenciou a fragilidade do discurso de Zema sobre o tema. Ao tentar responder nas redes sociais, o governador não apenas repetiu a tese que já havia sido desmontada ao vivo, como também reforçou a percepção de que sua defesa aos golpistas ignora a gravidade dos ataques à democracia ocorridos em Brasília.

Fonte: DCM

Fux pode jogar julgamento de Bolsonaro para 2026, diz Elio Gaspari


                                     Luiz Fux e Jair Bolsonaro. Foto: Agência Brasil

Em sua coluna da Folha de S.Paulo, publicada neste domingo (10), o jornalista Elio Gaspari afirmou que é improvável que o julgamento de Jair Bolsonaro termine em setembro e que há “fortes sinais” de que o ministro Luiz Fux pedirá vista — o que, na prática, pode empurrar a conclusão do caso para 2026.

Pelo Regimento Interno do STF, o voto-vista deve ser apresentado em até 90 dias; vencido esse prazo, o processo é automaticamente liberado para voltar à pauta, sem depender da devolução material dos autos pelo ministro que segurou o caso. Ou seja: mesmo com o mecanismo de liberação automática, a vista ainda congela a deliberação por três meses.

Segundo o jornalista, uma vista feita no fim de setembro consumiria outubro, novembro e dezembro. A partir de 20 de dezembro, começa o recesso forense, com prazos suspensos até o fim de janeiro e funcionamento apenas em regime de plantão. O Ano Judiciário reabre no começo de fevereiro, com a retomada das sessões na primeira semana útil — em 2025, por exemplo, a sessão solene ocorreu em 3 de fevereiro e os julgamentos voltaram no dia 5. Assim, qualquer “espichada” mínima na organização de pauta pode levar a discussão para março de 2026.

“Começa o recesso e o tribunal só retoma suas atividades em fevereiro. Basta uma pequena espichada para que se chegue a março de 2026”, disse Gaspari. “Essa demora haverá de acavalar o julgamento do ex-presidente com a apreciação dos recursos relacionados à sua inelegibilidade, pelo Tribunal Superior Eleitoral, com uma nova composição. 2026 virá com fortes emoções”.

André Mendonça e Kássio Nunes Marques são os dois ministros indicados ao STF por Jair Bolsonaro. Foto: reprodução
Há outro detalhe regimental relevante: passada a janela dos 90 dias, o caso volta a ficar disponível para julgamento, mas a marcação efetiva em plenário (presencial ou virtual) depende da Presidência do STF, que organiza a pauta. Na prática, isso significa que um pedido de vista perto do fim do ano, somado ao recesso, costuma empurrar a análise para o ciclo seguinte de sessões.

O atraso no STF tende a se encontrar com a tramitação de recursos eleitorais de Bolsonaro no TSE. Em 2026, o Tribunal Eleitoral terá nova composição — com Kassio Nunes Marques na presidência e André Mendonça na vice —, dado político-jurídico que o entorno do ex-presidente trata como carta de esperança para reverter parte de seus reveses. Se os calendários se cruzarem, o contencioso penal e eleitoral pode ganhar novas camadas de tensão às vésperas do ano eleitoral.

Fonte: DCM

Dia dos Pais: saiba quem criou e por que é em agosto no Brasil

 

O Dia dos Pais, criado pelo jornal O GLOBO, foi comemorado pela primeira vez em 16 de agosto de 1953. Foto: Reprodução
O Dia dos Pais será celebrado no Brasil em 10 de agosto de 2025, seguindo a tradição de ocorrer sempre no segundo domingo do mês. Apesar de hoje ser uma data consolidada no calendário nacional, nem sempre foi assim. A primeira comemoração oficial aconteceu em 1953, batizada como “Dia do Papai” e promovida por Sylvio Bhering, então diretor do jornal e da Rádio Globo, no Rio de Janeiro.

A campanha, inspirada em modelos internacionais, tinha como objetivo homenagear os pais e movimentar o comércio em um período do ano com vendas mais fracas. A estreia foi marcada para 16 de agosto, data escolhida por coincidir com o Dia de São Joaquim, considerado pela Igreja Católica o pai da Virgem Maria e patriarca da família.

A ligação religiosa ajudava a dar peso à novidade, enquanto o apelo comercial visava estimular presentes e confraternizações. O jornal O Globo anunciou a criação da data em 1º de junho de 1953, atendendo ao que descreveu como “pedidos de leitores” que queriam uma celebração semelhante ao Dia das Mães.

No dia 15 de agosto daquele ano, véspera da primeira comemoração, o jornal estampou na capa uma mensagem de reconhecimento aos pais, exaltando sua dedicação e amor. A iniciativa foi bem recebida, espalhou-se rapidamente para outras regiões e, nos anos seguintes, passou a ser chamada oficialmente de “Dia dos Pais”.

A popularidade fez com que a data fosse fixada no segundo domingo de agosto, alinhando-se ao formato do Dia das Mães, comemorado no segundo domingo de maio. O mês de agosto foi escolhido por motivos estratégicos.

Diferentemente de junho e julho, que já contavam com festas juninas e férias escolares, agosto não possuía grandes datas comerciais, abrindo espaço para campanhas publicitárias fortes.

Além disso, a proximidade com o Dia de São Joaquim reforçava a legitimidade da celebração em um país de maioria católica. Essa combinação de tradição e marketing garantiu que a data se tornasse parte do calendário nacional.

Capa do jornal “O Globo” de 15 de agosto de 1953, véspera da primeira celebração do “Dia dos Pais” no Brasil. Foto: Divulgação

Presentes comuns nos anos 1950, como sapatos, camisas e meias, continuam populares até hoje. Outros itens que antes faziam sucesso, como gravatas e discos de ópera, perderam espaço para eletrônicos, acessórios e experiências personalizadas.

A essência, porém, permanece: reforçar o vínculo entre pais e filhos por meio de gestos simbólicos e encontros familiares. Embora consolidado no Brasil, o Dia dos Pais varia bastante ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, a celebração acontece no terceiro domingo de junho.

Em Portugal, Espanha e Itália, a data é no dia 19 de março, Dia de São José. Na Austrália e Nova Zelândia, o evento é realizado no primeiro domingo de setembro, enquanto na Tailândia ocorre em 5 de dezembro, no aniversário do rei Bhumibol Adulyadej. Já na Alemanha, a comemoração acontece 39 dias após a Páscoa.

As origens internacionais também são diversas. A versão moderna surgiu nos Estados Unidos no início do século XX, quando Sonora Louise Smart Dodd decidiu homenagear seu pai, um veterano da Guerra Civil que criou sozinho seis filhos.

Já no Oriente Médio, registros históricos indicam que a tradição de homenagear pais existe há mais de 4 mil anos, com relatos de que o filho do rei Nabucodonosor moldou um cartão de argila para o pai na Babilônia. No Brasil, a união entre simbolismo religioso, inspiração estrangeira e planejamento de mercado transformou o segundo domingo de agosto em um dos dias mais importantes do calendário afetivo e comercial do ano.

Fonte: DCM

Morre no Paraná o homem mais velho do mundo, aos 123 anos


          Sebastião Batista dos Santos. Foto: Divulgação

Sebastião Batista dos Santos, morador de Coronel Vivida, no sudoeste do Paraná, morreu na última quinta-feira (7) aos 123 anos, segundo sua certidão de nascimento. Nascido em 15 de março de 1902, em Mangueirinha (PR), o idoso estava internado havia algumas semanas no Instituto Médico Nossa Vida, a cerca de 400 km de Curitiba.

Segundo familiares, ele já enfrentava problemas de saúde e sua morte ocorreu em razão da idade avançada. De acordo com o Instituto de Identificação do Paraná, vinculado à Polícia Civil, a idade foi confirmada nos registros oficiais.

No entanto, o nome de Sebastião não pôde ser incluído no Guinness Book por falta de alguns documentos exigidos, como registros originais de nascimento e casamento, fotos de diferentes épocas e depoimentos de testemunhas. O recorde mundial oficialmente reconhecido pertence à francesa Jeanne Louise Calment, que viveu 122 anos e 164 dias.

Em 2022, quando completou 120 anos, Sebastião recebeu uma bênção apostólica enviada pelo papa Francisco, entregue durante festa organizada pela prefeitura de Coronel Vivida. Segundo o Censo 2022 do IBGE, o Brasil conta com 37.814 centenários, número 13 mil maior que o registrado em 2010. Quase metade vive no Nordeste, com a Bahia liderando o ranking, seguida por São Paulo.

Fonte: DCM

Bolsonaro, que deixou milhares de órfãos na pandemia, passará o Dia dos Pais com os filhos em prisão domiciliar

Jair Bolsonaro e os quatro filhos: Carlos, Flávio, Eduardo e Jair Renan – Reprodução

Neste domingo (10), Dia dos Pais, Jair Bolsonaro (PL) receberá filhos e parentes na casa onde cumpre prisão domiciliar, em Brasília. O ex-presidente, cuja condução da pandemia deixou um rastro de famílias destruídas e milhares de crianças órfãs, passará a data cercado por familiares autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Desde que a medida foi decretada, no último dia 4, o condomínio de luxo onde vive tem sido palco de buzinaços e carreatas. Proibido de usar redes sociais, Bolsonaro tem reclamado de “falta de acesso a informações confiáveis” e se entretém assistindo TV. Celulares não entrarão na residência, e visitas seguirão lista aprovada pelo STF.

Hoje, além de Michelle Bolsonaro, da filha Laura e da enteada Letícia — que moram com ele —, estão autorizados a entrar Flávio e Carlos Bolsonaro, o sogro, a sogra, três crianças (dois sobrinhos e uma neta), duas noras e um cunhado. As visitas poderão ocorrer das 10h às 18h, sem gravação de vídeos ou fotos.

Jair Bolsonaro em casa durante prisão domiciliar. Foto: Reprodução

Aliados políticos também têm marcado presença nos últimos dias. Já passaram por lá o senador Ciro Nogueira, o governador Tarcísio de Freitas e outros nomes do PL e partidos aliados. Mais pedidos aguardam análise de Moraes.

Enquanto milhares de crianças brasileiras lembram do pai apenas por fotos, vítimas da covid-19 em uma crise agravada por seu governo, Bolsonaro passará o Dia dos Pais cercado de familiares, protegido por muros e pelas condições generosas da prisão domiciliar.

Fonte: DCM

"É hora de o povo brasileiro ficar em estado de alerta", diz Lindbergh

Líder do PT na Câmara, o deputado denuncia a nova etapa do golpe contra o Brasil

                             Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), usou as redes sociais para reagir ao novo ataque dos Estados Unidos ao Brasil, marcado por declarações do vice-secretário de Estado do governo Trump, Christopher Landau, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o parlamentar, trata-se de mais um passo na escalada progressiva de interferência de Washington nos assuntos internos do País. A postagem foi publicada neste sábado, poucas horas após a embaixada norte-americana no Brasil reproduzir o texto de Landau, que acusou Moraes de “usurpar poder ditatorial” e de prejudicar a relação histórica entre as duas nações.

De acordo com Lindbergh, já houve sanções ilegítimas contra ministro do STF, ameaças públicas de novas medidas e tentativas explícitas de intimidar o Judiciário brasileiro. Ele afirmou que o episódio atual se soma a um contexto mais amplo de “tentativa de golpe continuado”, no qual há apoio explícito dos Estados Unidos à extrema-direita brasileira, combinando pressão externa e ação interna para desestabilizar as instituições e submeter o País a interesses estrangeiros.

O parlamentar alertou que cada nova ofensiva torna mais evidente a estratégia de enfraquecer a soberania nacional e de transformar decisões judiciais brasileiras em reféns da política externa norte-americana. Para ele, “é hora de o povo brasileiro ficar em estado de alerta” diante do cenário.

Lindbergh afirmou ainda que o recado de sua manifestação é claro: o Brasil será defendido contra qualquer tentativa de ingerência. “Nenhum agente estrangeiro decidirá quem pode ou não julgar nossos processos, muito menos impor medo ao nosso Judiciário. Vamos ocupar as ruas, mostrar nossa força e garantir que a Constituição e a independência dos Poderes prevaleçam sobre qualquer ameaça, interna ou externa”, escreveu.

O posicionamento do deputado ocorre em sintonia com a reação do governo Lula, que, conforme revelado por fontes do Itamaraty, repudiou formalmente a mensagem da embaixada norte-americana e classificou as declarações de Landau como novo ataque frontal à soberania brasileira. A chancelaria brasileira considera que o episódio, somado a ações anteriores, confirma um padrão de hostilidade por parte do governo Trump contra autoridades nacionais e contra a independência do Judiciário, e afirma que o País não se curvará a pressões externas.

Esse embate diplomático aprofunda a tensão nas relações bilaterais, já desgastadas por críticas e sanções aplicadas por Washington, e expõe a disputa política em torno da soberania e da independência das instituições brasileiras. Para Lindbergh, a resposta deve ser a mobilização popular e a reafirmação da Constituição como barreira contra qualquer tentativa de golpe, vinda de fora ou de dentro do Brasil.

Fonte: Brasil 247

“Se querem amizade, respeitem o Brasil”, diz Gleisi, em resposta aos EUA

Ministra denuncia postagem ofensiva do governo americano e reafirma apoio ao STF, destacando tentativa de golpe de Jair Bolsonaro

Glesi: com DEM no comando do Congresso, o mercado vai impor sua agenda (Foto: Alessandro Dantas/PT)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, usou sua conta no X (antigo Twitter) para responder à recente postagem do subsecretário de Estado dos Estados Unidos, classificando a mensagem como uma “gravíssima ofensa ao Brasil, ao STF e à verdade”.

A publicação da embaixada, replicando um texto de Landau — atual número 2 do Departamento de Estado do governo Trump —, acusa o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “usurpar poder ditatorial” ao supostamente ameaçar líderes dos outros poderes e seus familiares com prisão e outras penalidades. O comunicado afirma que Moraes teria destruído a relação histórica entre Brasil e Estados Unidos ao tentar aplicar a lei brasileira de forma extraterritorial para silenciar pessoas e empresas em solo norte-americano.

A ministra reforçou que a atual crise nas relações bilaterais é resultado das ações da família Bolsonaro, que estariam “estimulando Donald Trump, com o tarifaço e sua chantagem contra o Judiciário brasileiro”. Gleisi ainda criticou a atuação de “foragidos da Justiça brasileira e plataformas que atuam em nosso território” por descumprirem leis e decisões judiciais nacionais.

“No Brasil, nenhum poder constitucional encontra-se impotente. Ao contrário: Executivo, Legislativo e Judiciário rechaçaram o golpe de 8 de janeiro, a chantagem de Trump, o motim bolsonarista pela anistia e as sanções violentas contra o ministro Alexandre de Moraes e outros ministros do STF”, afirmou a ministra, que concluiu cobrando respeito à soberania brasileira para restaurar as relações com os EUA.

“Se querem mesmo ‘restaurar uma amizade histórica’, comecem por respeitar a soberania do Brasil, de nossas leis e Justiça, e parem de apoiar o golpista que tentou destruir nossa democracia”, advertiu a ministra.

Fonte: Brasil 247

Governo Lula rechaça novo ataque dos Estados Unidos ao Brasil

Itamaraty condena ingerência de Washington e afirma que País não se curvará a pressões externas

Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)

A nova agressão da embaixada dos Estados Unidos ao Brasil, publicada nas redes sociais na tarde deste sábado, foi repudiada pelo governo brasileiro. Fontes do Itamaraty afirmaram que o governo Lula mantém seu absoluto rechaço às reiteradas ingerências de Washington em assuntos internos do País e que essa postura será mantida sempre que o Brasil for alvo de intimidações como as divulgadas na postagem, baseada em declarações do subsecretário de Estado Christopher Landau.

Segundo diplomatas ouvidos, a manifestação norte-americana constitui um ataque frontal à soberania brasileira e a uma democracia que recentemente derrotou uma tentativa de golpe de Estado. Ressaltam que o País não se curvará a pressões externas, venham de onde vierem, e que qualquer tentativa de intimidação terá resposta firme do governo Lula.

A publicação da embaixada, replicando um texto de Landau — atual número 2 do Departamento de Estado do governo Trump —, acusa o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “usurpar poder ditatorial” ao supostamente ameaçar líderes dos outros poderes e seus familiares com prisão e outras penalidades. O comunicado afirma que Moraes teria destruído a relação histórica entre Brasil e Estados Unidos ao tentar aplicar a lei brasileira de forma extraterritorial para silenciar pessoas e empresas em solo norte-americano.

Na mensagem, a embaixada argumenta que a separação dos poderes é a “maior garantia de liberdade já concebida pela humanidade”, mas que não teria efeito se um dos poderes intimida os demais. O texto sustenta que, ao contrário de líderes do Executivo ou do Legislativo, com quem seria possível negociar, não há como dialogar com um juiz, e que a situação brasileira seria inédita no mundo.

Para o governo brasileiro, trata-se de mais uma demonstração de hostilidade de Washington, marcada por ataques diretos a autoridades nacionais e pela tentativa de influenciar a política interna do País. A posição no Itamaraty é de que, apesar das divergências, o Brasil seguirá defendendo sua soberania e sua democracia, mantendo a disposição de dialogar em termos de respeito mútuo — mas rechaçando com veemência qualquer discurso que busque minar a legitimidade de suas instituições.

Fonte: Brasil 247

Michelle Bolsonaro tentou tomar celular de agente da PF e quase foi presa em operação

Ex-primeira-dama se exaltou durante cumprimento de mandados contra Jair Bolsonaro e foi contida por policiais na residência em Brasília

Michelle Bolsonaro, Jair Bolsonaro durante operação da Polícia Federal (Foto: ABr | Reprodução/GloboNews )

Durante a operação da Polícia Federal realizada no mês passado para cumprir mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro protagonizou um episódio que quase resultou em sua prisão. Segundo reportagem de Lauro Jardim, publicada no jornal O Globo, ela se exaltou ao tentar impedir o trabalho dos agentes, no momento em que o marido recebia uma tornozeleira eletrônica por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o relato, Michelle tentou tomar o celular das mãos de um policial federal e, por causa da atitude, correu risco de ser detida em flagrante. Pessoas presentes no local classificaram a reação como um “chilique”. O episódio aconteceu na residência da família em Brasília, enquanto a PF cumpria as ordens judiciais contra o ex-presidente.

Toda a ação policial foi registrada em vídeo. Segundo a apuração, as imagens chegaram a estar próximas de divulgação pela Polícia Federal, especialmente depois que Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro insinuaram que um pen drive encontrado no banheiro da casa teria sido “plantado” por um agente. O material, no entanto, não foi tornado público.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Tarifas de Trump afetam metade das exportações do Brasil para os EUA e atingem com força Norte e Nordeste

Sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros impacta 22 estados, com incidência de até 100% das vendas externas para o mercado americano


As novas tarifas impostas pelo governo Donald Trump sobre produtos importados do Brasil afetam duramente a balança comercial de várias unidades da federação, com impacto desproporcional sobre estados do Norte e Nordeste. Levantamento da Folha de S.Paulo, com base em dados de 2024 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), mostra que 22 estados brasileiros terão ao menos metade de suas exportações para os Estados Unidos sujeitas à sobretaxa. Em oito deles, a incidência chega a mais de 95% das vendas.

O decreto da Casa Branca, em vigor desde a última quarta-feira (6), acrescenta uma tarifa de 40% sobre os produtos brasileiros, elevando a carga total a 50%. Apesar de uma lista com 694 isenções, unidades como Tocantins, Alagoas, Acre, Amapá, Ceará, Rondônia, Paraíba e Paraná terão praticamente todas as suas vendas para os EUA tributadas. Apenas cinco estados –Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Sergipe e Maranhão– terão menos da metade de sua pauta exportadora afetada.

Em termos absolutos, o maior peso recai sobre o Sudeste, principal polo exportador do país. No entanto, segundo especialistas ouvidos pela reportagem, o efeito econômico tende a ser mais severo no Nordeste e no Sul, devido à concentração da produção em bens de baixo valor agregado e de mão de obra intensiva, justamente os mais atingidos pelo tarifaço.

O estudo do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) aponta que Sudeste e Centro-Oeste conseguem amortecer parte dos impactos graças à inclusão de produtos estratégicos na lista de isenções, como aviões, petróleo e suco de laranja no caso de São Paulo. Ainda assim, o estado terá 56% das exportações aos EUA taxadas, o equivalente a US$ 7,5 bilhões.

Minas Gerais, por sua vez, terá 63% de seu comércio com os americanos sobretaxado, com destaque para o café, produto no qual o Brasil é líder no fornecimento ao mercado dos EUA. Já no Norte e Nordeste, há casos de impacto total, como Tocantins, que exporta carne bovina, peptona, sebo animal, ossos, gelatina e derivados –todos sujeitos à nova tarifa.

O Ceará enfrenta um desafio maior: 98,6% dos produtos vendidos aos americanos serão sobretaxados, e quase metade de toda a exportação do estado vai para aquele país. “No Nordeste, grande parte dos produtos –frutas, pescados, calçados, vestuário– será taxada. No geral, são itens de baixo valor agregado, com mão de obra pouco qualificada, grande parte é perecível”, explica o economista Flávio Barreto, do FGV Ibre, destacando a vulnerabilidade de cooperativas e pequenos produtores.

No Sul, a média de incidência é de 88% sobre as exportações para os EUA, com destaque para madeira, móveis, calçados e têxteis. O Paraná lidera a lista regional, com 96% do valor exportado (US$ 1,5 bilhão) atingido. Marcos Lélis, professor da Unisinos, alerta que o impacto pode parecer baixo no PIB total, mas será intenso para polos específicos, como o de armas e calçados em São Leopoldo (RS), que exportam quase exclusivamente para os EUA. No Centro-Oeste, a pressão é menor. Em Mato Grosso do Sul, metade das exportações aos americanos será atingida, sobretudo carnes e couro, mas a China continua como principal mercado.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Embaixada dos Estados Unidos pede a cabeça de Alexandre de Moraes e propõe parceria com o Brasil

Governo Trump abre negociação para ‘restaurar amizade histórica’ com o País

Donald Trump, STF e Alexandre de Moraes (Foto: Divulgação I STF)

A embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou, na tarde deste sábado, uma mensagem dura contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao mesmo tempo acenou para uma reaproximação com o País. O comunicado, divulgado nas redes sociais oficiais da representação diplomática, reproduziu integralmente um texto de Christopher Landau, atual número 2 do Departamento de Estado do governo Trump.

Segundo o post, a crise entre os dois países estaria ligada à atuação de Moraes, acusado de “usurpar poder ditatorial” ao ameaçar líderes dos outros poderes ou seus familiares com prisão e outras penalidades. A embaixada afirma que tais ações teriam rompido a relação histórica de proximidade entre Brasil e Estados Unidos, citando como exemplo a tentativa de aplicar a lei brasileira de forma extraterritorial para “silenciar indivíduos e empresas em solo americano”.

“Um único ministro do STF usurpou poder ditatorial ao ameaçar líderes dos outros poderes, ou suas famílias, com detenção, prisão ou outras penalidades. Essa pessoa destruiu a relação histórica de proximidade entre Brasil e os Estados Unidos, ao tentar, entre outras coisas, aplicar extraterritorialmente a lei brasileira para silenciar indivíduos e empresas em solo americano”, diz o comunicado da embaixada, reproduzindo Landau.

O texto sustenta que a separação de poderes é “a maior garantia de liberdade já concebida pela humanidade”, mas que, no caso brasileiro, esse princípio estaria sendo anulado pela suposta intimidação dos demais poderes por parte de um ministro do Judiciário. Landau afirma que, ao contrário de líderes dos poderes Executivo e Legislativo, com quem é possível negociar, um juiz deve agir apenas com base na lei, mas no caso atual isso não estaria ocorrendo.

“Sempre é possível negociar com líderes dos poderes Executivos ou Legislativos de um país, mas não com um juiz, que deve manter a aparência de que todas as suas ações são ditadas pela lei. Assim, nos encontramos em um beco sem saída”, afirma o número 2 do Departamento de Estado.

O comunicado encerra com um apelo para a retomada das boas relações bilaterais:

“Queremos restaurar nossa amizade histórica com a grande nação do Brasil”.

A postagem, de forte tom político, marca mais um capítulo da tensão entre setores do governo Trump e o Supremo brasileiro, ao mesmo tempo em que abre espaço para uma agenda de diálogo com o Executivo e o Legislativo brasileiros. O gesto sugere que Washington busca reposicionar sua diplomacia em relação ao Brasil, ainda que mantenha críticas diretas à atuação de Moraes no cenário interno.

Fonte: Brasil 247

Processo contra Bolsonaro por tentativa de golpe entra na fase decisiva nesta semana

Réus do núcleo principal têm até 13 de agosto para apresentar alegações finais, e julgamento pode ocorrer em setembro sob relatoria de Alexandre de Moraes

Jair Bolsonaro presta depoimento durante julgamento de tentativa de golpe de estado. 10.06.25 (Foto: Antonio Augusto/STF)

O processo que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado entra na próxima quarta-feira (13) em sua fase final no Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações da CNN Brasil. Sete réus que compõem o núcleo central do suposto esquema terão até essa data para apresentar suas alegações finais ao STF, última oportunidade para expor suas versões dos fatos antes do julgamento.

Segundo o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, após a entrega dessas defesas, ele poderá preparar seu voto e encaminhar o processo para julgamento, que deve ocorrer em setembro, com data a ser marcada pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Entre os réus desse núcleo estão, além de Bolsonaro, ex-ministros, oficiais militares e assessores que teriam participado do planejamento da tentativa de ruptura institucional.

Dentre os réus, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator no processo, já apresentou suas alegações finais, negando envolvimento no plano golpista. No documento, Cid afirmou que “não compactuou com qualquer plano de golpe” e que atuava alinhado ao então comandante do Exército, general Freire Gomes. A defesa apresentou diálogos como prova de que o militar se opunha à tentativa de ruptura institucional.

Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes solicitou a prisão domiciliar de Bolsonaro, que enfrenta também investigação paralela por supostas tentativas de obstrução das investigações e conspiração contra o Estado brasileiro nos Estados Unidos. A medida provocou reação intensa em Brasília, com manifestações em apoio ao ex-presidente em frente à sua residência e ações de protesto em diferentes regiões da capital.

No âmbito político, a oposição articula respostas contundentes no Congresso Nacional. Líderes da direita têm apresentado propostas contrárias ao Supremo e pressionam pela abertura de um processo de impeachment contra Moraes. Em uma demonstração clara do clima tenso, senadores e deputados protagonizaram atos de protesto nos plenários, utilizando adesivos para silenciar suas falas e ocupando mesas diretoras. O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), declarou que pautará projeto de anistia para condenados nos atos de 8 de janeiro na primeira oportunidade de presidir a Casa.

Além disso, o Departamento de Estado dos Estados Unidos e a embaixada americana em Brasília manifestaram críticas ao ministro Moraes, acusando-o de “flagrantes violações de direitos humanos” e emitindo ameaças contra seus aliados, embora o Supremo tenha reforçado que não cederá a pressões externas.

Enquanto isso, o núcleo 2 da ação golpista segue avançando nas investigações, com diligências complementares em andamento. A expectativa é que, ainda nesta semana, o relator Alexandre de Moraes defina o prazo para a apresentação das alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR) nesse segundo grupo de réus, mantendo a apuração mesmo diante do cenário político conturbado.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Impeachment de Augusto Melo é aprovado com 69% dos votos no Corinthians


O ex-presidente do Corinthians Augusto melo. Foto: José Manoel/Agência CorinthianS

Neste sábado (9), o Corinthians oficializou a saída de Augusto Melo da presidência do clube, em São Paulo (SP). A decisão foi tomada em assembleia geral no Parque São Jorge, com a participação dos sócios que votaram pelo impeachment do dirigente.

A votação ocorreu ao longo de todo o dia e resultou em 1.413 votos favoráveis à destituição, o equivalente a 69,59% dos participantes, contra 620 contrários (30,41%). No total, 2.033 associados registraram seus votos. Melo deixou o local antes do encerramento da contagem, saindo após a apuração da quinta das 16 urnas.

Osmar Stabile, primeiro vice-presidente da diretoria, assume interinamente o comando do clube. Nos próximos dias, novas eleições indiretas serão convocadas, restritas a membros do Conselho Deliberativo, para definir quem liderará o Corinthians até o fim de 2026.

O principal motivo para a saída de Augusto Melo foi o envolvimento no chamado “Caso VaideBet”. Ele é acusado de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro. O processo também inclui Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing, e o empresário Alex Fernando André, conhecido como Cassundé.

Ex-superintendente de marketing Sérgio Moura. Foto: Reprodução/Instagram

As investigações apontam que Melo teria contraído dívidas ligadas à campanha eleitoral para a presidência do clube. As quantias teriam origem em doações de empresários ligados a atletas, influenciadores e até de um agiota.

O “Caso VaideBet” ganhou repercussão nacional e provocou forte desgaste político interno, acelerando a convocação da assembleia. Desde 26 de maio, Melo já estava afastado da presidência enquanto respondia às acusações.

A eleição para o novo presidente será indireta e contará apenas com conselheiros que já tenham cumprido pelo menos dois mandatos. O processo será conduzido por Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo, que tem cinco dias para convocar o pleito.

O cronograma exato da eleição ainda não foi divulgado. O dirigente eleito ficará no cargo por um período de transição de pouco menos de um ano e meio, até o término do atual mandato, em dezembro de 2026.

Fonte: DCM

sábado, 9 de agosto de 2025

11 de Setembro: EUA identificam 3 novas vítimas após 24 anos do atentado


Explosão após impacto do avião na Torre Sul, no dia 11 de setembro de 2001. Foto: Wikimedia Commons

Quase 24 anos após os ataques de 11 de setembro de 2001, o Escritório do Legista-Chefe de Nova York identificou os restos mortais de mais três vítimas. Entre elas estão Barbara Keating, de 72 anos, Ryan Fitzgerald, de 26, além de outra mulher que teve a identidade não revelada a pedido da família. A confirmação foi possível graças a avançadas técnicas de análise genética, consideradas o maior desafio forense da história dos EUA.

Barbara Keating era passageira do voo 11 da American Airlines, que atingiu a Torre Norte do World Trade Center. Sua identidade foi confirmada após a análise de uma escova de cabelo encontrada nos escombros, cujo DNA foi comparado com amostras de seus filhos. Paul Keating, um de seus filhos, elogiou o trabalho dos cientistas, destacando a dedicação na busca por respostas mesmo após tantos anos.

Ryan Fitzgerald trabalhava como corretor na Torre Sul e havia ligado para familiares após o primeiro impacto, afirmando que deixaria o prédio. Seus restos, encontrados em 2002, só agora foram identificados com precisão. A terceira vítima, uma mulher não identificada, teve seu nome preservado a pedido dos familiares.

O processo de identificação continua sendo um esforço contínuo, com equipes forenses analisando fragmentos ósseos minúsculos. Até hoje, 1.649 das 2.753 vítimas do World Trade Center foram identificadas.

Fonte: DCM