terça-feira, 13 de maio de 2025

AGU notificará plataformas por fake news sobre Janja e as “200 malas”


Presidente Lula e a primeira-dama, Janja. Foto: Metrópoles

A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que tomará medidas legais contra a disseminação de uma fake news que acusava a primeira-dama Janja de levar “200 malas” para a Rússia durante uma viagem oficial acompanhando o presidente Lula (PT). A notícia falsa foi publicada pelo deputado bolsonarista Bruno Engler (PL-MG) e republicada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A postagem gerou grande repercussão nas redes sociais e já está sendo investigada pela AGU, que estuda a possibilidade de tomar medidas tanto na esfera jurídica quanto administrativa.

De acordo com a AGU, a equipe responsável está avaliando qual a melhor forma de agir contra a disseminação da notícia falsa, podendo adotar uma abordagem jurídica, administrativa ou ambas.

A postagem de Engler, que foi feita na noite de segunda-feira (12), permanece no ar até o momento. O Grok, inteligência artificial do X (antigo Twitter) desmentiu a publicação, esclarecendo que não há evidências confiáveis que provem que a primeira-dama tenha levado 200 malas para a Rússia.

Nas redes, alguns usuários relacionaram a fake news com o escândalo do INSS, insinuando que as malas estariam levando dinheiro desviado dos beneficiários.

Os compromissos e despesas de Janja têm sido alvo de críticas, por parte da extrema-direita. Em resposta às pressões e com base em uma diretriz da AGU, o governo começou a divulgar a agenda oficial da primeira-dama, visando garantir mais transparência.

Com isso, o órgão federal intensifica seus esforços para coibir a propagação de desinformação e garantir a integridade das informações que circulam na esfera pública.
Fonte: DCM

Empresário citado em fraude do INSS esteve em viagem de Flávio aos cassinos dos EUA

Danilo Berndt Trento, amigo de Flávio Bolsonaro, o 01

Danilo Berndt Trento e seu amigo Flávio Bolsonaro. Foto: Senado Federal

O esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) envolve nomes que já estiveram na mira da CPI da Covid, encerrada em 2021, incluindo os bolsonaristas Mauricio Camisotti e Danilo Trento.

No esquema DE R$ 6 bilhões no INSS, a Polícia Federal aponta que Trento, empresário, aparece em imagens do circuito de segurança do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, carregando malas e acompanhado de Virgilio Antonio Ribeiro de Oliveira Filho, então procurador-geral da Procuradoria Federal Especializada do INSS, e de Philipe Roters Coutinho, agente da PF.

Philipe foi flagrado com US$ 200 mil em espécie durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão contra ele. O agente é suspeito pelas investigações como servidor da Polícia Federal que teria ajudado no esquema bilionário.

O policial foi afastado do cargo por determinação judicial.

Em 2021, o Diário do Centro do Mundo teve acesso às informações do contrato que a Precisa Medicamentos ofereceu de testes para detectar o novo coronavírus. A proposta indica que o valor unitário do teste é mais de 90% mais caro do que outros aceitos no mesmo procedimento. As investigações do Ministério Público e as reportagens sobre o assunto levaram Trento, “sócio oculto” dessa empresa, a dar depoimento na CPI da Covid.

Trento, do Mato Grosso, tem envolvimento com a indústria farmacêutica que conecta a Precisa Medicamentos a um suplente do senador Eduardo Gomes, do PL do Tocantins. Danilo tem sociedade da empresa PRIMARCIAL HOLDING E PARTICIPAÇÕES LTDA, com sede em São Paulo, com sua avó Jandira Meneguello Berndt. No mesmo endereço está a empresa PRIMARES HOLDING E PARTICIPAÇÕES – EIRELI, cujo sócio principal é Francisco Emerson Maximiano.

Sócio-administrador da Precisa em Itapevi, Maximiano foi convocado para dar um depoimento com explicações na CPI da Covid no dia 23 de junho de 2021 e não compareceu naquela ocasião. Além de acusações superfaturamento envolvendo testes de covid e a vacina Covaxin, a Precisa Medicamentos conseguiu uma aditivo de contrato de preservativos antes de negociar o imunizante. De acordo com a CNN Brasil, a empresa Precisa assinou o contrato para fornecimento de cinco milhões de preservativos femininos.

O valor inicial era de R$ 15,7 milhões e passou para R$ 31,5 milhões. A justificativa para o aditivo foi uma correção na cotação do dólar, segundo publicação em diário oficial. Os negócios mal explicados não terminam nessas cifras milionárias.

Danilo Berndt Trento é próximo do suplente do senador Eduardo Gomes, Ogari de Castro Pacheco, do União Brasil de Tocantins. Ogari é sócio-fundador da farmacêutica Cristália. A proximidade entre os dois se conecta em um labirinto de empresas desse setor. E a coisa não parou por ai.

Trento tem proximidade também com o senador Flávio Bolsonaro em eventos ligados a cassinos e apostas.

Viagem para Vegas com Flávio Bolsonaro

Danilo Trento admitiu em 23 de setembro de 2023 que viajou a Las Vegas, nos Estados Unidos, em depoimento à CPI da Covid, no Senado Federal. Senadores da comissão suspeitam que ele tenha ido à cidade com o senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.

Trento fez uso do direito ao silêncio com base em decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e não revelou o nome do parlamentar que o teria acompanhado nem a data da viagem. Disse que viajou em voo comercial.

Em janeiro de 2020, os senadores Flávio e Irajá Silvestre, filho de Kátia Abreu, foram aos Estados Unidos. Passaram oito dias em Miami e em Las Vegas, com diárias pagas pelo Senado Federal. Quem autorizou a viagem dos dois em “missão oficial” foi o então presidente da Casa, Davi Alcolumbre.

Ao todo, Flávio e Irajá receberam R$ 26.928,72 para custear as hospedagens. Quase 27 mil reais em dinheiro público. Eles integraram uma comitiva da Embratur para “capitanear grandes corporações de cruzeiros dos EUA para operar no Brasil”.

Na época, há dois anos, a Embratur era comandada por Gilson Machado, o ministro “sanfoneiro” de Bolsonaro. Também esteve na comitiva o deputado federal Hélio Lopes, o Hélio Negão.

A agenda do grupo incluiu uma reunião com o presidente do Las Vegas Sand Coorporation, Sheldon Adelson, o bilionário que contribuiu com US$ 25 milhões para a campanha de Donald Trump, o maior doador da campanha. Adelson, magnata de cassinos, foi também quem teria convencido Trump a mudar a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.

Antes da viagem de Trento e Flávio, em março de 2019, a legalização dos cassinos no Brasil foi tema de conversa entre Jair Bolsonaro e Trump, em Washington.

Isso foi uma das principais bandeiras de Ciro Nogueira, do PP, liderança importante do Centrão.

Fonte: DCM

Gleisi: Mujica foi uma pessoa 'imprescindível' para a humanidade

Em despedida, ministra lembrou a luta do líder uruguaio por um mundo “melhor e mais justo”

Pepe Mujica 29/11/2009 (Foto: REUTERS/Andres Stapff)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, lamentou o falecimento do ex-presidente do Uruguai José “Pepe” Mujica, aos 89 anos.

Em publicação na rede social X nesta terça-feira (13), ela lembrou a luta do líder uruguaio por um mundo “melhor e mais justo”, destacando Mujica como um “amigo do Brasil” e alguém “imprescindível”.

“Pepe Mujica foi uma dessas pessoas imprescindíveis para a humanidade. Dedicou a vida ao ideal de um mundo melhor e mais justo. Lutou por esse ideal de todas as formas possíveis, inclusive pelo exemplo de vida que nos legou. Foi amigo do Brasil e do nosso povo, conquistou a juventude e foi admirado por onde passou. Vá em paz, querido Pepe. Te agradecemos por tudo”, escreveu.


O ex-presidente do Uruguai enfrentava um câncer de esôfago e estava em cuidados paliativos.

Fonte: Brasil 247

PGR pede condenação de acusados pelo assassinato de Marielle

Pedido é parte das alegações finais, última etapa antes do julgamento

Marielle Franco (Foto: Câmara Municipal do Rio)

André Richter – Repórter da Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação dos acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018, no Rio de Janeiro.

Na manifestação, a procuradoria defendeu a condenação do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, do ex-deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos (foto), do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, do major da Policia Militar Ronald Alves de Paula e do ex-policial militar Robson Calixto, assessor de Domingos.

O pedido de condenação faz parte das alegações finais do caso, última etapa antes do julgamento do processo.

Nas alegações, o vice-procurador, Hindenburgo Chateaubriand, afirma que os acusados devem ser condenados pelos crimes de organização criminosa e homicídio.

Para o procurador, as provas obtidas na investigação comprovam a participação dos acusados no crime.

"Os fatos que se seguiram e que culminaram na execução de Marielle e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio de Fernanda Gonçalves [assessora da vereadora], devidamente descritos na denúncia, são conhecidos e foram suficientemente tratados e comprovados na ação penal pertinente, que tramitou perante o órgão competente do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro", afirmou Hindenburgo.

Conforme a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ter feito os disparos de arma de fogo contra a vereadora, os irmãos Brazão e Barbosa foram os mandantes do crime. Rivaldo Barbosa teria participado dos preparativos da execução do crime. Ronald é acusado de ter monitorado a rotina da vereadora e de repassar as informações para o grupo. Robson Calixto teria entregado a Lessa a arma usada no crime.

De acordo com a investigação da Polícia Federal, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da vereadora aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.

Nos depoimentos prestados durante a instrução, os acusados negaram participação no assassinato.

O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes. Caberá ao ministro marcar a data do julgamento, que pode ocorrer neste ano.

Fonte: Brasil 247

Fraude no INSS: Procon-PR orienta beneficiários para restituição de valores



A Secretaria da Justiça e Cidadania do Paraná (Seju), por meio da Coordenação Estadual de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon-PR), está orientando aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Nacional) que, a partir desta terça-feira (13), está disponível um novo mecanismo de contestação de descontos por entidades associativas e sindicatos.

A orientação é parte das ações do Procon-PR, iniciada com uma reunião com o Procons municipais, em decorrência da deflagração da Operação Sem Desconto da Polícia Federal, que identificou fraude de R$ 6 bilhões nessa modalidade de desconto. Foram registradas 721 reclamações no Procon-PR, relacionadas a 11 empresas investigadas pela operação.

“O Paraná está trabalhando desde o ano passado para minimizar os efeitos desse caso absurdo de corrupção, que atacou os direitos conquistados de milhares de aposentados e pensionistas, diminuindo a sua renda e prejudicando a vida também dos seus familiares. O ressarcimento desses valores tem que ser garantido”, declarou Santin Roveda, secretário da Justiça e Cidadania do Paraná.

Por meio do novo mecanismo, os beneficiários do INSS devem acessar a funcionalidade chamada “Consultar desconto de entidades associativas” dentro do aplicativo Meu INSS ou entrar em contato a partir do telefone 135. Após a consulta, o usuário pode verificar e contestar os descontos realizados.

A partir da contestação, a associação ou sindicato terá um prazo de 15 dias úteis para apresentar ao INSS a documentação comprobatória de que o beneficiário contratou serviço que autoriza os descontos. Caso se comprove que os descontos ocorreram de forma irregular, as entidades terão mais 15 dias úteis para realizar o ressarcimento dos valores descontados diretamente na conta do benefício do INSS.

“Não informe dados para alguém que se diga ou para alguém que se identifique como sendo do INSS, não clique em links, mensagem de texto, ou aplicativo de mensagem, ou e-mail, por quê? Por que é fraude. Se houver a devolução, ela acontecerá exclusivamente através do crédito no seu benefício, então é preciso ficar atento, alerta Claudia Silvano, coordenadora do Procon-PR.


Fonte: Assessoria de Comunicação da SEJU

INSS notifica milhões de aposentados sobre descontos irregulares em benefícios

Avisos serão enviados exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS; segurados devem confirmar se autorizaram os descontos para garantir ressarcimento

INSS (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Milhões de aposentados e pensionistas brasileiros começam a ser notificados nesta terça-feira (13) sobre possíveis fraudes em seus benefícios. Segundo reportagem do g1, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai alertar cerca de 9 milhões de segurados que tiveram descontos associativos suspeitos nos últimos anos. As mensagens serão enviadas exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS.

A medida é parte de uma operação de ressarcimento relacionada a cobranças feitas por entidades sindicais e associativas entre março de 2020 e março de 2025. A partir de quarta-feira (14), os notificados deverão informar no próprio aplicativo se autorizaram ou não os débitos. Segundo o INSS, a comunicação oficial trará a seguinte mensagem:

“Aviso importante para você. Foi identificado desconto de entidade associativa em seu benefício. A partir de amanhã você poderá informar se autorizou ou não através do Meu INSS ou ligue 135."

🚨 Importante: não haverá contato por telefone, SMS ou e-mail. Qualquer abordagem fora do app Meu INSS deve ser tratada como tentativa de golpe. Em caso de dúvidas, o atendimento oficial pode ser feito pelo número 135, de segunda a sábado, das 7h às 22h.

⊛ Como será a verificação

No aplicativo, os usuários terão acesso à lista de entidades que efetuaram os descontos e aos respectivos valores. O serviço "Consultar descontos de entidades associativas" ficará disponível a partir desta quarta-feira. O processo de verificação não exigirá o envio de documentos ou comprovantes — bastará ao beneficiário declarar se reconhece ou não cada cobrança.

⊛ E o dinheiro de volta?

Caso o segurado negue a autorização do desconto, o sistema do INSS notificará automaticamente a associação envolvida, que terá 15 dias úteis para apresentar provas do vínculo com o beneficiário. Essa comprovação deve incluir:

  •  Documento de identidade com foto;
  •  Termo de filiação à entidade;
  •  Autorização do desconto no benefício.
Se a entidade não apresentar provas nem devolver os valores diretamente ao beneficiário, será obrigada a restituir os valores ao INSS, que fará o repasse por folha suplementar. O não pagamento no prazo previsto resultará no encaminhamento do caso à Advocacia-Geral da União (AGU) para cobrança judicial.

Segundo o governo federal, todos os segurados que apontarem cobranças indevidas e não tiverem o vínculo comprovado pelas entidades terão direito à restituição. O pagamento das devoluções ocorrerá entre os dias 26 de maio e 6 de junho.

⊛ Como baixar e usar o Meu INSS

O app está disponível gratuitamente para celulares com sistemas Android e iOS. Para acessar, basta:

  1.  Baixar o aplicativo na loja oficial;
  2.  Aceitar os termos de uso;
  3.  Entrar com CPF e senha da conta gov.br;
  4.  Autorizar o acesso aos dados pessoais.
O aplicativo é a plataforma oficial para consultas de benefícios, extratos e serviços do INSS, evitando deslocamentos até as agências físicas.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Por unanimidade, STF suspende processo contra Ramagem após diplomação

Primeira Turma rejeitou pedido da Câmara para trancamento amplo da ação penal que beneficiaria Ramagem, Bolsonaro e outros seis réus por tentativa de golpe

Alexandre Ramagem (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Reuters - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade suspender a ação penal em relação ao ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) pelos crimes que ele foi acusado de cometer após ter sido diplomado parlamentar.

O julgamento virtual foi encerrado nesta terça-feira. Votaram nesse sentido Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Ramagem terá trancado até o final do seu mandato parlamentar a tramitação do processo pelos crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Dessa forma, o deputado federal seguirá respondendo pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.

A decisão do STF foi mais um capítulo no embate entre os Poderes Legislativo e Judiciário, no momento em que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro buscam articular a aprovação de uma proposta de anistia a condenados pelos ataques de 8 de Janeiro às sedes dos Três Poderes, que poderia ter efeito sobre atos praticados antes disso.

A Primeira Turma rejeitou pedido da Câmara para garantir um trancamento amplo da ação penal que beneficiaria Ramagem, Bolsonaro e outros seis réus da ação penal por tentativa de golpe.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Governo brasileiro lamenta morte de Pepe Mujica: 'Legado permanecerá'

Ex-presidente do Uruguai faleceu aos 89 anos

Ex-Presidente do Uruguai, José Mujica (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O governo brasileiro divulgou uma nota oficial nesta terça-feira (13) lamentando a morte do ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica, aos 89 anos. Ele enfrentava um câncer de esôfago e recebia cuidados paliativos para amenizar as dores causadas pela doença.

Na declaração, o Itamaraty descreveu o ex-presidente como “um dos mais importantes humanistas de nossa época” e “grande amigo do Brasil”. O texto também destacou o papel de Mujica na luta por uma ordem internacional mais justa, democrática e solidária.

Confira o texto na íntegra:

“O governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento na data de hoje do ex-Presidente da República Oriental do Uruguai, José Alberto “Pepe” Mujica, aos 89 anos, em Montevidéu.

Grande amigo do Brasil, o ex-Presidente Mujica foi um entusiasta do MERCOSUL, da UNASUL e da CELAC, um dos principais artífices da integração da América do Sul e da América Latina e, sobretudo, um dos mais importantes humanistas de nossa época. Seu compromisso com a construção de uma ordem internacional mais justa, democrática e solidária constitui exemplo para todos e todas.

Em 5 de dezembro do ano passado, durante visita a Montevidéu, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva condecorou “Pepe” Mujica com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração oferecida pelo Brasil a cidadãos estrangeiros. Na ocasião, o Presidente da República referiu-se ao ex-Presidente Mujica como “a pessoa mais extraordinária” entre os presidentes com quem conviveu.

O legado de “Pepe” Mujica permanecerá, guiando todas e todos aqueles que genuinamente acreditam na integração de nossa região como caminho incontornável para o desenvolvimento e na nossa capacidade de construir um mundo melhor para as futuras gerações.

Neste momento de dor, o Governo brasileiro estende à viúva Lucía Topolansky e aos familiares do ex-Presidente, assim como ao governo e ao povo uruguaios, seus mais sentidos pêsames e expressões de solidariedade.”

Fonte: Brasil 247

Janja cobra Xi Jinping sobre efeitos negativos do TikTok

A primeira-dama teria argumentado que a plataforma representa um desafio diante da crescente influência da extrema-direita no Brasil

Janja Lula da Silva (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Durante o encontro entre a comitiva brasileira e o presidente da China, Xi Jinping, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, surpreendeu ao pedir a palavra para comentar os efeitos negativos do TikTok, rede social chinesa que, segundo ela, favorece conteúdos da direita no Brasil. A informação é do g1.

De acordo com relatos de integrantes da delegação, a fala não era prevista, e ninguém teria entendido “nem o tema nem o pedido” para falar na reunião.

A primeira-dama teria argumentado que a plataforma representa um desafio diante da crescente influência da extrema-direita no país, mencionando o papel do algoritmo na disseminação dos conteúdos.

O g1 ainda informou que Xi Jinping respondeu que o Brasil tem total legitimidade para regular ou até banir o TikTok, se assim decidir.

A plataforma está no meio de uma disputa com o governo dos Estados Unidos, que pressiona pela venda da participação da empresa chinesa para uma companhia americana.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Morre aos 89 anos Pepe Mujica, símbolo da esquerda latino-americana

"Pesidente, ativista, líder", definiu o presidente uruguaio, Yamandu Orsi, ao lamentar a morte de Pepe Mujica

José "Pepe" Mujica (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Faleceu aos 89 anos o ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica, informou nesta terça-feira (13) o presidente do país, Yamandu Orsi, nas redes sociais.

"É com profundo pesar que anunciamos o falecimento do nosso colega Pepe Mujica. Presidente, ativista, líder. Sentiremos muita falta de você, querido velho. Obrigado por tudo o que você nos deu e pelo seu profundo amor pelo seu povo", escreveu Orsi em seu X.
Mujica enfrentava um câncer de esôfago e recebia cuidados paliativos para amenizar as dores causadas pela doença.

Em janeiro deste ano, Mujica revelou que o câncer, que enfrentava desde abril de 2024, havia se espalhado e que ele não faria novos tratamentos. Além do tumor, ele enfrentava uma doença imunológica há mais de duas décadas, que afetava seus rins e dificultava o tratamento médico.

Mujica liderou o Uruguai entre 2010 e 2015. Após finalizar o mandato presidencial, chegou a ser eleito duas vezes senador e atuou na Casa até 2020, quando deixou o cargo devido à pandemia do coronavírus.

Antes de entrar na política institucional, Mujica integrou o Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros, grupo de resistência à ditadura militar uruguaia.

⊛ A trajetória de Pepe Mujica, por RT - Nascido em Montevidéu em 1935, 'El Pepe' Mujica, como era popularmente conhecido, representou uma faceta incomum da política, tendo trilhado um longo caminho desde sua participação na guerrilha nos anos 1970 — o que lhe custou 12 anos de prisão — até conquistar a presidência por meio de eleições democráticas. Assim, consolidou-se como um presidente sem diploma universitário, que jamais se enriqueceu ou quis fazer uso dos privilégios do poder.

Em 2010, após assumir o cargo, ele sequer quis se mudar para a elegante residência oficial. Alheio aos protocolos, escolheu viver em sua casa simples de sempre, ao lado da esposa, Lucía Topolanski — outra figura histórica, fundamental e amplamente reconhecida na política regional. Nunca possuíram propriedades, bens, carros de luxo ou contas bancárias volumosas. Nem uma única suspeita de corrupção.

"Não sou pobre, sou sóbrio, leve de bagagem. Gosto de viver com o essencial para que as coisas não me roubem a liberdade", costumava dizer para rebater os elogios à humildade com que vivia — traço que lhe rendeu o apelido de "o presidente mais pobre do mundo".

Mujica também se destacou por sempre ter se declarado ateu, identidade que o diferenciava da maioria dos mandatários latino-americanos, habituados a jurar sobre bíblias, frequentar missas, rezar e pedir a ajuda de Deus para governar.

Em parte graças a essas convicções afastadas de qualquer pressão religiosa, ele impulsionou a legalização do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Mas se houve algo que realmente surpreendeu nesse ex-guerrilheiro, foi a ousadia inédita ao confrontar as tradicionais políticas globais sobre drogas, transformando o Uruguai no primeiro país a legalizar a produção, a venda e o consumo de maconha.

Com isso, fez o mundo voltar os olhos — seja com espanto, ceticismo ou admiração — para um “paisito”, como o definia com carinho o escritor Eduardo Galeano, com pouco mais de três milhões de habitantes, fincado ao sul do Oceano Atlântico.

O impacto foi tanto que o cineasta sérvio Emir Kusturica decidiu contar sua trajetória em um documentário intitulado El Pepe: uma vida suprema, lançado em 2018 no Festival de Veneza.

A expectativa gerada pelo filme demonstrou o interesse em conhecer um presidente que, três anos antes, havia deixado o cargo com uma aprovação recorde de 65%.

⊛ Uma vida de militância na esquerda - A militância política capturou Mujica desde a adolescência. Por isso, aos 21 anos, ele decidiu abandonar completamente os estudos para ingressar no Partido Nacional, uma força que surgia como contraponto ao Partido Colorado, que governava o Uruguai havia quase um século.

No entanto, o Partido Nacional — também conhecido como Partido Blanco — possuía um viés mais à direita, o que destoava das convicções ideológicas de Mujica. Assim, no início da década de 1960, ele passou a integrar a construção da nova União Popular, voltada à esquerda.

Essa participação, contudo, durou pouco. Em 1964, Mujica aderiu ao Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros, grupo guerrilheiro de extrema esquerda que se inspirava na Revolução Cubana e defendia a tomada do poder pelas armas. Naquele período, o Uruguai enfrentava forte instabilidade institucional, com sucessivos governos colegiados, uma grave crise econômica, protestos sociais crescentes e dura repressão.

Os Tupamaros ganharam repercussão internacional por meio de sequestros, execuções, atentados com explosivos e assaltos a bancos — ações que serviam para financiar o movimento e das quais Mujica participou ativamente, ao lado de outros guerrilheiros.

Nas eleições presidenciais de 1971, forças de esquerda se uniram para criar a coalizão Frente Ampla. O candidato, Líber Seregni, conquistou 18% dos votos — um resultado que ameaçava romper o tradicional bipartidarismo entre os Blancos e os Colorados.

Entretanto, o resultado eleitoral foi manchado por fraudes que só seriam confirmadas três décadas depois: os Estados Unidos, segundo comprovações posteriores, teriam articulado o esquema que garantiu a vitória de Juan María Bordaberry, do Partido Colorado — o mesmo presidente que, em 1973, lideraria um autogolpe e inauguraria uma sucessão de regimes militares que governariam o Uruguai até 1985.

Foi justamente durante o governo de Juan María Bordaberry (1972–1976) que Mujica foi preso pela quarta vez, junto com os demais integrantes da cúpula dos Tupamaros. Dessa vez, seria definitivo. Ao contrário das ocasiões anteriores, ele não conseguiu mais escapar da prisão.

⊛ Cativeiro e retorno - Durante 12 anos, Mujica tornou-se refém da ditadura. Sua detenção foi extrajudicial — nunca chegou a ser julgado ou formalmente acusado — e, por isso, pode-se dizer que foi vítima de um sequestro.

Com a guerrilha derrotada, os tupamaros passaram a ser alvo constante de torturas e todo tipo de maus-tratos, até que, nos primeiros momentos da redemocratização em 1985, beneficiaram-se de uma lei de anistia que permitiu sua libertação.

Mujica abandonou definitivamente as armas e retornou à política. Filiou-se ao Frente Ampla — a coalizão de forças progressistas surgida no início da década de 1970 — e, em 1995, conquistou seu primeiro cargo eletivo ao ser eleito deputado da Câmara de Representantes.

Já como parlamentar, passou a ganhar destaque na vida pública uruguaia. Seu passado como guerrilheiro não impediu que se tornasse uma das figuras mais influentes e populares do país, à medida que o Frente Ampla crescia e enfraquecia de forma irreversível o bipartidarismo tradicional entre o Partido Nacional e o Partido Colorado.

Em 1999, Mujica foi eleito senador. Naquele ano, o candidato da Frente Ampla, Tabaré Vázquez, chegou ao segundo turno contra Jorge Batlle, do Partido Colorado. Embora não tenha vencido, parecia claro que era apenas uma questão de tempo e organização para que a esquerda alcançasse a presidência. E assim aconteceu: em 2004, Vázquez venceu de forma contundente no primeiro turno, com 51,6% dos votos.

Foi o período de esplendor dos governos progressistas na América Latina, quando coexistiram lideranças como Néstor Kirchner e Cristina Fernández (Argentina); Evo Morales (Bolívia); Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil); Rafael Correa (Equador); Fernando Lugo (Paraguai) e Hugo Chávez (Venezuela).

Em 2010, Mujica passaria a integrar esse seleto grupo.

⊛ Governo e legado - Mujica venceu as eleições presidenciais de 2009, no segundo turno, com 54,6% dos votos.

Aos 74 anos, consolidou-se como um líder despojado, avesso a protocolos e à correção política, mas também pragmático, distante dos extremismos ideológicos que marcaram seus primeiros passos na política.

Mais de quatro décadas depois, sua trajetória — de guerrilheiro e prisioneiro político durante a ditadura a governante eleito democraticamente — se completava.

Mas ele ainda reservava surpresas. Em 2012, sem que ninguém previsse, Mujica decidiu enfrentar tabus e propôs a legalização da produção, comercialização e consumo da maconha para fins medicinais e recreativos. Em outras palavras, regulamentou toda a cadeia produtiva de uma planta que ainda é alvo de estigmas em boa parte do mundo. Nenhum outro país havia ousado tanto.

A iniciativa foi arriscada, pois rompia com o paradigma da guerra às drogas imposto pelos Estados Unidos, além de não contar com o apoio da maioria da população uruguaia. O intenso debate social que se instaurou no país atraiu a atenção da comunidade internacional.

"Não é bonito legalizar a maconha, mas pior é entregar pessoas ao narcotráfico. Nenhuma dependência é boa, salvo a do amor", afirmou Mujica em uma de suas muitas frases célebres com as quais defendeu a iniciativa que acabou sendo aprovada no fim de 2013, alterando os paradigmas da guerra contra o tráfico de drogas em escala global.

Essa não foi a única medida polêmica. Em 2011, Mujica reabriu o debate sobre a legalização do aborto — tema que seu antecessor, Tabaré Vázquez, havia vetado, mesmo com o apoio de 60% da população à proposta.

No ano seguinte, o Uruguai tornou-se o segundo país da América Latina e do Caribe, depois de Cuba, a legalizar a interrupção voluntária da gravidez nas primeiras 12 semanas de gestação — ou em casos posteriores, quando a gestação fosse resultante de estupro.

O caráter progressista e inovador do governo de Mujica em relação aos direitos civis se consolidou em 2013, quando entrou em vigor a lei do casamento igualitário, permitindo que pessoas do mesmo sexo se casassem. Naquele momento, apenas a Argentina havia aprovado legislação semelhante na região.

⊛ Despedida - Em 2014, a esquerda uruguaia venceu sua terceira eleição geral consecutiva, o que permitiu a Mujica devolver a faixa presidencial a Tabaré Vázquez, líder da Frente Ampla que voltou a se candidatar naquele ano.

Mujica então retornou ao Senado, onde permaneceu até 2020, quando renunciou ao cargo e encerrou sua trajetória política, motivado pela pandemia da Covid-19.

Na época, aos 85 anos, decidiu se dedicar ao cultivo do campo e à manutenção dos jardins de sua chácara, ao lado da esposa, Lucía Topolansky — ex-guerrilheira tupamara e presa política que, assim como Mujica, transformou-se em uma das maiores lideranças do país. Além de ter sido senadora, Lucía tornou-se, em 2017, a primeira mulher a ocupar a vice-presidência do Uruguai.

Apesar do afastamento dos cargos públicos, Mujica nunca se retirou completamente da vida política. Por meio de entrevistas e viagens internacionais — especialmente na América Latina —, continuou sendo uma das figuras mais admiradas e respeitadas da cena política regional.

Fonte: Brasil 247

“Apaga tudo”: as mensagens no celular de Cid que a PF não mostrou


O tenente-coronel Mauro Cid: arquivos extraídos do celular do militar mostram conversas inéditas. Foto: Reprodução

Os arquivos extraídos do celular do tenente-coronel Mauro Cid, apreendido pela Polícia Federal (PF) em 3 de maio de 2023, mostram as conversas do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e os pedidos frequentes para que mensagens fossem apagadas.

Com 77 gigabytes de dados, o material analisado pela UOL inclui 158 mil mensagens de WhatsApp, tanto de texto quanto de áudio. Apenas uma parte dessas informações foi utilizada pela PF, e o restante permanecia sob sigilo, ainda inédito até então.

“Não combinamos de apagar?”


Uma das mensagens enviadas a Mauro Cid em 3 de janeiro de 2023 pelo coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Netto, um dos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF, mostra o medo dos bolsonaristas diante das investigações.

“Zera. Apaga todo o teu celular agora! Todas as mensagens que tu tem que não sejam importantes, tu apaga, beleza? Vou apagar as minhas também. Porra, o Alexandre de Moraes agora soltou uma ordem… Ele vai começar uma devassa no celular de todo mundo”, diz a mensagem.

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Conversa entre Mauro Cid e o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Netto no WhatsApp. Foto: Reprodução

O próprio coronel Corrêa Netto, acusado de pressionar o Alto Comando do Exército a seguir com o golpe, já havia falado sobre a importância de deletar as conversas em 29/11/2022, horas depois de enviar a Cid um documento com o texto de uma “carta” pressionando o comandante do Exército.

Cid também apagou mensagens, como nas conversas com o tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (“Cavalo”, nas mensagens), nas quais lamentavam o fato de o decreto do Estado de Defesa não ter prosperado.

As mensagens foram enviadas logo depois de Cavaliere compartilhar uma troca de WhatsApp, na qual dizia que o almirante Garnier, da Marinha, “tinha tanques prontos”. Trinta minutos depois, Cid comentaria, sem apagar, que “em 64 não precisou de ninguém assinar nada”.

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Conversa entre Mauro Cid e o tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros no WhatsApp. Foto: Reprodução

Mensagens apagadas


De 2 de outubro de 2022, data das eleições presidenciais, até maio de 2023, quando Cid foi preso, foram identificadas 217 mensagens recebidas por Cid que foram depois deletadas. Outras 127 mensagens enviadas por ele também foram apagadas.

A conta não inclui conversas com familiares, e é possível que existam outras trocas de mensagens deletadas que não permaneceram registradas no celular.

Os interlocutores mais frequentes nesse grupo foram Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação), com 31 mensagens apagadas, e o próprio Bolsonaro, com 19 mensagens deletadas.

Conversas no Signal

Em 13 ocasiões, Cid e seus interlocutores optaram por continuar as conversas no Signal, aplicativo de mensagens criptografadas considerado mais seguro que o WhatsApp. A PF não conseguiu acessar o conteúdo dessas conversas.

O Signal ficou conhecido no caso envolvendo assessores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acidentalmente incluíram um jornalista em um grupo onde eram compartilhadas informações confidenciais.

Entre os que pediram para migrar para o Signal estavam Corrêa Netto, o suplente de senador Aparecido Portela e o general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

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Mensagem do general Braga Netto sobre o Signal. Foto: Reprodução

Lealdade a Bolsonaro

Nas conversas, Mauro Cid demonstrava lealdade a Bolsonaro, mesmo quando diversos crimes começaram a ser atribuídos ao ex-capitão. Cid nunca criticava Bolsonaro, até mesmo em questões desastrosas, como a demora na compra da vacina contra a Covid-19.

Quando, por exemplo, o influenciador Paulo Figueiredo, neto do ditador João Figueiredo, último presidente do regime militar, chamou Bolsonaro de “bom e fraco”, Cid atribuiu as falhas à suposta “falta de experiência” do ex-presidente.

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Conversa entre Mauro Cid e Paulo Figueiredo sobre Bolsonaro no WhatsApp. Foto: Reprodução

Apesar dessa lealdade, Cid mudou de atitude após ser preso pela PF, em 3 de maio de 2023. Sentindo-se abandonado por Bolsonaro, que alegava que Cid havia agido por conta própria em casos como a venda de joias no exterior, o militar decidiu firmar um acordo de delação premiada.

Cid foi libertado em 9 de setembro de 2023, após a homologação de sua delação pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele segue cumprindo medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno, enquanto aguarda o julgamento do processo do golpe no STF.

Fonte: DCM