sábado, 9 de agosto de 2025

Apoio de Trump a Bolsonaro vai encarecer hambúrguer nos EUA, diz a Economist

 


A revista britânica The Economist avaliou que o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ex-presidente Jair Bolsonaro pode resultar em aumento de preços para consumidores americanos, inclusive no valor do hambúrguer.

Em artigo publicado na quinta-feira (7), intitulado “Até que ponto bater no Brasil é colocar EUA em primeiro lugar?”, a publicação afirma que as tarifas de 50% impostas a produtos brasileiros, como carne bovina e café, foram motivadas por razões políticas ligadas ao processo judicial contra Bolsonaro.

Segundo a revista, a medida contraria a própria diretriz anunciada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que orientou diplomatas a não interferirem em processos eleitorais estrangeiros.

No mesmo dia dessa instrução, Trump divulgou carta defendendo Bolsonaro e criticando o governo brasileiro, chamando-o de “regime censurador ridículo”. Duas semanas depois, as tarifas foram anunciadas, enquanto Rubio usou a Lei Magnitsky para sancionar o juiz do caso.

A Economist destacou que os Estados Unidos mantêm superávit comercial com o Brasil há mais de uma década e que exportadores brasileiros podem redirecionar rapidamente suas vendas para outros mercados. Para a revista, a política externa de Trump combina nacionalismo com ações intervencionistas seletivas, moldadas por interesses e afinidades políticas.

O texto conclui que, se as tarifas levarem a um aumento no preço de produtos como hambúrgueres, os americanos poderão questionar se a política de “America First” realmente serve aos interesses internos ou se está sendo usada para proteger aliados políticos de Trump no exterior.

Fonte: DCM

OAB-SP vê possível violação do ECA por Zanatta ao usar bebê como escudo humano


A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) com bebê de 4 meses no colo durante motim bolsonarista na Câmara. Foto: Wilton Júnior


Há indícios de que a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) violou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao levar sua filha de 4 meses para o motim bolsonarista na Câmara dos Deputados nesta semana. A avaliação é de Thaís Dantas, presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente da OAB-SP, que defende a apuração do caso. Com informações do UOL.

Segundo a advogada, a Câmara deve ser um espaço acolhedor para crianças e adolescentes, mas, no caso de Zanatta, a bebê teria sido “utilizada como objeto” e não tratada como sujeito de direitos.

“O mais importante é olhar para uma criança ou um bebê como um indivíduo, um sujeito de direitos. Esse caso está tendo uma cor muito politizada. Trata-se de um alerta de que há indícios de que a criança foi tratada como um objeto e não como um sujeito”, afirmou.

Zanatta chegou a admitir nas redes sociais que usou a bebê como “escudo humano” durante a ocupação da Mesa Diretora, mas depois disse que a levou apenas por estar em “idade de amamentação”. Após o episódio, o deputado Reimont (PT-RJ) acionou o Conselho Tutelar pedindo providências.


Para Thaís, ao menos seis artigos do ECA podem ser aplicados ao caso, como o artigo 17, que trata da preservação da imagem, identidade e autonomia da criança.

A presidente da comissão ressaltou que, embora mães e pais dividam a responsabilidade pelo cuidado, é preciso investigar se houve risco à criança.

“Há indícios de violação do ECA que precisam ser apurados para que a criança não fique ainda mais vulnerabilizada. A situação precisa ser apurada para que eventuais medidas de responsabilização sejam condizentes”, concluiu.

Fonte: DCM com informações do UOL

Feminista brasileira consegue asilo na Europa após processo movido por Erika Hilton

       Isabella Cêpa

A militante feminista brasileira Isabella Cêpa obteve asilo político em um país do Leste Europeu após ser processada por transfobia pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).

O caso começou em 2020, quando Isabella publicou nas redes sociais críticas à eleição de Hilton para a Câmara Municipal de São Paulo, afirmando que a mulher mais votada da cidade “era um homem”, em referência ao fato de Erika ser uma mulher trans. A declaração está alinhada ao chamado “feminismo radical”, ou radfem, corrente que não reconhece a identidade de gênero de pessoas trans.

A repercussão das postagens ampliou a exposição de Isabella, que passou a enfrentar processos judiciais. Erika Hilton ingressou com ação por transfobia, enquadrada na Lei de Racismo (Lei 7.716/1989). Nesse período, Isabella deixou o Brasil, circulou por diferentes países europeus e formalizou um pedido de proteção internacional.

A Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA) concluiu o processo em cerca de um mês. Por razões de segurança, o país que concedeu o asilo não foi revelado.

Enquanto isso, a disputa judicial teve mudanças. A Justiça Estadual arquivou o caso a pedido do Ministério Público Federal, mas a investigação foi reaberta no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria do ministro Gilmar Mendes. O processo aguarda manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Fonte: DCM

VÍDEO: Obra do governo Lula é exibida pelo PL atribuída a Bolsonaro no Ceará

Cisterna instalada no município de Martinópole, no Ceará, com a logomarca do governo Lula. Foto: Reprodução

Uma publicação nas redes sociais do Partido Liberal (PL) do Ceará, exibiu uma obra com logomarcas da terceira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do programa Novo PAC. O vídeo, divulgado nesta semana, mostra uma cisterna instalada no município de Martinópole, no interior do Ceará.

O material, no entanto, atribui a execução da obra ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A propaganda afirma que a iniciativa fez parte de ações da gestão anterior para ampliar o acesso à água na região Nordeste.

Nas imagens, aparecem moradores da cidade relatando benefícios obtidos com o reservatório. A mensagem veiculada pelo PL afirma que foram investidos mais de R$ 470 milhões no município para garantir fornecimento de água, estimular a produção agrícola e melhorar a qualidade de vida da população local.

O vídeo reforça a narrativa de que o projeto teria sido conduzido pelo governo Bolsonaro. A peça publicitária diz que a iniciativa “levou água e dignidade ao povo nordestino, garantindo condições para plantar, criar e cuidar da família com respeito e esperança no futuro”.

A Casa Civil do governo Lula contesta a versão apresentada. Integrantes da pasta afirmam que a obra mostrada nas imagens foi executada em 2023, já durante a atual gestão, como parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento.

O vídeo também destaca, visualmente, as marcas do governo Lula e do Novo PAC na estrutura da cisterna. Essas identificações oficiais aparecem nas laterais do reservatório mostrado nas imagens. A assessoria do PL foi procurada pela reportagem do Metrópoles para comentar a origem da obra e a atribuição feita na propaganda, mas não houve resposta.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

The Economist: tarifaço de Trump é mais latido que mordida e Lula agiu com firmeza


                              Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: reprodução

A revista britânica The Economist avaliou que as tarifas de 50% impostas por Donald Trump ao Brasil têm mais efeito político do que econômico e que o país “pode ter evitado o pior — por enquanto”.

Segundo a publicação, o tarifaço anunciado em 6 de agosto é uma retaliação ligada à situação jurídica de Jair Bolsonaro, e não a questões comerciais. O caso brasileiro é citado como o exemplo mais claro de Trump usando o comércio como ferramenta de pressão sobre outro país.

O impacto econômico, no entanto, tende a ser limitado. Quase 700 produtos, incluindo aviões, petróleo, celulose e suco de laranja, foram isentados da tarifa, mas itens como café, carne e frutas continuam sujeitos à alíquota cheia.

Atualmente, apenas 13% das exportações brasileiras vão para os Estados Unidos — bem menos que há 20 anos —, enquanto a participação da China subiu para 28%. O país exporta relativamente pouco em relação ao PIB, o que também reduz o alcance da medida.

A revista aponta que Lula reagiu com firmeza ao afirmar que o Brasil não será “tutelado” por um “imperador”, mas adotou estratégia diplomática, articulando com empresas brasileiras e parceiras nos EUA para obter as isenções. Para a Economist, Lula pode se beneficiar politicamente por ser alvo de Trump, mas deve evitar transformar a questão em um confronto maior.

O maior risco, segundo a análise, está nos próximos passos. Lula indicou que discutirá com outros membros do BRICS formas de reagir às tarifas, o que poderia escalar para uma guerra comercial. Trump já chamou o grupo de “antiamericano” e ameaçou novas tarifas de 10% sobre produtos de seus integrantes.

Fonte: DCM

Deputado bolsonarista diz ser autista para evitar suspensão na Câmara após motim

 

O deputado federal bolsonarista Marcos Pollon (PL-SC). Foto: Reprodução

O deputado bolsonarista Marcos Pollon (PL-SC) afirmou que é autista e que não compreendeu o que acontecia durante o motim que paralisou a Câmara dos Deputados por mais de 30 horas, tentando, assim, evitar uma possível suspensão de mandato.

A declaração foi feita nas redes sociais após ele entrar na lista de parlamentares que podem ser punidos pelo Conselho de Ética. O episódio ocorreu na última quarta-feira (6), quando o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tentou retomar a cadeira para conduzir a sessão.

Pollon e Marcel van Hattem (Novo-RS) foram os últimos a deixar o espaço. “Estão dizendo que ele (Marcel) sentou na cadeira do Hugo Motta e que me incentivou a ficar lá. Isso é mentira. Olhem as imagens. Eu sou autista e não estava entendendo o que estava acontecendo ali naquele momento”, disse o deputado.

Em vídeo, é possível ouvir Pollon dizer ao colega: “Eu não entendi. Não vou sair”. Segundo ele, chamou Van Hattem para orientá-lo e garantir que o combinado sobre a desocupação fosse cumprido.

“Eu sentei na cadeira do Hugo Motta e ele sentou ao meu lado, pois é uma pessoa em quem eu confio. E falei: ‘Me orienta’, pois, pelo que nós combinamos, haveria um rito para a desocupação do espaço e esse combinado não foi cumprido. Nós desceríamos antes que o presidente subisse”, relatou Pollon.

Ele disse que Marcel estava “como uma pessoa para dar suporte para um autista”, mas admitiu que havia um acordo para não deixar o local sem uma resposta à pauta da anistia aos golpistas do 8 de janeiro. “Só sairia dali quando tivéssemos uma resposta positiva para as vítimas do 8 de janeiro”, declarou.


Após o episódio na Câmara, Hugo Motta indicou que pedirá a suspensão, por até seis meses, de Pollon, Van Hattem, Zé Trovão (PL-SC) e Júlia Zanatta (PL-SC). Outros deputados envolvidos também serão analisados pelo Conselho de Ética.

Dias antes do motim bolsonarista, Pollon chamou Motta de “bosta” e “baixinho de um metro e sessenta” durante manifestação em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Mato Grosso do Sul. Na ocasião, também atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: DCM

Motta denuncia 14 deputados bolsonaristas por motim no Congresso


            Parlamentares de oposição durante obstrução na Câmara dos Deputados – Divulgação

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à Corregedoria Parlamentar as denúncias contra 14 deputados federais envolvidos no episódio de tumulto no plenário da Casa. O caso poderá resultar em suspensão ou cassação de mandato parlamentar. Com informações do UOL.

A maioria dos parlamentares denunciados pertence ao Partido Liberal (PL), incluindo seu líder na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Também aparecem na lista um deputado do Progressistas (PP) e o líder do partido Novo, Marcel Van Hattem (RS).

A deputada Camila Jara (PT-MS), alvo de denúncia do PL por supostamente ter empurrado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a confusão no plenário, não consta oficialmente entre os nomes encaminhados à Corregedoria.

A Corregedoria Parlamentar é o órgão interno responsável por avaliar a conduta dos deputados federais. O atual corregedor, Diego Coronel (PSD-BA), será o encarregado de analisar cada um dos casos e elaborar um parecer técnico. Esse parecer será então submetido à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que poderá aprová-lo ou rejeitá-lo.

Hugo Motta cercado por parlamentares de oposição na Câmara
Hugo Motta após reassumir cadeira na Câmara – Divulgação
Confira abaixo os nomes dos deputados federais incluídos no documento oficial enviado à Corregedoria:

  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) – Líder do PL
  • Zucco (PL-RS) – Líder da oposição
  • Carlos Jordy (PL-RJ)
  • Nikolas Ferreira (PL-MG)
  • Caroline de Toni (PL-SC)
  • Marco Feliciano (PL-SP)
  • Domingos Sávio (PL-MG)
  • Zé Trovão (PL-SC)
  • Bia Kicis (PL-DF)
  • Paulo Bilynskyj (PL-SP)
  • Marcos Pollon (PL-MS)
  • Júlia Zanatta (PL-SC)
  • Marcel Van Hattem (Novo-RS) – Líder do Novo
  • Allan Garcês (PP-MA)

Possíveis punições aos parlamentares

Segundo o regimento da Câmara, os deputados denunciados podem enfrentar punições como suspensão temporária ou até cassação do mandato. No entanto, qualquer decisão final dependerá da tramitação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

O presidente do colegiado será responsável por designar um relator para cada caso. Esses relatores poderão propor punições alternativas, incluindo advertências ou suspensões com prazos específicos.

O processo de suspensão de mandato deverá ser votado em até três dias após o parecer da Corregedoria. Se aprovado, o afastamento do parlamentar terá efeito imediato. Deputados suspensos perdem o salário, além do acesso à cota parlamentar e verba de gabinete.

Apesar da denúncia do PL contra a deputada Camila Jara (PT-MS), que teria empurrado Nikolas Ferreira durante a confusão no plenário, seu nome não aparece no documento oficial enviado à Corregedoria. O PL havia solicitado a suspensão do mandato da parlamentar.

Fonte: DCM com informações do UOL

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Enquanto Trump lança guerra tarifária, café brasileiro vira febre na China

A Embaixada Chinesa no Brasil comemorou a relação diplomática entre os dois países

            Café (Foto: Mohammad Khursheed / Reuters)

Um dos principais itens das exportações brasileiras, o café terminou virando uma “febre" na China depois que o país asiático habilitou 183 novas empresas brasileiras a exportar o produto. Em postagem publicada nesta sexta-feira (8) pela rede social X, a Embaixada Chinesa no Brasil comentou sobre a relação entre os dois países.

“Do grão do café ao gingado da capoeira, do gole da cachaça ao arraiá da Festa Junina! Quem diria encontrar o Brasil assim… do outro lado do mundo?”, escreveu.

A habilitação das quase 200 empresas brasileiras a exportar para a China entrou em vigor em 30 de julho. A decisão do país asiático foi anunciada em um contexto de guerra comercial lançada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que aplicou um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras por conta do inquérito da trama golpista contra Jair Bolsonaro.

Outra razão não declarada por Trump para impor tarifas pesadas ao Brasil foi a expansão do BRICS, que em 2023 já representava cerca de 39% do PIB global (em paridade de poder de compra, a preços atuais).

O bloco, segundo informações do portal oficial do BRICS, concentra:

  • 24% do comércio internacional
  • 48,5% da população mundial
  • 36% da área terrestre do planeta
Além disso, os países membros dominam setores estratégicos como energia e mineração, detendo:

  • 72% das reservas mundiais de terras raras
  • 43,6% da produção global de petróleo
  • 36% do gás natural produzido no mundo
  • 78,2% da extração de carvão mineral (dados da Agência Internacional de Energia - IEA).
Fonte: Brasil 247

Lula dispara contra governador da oposição: "o maior inimigo nosso"

O presidente Lula citou o governador do Acre, Gladson Cameli, como um bom exemplo

          O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da SIlva lançou, nesta sexta-feira (8), fortes críticas ao governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, e lembrou ao dirigente estadual bolsonarista, do PL, partido de Jair Bolsonaro.

Em evento no Acre para o anúncio de 1 bilhão de reais em investimentos, o presidente destacou que não possui preconceitos partidários ou ideológicos, mas não deixou de reagir às atitudes hostis do governador extremista.

"Somos o governo que mais investiu no governo de Santa Catarina", disse Lula, ao destacar que "o governador é o maior inimigo nosso".

Já estados como o Acre "têm uma relação comigo muito antiga. Venho aqui há décadas, em solidariedade aos companheiros, como o Chico Mendes", disse Lula.

Ele também "prometeu continuar trabalhando pelo Acre e garantindo qualidade ao povo do estado".

O presidente Lula citou o governador do Acre, Gladson Cameli, como um bom exemplo e também elogiou a comunidade econômica e acadêmica do estado.

Fonte: Brasil 247

Os três bolsonaristas que podem ser suspensos após motim na Câmara


Motim de bolsonaristas na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem discutido aplicar punições contra bolsonaristas que participaram da ocupação da Mesa Diretora. O motim, protagonizado por parlamentares da oposição, interrompeu os trabalhos legislativos por cerca de 36 horas, entre terça (5) e quarta (6).

Entre os nomes que devem ser suspensos, três estão praticamente confirmados: Marcel van Hattem (Novo-RS), Marcos Pollon (PL-MS) e Zé Trovão (PL-SC). Segundo o Blog do Octavio Guedes no g1, integrantes da cúpula da Câmara afirmam que esses deputados tiveram participação direta e destacada na ação que paralisou o plenário.

Parlamentares que acompanharam a crise relatam Zé Trovão chegou a obstruir fisicamente o acesso de Motta à escada que leva à Mesa Diretora. Ele teria ainda consultado os colegas sobre permitir ou não a passagem. Marcos Pollon sentou-se na cadeira da presidência da Câmara, enquanto Van Hattem ocupou outra posição da Mesa.

O presidente da Casa e parlamentares acreditam que será possível individualizar suas condutas com base nas imagens e relatos. A Mesa Diretora ainda analisa qual será o tempo de suspensão aplicado, mas uma das possibilidades mais discutidas é a penalidade máxima prevista pelo regimento interno: seis meses sem prerrogativas parlamentares.

Os deputados federais bolsonaristas Marcel van Hattem (Novo-RS), Zé Trovão (PL-SC) e Marcos Pollon (PL-MS). Foto: Reprodução

O motim foi articulado por bolsonaristas em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a acusação de descumprimento de medidas cautelares e tentativa de obstrução de Justiça.

Durante a manifestação, os opositores impediram a realização de sessões deliberativas, interromperam votações importantes e colocaram a Casa em impasse político. A resistência gerou uma reação institucional de Motta, que passou a defender medidas pedagógicas contra os envolvidos.

Para retomar os trabalhos, o presidente da Câmara precisou negociar diretamente com os manifestantes, convencendo-os a deixar a Mesa e permitindo a retomada das sessões já na noite de quarta. No Senado, situação semelhante ocorreu, com resistência de parlamentares de oposição, embora em menor escala.

Fonte: DCM com informações do G1

VÍDEO – “Moraes garante a democracia no Brasil”, diz Lula ao detonar Trump e bolsonaristas


                      Lula defendendo Moraes em evento no Acre. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta sexta-feira (8) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que ele está “garantindo a democracia” no país. A declaração foi feita durante discurso em Rio Branco, no Acre, em referência ao senador Sérgio Petecão (PSD-AC). Lula também criticou o motim da extrema-direita, que ocupou as Mesas Diretoras do Senado e da Câmara, que protestaram contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Você, Petecão, não assine pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, porque ele está garantindo a democracia. Quem deveria ter o impeachment são esses deputados e senadores que ficam tentando fazer greve para não permitir que funcionem a Câmara e o Senado, verdadeiros traidores da pátria”, afirmou Lula logo após exigir respeito dos Estados Unidos, que recentemente ameaçou novas ações contra o ministro.

O motim buscava pressionar o Congresso a pautar a anistia a Bolsonaro e aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, além do impeachment de Moraes, responsável pela decisão judicial que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), recusou-se a dar andamento ao pedido de impeachment. Senadores alinhados a Bolsonaro tentam agora usar as 41 assinaturas obtidas em apoio à medida para pressionar Alcolumbre. Após dois dias de ocupação, ele retomou a mesa diretora na manhã de quinta-feira (7), permitindo a retomada das votações.

Petecão, citado por Lula, é o único senador acreano aliado ao governo. Os outros dois representantes do estado, Alan Rick e Márcio Bittar, ambos do União Brasil, apoiam Bolsonaro.

Durante o evento, Lula também criticou as tarifas impostas pelo presidente estadunidense Donald Trump sobre produtos brasileiros, que entraram em vigor na quarta-feira (6). “O presidente dos Estados Unidos aprenda a respeitar a soberania desse país”, disse.

O petista ainda fez críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), sem citar seu nome diretamente. “[Bolsonaro] mandou o filho dele para os Estados Unidos. Ele vai saber o que vai custar isso porque vai ter um processo. Esse moleque é traidor de 215 milhões de brasileiros”, disse.

No discurso, Lula também acusou o ex-presidente de ter “aberto uma lâmpada” da qual não saiu o “Aladim”, mas sim “o que tinha de podre nesse país para política”. Ele criticou o comportamento de parlamentares, afirmando que “deputado não faz mais discurso, pega o celular, grava a cara dele, fala bobagem e acha que está sendo deputado ou senador”.

Sobre 2026, Lula reiterou que pretende disputar a reeleição caso esteja com boa saúde. “Se eu tiver como estou hoje, aqueles crápulas não voltarão jamais a governar esse país”, declarou.

A agenda no Acre marca a primeira visita oficial do presidente ao estado neste mandato, com anúncio de investimentos federais de R$ 1,1 bilhão em infraestrutura, energia, educação e regularização fundiária.

Fonte: DCM

Lula chama Eduardo Bolsonaro de moleque: "Traidor de 215 milhões de brasileiros"

Presidente disse que "vai ter processo" contra deputado que articulou com autoridades estrangeiras para gerar prejuízos ao Brasil e chamou Jair de "chucro"

              O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - 08/08/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em discurso inflamado no Acre nesta sexta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) será processado por atuar contra os interesses do Brasil no exterior. Lula acusou o parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, de trair os 215 milhões de brasileiros ao incitar o governo dos Estados Unidos a impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, como parte da nova política protecionista do presidente norte-americano Donald Trump.

"[Jair Bolsonaro foi] um presidente ignorante e chucro, que agora mandou o filho aos EUA para pedir aos americanos darem um golpe nesse país. Ele vai saber o que vai custar isso, porque vai ter um processo", declarou Lula, durante cerimônia de anúncio de investimentos federais em infraestrutura, energia, educação e regularização fundiária no estado.

O presidente comparou Eduardo Bolsonaro a Joaquim Silvério dos Reis, conhecido por trair Tiradentes durante a Inconfidência Mineira: “Esse moleque é traidor de 215 milhões de brasileiros com o prejuízo que os EUA estão dando a esse país”, disparou.

Em sua fala, Lula fez duras críticas ao governo anterior, acusando Jair Bolsonaro de desinformação durante a pandemia e de ter promovido quatro anos de “mentiras, instigação do ódio e fake news”. “Um presidente que carrega nas costas metade dos mortos da Covid por ser irresponsável no trato da saúde. Dizer que quem toma vacina vira gay ou jacaré. Em pleno século XXI”, afirmou.

O presidente também defendeu a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu que o senador Petecão (PSD-AC) não apoie pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. “Ele está garantindo a democracia. Quem deveria ter o impeachment são esses deputados e senadores que ficam fazendo greve para não permitir que funcione o Congresso. Verdadeiros traidores da pátria”, criticou Lula, em referência às ações recentes de parlamentares bolsonaristas que obstruíram fisicamente as sessões legislativas.

BR-364, Minha Casa Minha Vida e apoio aos exportadores

Ao lado de ministros e outras autoridades, Lula anunciou a retomada de obras na BR-364, rodovia fundamental para o escoamento da produção do Acre. Também destacou os investimentos do programa Minha Casa, Minha Vida no estado: “Foram 9.356 casas contratadas no Acre. Na Faixa 1, foram 7.726. Quantas foram feitas no governo passado? Cadê a Minha Casa Verde Amarela?”, provocou.

Lula garantiu ainda que o governo federal irá proteger os empresários brasileiros impactados pelas tarifas impostas por Washington. “O governo brasileiro não quer ser mais do que ninguém, mas não quer ser menos do que ninguém. O presidente dos EUA que aprenda a respeitar a soberania desse país e do Judiciário brasileiro”, concluiu.

Fonte: Brasil 247

Moraes barra visita de Gustavo Gayer a Bolsonaro, que está em prisão domiciliar

Ministro do STF alegou que deputado é alvo de inquérito ligado a processos que envolvem o ex-mandatário

         Gustavo Gayer (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (8) um pedido do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar por descumprir decisões judiciais.

Na decisão, segundo o g1, Moraes destacou que Gayer figura como investigado em um procedimento que guarda relação com inquéritos ainda em curso contra Bolsonaro. Por determinação do STF, o ex-mandatário está proibido de manter contato com outros réus ou investigados, medida que também vale para intermediações por terceiros.

Esta foi a primeira solicitação de visita rejeitada desde que Moraes determinou, em 17 de julho de 2025, a prisão domiciliar de Bolsonaro. O ministro registrou de forma literal no despacho: "Em face da medida cautelar imposta ao custodiado Jair Bolsonaro pela decisão de 17/7/2025, consistente em proibição de comunicar-se com réus ou investigados em ações penais ou inquéritos conexos, inclusive por meio de terceiros, indefiro a autorização de visita para Gustavo Gayer Machado de Araújo, uma vez que é investigado na PET 12.042/DF", diz moraes na decisão.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Como está a saúde de Bolsonaro, segundo médicos que o visitaram


         O ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar. Foto: reprodução

Médicos autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), visitaram Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (8) e detalharam o quadro de saúde do ex-presidente. Segundo os especialistas, a região abdominal, onde ele foi esfaqueado em 2018, está estável após a última cirurgia, mas Bolsonaro enfrenta problemas como esofagite, uma inflamação no esôfago.

“O ex-presidente está tomando dois remédios para esofagite. Ele apresenta sintomas como azia, queimação, soluço e tosse. O que mais o incomoda é o soluço. Quando o refluxo aumenta, aumenta o soluço. Ele era um touro antes da facada e virou outra pessoa depois”, disse um dos médicos ao Metrópoles.

Outro profissional destacou que a maioria das internações do ex-presidente foi decorrente do atentado. “A faca estava contaminada e rasgou o intestino. A cada cirurgia, formam-se mais aderências. O abdômen não está normal, mesmo após as intervenções”, explicou. Os médicos também alertaram para a idade de Bolsonaro, que tinha 63 anos no ataque e hoje tem 70, exigindo cuidados redobrados.

Na quinta-feira (7), o STF permitiu que quatro médicos particulares avaliassem o ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar em Brasília. Moraes determinou ainda que a defesa informe com 24 horas de antecedência qualquer necessidade de internação.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Eduardo Bolsonaro rompe com Valdemar e toma decisão para 2026


           Eduardo Bolsonaro e Valdemar Costa Neto. Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidiu deixar o Partido Liberal até as eleições de 2026 e tem articulado a saída de outros parlamentares bolsonaristas da legenda. Ele está insatisfeito com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, e planeja enfraquecer a sigla ao longo dos próximos meses.

Segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, a ruptura ganhou força após novos atritos internos, especialmente durante a recente paralisação promovida pela ala bolsonarista no Congresso Nacional.

Aliados relatam Eduardo ficou irritado com informações de que Valdemar teria se posicionado contra a ocupação das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado por bolsonaristas, numa tentativa de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF).

A discordância veio à tona após Valdemar mostrar descontentamento com a estratégia adotada. Para Eduardo, o presidente do PL faz “jogo duplo” com a família Bolsonaro, mantendo acenos públicos de apoio enquanto, nos bastidores, agiria para enfraquecê-los politicamente.

Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação/PL

Na avaliação do deputado, o presidente do PL teria interesse em ver Jair Bolsonaro enfraquecido ou até mesmo preso, o que manteria a dependência do ex-presidente ao controle do partido.

O atrito entre Eduardo e Valdemar também envolve Duda Lima, marqueteiro ligado à cúpula do PL. O filho do ex-presidente acredita que conteúdos negativos contra ele, que circularam nas redes sociais recentemente, foram articulados ou incentivados por Duda com o aval de Valdemar.

Apesar da tensão, interlocutores de Valdemar afirmam que o dirigente não tentou barrar o motim no Congresso, mas que não é adepto desse tipo de mobilização. Ainda assim, após o ato, ele teria feito elogios públicos à atuação dos parlamentares, buscando minimizar os danos internos.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo