Fatia de mercado das montadoras chinesas na América Latina cresceu de 4,6% em 2013 para 21,2% em 2022, enquanto a fatia do Brasil caiu de 22,5% para 19,4%
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, expressou profunda preocupação com a "invasão" crescente de produtos asiáticos, notadamente da China, na América Latina. Durante a divulgação dos resultados da indústria automobilística na última terça-feira, Leite fez críticas contundentes à isenção do Imposto de Importação para veículos elétricos, vigente no Brasil desde 2015, e alertou para o declínio da competitividade da indústria brasileira nos mercados latino-americanos, segundo reportagem de Marli Olmos, do Valor.
O ponto central da crítica do presidente da Anfavea está na isenção do Imposto de Importação para carros 100% elétricos, que ele considera prejudicial à indústria local. Leite advoga por uma alíquota de 35%, acompanhada de cotas para veículos elétricos importados, alegando que isso protegeria a indústria automobilística nacional contra a concorrência estrangeira. Ele classificou a atuação das montadoras de carros chineses como "uma invasão" não apenas no mercado brasileiro, mas em toda a América Latina.