sábado, 9 de agosto de 2025

Van Hattem, que enfrenta punição na Câmara por motim, atropelou e matou mecânico

 

Deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS). Foto: Reprodução

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), bolsonarista no centro de uma possível punição por sua atuação no motim que paralisou a Câmara dos Deputados por 36 horas nesta semana, está envolvido em outro episódio trágico.

Em 2006, quando tinha 20 anos e era vereador em Dois Irmãos (RS), atropelou o mecânico Adair Wiest na BR-116, no município de Ivoti. A vítima entrou em coma e morreu sete meses depois, mas o inquérito policial não registrou o óbito, enquadrando o caso como lesão corporal.

Por causa dessa falha, o processo criminal prescreveu após cinco anos, sem responsabilização penal.

Van Hattem está entre os três parlamentares que devem ser suspensos pela Mesa Diretora da Câmara após a ocupação do plenário durante o motim que começou na segunda-feira (4) e terminou na quarta-feira (6).

Ridiculariou Motta ao se recusar a sair da cadeira de presidente da Casa. Vive berrando e atacando os ministros do STF, como seu ídolo Jair Bolsonaro.

Segundo Motta, as punições estão em discussão e devem ser individualizadas de acordo com a conduta de cada deputado.

Se o atropelamento tivesse sido enquadrado como homicídio, o prazo de prescrição seria de 20 anos. Em 2015, familiares da vítima participaram de uma reunião da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia gaúcha para pedir a investigação das razões pelas quais a apuração criminal não avançou.

Segundo a filha de Adair, Adane, van Hattem chegou a parar o carro para prestar socorro no momento do acidente e, ainda no mesmo dia, foi ao hospital acompanhado dos pais.

No entanto, após esse primeiro contato, a postura do parlamentar mudou completamente.

“Ele não nos procurou mais, disse que não podia ajudar e nem acionar o seguro do carro porque ele não foi o culpado, que meu pai que teria invadido a pista e que, por isso, ele teria atropelado meu pai. Não prestou nenhum auxílio. Na época eu não trabalhava, eu tinha 17 anos, meu irmão era menor (tinha 12 anos). A gente vendeu o que tinha e o que não tinha dentro de casa. Precisávamos de fralda e de óleo”, relatou Adane.

“Quantas vezes fomos conversar com o Marcel e ele prometia que ia ajudar e não ajudou. Nem visitar meu pai ele foi. Meu pai ficou em coma quase sete meses. Por quase três meses o pai ficou em um lar, porque o hospital não tinha mais o que fazer. Então, é como se tivesse que esperar ele acordar. Ele teve traumatismo craniano. Mandaram ele embora. A casa era um valor absurdo. Fomos conversar com o Marcel. Ele nem bola”.

Fonte: DCM

Após cinco dias preso, nenhum militar tentou visitar Bolsonaro

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conversa com militares. Foto: Reprodução

Preso há cinco dias em regime de prisão domiciliar, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nenhum militar pediu autorização para visitar Bolsonaro, o que sinaliza um afastamento cada vez mais evidente de antigos aliados da caserna, conforme informações do Globo.

Durante o período em que ocupou a Presidência, Bolsonaro se cercou de oficiais em cargos estratégicos e nas principais decisões do governo, mas hoje seu círculo é formado majoritariamente por políticos de partidos como PL, PP e Republicanos.

A distância começou a se intensificar no fim do mandato, ganhou força com as investigações da trama golpista e se consolidou após a prisão. Entre os antigos nomes de confiança, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, tornou-se delator e peça-chave no avanço das apurações contra o ex-presidente. Já o general da reserva Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de 2022, está preso no âmbito da mesma ação.

O general Luiz Eduardo Ramos, outro aliado próximo, se afastou no fim do governo e permanece distante, enquanto Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, é réu e impedido de manter contato com Bolsonaro.

Pelo menos 30 pessoas já o visitaram ou pediram autorização para entrar no condomínio no Jardim Botânico, área nobre de Brasília. Entre os que já estiveram com o ex-presidente estão o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, aguarda liberação judicial para a visita.

Movimentação na porta da casa de Bolsonaro após a decisão de Moraes
Movimentação na porta da casa de Bolsonaro, no condomínio do Jardim Botânico, área nobre de Brasília, após a decisão de Moraes. Foto: Cristiano Mariz

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que parentes próximos, como os filhos, entrem sem necessidade de pedido formal. Para os demais, a entrada só ocorre com o aval de Bolsonaro e despacho do ministro. Foi o caso do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que já visitou o pai. Moraes, no entanto, negou a solicitação do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), investigado no STF em processo sob sigilo.

A principal ponte de Bolsonaro com o mundo exterior tem sido a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela manteve alguns compromissos políticos ligados ao PL Mulher, mas reduziu a agenda e as viagens.

Em um grupo de WhatsApp, Michelle pediu orações “para fortalecimento” e manteve contato frequente com a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que também aguarda liberação para visitar o ex-presidente.

Outros nomes que solicitaram autorização incluem os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Zucco (PL-RS) e Júlia Zanatta (PL-SC), além dos senadores Marcos Pontes (PL-SP), Rogério Marinho (PL-RN) e Tereza Cristina (PP-MS). O senador Sergio Moro (União-PR) também deve encaminhar pedido para a visita nos próximos dias.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

VÍDEO: Kakay diz que Bolsonaro deve pegar no mínimo 30 anos de prisão


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, antes das prisão domiciliar. Foto: Reprodução

O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe, deve receber uma pena de, no mínimo, 30 anos de prisão. A declaração foi feita na última sexta-feira (8) durante o podcast Direito & Justiça.

“Não tem como ser menos do que isso, porque, como líder da organização criminosa, a pena evidentemente tem que ser agravada. A dosimetria será muito alta”, afirmou o advogado.

Kakay explicou que as penas são altas porque a definição dos crimes que serão denunciados é de responsabilidade do Ministério Público. “O Ministério Público Federal denunciou todos por cinco crimes. No Brasil, cada crime tem pena mínima e máxima. O Supremo tinha duas opções: absolver — o que seria um escândalo — ou condenar”, detalhou.

O advogado afirmou ainda não ver chances de que a prisão de Bolsonaro provoque comoção nacional e lembrou o caso do general Braga Netto, preso desde dezembro do ano passado, acusado de obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Lula (PT).

“Uma vez me falaram que, se o prendessem, o Brasil ia parar. O general, que foi vice-presidente, está preso desde dezembro. Ninguém mais sabe dele. E ele está preso hoje numa prisão militar, como determina a lei”, afirmou.

A prisão domiciliar de Bolsonaro também não altera os planos do Supremo Tribunal Federal (STF) de iniciar, em setembro, o julgamento da ação penal relacionada à tentativa de golpe de Estado.

O processo está na fase das alegações finais, última etapa antes de ser levado ao plenário da Primeira Turma da Corte, que será responsável pela análise do caso.

Fonte: DCM

Quem é o bolsonarista que se disse autista para fugir da punição no Congresso


                  O ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Marcos Pollon. Foto: reprodução

Supostamente representante de pessoas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Congresso, o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) emergiu como uma das figuras mais polêmicas e emblemáticas da bancada bolsonarista na Câmara.

Eleito em 2022 como o parlamentar mais votado do Mato Grosso do Sul, com 103.111 votos, ele é fundador do maior movimento armamentista do país, ex-professor universitário, aliado próximo da família Bolsonaro e, mais recentemente, autodeclarado autista após diagnóstico tardio em 2024.

Formado em Direito com especialização em agronegócio, Pollon começou sua carreira como professor na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em 2003. Fundou a Academia de Direito Processual e o Instituto Conservador do MS antes de se tornar um ativista pró-armas de destaque nacional.

Em 2020, criou a Associação Nacional Movimento Pró Armas (AMPA), hoje a maior organização do gênero no Brasil, que defende o direito ao porte legal de armas de fogo e a legítima defesa.

Sua estreia na política foi marcada pelo apoio explícito de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que participou do lançamento de sua candidatura. Eleito com votação expressiva, Pollon assumiu em 2023 a presidência estadual do PL, cargo do qual foi destituído em julho de 2024 após divergências sobre alianças partidárias e seu lançamento como pré-candidato à prefeitura de Campo Grande.

O bolsonarista ganhou notoriedade nacional como um dos principais defensores do PL 1904/2024, projeto que equipara o aborto após 22 semanas de gestação a homicídio simples, inclusive em casos de estupro. A proposta gerou intensa controvérsia por estabelecer penas mais severas para médicos que realizam o procedimento (de 5 a 18 anos de prisão) do que para estupradores (cuja pena varia de 6 a 10 anos).

“Estão distorcendo meu projeto. Defendo a vida desde a concepção e acredito que os profissionais de saúde devem responder criminalmente por interromperem gestações viáveis”, afirmou o deputado em suas redes sociais durante o auge das críticas.

Fonte: DCM

Batida entre ônibus e carreta deixa 11 mortos e mais de 40 feridos no MT

 

Batida entre ônibus e carreta deixa 11 mortos e mais de 40 feridos na BR-163, em Lucas do Rio Verde (MT). Foto: Reprodução

Uma batida entre um ônibus de turismo interestadual e uma carreta deixou 11 mortos e 46 feridos na BR-163, em Lucas do Rio Verde (MT), na noite de sexta-feira (8). O acidente ocorreu no km 648, próximo à comunidade São Cristóvão. O ônibus seguia para Sinop. A Polícia Civil investiga as causas da colisão.

Segundo a concessionária Nova Rota do Oeste, 26 vítimas estão em estado moderado, 12 em estado grave — incluindo o motorista da carreta — e oito tiveram ferimentos leves. A empresa de transportes Rio Novo, responsável pelo ônibus, lamentou o ocorrido e informou que enviou equipes para prestar apoio nos hospitais e no local. Também foi criado um canal exclusivo de atendimento a familiares.

Na manhã deste sábado (9), equipes da concessionária trabalham na remoção dos veículos e na limpeza da pista. O ônibus já foi reposicionado, mas a retirada da carreta segue em andamento devido à complexidade do trabalho e ao tamanho dos veículos. O trânsito permanece parcialmente interditado no trecho.

A BR-163 é considerada uma das rodovias mais perigosas do país: em 2024, foram registrados 1.304 acidentes no local, 65 deles com vítimas fatais, segundo dados da Via Brasil.

Confira:

Fonte: DCM

Apoio de Trump a Bolsonaro vai encarecer hambúrguer nos EUA, diz a Economist

 


A revista britânica The Economist avaliou que o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ex-presidente Jair Bolsonaro pode resultar em aumento de preços para consumidores americanos, inclusive no valor do hambúrguer.

Em artigo publicado na quinta-feira (7), intitulado “Até que ponto bater no Brasil é colocar EUA em primeiro lugar?”, a publicação afirma que as tarifas de 50% impostas a produtos brasileiros, como carne bovina e café, foram motivadas por razões políticas ligadas ao processo judicial contra Bolsonaro.

Segundo a revista, a medida contraria a própria diretriz anunciada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que orientou diplomatas a não interferirem em processos eleitorais estrangeiros.

No mesmo dia dessa instrução, Trump divulgou carta defendendo Bolsonaro e criticando o governo brasileiro, chamando-o de “regime censurador ridículo”. Duas semanas depois, as tarifas foram anunciadas, enquanto Rubio usou a Lei Magnitsky para sancionar o juiz do caso.

A Economist destacou que os Estados Unidos mantêm superávit comercial com o Brasil há mais de uma década e que exportadores brasileiros podem redirecionar rapidamente suas vendas para outros mercados. Para a revista, a política externa de Trump combina nacionalismo com ações intervencionistas seletivas, moldadas por interesses e afinidades políticas.

O texto conclui que, se as tarifas levarem a um aumento no preço de produtos como hambúrgueres, os americanos poderão questionar se a política de “America First” realmente serve aos interesses internos ou se está sendo usada para proteger aliados políticos de Trump no exterior.

Fonte: DCM

OAB-SP vê possível violação do ECA por Zanatta ao usar bebê como escudo humano


A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) com bebê de 4 meses no colo durante motim bolsonarista na Câmara. Foto: Wilton Júnior


Há indícios de que a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) violou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao levar sua filha de 4 meses para o motim bolsonarista na Câmara dos Deputados nesta semana. A avaliação é de Thaís Dantas, presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente da OAB-SP, que defende a apuração do caso. Com informações do UOL.

Segundo a advogada, a Câmara deve ser um espaço acolhedor para crianças e adolescentes, mas, no caso de Zanatta, a bebê teria sido “utilizada como objeto” e não tratada como sujeito de direitos.

“O mais importante é olhar para uma criança ou um bebê como um indivíduo, um sujeito de direitos. Esse caso está tendo uma cor muito politizada. Trata-se de um alerta de que há indícios de que a criança foi tratada como um objeto e não como um sujeito”, afirmou.

Zanatta chegou a admitir nas redes sociais que usou a bebê como “escudo humano” durante a ocupação da Mesa Diretora, mas depois disse que a levou apenas por estar em “idade de amamentação”. Após o episódio, o deputado Reimont (PT-RJ) acionou o Conselho Tutelar pedindo providências.


Para Thaís, ao menos seis artigos do ECA podem ser aplicados ao caso, como o artigo 17, que trata da preservação da imagem, identidade e autonomia da criança.

A presidente da comissão ressaltou que, embora mães e pais dividam a responsabilidade pelo cuidado, é preciso investigar se houve risco à criança.

“Há indícios de violação do ECA que precisam ser apurados para que a criança não fique ainda mais vulnerabilizada. A situação precisa ser apurada para que eventuais medidas de responsabilização sejam condizentes”, concluiu.

Fonte: DCM com informações do UOL

Feminista brasileira consegue asilo na Europa após processo movido por Erika Hilton

       Isabella Cêpa

A militante feminista brasileira Isabella Cêpa obteve asilo político em um país do Leste Europeu após ser processada por transfobia pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).

O caso começou em 2020, quando Isabella publicou nas redes sociais críticas à eleição de Hilton para a Câmara Municipal de São Paulo, afirmando que a mulher mais votada da cidade “era um homem”, em referência ao fato de Erika ser uma mulher trans. A declaração está alinhada ao chamado “feminismo radical”, ou radfem, corrente que não reconhece a identidade de gênero de pessoas trans.

A repercussão das postagens ampliou a exposição de Isabella, que passou a enfrentar processos judiciais. Erika Hilton ingressou com ação por transfobia, enquadrada na Lei de Racismo (Lei 7.716/1989). Nesse período, Isabella deixou o Brasil, circulou por diferentes países europeus e formalizou um pedido de proteção internacional.

A Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA) concluiu o processo em cerca de um mês. Por razões de segurança, o país que concedeu o asilo não foi revelado.

Enquanto isso, a disputa judicial teve mudanças. A Justiça Estadual arquivou o caso a pedido do Ministério Público Federal, mas a investigação foi reaberta no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria do ministro Gilmar Mendes. O processo aguarda manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Fonte: DCM

VÍDEO: Obra do governo Lula é exibida pelo PL atribuída a Bolsonaro no Ceará

Cisterna instalada no município de Martinópole, no Ceará, com a logomarca do governo Lula. Foto: Reprodução

Uma publicação nas redes sociais do Partido Liberal (PL) do Ceará, exibiu uma obra com logomarcas da terceira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do programa Novo PAC. O vídeo, divulgado nesta semana, mostra uma cisterna instalada no município de Martinópole, no interior do Ceará.

O material, no entanto, atribui a execução da obra ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A propaganda afirma que a iniciativa fez parte de ações da gestão anterior para ampliar o acesso à água na região Nordeste.

Nas imagens, aparecem moradores da cidade relatando benefícios obtidos com o reservatório. A mensagem veiculada pelo PL afirma que foram investidos mais de R$ 470 milhões no município para garantir fornecimento de água, estimular a produção agrícola e melhorar a qualidade de vida da população local.

O vídeo reforça a narrativa de que o projeto teria sido conduzido pelo governo Bolsonaro. A peça publicitária diz que a iniciativa “levou água e dignidade ao povo nordestino, garantindo condições para plantar, criar e cuidar da família com respeito e esperança no futuro”.

A Casa Civil do governo Lula contesta a versão apresentada. Integrantes da pasta afirmam que a obra mostrada nas imagens foi executada em 2023, já durante a atual gestão, como parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento.

O vídeo também destaca, visualmente, as marcas do governo Lula e do Novo PAC na estrutura da cisterna. Essas identificações oficiais aparecem nas laterais do reservatório mostrado nas imagens. A assessoria do PL foi procurada pela reportagem do Metrópoles para comentar a origem da obra e a atribuição feita na propaganda, mas não houve resposta.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

The Economist: tarifaço de Trump é mais latido que mordida e Lula agiu com firmeza


                              Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: reprodução

A revista britânica The Economist avaliou que as tarifas de 50% impostas por Donald Trump ao Brasil têm mais efeito político do que econômico e que o país “pode ter evitado o pior — por enquanto”.

Segundo a publicação, o tarifaço anunciado em 6 de agosto é uma retaliação ligada à situação jurídica de Jair Bolsonaro, e não a questões comerciais. O caso brasileiro é citado como o exemplo mais claro de Trump usando o comércio como ferramenta de pressão sobre outro país.

O impacto econômico, no entanto, tende a ser limitado. Quase 700 produtos, incluindo aviões, petróleo, celulose e suco de laranja, foram isentados da tarifa, mas itens como café, carne e frutas continuam sujeitos à alíquota cheia.

Atualmente, apenas 13% das exportações brasileiras vão para os Estados Unidos — bem menos que há 20 anos —, enquanto a participação da China subiu para 28%. O país exporta relativamente pouco em relação ao PIB, o que também reduz o alcance da medida.

A revista aponta que Lula reagiu com firmeza ao afirmar que o Brasil não será “tutelado” por um “imperador”, mas adotou estratégia diplomática, articulando com empresas brasileiras e parceiras nos EUA para obter as isenções. Para a Economist, Lula pode se beneficiar politicamente por ser alvo de Trump, mas deve evitar transformar a questão em um confronto maior.

O maior risco, segundo a análise, está nos próximos passos. Lula indicou que discutirá com outros membros do BRICS formas de reagir às tarifas, o que poderia escalar para uma guerra comercial. Trump já chamou o grupo de “antiamericano” e ameaçou novas tarifas de 10% sobre produtos de seus integrantes.

Fonte: DCM

Deputado bolsonarista diz ser autista para evitar suspensão na Câmara após motim

 

O deputado federal bolsonarista Marcos Pollon (PL-SC). Foto: Reprodução

O deputado bolsonarista Marcos Pollon (PL-SC) afirmou que é autista e que não compreendeu o que acontecia durante o motim que paralisou a Câmara dos Deputados por mais de 30 horas, tentando, assim, evitar uma possível suspensão de mandato.

A declaração foi feita nas redes sociais após ele entrar na lista de parlamentares que podem ser punidos pelo Conselho de Ética. O episódio ocorreu na última quarta-feira (6), quando o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tentou retomar a cadeira para conduzir a sessão.

Pollon e Marcel van Hattem (Novo-RS) foram os últimos a deixar o espaço. “Estão dizendo que ele (Marcel) sentou na cadeira do Hugo Motta e que me incentivou a ficar lá. Isso é mentira. Olhem as imagens. Eu sou autista e não estava entendendo o que estava acontecendo ali naquele momento”, disse o deputado.

Em vídeo, é possível ouvir Pollon dizer ao colega: “Eu não entendi. Não vou sair”. Segundo ele, chamou Van Hattem para orientá-lo e garantir que o combinado sobre a desocupação fosse cumprido.

“Eu sentei na cadeira do Hugo Motta e ele sentou ao meu lado, pois é uma pessoa em quem eu confio. E falei: ‘Me orienta’, pois, pelo que nós combinamos, haveria um rito para a desocupação do espaço e esse combinado não foi cumprido. Nós desceríamos antes que o presidente subisse”, relatou Pollon.

Ele disse que Marcel estava “como uma pessoa para dar suporte para um autista”, mas admitiu que havia um acordo para não deixar o local sem uma resposta à pauta da anistia aos golpistas do 8 de janeiro. “Só sairia dali quando tivéssemos uma resposta positiva para as vítimas do 8 de janeiro”, declarou.


Após o episódio na Câmara, Hugo Motta indicou que pedirá a suspensão, por até seis meses, de Pollon, Van Hattem, Zé Trovão (PL-SC) e Júlia Zanatta (PL-SC). Outros deputados envolvidos também serão analisados pelo Conselho de Ética.

Dias antes do motim bolsonarista, Pollon chamou Motta de “bosta” e “baixinho de um metro e sessenta” durante manifestação em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Mato Grosso do Sul. Na ocasião, também atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: DCM

Motta denuncia 14 deputados bolsonaristas por motim no Congresso


            Parlamentares de oposição durante obstrução na Câmara dos Deputados – Divulgação

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à Corregedoria Parlamentar as denúncias contra 14 deputados federais envolvidos no episódio de tumulto no plenário da Casa. O caso poderá resultar em suspensão ou cassação de mandato parlamentar. Com informações do UOL.

A maioria dos parlamentares denunciados pertence ao Partido Liberal (PL), incluindo seu líder na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Também aparecem na lista um deputado do Progressistas (PP) e o líder do partido Novo, Marcel Van Hattem (RS).

A deputada Camila Jara (PT-MS), alvo de denúncia do PL por supostamente ter empurrado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a confusão no plenário, não consta oficialmente entre os nomes encaminhados à Corregedoria.

A Corregedoria Parlamentar é o órgão interno responsável por avaliar a conduta dos deputados federais. O atual corregedor, Diego Coronel (PSD-BA), será o encarregado de analisar cada um dos casos e elaborar um parecer técnico. Esse parecer será então submetido à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que poderá aprová-lo ou rejeitá-lo.

Hugo Motta cercado por parlamentares de oposição na Câmara
Hugo Motta após reassumir cadeira na Câmara – Divulgação
Confira abaixo os nomes dos deputados federais incluídos no documento oficial enviado à Corregedoria:

  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) – Líder do PL
  • Zucco (PL-RS) – Líder da oposição
  • Carlos Jordy (PL-RJ)
  • Nikolas Ferreira (PL-MG)
  • Caroline de Toni (PL-SC)
  • Marco Feliciano (PL-SP)
  • Domingos Sávio (PL-MG)
  • Zé Trovão (PL-SC)
  • Bia Kicis (PL-DF)
  • Paulo Bilynskyj (PL-SP)
  • Marcos Pollon (PL-MS)
  • Júlia Zanatta (PL-SC)
  • Marcel Van Hattem (Novo-RS) – Líder do Novo
  • Allan Garcês (PP-MA)

Possíveis punições aos parlamentares

Segundo o regimento da Câmara, os deputados denunciados podem enfrentar punições como suspensão temporária ou até cassação do mandato. No entanto, qualquer decisão final dependerá da tramitação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

O presidente do colegiado será responsável por designar um relator para cada caso. Esses relatores poderão propor punições alternativas, incluindo advertências ou suspensões com prazos específicos.

O processo de suspensão de mandato deverá ser votado em até três dias após o parecer da Corregedoria. Se aprovado, o afastamento do parlamentar terá efeito imediato. Deputados suspensos perdem o salário, além do acesso à cota parlamentar e verba de gabinete.

Apesar da denúncia do PL contra a deputada Camila Jara (PT-MS), que teria empurrado Nikolas Ferreira durante a confusão no plenário, seu nome não aparece no documento oficial enviado à Corregedoria. O PL havia solicitado a suspensão do mandato da parlamentar.

Fonte: DCM com informações do UOL

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Enquanto Trump lança guerra tarifária, café brasileiro vira febre na China

A Embaixada Chinesa no Brasil comemorou a relação diplomática entre os dois países

            Café (Foto: Mohammad Khursheed / Reuters)

Um dos principais itens das exportações brasileiras, o café terminou virando uma “febre" na China depois que o país asiático habilitou 183 novas empresas brasileiras a exportar o produto. Em postagem publicada nesta sexta-feira (8) pela rede social X, a Embaixada Chinesa no Brasil comentou sobre a relação entre os dois países.

“Do grão do café ao gingado da capoeira, do gole da cachaça ao arraiá da Festa Junina! Quem diria encontrar o Brasil assim… do outro lado do mundo?”, escreveu.

A habilitação das quase 200 empresas brasileiras a exportar para a China entrou em vigor em 30 de julho. A decisão do país asiático foi anunciada em um contexto de guerra comercial lançada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que aplicou um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras por conta do inquérito da trama golpista contra Jair Bolsonaro.

Outra razão não declarada por Trump para impor tarifas pesadas ao Brasil foi a expansão do BRICS, que em 2023 já representava cerca de 39% do PIB global (em paridade de poder de compra, a preços atuais).

O bloco, segundo informações do portal oficial do BRICS, concentra:

  • 24% do comércio internacional
  • 48,5% da população mundial
  • 36% da área terrestre do planeta
Além disso, os países membros dominam setores estratégicos como energia e mineração, detendo:

  • 72% das reservas mundiais de terras raras
  • 43,6% da produção global de petróleo
  • 36% do gás natural produzido no mundo
  • 78,2% da extração de carvão mineral (dados da Agência Internacional de Energia - IEA).
Fonte: Brasil 247

Lula dispara contra governador da oposição: "o maior inimigo nosso"

O presidente Lula citou o governador do Acre, Gladson Cameli, como um bom exemplo

          O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da SIlva lançou, nesta sexta-feira (8), fortes críticas ao governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, e lembrou ao dirigente estadual bolsonarista, do PL, partido de Jair Bolsonaro.

Em evento no Acre para o anúncio de 1 bilhão de reais em investimentos, o presidente destacou que não possui preconceitos partidários ou ideológicos, mas não deixou de reagir às atitudes hostis do governador extremista.

"Somos o governo que mais investiu no governo de Santa Catarina", disse Lula, ao destacar que "o governador é o maior inimigo nosso".

Já estados como o Acre "têm uma relação comigo muito antiga. Venho aqui há décadas, em solidariedade aos companheiros, como o Chico Mendes", disse Lula.

Ele também "prometeu continuar trabalhando pelo Acre e garantindo qualidade ao povo do estado".

O presidente Lula citou o governador do Acre, Gladson Cameli, como um bom exemplo e também elogiou a comunidade econômica e acadêmica do estado.

Fonte: Brasil 247

Os três bolsonaristas que podem ser suspensos após motim na Câmara


Motim de bolsonaristas na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem discutido aplicar punições contra bolsonaristas que participaram da ocupação da Mesa Diretora. O motim, protagonizado por parlamentares da oposição, interrompeu os trabalhos legislativos por cerca de 36 horas, entre terça (5) e quarta (6).

Entre os nomes que devem ser suspensos, três estão praticamente confirmados: Marcel van Hattem (Novo-RS), Marcos Pollon (PL-MS) e Zé Trovão (PL-SC). Segundo o Blog do Octavio Guedes no g1, integrantes da cúpula da Câmara afirmam que esses deputados tiveram participação direta e destacada na ação que paralisou o plenário.

Parlamentares que acompanharam a crise relatam Zé Trovão chegou a obstruir fisicamente o acesso de Motta à escada que leva à Mesa Diretora. Ele teria ainda consultado os colegas sobre permitir ou não a passagem. Marcos Pollon sentou-se na cadeira da presidência da Câmara, enquanto Van Hattem ocupou outra posição da Mesa.

O presidente da Casa e parlamentares acreditam que será possível individualizar suas condutas com base nas imagens e relatos. A Mesa Diretora ainda analisa qual será o tempo de suspensão aplicado, mas uma das possibilidades mais discutidas é a penalidade máxima prevista pelo regimento interno: seis meses sem prerrogativas parlamentares.

Os deputados federais bolsonaristas Marcel van Hattem (Novo-RS), Zé Trovão (PL-SC) e Marcos Pollon (PL-MS). Foto: Reprodução

O motim foi articulado por bolsonaristas em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a acusação de descumprimento de medidas cautelares e tentativa de obstrução de Justiça.

Durante a manifestação, os opositores impediram a realização de sessões deliberativas, interromperam votações importantes e colocaram a Casa em impasse político. A resistência gerou uma reação institucional de Motta, que passou a defender medidas pedagógicas contra os envolvidos.

Para retomar os trabalhos, o presidente da Câmara precisou negociar diretamente com os manifestantes, convencendo-os a deixar a Mesa e permitindo a retomada das sessões já na noite de quarta. No Senado, situação semelhante ocorreu, com resistência de parlamentares de oposição, embora em menor escala.

Fonte: DCM com informações do G1