terça-feira, 5 de agosto de 2025

Vice bolsonarista da Câmara ameaça votar anistia se Motta sair do país


           O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Cortês. Foto: Divulgação

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Cortês (PL-RJ), afirmou nesta terça-feira (5) que pretende colocar em votação o projeto de anistia que livraria Jair Bolsonaro da prisão. A declaração foi feita um dia após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a prisão domiciliar do ex-presidente.

Se efetivamente assumir a presidência da Casa em caráter temporário, Altineu prometeu usar a “presidência plena” para colocar a proposta em plenário, mesmo sem aval do presidente em exercício, Hugo Motta (Republicanos-PB). A fala dele representa uma quebra de compromisso, que havia condicionado sua indicação à vice-presidência à promessa de não pautar matérias sem autorização prévia.

O deputado do PL ignorou o acordo, o que foi interpretado como uma ameaça à condução política da Câmara. Motta ainda não se manifestou sobre a declaração e segue na Paraíba, com previsão de chegada a Brasília apenas à noite. A assessoria do parlamentar foi procurada, mas não se pronunciou até o momento.

A movimentação da bancada bolsonarista acentuou a tensão no Congresso Nacional. O PL iniciou uma obstrução parlamentar para travar votações e funcionamento das comissões. O líder da sigla na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), foi enfático: “Não haverá paz no Brasil”.

Ele afirmou que o partido está em “guerra total” e utilizará todos os instrumentos regimentais para pressionar o Legislativo a aprovar suas pautas. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no entanto, disse que a decisão não partiu de sua família.

O Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Foto: Divulgação
Nos bastidores, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, intensificou articulações com dirigentes do União Brasil e Progressistas para ampliar o apoio à obstrução. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também foi acionado para influenciar o deputado Marcos Pereira (SP), presidente do seu partido, e garantir adesão ao movimento bolsonarista.

Durante entrevista coletiva da oposição, parlamentares reforçaram propostas já apresentadas em outros momentos. Repetindo o discurso do ato bolsonarista de fevereiro, o grupo voltou a defender a anistia para investigados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro, o fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Nenhuma dessas medidas avançou no Congresso desde então.

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição, criticou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), por não recebê-lo para discutir as pautas da direita. Segundo o parlamentar, ele se comporta como um aliado do Planalto e “ignora a oposição”, o que, na visão dele, compromete o equilíbrio institucional.

Ele ressaltou que cabe ao presidente do Senado decidir se algum dos 28 pedidos de impeachment contra Moraes terá prosseguimento. A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada após o ex-presidente desrespeitar medidas cautelares impostas pelo STF, incluindo a proibição de uso de redes sociais próprias ou de terceiros.

No domingo (3), Flávio divulgou um áudio do pai durante manifestação na orla de Copacabana, o que foi interpretado como descumprimento direto da ordem judicial. A publicação chegou a ser apagada, mas já havia circulado amplamente. Com base nessa violação, Moraes determinou o recolhimento domiciliar de Bolsonaro e advertiu que uma nova infração poderá resultar em prisão preventiva.

Fonte: DCM

Prisão domiciliar de Bolsonaro faz Trump mirar esposa de Moraes


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, iniciou discussões para aplicar sanções à esposa do magistrado, a advogada Viviane Barci de Moraes. A medida faz parte de um pacote de retaliações em avaliação pela Casa Branca.

Segundo a coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles, Trump também avalia a ampliação do tarifaço ao Brasil, sanções com base na Lei Magnitsky a outros integrantes do STF e a suspensão de vistos de juízes auxiliares da Corte, membros da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República e políticos com vínculos diretos com o Supremo.

As possíveis sanções à esposa de Moraes são, até o momento, o ponto mais concreto da ofensiva. Viviane pode ser diretamente impactada por uma eventual inclusão nas sanções, o que prejudicaria seu escritório de advocacia ao proibir contratos com empresas e cidadãos americanos ou qualquer parceiro comercial com vínculos nos Estados Unidos.

A Casa Branca enxerga essa ação como uma extensão lógica das punições aplicadas anteriormente ao próprio Moraes.

Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes. Foto: Reprodução
A ideia de um novo tarifaço ao Brasil também está na mesa, mas encontra resistência entre bolsonaristas. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo, que participam das negociações em Washington, tentam evitar a adoção de tarifas mais severas, temendo consequências econômicas que prejudiquem o próprio campo político aliado a Trump no Brasil.

Ambos também trabalham para evitar que mais ministros do STF sejam punidos pela Lei Magnitsky neste momento. A estratégia defendida por Eduardo e Figueiredo é aguardar o desfecho da ação penal contra Bolsonaro: se houver condenação, eles consideram que novas sanções ganham justificativa mais forte e podem ser usadas como instrumento de pressão.

Apesar das articulações, fontes da própria Casa Branca afirmam que Trump pode decidir sozinho pela imposição de novas medidas, inclusive de forma inesperada.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

PP e União Brasil aderem à obstrução no Congresso em apoio a Bolsonaro

Partidos com ministérios no governo Lula se unem ao PL para travar votações em reação à prisão domiciliar do ex-presidente

        Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Adriano Machado / Reuters)

Em matéria publicada pelo Valor Econômico nesta terça-feira (5), o presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), anunciou que seu partido e o União Brasil aderirão à estratégia de obstrução das votações no Congresso Nacional. A decisão acompanha a iniciativa liderada pelo PL e parlamentares da oposição, que reagem à determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar prisão domiciliar para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A movimentação expõe um conflito direto com o Palácio do Planalto, já que PP e União ocupam, juntos, quatro ministérios na atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida revela um tensionamento na frágil base de apoio congressual do governo e fragiliza ainda mais a governabilidade petista em meio ao segundo semestre legislativo.

“Vamos sim aderir à obstrução”, afirmou Ciro Nogueira aos jornalistas. O senador esteve reunido, pela manhã, com o presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, e com Valdemar Costa Neto, dirigente do PL, para alinhar uma reação conjunta à decisão do STF.

Além da obstrução, Ciro indicou que PP e União devem apoiar a tramitação de um projeto de lei que anistie os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando extremistas bolsonaristas atacaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

Apesar das articulações, Rueda não respondeu ao Valor até o fechamento da matéria, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tampouco se manifestou. Ainda não havia confirmação de sua presença no Senado para tentar abrir a sessão plenária da tarde, após o chamado “recesso branco” do meio do ano.

Entre as prioridades estabelecidas pelos oposicionistas na entrevista coletiva desta terça estão, além da votação da anistia, o andamento do projeto que extingue o foro privilegiado e a abertura de processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247

Parlamentares de extrema direita do PL invadem mesas da Câmara e do Senado após prisão de Bolsonaro

Após ameaçarem obstruir a pauta do Congresso, extrema direita parte para o ataque, denunciou o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias

           Plenário da Câmara (Foto: Bruno Spada/Ag. Câmara )

Parlamentares bolsonaristas do PL invadiram as mesas da Câmara e do Senado, nesta terça-feira (5), após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada na véspera pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A informação foi divulgada pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Casa, por meio das redes sociais. Ele detalhou, na postagem:

"Exigem anistia ampla a golpistas e impeachment de Moraes. Não é protesto, é chantagem".

Farias também condenou a tentativa de obstrução por parte do PL e forças oposicionistas, e as ameaças proferidas pela legenda de Bolsonaro, que é réu por liderar a trama golpista.

"Querem sequestrar o Parlamento, paralisar o Brasil e impedir votações como a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Tudo isso para salvar Bolsonaro. A rendição à barbárie é inegociável", escreveu.

Ele também cobrou os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP): "É hora de Hugo Motta, Alcolumbre e os líderes democratas reagirem com firmeza. O Congresso não pode ser refém de quem ataca a democracia!".

Os deputados retomaram as votações no plenário do Congresso nesta semana, após o recesso.

Fonte: Brasil 247

Em recado a Bolsonaro, ex-presidente da OAB defende “bala na nuca” por traição à democracia


      Publicação de Felipe Santa Cruz em suas redes sociais. Foto: Divulgação

O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, voltou aos holofotes após uma publicação polêmica em sua conta no X (antigo Twitter). Em resposta a um usuário que questionava a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, ele afirmou que, em seu “mundo ideal”, a pena para traição aos princípios democráticos seria “pena de morte com bala na nuca”.

Na mesma publicação, Santa Cruz celebrou a medida judicial com uma mensagem contundente: “Hoje é um dia de festa! Esse merda que matou tantos na pandemia está preso. Que os mortos o assombrem”. A declaração gerou forte repercussão nas redes sociais e reacendeu o histórico de confrontos entre ele e Bolsonaro.

Os dois protagonizaram embates públicos desde 2019, quando Santa Cruz acionou o STF após Bolsonaro mencionar o desaparecimento de seu pai durante a ditadura militar. O caso remonta a declarações feitas pelo ex-presidente, sobre Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, pai do ex-dirigente da OAB, desaparecido em 1974.

Na época, Bolsonaro chegou a afirmar que poderia contar “a verdade” sobre o desaparecimento, sugerindo que não se tratava de um crime de Estado, o que motivou Santa Cruz a acionar a Justiça. O líder da extrema-direita também atacou a OAB em outras ocasiões, especialmente em relação à atuação da entidade no caso de Adélio Bispo, autor da facada durante a campanha de 2018.

Fonte: DCM

PARANÁ: Repasses estaduais aos municípios crescem 10% em julho e chegam a R$ 1,1 bilhão


O valor é também 5,4% superior ao que o Estado encaminhou às 399 cidades paranaenses no mesmo período do ano passado. Em julho de 2024, foi destinado R$ 1,06 bilhão, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa).

Repasses estaduais aos municípios crescem 10% em julho e chegam a R$ 1,1 bilhão - Na foto, Toledo  (Foto: Gabriel Rosa/AEN)

O Governo do Paraná transferiu mais de R$ 1,12 bilhão aos municípios ao longo do mês de julho. O valor representa um crescimento de quase 10% em comparação com o mês anterior, quando foi repassado R$ 1,02 bilhão.

O valor é também 5,4% superior ao que o Estado encaminhou às 399 cidades paranaenses no mesmo período do ano passado. Em julho de 2024, foi destinado R$ 1,06 bilhão, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). Assim, em um ano, a transferência aumentou em mais de 57,7 milhões.

A maior parte dos recursos repassados em julho de 2025 teve origem no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que rendeu R$ 984,6 milhões, sendo essa a principal fonte de receita do Estado.

O pagamento das parcelas do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2025 correspondeu a R$ 128,4 milhões do total repassado. De acordo com a legislação, metade do valor arrecadado com o tributo é destinado aos municípios de emplacamento dos veículos.

Além disso, os repasses de julho também contaram com R$ 11,6 milhões provenientes do Fundo de Exportação e R$ 576,5 mil dos royalties do petróleo.

Os repasses são oriundos de transferências constitucionais e integram as receitas públicas correntes, podendo ser utilizados pelas prefeituras em áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e transporte.

LEGISLAÇÃO – As transferências de recursos são feitas de acordo com o Índice de Participação dos Municípios (IPM), seguindo as normas constitucionais. Esses índices são calculados anualmente, considerando uma série de critérios estabelecidos pelas leis estaduais.

Os valores destinados a cada um dos municípios, assim como seu detalhamento, podem ser acessados no Portal da Transparência.

Confira as 10 cidades que mais receberam repasses em julho de 2025:

1. Curitiba (R$ 113,6 milhões)

2. Araucária (R$ 64,8 milhões)

3. São José dos Pinhais (R$ 41,9 milhões)

4. Londrina (R$ 31,8 milhões)

5. Ponta Grossa (R$ 28,8 milhões)

6. Maringá (R$ 28,6 milhões)

7. Cascavel (R$ 25,8 milhões)

8. Foz do Iguaçu (R$ 21,4 milhões)

9. Toledo (R$ 18,9 milhões)

10. Guarapuava (R$ 16,1 milhões)

Fonte: AEN

Ministros do STF defendem decisão de Moraes de prender Bolsonaro e preveem “tensão e pancadaria” até o final de 2026

Ministros avaliam que Moraes ficaria desmoralizado caso não reagisse ao descumprimento das medidas cautelares

        Alexandre de Moraes (Foto: Victor Piemonte/STF)

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) ampliou o clima de instabilidade entre os Poderes e gerou apreensão dentro do próprio STF. Segundo o g1, ministros da Corte preveem um cenário de “tensão e pancadaria” até novembro de 2026, quando se encerram as eleições presidenciais.

A avaliação de integrantes do Supremo é de que Moraes não teria outra alternativa após Bolsonaro descumprir medidas cautelares impostas anteriormente — entre elas, a proibição de participar de manifestações públicas e a divulgação de mensagens, ainda que por meio de terceiros, nas redes sociais. A atitude do ex-presidente foi interpretada como uma provocação direta e, caso Moraes não reagisse, ficaria desmoralizado.

“Eles querem amassar o STF e jogá-lo no canto do ringue”, afirmou um ministro do Supremo. Apesar de a maioria dos ministros concordar que houve provocação, alguns avaliaram que Bolsonaro não chegou a fazer declarações graves o suficiente que justificassem uma resposta tão contundente. Mesmo assim, prevaleceu o entendimento de que a autoridade de Moraes estaria em risco caso não houvesse reação.

Pressão dos EUA - O Departamento do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu uma nota criticando a decisão de Moraes. A declaração foi interpretada como um gesto de apoio ao ex-presidente brasileiro e, segundo interlocutores do STF, foi além ao sinalizar uma ameaça aos ministros que vierem a referendar a decisão do relator.

Até o momento, a decisão de Moraes não precisa ser validada pela Primeira Turma do STF, mas aliados de Bolsonaro já articulam para forçar essa análise. O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, afirmou que recorrerá para levar a decisão ao colegiado, colocando os demais ministros sob pressão política — inclusive com eventual influência do ex-presidente americano Donald Trump.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Governo dos EUA já previa prisão domiciliar de Bolsonaro


     Jair Bolsonaro e Donald Trump. Foto: reprodução

A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada na segunda-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já estava prevista em planos do governo dos Estados Unidos.

Segundo o colunista Lourival Sant’Anna, da CNN, o Departamento de Estado norte-americano elaborou com antecedência um roteiro de ações políticas e diplomáticas a serem adotadas em resposta a cada nova medida imposta pelo STF ou pelo Palácio do Planalto.

De acordo com Lourival, esse plano vinha sendo preparado havia pelo menos duas semanas. As sanções previstas incluem a ampliação da aplicação da Lei Magnitsky — já utilizada contra Moraes — para atingir outros ministros do Supremo que votaram a favor de restrições a Bolsonaro e ao uso de redes sociais.

As punições preveem bloqueio de bens nos Estados Unidos, inclusive em bancos, e podem alcançar instituições associadas aos alvos das medidas.

Além das ações jurídicas, o governo Trump considera a retirada de vistos de entrada para autoridades do primeiro escalão do governo Lula, excetuando o próprio presidente, a primeira-dama Janja da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Um endurecimento maior poderia afetar também a embaixadora brasileira em Washington e até os brasileiros em geral, com a imposição de uma taxa de US$ 500 para renovação de vistos ou mesmo a suspensão temporária de concessões.

Segundo Sant’Anna, o presidente Donald Trump enxerga paralelos entre o tratamento judicial sofrido por Bolsonaro e os processos que ele próprio enfrentou nos EUA. O objetivo da Casa Branca é usar esse alinhamento para reforçar o discurso de que a esquerda, tanto no Brasil quanto nos EUA, é autoritária, e que ele representa a verdadeira defesa da liberdade.

Logo após a decisão de Moraes, o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado publicou uma nota em tom duro nas redes sociais, afirmando: “Deixem Bolsonaro falar! Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem e forem cúmplices da conduta.”

Fonte: DCM com informações da CNN Brasil

VÍDEO: Carol Castro celebra prisão de Bolsonaro com taça e camisa do Brasil

Carol Castro aparece sorridente, com camisa do Brasil e taça na mão, enquanto comemora a prisão de Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Carol Castro comemorou publicamente a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em vídeo publicado nesta segunda-feira (4), a atriz apareceu vestida com a camisa do Brasil, usando óculos escuros e levantando uma taça de espumante ao som da música “Juízo Final”, interpretada por Alcione.

“GRANDE DIA! (‘É só uma gripezinha’, ‘não sou coveiro’, ‘isso é mimimi’). Mais de 700 mil vidas perdidas! Venerador de torturador. Destruidor da biodiversidade e vidas indígenas. PRESO!!!!! Domiciliar, mas preso!!!!!! Viva a democracia! Brasil, soberano!!!!”, escreveu Carol, em tom de celebração. A atriz já havia se posicionado contra Bolsonaro em outras ocasiões.

A publicação viralizou nas redes sociais e gerou reações divididas. Muitos seguidores elogiaram a postura da artista.

Fonte: DCM

Globo demitiu Daniela Lima após pesquisa identificar emissora como “canal de esquerda”


       A jornalista Daniela Lima – Foto: Reprodução

A demissão de Daniela Lima da GloboNews, anunciada na segunda-feira (4), segundo a Folha, ocorreu após uma pesquisa interna apontar que o público vê o canal como alinhado à esquerda. O levantamento, encomendado pela própria emissora ao instituto Quaest, mostrou que assinantes associam a linha editorial da GloboNews a partidos como PT e PSOL. A pesquisa também indicou incômodo com brigas ao vivo e o tom irônico de alguns comentaristas, considerados inadequados para o jornalismo do canal.

Segundo fontes, Daniela Lima teria sido diretamente afetada pelos resultados do estudo, sendo vista como representante desse perfil mais progressista que desagradou parte do público. Postagens da jornalista nas redes sociais, com críticas a figuras do Judiciário, também foram levadas em consideração. Como resposta, a GloboNews iniciou um processo de reformulação editorial, que inclui maior diversidade de opiniões e novos formatos de debate na grade.

O nome mais cotado para substituir Daniela no comando do Conexão GloboNews é Rafael Colombo, atualmente na emissora. A GloboNews, que completa 30 anos em 2026, prepara mudanças no cenário, na equipe e na forma de conduzir a análise política. Procurada, a empresa afirmou manter o compromisso com a pluralidade de ideias e profissionais com visões diversas.

Fonte: DCM com infomação da Folha de S. Paulo

ONU reconhece avanços da Venezuela e elogia combate à desnutrição

País reduziu subnutrição de 17,6% em 2019 para 5,9% em 2024 e se destaca como referência regional em aleitamento materno e produção alimentar

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro (Foto: REUTERS/Manaure Quintero)

Em novo relatório global sobre segurança alimentar, divulgado pelas Nações Unidas, a Venezuela foi destacada por seus avanços expressivos na redução da subnutrição e no fortalecimento da soberania alimentar. A informação foi publicada originalmente pela ONU em avaliação recente sobre a situação nutricional nos países da América Latina e Caribe.

Segundo o documento, a taxa de subnutrição na Venezuela caiu de 17,6% em 2019 para 5,9% em 2024, evidenciando uma melhora substancial mesmo sob o impacto de sanções impostas pelos Estados Unidos — medidas que afetam diretamente o acesso a medicamentos, insumos agrícolas e fontes de financiamento internacional.

Além da queda nos índices de desnutrição, o país registrou que 95% dos alimentos consumidos internamente são produzidos por agricultores venezuelanos, reforçando sua capacidade de autossuficiência no setor alimentício. Em 2024, a colheita ultrapassou 22 milhões de toneladas de alimentos, volume que contribuiu para sustentar os programas sociais voltados à segurança alimentar.

Outro indicador de destaque é a redução da desnutrição infantil entre crianças menores de cinco anos, que chegou a 1,2% no último ano. A taxa de aleitamento materno exclusivo alcançou mais de 70%, superando com folga a meta mínima de 50% recomendada pela própria ONU, o que posiciona a Venezuela como líder regional nessa política de saúde pública.

Esses resultados permitiram a consolidação de programas como o de alimentação escolar gratuita, que atualmente beneficia mais de cinco milhões de crianças. A iniciativa é coordenada com apoio dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAP), responsáveis pela logística e distribuição dos alimentos nas escolas.

Venezuela leva experiência ao fórum da ONU - O reconhecimento internacional coincidiu com a participação da Venezuela na Segunda Cúpula das Nações Unidas sobre Sistemas Alimentares (UNFSS+4), evento que reuniu autoridades de diferentes continentes para debater caminhos para sistemas alimentares mais inclusivos, sustentáveis e alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.

A delegação venezuelana foi formada pelo vice-ministro de Produção e Comercialização do Ministério do Poder Popular para a Alimentação, Fidele Franco Manrique, e pelo diretor de Relações Internacionais da mesma pasta, Daniel Garrido. Os dois participaram de reuniões de alto nível e compartilharam a trajetória do país na superação dos desafios alimentares impostos por restrições externas.

Durante os debates, os representantes venezuelanos denunciaram as chamadas Medidas Coercitivas Unilaterais (MCU) — como são conhecidas as sanções econômicas unilaterais —, acusando os Estados Unidos de violarem o direito internacional e agravarem a insegurança alimentar em países do Sul Global.

Fonte: Brasil 247

Venezuela lidera crescimento econômico na América do Sul com avanço de 7,7% no PIB, anuncia Maduro

País entrou em rota de recuperação sustentada e destaca aumento da arrecadação, do crédito e do consumo interno

            O presidente venezuelano, Nicolás Maduro (Foto: REUTERS/Manaure Quintero)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (4) que o país registrou o maior crescimento econômico da América do Sul no primeiro semestre de 2025. Segundo ele, o Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano avançou 7,71% no período, impulsionado por sucessivas altas trimestrais e por indicadores positivos no crédito, na arrecadação fiscal e no comércio interno."A Venezuela continua liderando o crescimento na América do Sul. No primeiro trimestre, tivemos um crescimento de 9%; no segundo, de 6,65%. Isso nos permite estimar um crescimento preliminar do PIB real de 7,71% no primeiro semestre do ano", afirmou o presidente durante o programa televisivo" Com Maduro Mais ", exibido em rede nacional.

O chefe de Estado atribuiu o desempenho à recuperação sustentada de diversos setores econômicos. “A economia está se recuperando, o consumo está crescendo, o comércio está se expandindo e há recursos surgindo para investimentos. Estamos seguindo o caminho do desenvolvimento sustentável”, declarou.

Maduro destacou ainda que, além do crescimento do PIB, a arrecadação tributária aumentou 12,9% no semestre, refletindo a maior atividade econômica e a formalização de segmentos antes informais. Outro dado apontado foi a expansão de 21,8% no volume de crédito concedido pelo sistema bancário, o que tem favorecido o investimento produtivo e o consumo das famílias.

Apesar das sanções econômicas impostas por Washington e da prolongada crise humanitária vivida nos últimos anos, o governo venezuelano tem buscado fortalecer alianças estratégicas, diversificar sua base produtiva e recuperar setores-chave da economia, como o petróleo, a indústria e a agricultura.

A Venezuela também tem reforçado sua articulação internacional. Recentemente, Caracas e Moscou anunciaram a criação de um grupo de trabalho conjunto para coordenar medidas contra sanções unilaterais.

Fonte: Brasil 247

Alcolumbre barra impeachment de Moraes e frustra ofensiva bolsonarista no retorno do Congresso

Presidente do Senado descarta processar ministro do STF e anistia não tem força na Câmara. Aliados de Bolsonaro prometem fazer barulho

     Davi Alcolumbre (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de não levar adiante um eventual processo de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes enfraquece a principal ofensiva articulada por parlamentares bolsonaristas no retorno dos trabalhos legislativos, nesta terça-feira (5), após o recesso de julho, informa a Folha de S. Paulo.

A movimentação no Congresso foi intensificada após Moraes decretar, na segunda-feira (4), prisão domiciliar contra Jair Bolsonaro (PL), acusado de descumprir medidas cautelares ao aparecer em vídeos exibidos durante manifestações no domingo (3), mesmo estando proibido de utilizar redes sociais, ainda que por intermédio de terceiros.

◉ Pressão da oposição esbarra em resistência no Senado - Apesar do apelo da base bolsonarista por uma reação institucional, Alcolumbre já havia sinalizado anteriormente que não considera viável pautar um processo de impeachment contra ministros da Suprema Corte. Cabe ao presidente do Senado avaliar e decidir se dará seguimento a esse tipo de processo.

Sem apoio da cúpula do Congresso, senadores bolsonaristas prometeram insistir na ofensiva. A luta agora é pelas cinco assinaturas que faltam para o pedido de impeachment [de Moraes] protocolado no final do ano passado. Nunca estivemos tão próximos”, declarou o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ).

Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição, foi mais enfático: “Não aceitaremos mais esse Estado de exceção. Conclamamos todos os senadores da República a honrarem seus mandatos. Basta de arbítrio. Fora, Alexandre de Moraes. Impeachment já!”.

A expectativa da bancada bolsonarista é vocalizar as críticas ao STF na primeira sessão deliberativa após o recesso, marcada para as 14h desta terça-feira.

◉ Clima de embate também na Câmara - Na Câmara dos Deputados, que também retoma sessões deliberativas nesta terça às 13h55, o discurso contra a decisão judicial deve se intensificar. “Agora o trancam dentro da própria casa, como um criminoso. Sem crime. Sem julgamento. Sem defesa. Isso não é justiça, é vingança política! Hoje, a história registrou: acabou a democracia no Brasil. Não há mais instituições, há tiranos com toga”, escreveu o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Para o deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição, “a prisão domiciliar é um ato político, não jurídico”. Ele acrescentou: “A democracia está em risco. O Brasil vive um estado de exceção”.

◉ Anistia volta à pauta, mas sem força - Outro ponto central da retomada dos trabalhos legislativos será a tentativa de retomar o debate sobre a chamada “anistia ampla, geral e irrestrita”, que incluiria não apenas os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, mas também o próprio Jair Bolsonaro. O projeto, porém, perdeu força na Câmara após não receber o apoio do Centrão.

Aliados de Bolsonaro esperam que a prisão domiciliar e a mobilização promovida no domingo reaqueçam o tema e levem a proposta de anistia a votação.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Novo celular de Bolsonaro será periciado pela PF

Aparelho foi recolhido nesta segunda-feira (4) na residência do ex-presidente e passará por extração e análise de dados com autorização do STF

Ex-presidente Jair Bolsonaro chega para colocação de tornozeleira eletrônica em Brasília 18/07/2025 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Adriano Machado)

A Polícia Federal vai realizar a extração de dados do novo celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apreendido nesta segunda-feira (4) em sua casa, durante o cumprimento da ordem de prisão domiciliar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são da CNN Brasil.

Segundo a PF, o conteúdo do celular será transferido integralmente para um computador por meio de um sistema especializado de extração. A partir daí, os dados serão examinados pela equipe de inteligência da corporação, que poderá acessar mensagens, imagens, arquivos e outros registros eletrônicos armazenados no dispositivo. A decisão do ministro Moraes autoriza expressamente a análise do conteúdo.

Apesar de a ordem judicial permitir a apreensão de mais de um aparelho, apenas um celular foi entregue aos agentes durante a ação na residência de Bolsonaro. Esta é a segunda vez em menos de um mês que a PF recolhe um celular do ex-presidente.

Em 21 de julho, Bolsonaro já havia sido alvo de uma operação da Polícia Federal, no âmbito da investigação que apura a atuação dele e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em ações consideradas ofensivas à soberania nacional. Na ocasião, além da apreensão de seu celular, foram impostas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

A equipe de investigação ainda trabalha na análise do primeiro aparelho, cruzando informações como mensagens e imagens, que serão organizadas em um relatório. Durante aquela operação, o ex-presidente declarou publicamente estar sendo alvo de perseguição: “Estou sendo humilhado”, afirmou, classificando a ação como “perseguição política”.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Prisão domiciliar de Bolsonaro será analisada pela Primeira Turma do STF apenas se houver recurso da defesa

Ministro Alexandre de Moraes decidiu pela prisão após nova violação das medidas cautelares impostas ao ex-mandatário

        Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

A prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) só será submetida à avaliação da Primeira Turma da Corte — responsável por julgar os casos relacionados à tentativa de golpe de Estado — caso a defesa do ex-mandatário entre com recurso. As informações são do Estadão Conteúdo.

A medida foi tomada após Bolsonaro participar, no domingo (3), de uma manifestação organizada por seus apoiadores no Rio de Janeiro, mesmo que à distância. Ele apareceu em uma chamada de vídeo transmitida no evento e, segundo Moraes, isso representou descumprimento de medida cautelar imposta anteriormente, que proíbe sua presença nas redes sociais e sua participação em eventos políticos. A publicação do vídeo foi feita por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e posteriormente apagada.

Segundo a decisão já proferida anteriormente por Moraes, estava prevista a possibilidade de prisão preventiva em caso de descumprimento das condições estabelecidas. Essa decisão já havia sido referendada por quatro dos cinco ministros da Primeira Turma — com voto contrário apenas de Luiz Fux. Cabe ao relator, no curso das investigações, determinar a prisão caso julgue necessário o descumprimento das regras.

A nova ordem de prisão domiciliar foi decretada nesta segunda-feira (4). Bolsonaro deverá cumprir a medida até o julgamento final do caso, previsto para setembro. A defesa do ex-mandatário contestou a legalidade da medida e negou qualquer violação. Em nota, os advogados afirmaram que “Bolsonaro não descumpriu a decisão do STF ao fazer uma saudação aos manifestantes” e alegaram que ele “tem observado rigorosamente as restrições impostas”. A equipe jurídica confirmou que irá recorrer para tentar reverter a decisão de Moraes.

De acordo com juristas ouvidos pela reportagem, a participação remota do ex-mandatário nos atos configura motivo para a prisão domiciliar, mas a estratégia da defesa deve se concentrar em submeter a decisão ao plenário da Primeira Turma, na tentativa de revogá-la.

No fim de julho, Moraes já havia determinado que Bolsonaro estava proibido de usar redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros. Ainda assim, em 21 de julho, perfis de plataformas digitais reproduziram trechos de entrevistas concedidas por ele, o que foi considerado uma violação pontual por parte do ministro. Naquele momento, a prisão foi evitada, mas Moraes alertou o ex-presidente de que uma reincidência não seria tolerada.

Dessa vez, a reincidência veio com a participação ativa, por chamada de vídeo e ligação telefônica, em manifestações contra o STF. No evento do Rio, Flávio Bolsonaro fez uma ligação para o pai, que então saudou os manifestantes. Em São Paulo, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) exibiu ao vivo no telão uma imagem de Bolsonaro, que se manteve em silêncio.

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão Conteúdo

O isencionismo covarde de Eduardo Leite diante da prisão do golpista Bolsonaro

               Eduardo Leite e Jair Bolsonaro

O governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, publicou um libelo no X lamentando a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Não por seus crimes, não por ter violado reiteradamente medidas judiciais, tampouco pela tentativa de golpe de Estado orquestrada com o apoio de seus filhos e aliados.

Leite reclama porque “não gosta da ideia de um ex-presidente não poder se manifestar”. A declaração seria apenas patética se não fosse também profundamente perigosa.

Eis a papagaiada completa:

Como brasileiro, recebo com desânimo este episódio envolvendo a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Não gosto da ideia de um ex-presidente não poder se manifestar, e gosto menos ainda de vê-lo ser preso por isso, antes ainda de ser julgado pelo órgão colegiado da Suprema Corte. Não discuto a legalidade ou a razão jurídica. Percebam que, de cinco presidentes eleitos após a redemocratização, apenas um, Fernando Henrique, não foi preso ou sofreu impeachment. Nosso país não merece seguir refém desse cabo de guerra jurídico-político que só atrasa a vida de todos há anos. Até quando vamos ficar dobrando a aposta pra ver o que acontece? Até quando nossa energia será consumida na busca de exterminar adversários mais do que em erradicar os graves problemas do país? Como nação, é hora de refletir sobre os graves danos da polarização e buscar novos caminhos. Não é mais sobre qual lado tem razão, é sobre manter a serenidade e a esperança no Brasil que sonhamos e queremos ter.

Omissão disfarçada de equilíbrio é o pior tipo de posicionamento político em momentos decisivos. Em 1964, muitos defenderam o golpe militar alegando que seria apenas uma transição para a normalidade, com eleições no ano seguinte.

Vinte e um anos depois, o país saía da ditadura com um rastro de tortura, censura, assassinatos e exílio. “Achei que estávamos salvando a democracia. Não imaginava que a estávamos enterrando”, disse Auro de Moura Andrade, presidente do Senado que declarou vaga a presidência da República e rifou Jango.

Hoje, novamente, o Brasil enfrenta uma ameaça real à democracia, mais uma vez sob a sombra dos EUA — e Eduardo Leite, diante disso, escolhe se preocupar com o “desânimo” de ver um ex-presidente criminoso usando tornozeleira.

Não apoiar o ministro do STF Alexandre de Moraes na contenção da extrema-direita é, neste momento, uma forma de conivência com os mesmos golpistas que tentaram depredar a República em 8 de janeiro. É fingir neutralidade enquanto o outro lado trama a destruição das instituições. É estender a mão à serpente achando que ela não vai morder.

O que Leite chama de “polarização” (maldito clichê) é, na prática, o enfrentamento de um campo democrático — que respeita eleições, a Constituição e o Judiciário — contra um projeto autoritário, que defende ruptura institucional e flerta com o fascismo. Colocar os dois lados como equivalentes é moralmente indefensável e historicamente irresponsável.

Eduardo Leite, com sua retórica supostamente elevada, já está marcando seu nome entre os que preferiram o conforto do muro ao dever de proteger as instituições.

Fonte: DCM