quarta-feira, 7 de maio de 2025

Prestes a ser condenado, Bolsonaro participa de ato pela anistia ao golpistas do 8/1 em Brasília

Manifestação ocorrerá nesta quarta-feira e tende a registrar um público menor quando em comparação a protestos anteriores

       Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, São Paulo (Foto: Reuters)

A “Caminhada pela Anistia Humanitária” será o primeiro ato de Jair Bolsonaro (PL) em Brasília desde os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes. O protesto está marcado para a tarde desta quarta-feira (7) e visa pressionar pela aprovação de um projeto de lei que conceda perdão judicial aos condenados pela intentona golpista que resultou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O evento faz parte de uma série de manifestações organizadas pelo ex-mandatário desde o início do ano, incluindo atos em Copacabana (Rio de Janeiro) e na Avenida Paulista (São Paulo). No entanto, ao contrário dessas mobilizações, a presença de Bolsonaro será discreta nesta marcha. Fontes próximas ao ex-mandatário informaram que uma força-tarefa foi montada para convencê-lo a não participar de forma ativa.

Ainda assim, em entrevista à revista Oeste, Bolsonaro confirmou que fará uma breve aparição, por volta das 16 horas, saindo do carro, cumprimentando os presentes e retornando para casa. "Eu pretendo fazer, talvez faça, por volta das 16 horas, comparecer à Torre de TV, de dentro do carro, abrir o vidro, saudar a população e voltar para casa", declarou.

Aliados de Bolsonaro justificam essa decisão por dois motivos principais: o estado de saúde do ex-mandatário e a natureza do ato. Bolsonaro, que recebeu alta hospitalar no domingo (4), após passar três semanas internado para tratar de uma cirurgia no intestino, tem sido aconselhado por sua equipe médica a evitar o contato direto com o público para prevenir infecções. Além disso, o ato ocorre em um dia útil, o que tende a resultar em um público menor comparado a protestos anteriores, como o de Copacabana, que reuniu multidões. A estimativa mais otimista dos organizadores é de que entre 5 mil e 10 mil pessoas compareçam à marcha.

Esses protestos fazem parte de uma estratégia de Bolsonaro e seus aliados para pressionar o Congresso a aprovar um projeto que conceda anistia aos envolvidos na tentativa de golpe, além de buscar o perdão para o próprio ex-mandatário, alvo de ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação será vigiada de perto pela Polícia Militar, que montou um esquema de segurança rigoroso, que conta com a instalação de gradis para impedir que avancem em direção aos prédios dos Três Poderes.

O percurso será de aproximadamente três quilômetros, com a Polícia Militar bloqueando parte das faixas do Eixo Monumental e da Esplanada dos Ministérios. Duas faixas serão reservadas para os manifestantes, uma para a polícia e as demais para o trânsito normal.

Além disso, a convocação de Bolsonaro para o protesto ocorreu no mesmo dia em que foi revelado que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, preparou um projeto de lei alternativo para reduzir a pena dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. No entanto, o texto de Alcolumbre propõe um aumento nas punições para os mentores do golpe.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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