quarta-feira, 7 de maio de 2025

Neymar vira foco de polêmica e é chamado de ‘pedra no sapato’ após pai ser acusado de vetar Jorge Jesus na Seleção

Jornal espanhol aponta influência da família do craque na escolha do próximo técnico do Brasil

          Neymar na Vila Belmiro para Santos x Audax Italiano (Foto: Divulgação/SantosFC)


A possível participação do pai de Neymar na decisão sobre o futuro técnico da Seleção Brasileira gerou uma onda de críticas e acusações. Segundo matéria publicada pelo jornal espanhol Sport e repercutida pelo diário colombiano El Tiempo, uma conversa entre Neymar pai e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, teria resultado no veto ao nome de Jorge Jesus, técnico português recentemente demitido do Al-Hilal, da Arábia Saudita. A alegação levou o Sport a se referir ao atacante como uma "pedra no sapato" do futebol brasileiro.

De acordo com o jornalista Lauro Jardim, do O Globo, "duas semanas atrás, Neymar pai teve uma conversa dura com Ednaldo Rodrigues. Nela, simplesmente vetou a contratação de Jorge Jesus. A partir dali, Jesus foi para o último lugar da fila entre os candidatos a técnico da Seleção". A informação incendiou os bastidores da Confederação Brasileira de Futebol, que logo tratou de desmentir oficialmente qualquer ingerência do pai do camisa 10.

Em nota enviada ao jornal carioca, a CBF afirmou: “A CBF esclarece que o último encontro entre o presidente Ednaldo Rodrigues e o pai do atleta Neymar ocorreu no dia 19 de novembro, na Arena Fonte Nova, em Salvador, durante a partida entre a Seleção Brasileira e o Uruguai. Nestes quase seis meses, não houve qualquer contato, seja presencial ou por telefone, entre as partes. Portanto, qualquer afirmação que sugira a participação do pai do jogador Neymar em decisões relacionadas à Seleção Brasileira é absolutamente inverídica”.

Atualmente em recuperação de uma grave lesão no joelho, Neymar não escondeu o desgaste com Jorge Jesus enquanto ambos estavam no Al-Hilal. Em fevereiro, o atacante declarou que o treinador foi responsável por sua saída precoce do clube saudita, “porque não lhe teria dado o tempo de jogo que ele queria para recuperar o ritmo competitivo após ter sido dispensado em outubro, após um ano afastado devido a uma ruptura do ligamento anterior do joelho esquerdo”.

A relação turbulenta entre os dois parece agora ecoar na Seleção Brasileira, justamente no momento em que a CBF busca um novo comandante após a saída de Dorival Júnior, demitido em março após a derrota para a Argentina por 4 a 1, nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Segundo Rodrigo Caetano, coordenador de seleções da CBF, a escolha deve ser anunciada “na próxima semana”. Ele confirmou que a lista de opções é “reduzida” e composta pelos nomes já ventilados pela imprensa.

Entre os cotados estão Jorge Jesus, Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, e Carlo Ancelotti, do Real Madrid — este último ainda é tratado como o Plano A. “Jorge Jesus seria o Plano B da Confederação, que ainda espera pacientemente que Carlo Ancelotti termine seu contrato com o Real Madrid em maio deste ano, para poder comandar a seleção canarinha nas duas partidas de junho pelas Eliminatórias da FIFA para a próxima Copa do Mundo”, escreveu o Sport.

O jornal espanhol ainda destacou que a influência de Neymar não se limita aos bastidores da Seleção. “A longa sombra de Neymar Jr. paira sobre o processo de escolha do novo técnico da seleção. Não passou despercebido que um dos dois negociadores da Confederação de Futebol com Carlo Ancelotti é o atual representante de Álvaro Costa, que era membro do famoso grupo 'Toiss', [grupo de] amigos de Neymar Jr.”.

O episódio reacende o debate sobre o poder de influência de jogadores — e de seus familiares — em decisões estratégicas do futebol brasileiro. Ainda que a CBF negue qualquer tipo de ingerência, a pressão externa e as suspeitas continuam a rondar a escolha do próximo técnico da Seleção, num momento em que o time nacional busca estabilidade e rumo para a Copa do Mundo de 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal espanhol Sport e jornal O Globo

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