sábado, 16 de agosto de 2025

Datafolha: 39% culpam Bolsonaro e Eduardo por tarifaço; 35% responsabilizam Lula


O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (16) mostra divisão da opinião pública sobre os responsáveis pelo tarifaço que elevou preços de importados em até 60%. Segundo o levantamento, 35% dos brasileiros apontam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como principal culpado. Somados, Jair Bolsonaro (PL) e o deputado foragido Eduardo Bolsonaro (PL-SP) concentram 39% das menções — 22% responsabilizam Jair e 17% Eduardo.

O pacote tarifário foi anunciado pelo governo Lula em resposta às sobretaxas impostas pelos Estados Unidos. Para especialistas, a medida foi uma tentativa de proteger a indústria nacional e reequilibrar a balança comercial, mas a oposição aproveitou o tema para desgastar o Planalto. A pesquisa revela que a percepção pública ainda é marcada pela disputa política entre governo atual e bolsonarismo.

Os números indicam que a população está dividida, com uma parcela significativa responsabilizando tanto a gestão atual quanto a anterior. Entre os que mais culpam Lula, destacam-se eleitores de renda média e baixa, enquanto a atribuição de responsabilidade a Jair e Eduardo Bolsonaro aparece mais forte entre os de maior renda e alinhados à direita.

Donald Trump e Eduardo Bolsonaro. Foto: reprodução

O Datafolha mostra ainda que 3% apontam Donald Trump como o responsável pela escalada, já que as sobretaxas americanas foram o ponto de partida para a crise. Outros 2% distribuíram as culpas entre diferentes atores políticos, e 1% citou motivos variados. Uma fatia de 20% dos entrevistados declarou não saber quem culpar.

O levantamento reforça como a guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos ganhou contornos eleitorais no país. A equipe econômica de Lula tenta mostrar que as medidas são paliativas e que negociações diplomáticas devem reduzir o impacto. Por outro lado, aliados de Bolsonaro exploram a narrativa de que o PT é o responsável direto pelo aumento de custos que afetam empresas e consumidores.

A pesquisa Datafolha ouviu 2.040 pessoas em 130 municípios entre os dias 14 e 15 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O resultado confirma o tarifaço como novo eixo da polarização política que deve marcar a corrida presidencial de 2026.

Fonte: DCM

VÍDEO: Apoiadores cantam louvor para Bolsonaro na saída do hospital em Brasília


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi liberado neste sábado do hospital DF Star, em Brasília, após quase cinco horas de exames. Bolsonaro chegou ao local às 9h. Foto: O Globo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o Hospital DF Star, em Brasília, no começo da tarde deste sábado (16), após cerca de quatro horas de exames. A saída foi marcada por um momento religioso protagonizado por apoiadores que o aguardavam do lado de fora.

Assim que Bolsonaro apareceu, o grupo entoou um louvor em coro, transformando a cena em um ato de devoção coletiva. O ex-presidente permaneceu em silêncio, apenas assistindo à manifestação dos simpatizantes, sem falar com a imprensa nem com os presentes.

Bolsonaro chegou ao hospital por volta das 9h da manhã e saiu pouco depois do meio-dia. O atendimento médico fez parte de protocolos de rotina determinados durante o período em que ele cumpre prisão domiciliar.

Após deixar a unidade de saúde, o ex-presidente retornou para sua residência no Condomínio Solar de Brasília, onde está em regime domiciliar desde 4 de agosto, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além da rotina de exames, Bolsonaro enfrenta processos na Justiça que podem prolongar sua inelegibilidade, atualmente válida até 2030, e resultar em penas de até 40 anos de prisão caso seja condenado por tentativa de golpe em 2022.

Fonte: DCM

Sem educação, Michelle volta a atacar Lula: ‘Pinguço’


Michelle Bolsonaro em evento do PL Mulher. Foto: Reprodução

Não tem a menor classe.

Repetindo o mesmo tipo de discurso que fez no Pará, agora em Natal, no Rio Grande do Norte, durante evento do PL neste sábado (16), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chamando-o de “pinguço” e “cachaceiro”. Diante de lideranças do partido, como o presidente Valdemar Costa Neto, Michelle afirmou que votar mais de uma vez no PT é “burrice política” e prometeu que Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, retornará ao Planalto em 2026.

Michelle repetiu o discurso de que o ex-presidente é perseguido pelo sistema. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que apontou descumprimento de medida cautelar. Ele também responde a processo por tentativa de golpe de Estado em 2022 e, se condenado, pode pegar até 40 anos de prisão, ampliando sua inelegibilidade, hoje válida até 2030.

Disse que Bolsonaro “dói na alma” por não poder sair de casa, mas garantiu que ele está “igual siri na lata” e pronto para disputar as eleições de 2026. Pesquisa Datafolha divulgada no início de agosto mostrou que a ex-primeira-dama é o nome mais competitivo da família Bolsonaro contra Lula, com 24% das intenções de voto, contra 39% do petista.

No mesmo evento, Michelle criticou Lula pela crise diplomática com os Estados Unidos e culpou o presidente pelo tarifaço imposto pelo governo Trump. Segundo ela, a inabilidade diplomática do petista teria levado às sanções. “Foi oferecer jabuticaba para o Trump, agora nós estamos colhendo abacaxis”, disse. Para a ex-primeira-dama, as medidas são típicas de países à beira de ditaduras.


A fala ocorreu no Nordeste, região onde Lula concentra seus maiores índices de aprovação. Michelle afirmou que é aceitável votar uma vez no PT, mas repetir o voto é “burrice política”. O discurso foi acompanhado de apelos para que apoiadores participem do ato do 7 de setembro em São Paulo, reforçando a mobilização bolsonarista.

Ela também destacou a importância da internet para a direita e criticou propostas de regulação das redes sociais, afirmando que tais medidas visam prejudicar o campo conservador. O evento, parte da agenda do PL Mulheres, reforçou a estratégia de Michelle em se consolidar como porta-voz da família Bolsonaro e potencial candidata em 2026.

Fonte: DCM

Servidor do gabinete de Izalci Lucas é preso por tráfico de drogas no DF

Rondinelle Silva de Oliveira, de 34 anos, foi detido em flagrante no Setor Hoteleiro Norte

    Izalci Lucas (Foto: Agência Senado)

O servidor comissionado Rondinelle Silva de Oliveira, 34 anos, que trabalhava no gabinete do senador Izalci Lucas (PL-DF), foi preso em flagrante por tráfico de drogas na última quinta-feira (14), no Setor Hoteleiro Norte, região central de Brasília. A informação foi divulgada pelo portal G1.

Segundo a investigação, Oliveira vendia cocaína e realizava entregas de forma semelhante a um serviço de delivery. Ele já vinha sendo monitorado pela polícia e foi abordado no momento em que entregava cinco porções da droga. No carro do suspeito, os agentes encontraram mais quatro porções, e, em sua residência, em Ceilândia, houve nova apreensão de entorpecentes.

Exoneração e posicionamento do senador

De acordo com o Portal da Transparência, Rondinelle ocupava o cargo de ajudante parlamentar júnior, com salário de R$ 3 mil mensais. Em nota, o gabinete de Izalci Lucas afirmou que determinou a exoneração do servidor assim que tomou conhecimento do caso e destacou que, no momento da nomeação, em maio deste ano, todas as certidões criminais apresentadas indicavam “nada consta”.

O senador declarou:

“O gabinete do Senador Izalci Lucas informa que, ao tomar conhecimento da prisão de um servidor vinculado à sua equipe, determinou sua exoneração, que foi efetivada hoje, dia 15/08. O senador esclarece que, à época da nomeação, em maio deste ano, o servidor se submeteu a um rigoroso processo de habilitação, que incluiu a entrega de diversas certidões judiciais de nada consta, entre elas as certidões criminais. Toda a documentação foi conferida por setores administrativos do Senado Federal, que aprovaram a indicação. O senador também ressalta que obteve a informação de que o referido servidor foi preso em flagrante na data de ontem, 14/08, e que, portanto, o fato surpreendeu a todos da equipe. Izalci Lucas reafirma que não compactua com qualquer conduta ilegal ou contrária aos princípios éticos que orientam o exercício de seu mandato e que todas as ações e decisões de sua gestão são pautadas pelo respeito à lei, à moralidade e ao interesse público.”

Modus operandi

A TV Globo apurou que o servidor usava as redes sociais para oferecer drogas e realizava as entregas pessoalmente. No flagrante, a abordagem ocorreu após negociações monitoradas pela polícia, reforçando a suspeita de que o crime era praticado de forma contínua.

Fonte: Brasil 247

Mais aprovados que Bolsonaro e Nikolas, Lula e Moraes são "resistência democrática", diz Lindbergh

Pesquisa Atlas/Bloomberg revelou alto índice de aceitação do presidente e do ministro do STF, mesmo diante de ataques

      Lindbergh Farias | Lula (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Ricardo Stuckert/PR)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) usou as redes sociais neste sábado (16) para repercutir os números da mais recente pesquisa Atlas/Bloomberg sobre a imagem de líderes políticos e autoridades no Brasil. Segundo ele, os resultados confirmam a força do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no cenário político atual.

De acordo com os dados, Lula aparece com 51% de imagem positiva, o maior índice entre todos os nomes avaliados. Moraes, por sua vez, registra 49% de aprovação, ficando à frente de figuras da direita como o ex-presidente Jair Bolsonaro (44%), o deputado Nikolas Ferreira (46%) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (47%).

“O presidente Lula segue como o líder político mais popular do país, com 51% de imagem positiva, muito acima de qualquer adversário. Isso demonstra a força de sua liderança e o reconhecimento do povo ao seu governo, mesmo sob uma campanha feroz de ataques golpistas com o auxílio dos EUA”, escreveu Lindbergh.


O parlamentar também ressaltou o desempenho de Moraes, que, segundo ele, mantém altos índices mesmo sob constante pressão e campanhas de difamação. “Moraes mantém índices que só perdem para os de Lula, o que revela a confiança da sociedade na sua atuação firme contra o golpismo e na defesa da democracia”, afirmou.

Para Lindbergh, os resultados da pesquisa enviam um recado direto: "o Brasil não se curva a extremistas nem a pressões estrangeiras. Lula e Moraes simbolizam a resistência democrática e a defesa da soberania nacional contra aqueles que querem recolocar o país na submissão e no caos”.

Fonte: Brasil 247

Boletim médico aponta infecções pulmonares e esofagite em Jair Bolsonaro

Ex-presidente realizou exames neste sábado em hospital de Brasília após autorização do STF; segue em tratamento para refluxo e hipertensão

            Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O Hospital DF Star, em Brasília, divulgou neste sábado (16) boletim médico informando que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou quadro de infecções pulmonares recentes, esofagite e gastrite, noticiou o portal g1. Segundo o documento, os exames detectaram “imagem residual de duas infecções pulmonares possivelmente relacionadas a episódios de broncoaspiração”.

A endoscopia mostrou “persistência da esofagite e da gastrite, agora menos intensa, porém com a necessidade de tratamento medicamentoso contínuo”. O boletim ainda recomenda a continuidade do tratamento da hipertensão arterial e do refluxo, além de medidas preventivas para evitar novos episódios de broncoaspiração.

Bolsonaro deixou a prisão domiciliar pela primeira vez desde o dia 4 de agosto para a realização dos exames, após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente foi submetido a coleta de sangue e urina, endoscopia e tomografia abdominal, e já retornou ao condomínio onde cumpre a medida cautelar. Ele não falou com a imprensa ao deixar o hospital.

Prisão domiciliar e contexto judicial

A saída de Bolsonaro do Lago Sul foi acompanhada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, responsável pelo monitoramento da tornozeleira eletrônica usada pelo ex-presidente. Moraes determinou que Bolsonaro poderia permanecer fora de casa por até oito horas e apresentasse, em até 48 horas, atestado com os procedimentos realizados.

A prisão domiciliar foi decretada pelo STF sob acusação de que Bolsonaro teria usado perfis de seus filhos em redes sociais para burlar proibição judicial de comunicação digital, inclusive por intermédio de terceiros. Ele é investigado no inquérito que apura a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao ex-presidente norte-americano Donald Trump para pressionar o governo brasileiro e ministros do Supremo.

Além disso, o ex-presidente é réu na ação penal da chamada trama golpista, cujo julgamento está marcado para setembro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Por saúde, Zambelli aceitaria cumprir pena no Brasil, diz advogado

Carla Zambelli, bolsonarista atualmente presa na Itália. Foto: reprodução

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália desde 29 de julho, não se opõe a cumprir pena no Brasil, mas questiona a imparcialidade do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo seu advogado, Fabio Pagnozzi. Em entrevista ao “Estúdio i”, da GloboNews, na última sexta-feira (15), o defensor afirmou que a parlamentar busca um julgamento justo, longe do que classifica como “penas exorbitantes e ideológicas” da Corte.

“Ela não se opõe a cumprir pena no Brasil, o que a Carla sempre disse é que ela quer estar em um país que ela pode ser julgada por pessoas imparciais. Então, o momento atual do governo aqui é onde a Carla não quer ser julgada ou cumprir pena. Ela foge, hoje, realmente das penas exorbitantes e penas ideológicas do Supremo Tribunal Federal”, declarou Pagnozzi.

O advogado destacou que a saúde frágil de Zambelli é um dos principais argumentos para que ela não permaneça em carceragem. A deputada passou mal durante uma audiência na Itália no dia 13 e teve autorização para realizar uma perícia médica independente, paralela à avaliação oficial. O objetivo é conseguir a prisão domiciliar.

“A questão de saúde é a número 1. A deputada, como todos sabem, ela tem inúmeros problemas de saúde, dentre eles problema de coração, ela retirou um tumor do cérebro anos atrás. São, realmente, vários problemas que não são compatíveis com a carceragem”, afirmou Pagnozzi.



Julgamento por perseguição armada pode somar mais de 5 anos de prisão

Também na sexta, o STF retomou o julgamento de Zambelli por perseguição armada ao jornalista Luan Araújo na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando Jair Bolsonaro (PL) perdeu o pleito para Lula (PT). O caso, relatado pelo ministro Gilmar Mendes, envolve os crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.

A Corte tem maioria para condenar a deputada a 5 anos e 3 meses de prisão, além da cassação de seu mandato. Ministros como Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli acompanharam o relator.

Zambelli já foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão em regime fechado no caso da invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão, que também inclui perda de mandato e inelegibilidade, é definitiva e sem possibilidade de recursos.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a deputada orientou o hacker Walter Delgatti Neto a invadir o sistema do CNJ para inserir documentos falsos, incluindo um suposto mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

A ação teria como objetivo desacreditar a Justiça e incitar atos antidemocráticos. Delgatti foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão, e ambos foram multados em R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.

Fonte: DCM

Bolsonaro deixa prisão domiciliar pela primeira vez para realizar exames médicos

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Lucio Tavora
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a deixar a prisão domiciliar neste sábado (16) para realizar exames médicos em um hospital particular de Brasília. A decisão atende a um pedido apresentado pela defesa, conforme informações da CNN Brasil.

Segundo os advogados, os exames são necessários para o “seguimento de tratamento de medicamentos em curso, reavaliação dos sintomas de refluxo e soluços refratários, bem como verificação das condições atuais de saúde”.

Após a ida ao hospital, a defesa do ex-mandatário terá até 48 horas para apresentar o atestado médico ao STF.

Moraes já havia permitido que médicos indicados por Bolsonaro o acompanhassem em casa sem necessidade de comunicação prévia ao Supremo, desde que as medidas cautelares fossem respeitadas. O ministro também autorizou que, em caso de internação urgente, haja respaldo judicial, contanto que o fato seja comunicado em até 24 horas com comprovação médica.

Moraes vota para que Bolsonaro seja réu por tentativa de golpe Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

Bolsonaro ainda enfrenta consequências da facada sofrida durante a campanha de 2018 e, desde então, já passou por nove cirurgias e foi internado ao menos 13 vezes.

Em julho, o ex-presidente já havia sido alvo de restrições de direitos, mas o descumprimento dessas obrigações levou Moraes a adotar medidas mais rigorosas. Além da prisão domiciliar, ele teve visitas restritas — permitidas apenas com autorização do STF seus celulares foram apreendidos para garantir o cumprimento das determinações judiciais.

Fonte: DCM

Cafeterias de Nova York alertam para alta nos preços após tarifas de Trump sobre o Brasil


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução

A nova rodada de tarifas do governo Trump colocou o Brasil no alvo: 50% de sobretaxa sobre o café. Para cafeterias em Nova York, onde a margem de lucro já é apertada, o impacto pode ser devastador.

“Se essas tarifas se mantiverem, nosso negócio está em risco”, disse Antony Garrigues, sócio do Stone Street Cafe, em Manhattan, ao jornal britânico The Guardian. “Aqui os custos já são altíssimos, e isso pode inviabilizar nossa operação.”

O café da casa vem de mais de 35 países, incluindo o Brasil. Mas não é só o produtor brasileiro que enfrenta barreiras: Colômbia, Vietnã, Etiópia e Indonésia também estão na lista. “No fim, quem paga é o consumidor americano”, afirmou Garrigues.

Com a inflação dos preços do café já pressionada pelas mudanças climáticas, muitos estabelecimentos elevaram valores. O Ciao Gloria, no Brooklyn, que também importa cacau do Brasil, subiu 25 centavos no preço do café, mas tenta segurar novos repasses. “Quero manter o cardápio acessível”, disse o dono, Renato Poliafito.

Segundo dados oficiais, o café nos EUA subiu 14,5% no último ano. Consumidores já mudam hábitos: Helina Seyoum, de 29 anos, passou a preparar a bebida em casa. Aley Longo, de 28, reduziu as idas ao café a apenas fins de semana. “Isso afeta nossa qualidade de vida”, disse.

Xícara de café. Foto: Reprodução

No Brasil, maior exportador mundial de café e principal fornecedor dos EUA, produtores falam em “desvantagem competitiva”. A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel lembra que outros países enfrentam tarifas menores, de 10% a 27%. O setor pressiona Washington por isenção, alegando que os EUA quase não produzem café internamente.

Enquanto novos embarques para os EUA ficam parados em armazéns, a China liberou 183 empresas brasileiras para exportar. Mesmo assim, a expectativa é de demora para que as vendas se consolidem.

Já Colômbia e Vietnã enxergam espaço para ganhar mercado. “O café não pode ser produzido em escala nos EUA. Todo custo extra cai no colo do consumidor americano”, disse Timen Swijtink, fundador da Lacàph Coffees, no Vietnã.

Colombianos veem até vantagem: com tarifa de apenas 10%, podem ocupar parte do espaço deixado pelo Brasil. “Isso nos beneficia, mas só no curto prazo. O cenário pode mudar antes que novos pés de café deem fruto”, alertou Alejandro Lloreda, produtor de Medellín.

Em Nova York, a incerteza domina. “Grandes corporações encontram saída. Para pequenas cafeterias, é sobreviver ou fechar as portas”, disse Poliafito. Nick Kim, gerente da Koré Coffee, resumiu: “É triste saber que coisas ruins virão e não termos como mudar.”

Fonte: DCM


Putin e Trump reescrevem as regras da geopolítica em encontro histórico no Alasca

Cúpula abre caminho para negociações de paz na Ucrânia e pode redefinir a ordem mundial com novo eixo entre Rússia e Estados Unidos
Vladimir Putin e Donald Trump - 15/08/2025 (Foto: Reuters)

O encontro entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizado em Anchorage, no Alasca, foi descrito como um sucesso absoluto e um marco histórico nas relações internacionais. A avaliação é de Dmitry Suslov, vice-diretor de pesquisa do Conselho Russo de Política Externa e de Defesa, em entrevista à agência Sputnik International (leia aqui).

Segundo Suslov, a cúpula não apenas reaqueceu os canais de diálogo entre Washington e Moscou, mas também lançou bases concretas para uma possível solução negociada do conflito na Ucrânia, além de abrir perspectivas para cooperação em diversas áreas estratégicas.

◈ Três razões que tornam a cúpula decisiva

O analista destacou três pontos principais que tornam o encontro no Alasca um divisor de águas:

  1.  Normalização ampla das relações – o encontro “deu impulso” à reaproximação entre Rússia e Estados Unidos em todos os fronts, indo da questão ucraniana ao controle de armas e à cooperação econômica.
  2.  Sinalização de negociações de paz reais – de acordo com Suslov, os contatos imediatos de Trump com Volodymyr Zelensky e líderes europeus indicam que “foram conduzidas negociações sobre condições específicas para um acordo de paz final”, rompendo com a exigência de um cessar-fogo prévio, defendida até agora por Bruxelas e Kiev.
  3.  Contribuição para a ordem mundial do pós-guerra – a reunião foi “histórica”, porque “fez uma grande contribuição para lançar as bases da ordem mundial futura, uma ordem pós-guerra. O conflito ucraniano é, acima de tudo, o maior e mais severo conflito militar das últimas décadas, e a expressão concentrada da guerra híbrida travada pelo Ocidente contra a Rússia”.


◈ Europa e Zelensky diante da encruzilhada

Para Suslov, agora cabe à Europa e ao presidente ucraniano decidir se aceitam os termos delineados por Putin e Trump. “Se eles categoricamente recusarem, os Estados Unidos provavelmente suspenderão totalmente a transferência de inteligência e a entrega de armas e equipamentos militares para a Ucrânia”, afirmou. Essa decisão enfraqueceria de forma “radical” a posição ucraniana no campo de batalha e aceleraria a vitória russa.

O especialista alertou ainda que o “partido da guerra” em Washington e Bruxelas tentará pressionar Trump a abandonar o que foi acordado, mas avaliou que o presidente norte-americano “não sucumbirá a tais provocações”, já que está mais forte politicamente do que em seu primeiro mandato.

◈ O fator Trump e a ofensiva contra os democratas

Suslov ressaltou que a atual administração Trump não está mais na defensiva em relação ao chamado “Russiagate”. Pelo contrário, agora é capaz de acusar os democratas de conluio e falsificação nas eleições de 2016, o que fortalece a posição do republicano para resistir às pressões do establishment político e midiático.

“Trump pode resistir à pressão que será agora exercida sobre ele pela Europa, pelo Estado profundo americano e pelo partido da guerra americano, incluindo figuras como o senador Graham”, acrescentou.

◈ Detalhes simbólicos e contraste com Biden

Além das questões de fundo, Suslov destacou também a simbologia do encontro. Desde a recepção calorosa de Trump a Putin na pista do aeroporto, passando pelo sobrevoo da aviação norte-americana, até a cena de ambos dividindo o mesmo carro a caminho da cúpula, todos os gestos demonstraram respeito e proximidade pessoal.

Essa atmosfera, marcada por cordialidade e simpatia mútua, “contrasta fortemente com o tom da administração Biden”, observou o analista. Para ele, essa mudança de postura é um sinal claro de que os Estados Unidos, sob Trump, buscam um diálogo mais direto e equilibrado com Moscou.

◈ Um novo capítulo da geopolítica mundial

A reunião no Alasca pode representar mais do que um avanço nas negociações de paz na Ucrânia: ela sinaliza uma mudança estrutural nas relações de poder globais. O fortalecimento do canal direto entre Rússia e Estados Unidos, segundo Suslov, mostra que as grandes potências estão dispostas a reescrever as regras da política internacional, substituindo a lógica de confrontação pela busca de um novo equilíbrio.

Fonte: Brasil 247

Moro e Requião Filho lideram corrida para o governo do Paraná, aponta pesquisa

Levantamento da Paraná Pesquisas mostra senador liderando cenários, com o pedetista consolidado em segundo lugar

Requião Filho e Sergio Moro (Foto: Orlando Kissner/Alep | Geraldo Magela / Agência Senado)

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (13) pelo instituto Paraná Pesquisas indica que o senador e ex-juiz suspeito Sergio Moro (União-PR) desponta como favorito na corrida pelo governo do Paraná em 2026, apontando também o deputado estadual Requião Filho (PDT) como seu principal adversário.

No primeiro cenário testado, Moro aparece com 41,3% das intenções de voto, seguido por Requião Filho com 25,3%. Na sequência, surgem o vice-prefeito de Curitiba, Paulo Martins (Novo), com 14,6%, o secretário de Planejamento, Guto Silva (PSD), com 3,1%, e o diretor-geral da Itaipu Binacional, Ênio Verri (PT), com 2,0%. Brancos, nulos e nenhum somam 7,8%, enquanto 5,8% não souberam ou não opinaram.

Outros dois cenários testados confirmam a polarização entre Moro e Requião Filho. No segundo quadro, o senador tem 39,0%, contra 23,1% do pedetista. No terceiro, 40,6% contra 25,1%. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

Requião Filho: “Paraná precisa olhar para o futuro”

Pré-candidato ao governo, Requião Filho destacou que pretende representar uma alternativa à polarização nacional entre lulismo e bolsonarismo. “A ideia é discutir um Paraná para o futuro. Não um Paraná de propaganda, de imagem, mas um Paraná real para daqui a 30, 40 anos. Quero um estado que siga sendo exemplo para o Brasil, sempre forte e trabalhador”, disse.

O deputado também criticou Sergio Moro, que, segundo ele, mantém um discurso baseado em “ódio e perseguição”. “Sérgio Moro é a continuidade de um Paraná dividido, de uma política de ódio e perseguição”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

Entenda os próximos passos da cassação de Eduardo Bolsonaro


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou ao Conselho de Ética quatro pedidos de cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mas o parlamentar não perde o cargo de forma automática. O processo precisa seguir todo o rito previsto no conselho, o que pode levar meses.

Três das representações foram apresentadas pelo PT e uma pelo PSOL, todas por quebra de decoro parlamentar. Os partidos acusam o deputado foragido de atuar contra o Brasil ao promover articulações golpistas nos Estados Unidos.

O deputado, que vive no país desde fevereiro de 2025, é apontado como articulador da sobretaxa imposta por Donald Trump a exportações brasileiras e é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentar influenciar processos contra o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Como funciona o processo de cassação

1. Protocolo e envio ao Conselho de Ética
A representação é apresentada à Mesa Diretora da Câmara; o presidente decide se a envia ao Conselho. Se o pedido for “engavetado”, não avança.

2. Abertura do processo
Recebido o pedido, o presidente do Conselho de Ética convoca reunião e instaura oficialmente a representação.

3. Escolha do relator
Uma lista tríplice é elaborada com nomes aptos a relatar o caso. A Mesa escolhe um deles. O relator não pode ser do mesmo partido nem do mesmo estado do representado.

4. Notificação e defesa de Eduardo Bolsonaro
O deputado é notificado e tem cinco sessões para apresentar defesa por escrito, indicar documentos e até cinco testemunhas. Se ele não o fizer, o Conselho nomeia um defensor, também com prazo de cinco sessões.

5. Instrução processual
O relator investiga o caso, colhe provas e depoimentos. Essa fase deve durar até 30 dias quando houver possibilidade de suspensão do mandato. Diligências fora de Brasília precisam de autorização.

6. Parecer final
O relator elabora o parecer, dividido em relatório (divulgado) e voto (mantido em sigilo até a sessão de julgamento). O Conselho deve analisá-lo em até cinco sessões ordinárias.

Votação e eventual cassação

Na sessão de julgamento, o relator lê o parecer e o deputado, ou sua defesa, tem até 20 minutos para se manifestar. Em seguida, o voto é lido e os membros debatem e votam nominalmente. Se aprovado, o parecer segue para o plenário da Câmara.

No plenário, a cassação de Eduardo Bolsonaro só ocorrerá se 257 deputados — maioria absoluta — votarem a favor.

Trump elogia indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixada nos EUA e diz que 'não é nepotismo' - Jornal O Globo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado de Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução
Fonte: DCM

Com cartazes em inglês e bandeira de Israel, apoiadores oram por Bolsonaro em hospital


Apoiadoras de Jair Bolsonaro com bandeiras do Brasil e de Israel enroladas ao corpo em frente ao Hospital DF Star, em Brasília. Foto: Reprodução

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) se concentram na manhã deste sábado (16) em frente ao hospital DF Star, em Brasília, onde o ex-presidente realiza exames laboratoriais autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles estão no local desde as 8h.

Com bandeiras do Brasil e de Israel, os bolsonaristas fizeram orações ajoelhados no gramado e ergueram cartazes em português e inglês. Também agradeceram a autoridades americanas, afirmando considerar os Estados Unidos “aliados”.


Bolsonaro deixou sua casa no condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, usando tornozeleira eletrônica e acompanhado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), responsável por monitorar o cumprimento das medidas cautelares.


Segundo a defesa, os exames foram solicitados para avaliar o “seguimento de tratamento medicamentoso em curso, necessidade de reavaliação dos sintomas de refluxo e soluços refratários, bem como verificação das condições atuais de saúde”.

Após a realização dos exames, Bolsonaro deverá apresentar ao STF, no prazo de até 48 horas, um atestado de comparecimento.

O ex-presidente está em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto — esta é a primeira vez que deixa a residência para procedimentos médicos externos. A depender dos resultados deste sábado, os médicos poderão solicitar exames complementares ou medidas terapêuticas adicionais.

Apoiadores de Jair Bolsonaro com cartaz em inglês na frente do hospital, em Brasília. Reprodução Poder 360
Fonte: DCM