sábado, 21 de junho de 2025

Trabalhar por conta própria atrai maioria dos brasileiros, revela Datafolha

Preferência pelo trabalho autônomo atinge 59% e cresce rejeição à CLT mesmo com salário menor, segundo levantamento nacional

      Carteira de trabalho (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Uma pesquisa do instituto Datafolha, publicada pela Folha de S.Paulo em 21 de junho, revelou que 59% dos brasileiros preferem trabalhar por conta própria, enquanto apenas 39% consideram melhor serem contratados por empresas. O estudo inédito nesse recorte aponta uma tendência crescente de valorização do trabalho autônomo, sobretudo entre os mais jovens e os eleitores de direita.

Embora a pesquisa tenha incluído entrevistas presenciais em 136 municípios de todo o país, com 2.004 pessoas ouvidas nos dias 10 e 11 de junho, a pergunta sobre o que é melhor — trabalhar por conta própria ou ser empregado — foi feita pela primeira vez, o que impossibilita comparação com anos anteriores. Mesmo assim, outros dados comparáveis com 2022 mostram um aumento de 10 pontos percentuais na parcela de brasileiros que priorizam o ganho financeiro sobre a formalidade do emprego.

◎ Desvalorização da CLT e busca por flexibilidade

Entre 2022 e 2025, caiu de 77% para 67% a fatia de brasileiros que preferem um trabalho com carteira assinada mesmo ganhando menos. No mesmo período, cresceu de 21% para 31% o número dos que aceitam abrir mão da formalidade em troca de salários mais altos.

A queda na valorização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) parece estar associada, segundo o economista Daniel Duque, pesquisador do FGV/Ibre, a fatores culturais e conjunturais. “Com o mercado de trabalho aquecido, os trabalhadores percebem que teriam espaço para ganhar mais, mas isso não é possível pelos encargos trabalhistas elevados”, avalia. Ele também destaca que a popularização do home office durante a pandemia e o crescimento das ocupações via aplicativos de entrega, transporte e comércio digital vêm contribuindo para essa mudança. “Cada vez mais os trabalhadores querem uma ocupação em que podem trabalhar somente o que estão dispostos naquele momento”, afirma Duque.

◎ Juventude e direita lideram preferência pelo trabalho autônomo

A opção pela autonomia é maior entre os jovens de 16 a 24 anos: 68% preferem trabalhar por conta própria, ante 29% que optam por um emprego formal. Já entre os maiores de 60 anos, a diferença é menor — 50% preferem ser autônomos e 45% preferem a contratação tradicional.

No recorte por filiação partidária, 66% dos simpatizantes do PL (Partido Liberal), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, dizem preferir ser autônomos. Já entre os que simpatizam com o PT (Partido dos Trabalhadores), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 55% preferem o trabalho independente. A valorização da carteira assinada é mais alta entre os eleitores petistas: 73% consideram o vínculo formal mais importante, contra 54% dos eleitores do PL.

◎ Perfil do trabalhador que valoriza a formalidade

Apesar da tendência de crescimento da informalidade desejada, há segmentos que seguem priorizando a CLT. Mulheres (71%) valorizam mais o vínculo formal do que os homens (62%). Idosos também: entre os brasileiros com mais de 60 anos, 79% ainda consideram o emprego com carteira assinada mais importante.

A renda e a escolaridade também influenciam essa percepção. Entre quem recebe até dois salários mínimos, 72% consideram importante ter a carteira assinada. Já entre os que ganham mais de dez salários mínimos, esse percentual cai para 56%. Quanto menor o nível de escolaridade, maior o apego à formalização: 75% dos que têm ensino fundamental defendem o vínculo formal, contra 66% dos que têm ensino médio e 59% dos com ensino superior.

O recorte por profissão reforça a diferença: 80% dos aposentados e 72% dos servidores públicos são mais favoráveis ao regime CLT. Em termos regionais, o vínculo formal é mais valorizado no Nordeste (69%), Sudeste (67%) e Sul (66%) e menos nas regiões Norte e Centro-Oeste (ambas com 62%).

◎ Visões políticas e futuro do trabalho

A pesquisa também cruzou os dados com a percepção política dos entrevistados. Entre os que avaliam o presidente Lula como “ótimo” ou “bom”, 76% valorizam a carteira assinada; entre os que o avaliam como “ruim” ou “péssimo”, esse percentual cai para 57%. Já entre os otimistas com o país, 72% consideram importante a CLT, contra 62% dos pessimistas.

Para Daniel Duque, o cenário aponta para mudanças estruturais no modelo trabalhista brasileiro: “Acredito que vai crescer a pressão política para redução dos encargos trabalhistas, já que a CLT atualmente está pouco atrativa para os trabalhadores um pouco mais qualificados que a média. E os mais jovens vão tomando conta do mercado de trabalho, e estão em busca de maior flexibilidade.”

A pesquisa Datafolha sinaliza, assim, um país em transição: entre a segurança da formalidade e a liberdade da autonomia, os brasileiros parecem cada vez mais inclinados a apostar no segundo caminho — mesmo que isso implique riscos e menos garantias.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Juiz que libertou condenado do 8 de Janeiro foi investigado por integrar conselho no governo Zema

Lourenço Ribeiro atuou em órgão consultivo de política criminal sem autorização do Judiciário

      (Foto: Reprodução/Amagis)

O juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, que liberou um condenado pelos atos golpistas de 8 de Janeiro sem competência para isso, já havia sido alvo de investigação administrativa por ter integrado um conselho consultivo do governo Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, sem autorização do Tribunal de Justiça mineiro.

Segundo denúncia enviada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o juiz atuava no Conselho de Criminologia e Política Criminal (CCPC) de Minas Gerais, órgão vinculado à Secretaria de Segurança Pública, responsável por assessorar o governo na formulação de políticas de execução penal. A participação de Ribeiro e de outros magistrados no colegiado violava uma recomendação do CNJ, de 2020, que exige autorização prévia para juízes integrarem órgãos de outros Poderes — ainda que sem remuneração.

Apesar disso, o CNJ concluiu que não houve irregularidade grave nem infração funcional e o caso foi arquivado.

O nome de juiz, que atualmente está na Vara de Execuções Penais de Uberlândia (MG), determinou a soltura de Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado por quebrar um relógio histórico no Palácio do Planalto durante os ataques de 8 de Janeiro.

A decisão, revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, so Supremo Tribunal Federal, permitiu que o réu deixasse a prisão sem tornozeleira eletrônica, sob o argumento de que não havia equipamento disponível no estado.

Moraes, que é relator dos processos do 8 de Janeiro no STF, determinou ainda a prisão imediata do réu e autorizou a abertura de investigação contra o juiz, apontando que o magistrado agiu sem competência, pois não houve delegação do Supremo para decisões sobre o regime de cumprimento de pena desses condenados.

O réu condenado havia cumprido apenas 16% da pena, quando a Lei de Execução Penal exige, no mínimo, 25% de cumprimento para a progressão de regime em casos como o dele. O ministro classificou a decisão de Ribeiro como ilegal e tomada fora dos limites da jurisdição.

Fonte: Brasil 247

Bolsonarismo freou avanço evangélico, diz pastor próximo a Marçal (vídeo)

Aluízio A. Silva, líder da Igreja Videira e próximo a Marçal, afirmou que mistura entre púlpito e política afastou fiéis

       (Foto: Reprodução Youtube)

Em um vídeo postado nas redes sociais pela página O Fuxico Gospel, o pastor Aluízio A. Silva, fundador da Igreja Videira, comentou os dados do novo Censo do IBGE sobre a religião no Brasil e atribuiu ao bolsonarismo a desaceleração do crescimento das igrejas evangélicas no país.

“De cada quatro brasileiros, um é evangélico. Aleluia! Deus é bom. Espero que sejam regenerados, nascidos de novo. Glória a Deus por isso”, disse o pastor, celebrando os números. No entanto, ele destacou uma preocupação com o ritmo de crescimento da fé evangélica.

“No ritmo que as igrejas vinham crescendo até 2020, a previsão era que em 2032 o Brasil teria mais de 50% de evangélicos. Não sei o que aconteceu, mas o ritmo caiu drasticamente. Depois da pandemia, caiu drasticamente”, afirmou.

Segundo ele, embora o IBGE não aponte as causas, a razão é clara: “Eu vou te dizer qual é a causa disso. Foi o bolsonarismo. Quando os pastores no púlpito resolveram assumir politicamente algo, fecharam a porta da igreja pra montão de gente”, criticou.

O líder religioso que é próximo a Pablo Marçal, que costuma citar a igreja em compromissos e entrevistas e também vai a eventos e cultos, reforçou que o problema não foi apenas afastar pessoas de esquerda, mas também aquelas que “não querem se identificar com um segmento político”. Para ele, a politização dos púlpitos foi uma armadilha: “Isso é distração do maligno. Tenha muito cuidado com isso”, alertou.
Fonte: Brasil 247

Investigação aponta que professor especialista em China foi alvo de ataques bolsonaristas após espionagem da Abin

Evandro Menezes de Carvalho, professor de direito internacional, diz que pretende acionar a União na Justiça

       Evandro Menezes de Carvalho (Foto: Divulgação)

O professor de Direito Internacional Evandro Menezes de Carvalho, especialista nas relações entre Brasil e China, foi monitorado ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro e, meses depois, virou alvo de uma campanha de ataques a sua reputação conduzida por bolsonaristas nas redes.

Segundo relatório da Polícia Federal, o nome de Carvalho foi consultado diversas vezes no sistema espião FirstMile por agentes da Abin entre 2019 e maio de 2020, dentro das operações internas.

Pouco depois, em agosto de 2020, o bolsonarista Oswaldo Eustáquio, atualmente foragido, publicou um vídeo nas redes acusando o professor de ser um suposto “espião chinês”, postagem que foi amplamente disseminada pela milícia digital com a narrativa que incluía acusações de que a CIA e o FBI estariam investigando o professor por representar interesses do governo chinês.

Segundo a investigação, dados obtidos clandestinamente eram compartilhados com o núcleo político do governo Bolsonaro e usados por assessores do Planalto para alimentar campanhas de desinformação.

Em entrevista ao jornalista Fávio Serapião, do Metrópoles, o professor afirmou que sempre suspeitou da ligação entre os ataques e o entorno de Bolsonaro.

“Isso mostra o grau de periculosidade de uma operação clandestina da Abin motivada por critérios políticos e ideológicos. A gravidade dessa violação é que ela se insere no contexto de violência do Estado brasileiro naquele momento”, disse o professor, informando que pretende acionar a União na Justiça.

“O que me deixa mais indignado é que aqueles que estão agindo contra o interesse nacional estão saindo impunes, enquanto eu, que nunca fui filiado a partido ou tive cargo público relevante, fui atacado e ameaçado de morte”, repudiou.

Sobre a China, o professor disse que o discurso bolsonarista distorce a relação com a China. “Embora no imaginário popular a China esteja ligada à esquerda, é a direita quem mais se beneficia dessa relação, especialmente no campo comercial”, lembrou.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

MDB mira espaço na chapa como vice de Lula em 2026

Partido avalia disputar vaga de Alckmin em eventual candidatura à reeleição de Lula

                         Geraldo Alckmin e Simone Tebet com Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Em meio a um cenário de crise com o Congresso, o MDB mantém o interesse em ocupar a vaga de vice-presidente na provável candidatura à reeleição do presidente Lula em 2026.

Apesar da aliança com Geraldo Alckmin (PSB), atual vice-presidente, se manter firme, o MDB alimenta a esperança de articular um espaço na chapa com a expectativa de que o cenário vai melhorar para Lula, enquanto partidos de centro e direita flertam com neutralidade ou oposição.

De acordo com apuração da Folha de S. Paulo, entre as condições colocadas por setores do partido para avançar com a reivindicação estão uma eventual recuperação de popularidade de Lula e a consolidação de sua posição como favorito para as eleições de 2026. A leitura é que, em um cenário de força eleitoral, a composição da chapa pode voltar a ser negociada — sobretudo se Jair Bolsonaro (PL) decidir lançar um membro da família como cabeça de chapa da direita.

Nomes como o governador do Pará, Helder Barbalho, os ministros Renan Filho (Transportes) e Simone Tebet (Planejamento) são apontados como possíveis indicações. No entanto, o partido está dividido: enquanto uma ala se movimenta por uma reaproximação com Lula, figuras como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o ex-presidente Michel Temer articulam para minar essa proposta. Temer, inclusive, tem articulado a formação de uma frente única da centro-direita, fora da órbita do governo.

Por ora, a decisão formal do partido sobre a sucessão presidencial está prevista apenas para a convenção nacional de 2026. Dirigentes do MDB admitem, nos bastidores, que a oferta da vaga de vice poderia ser decisiva para inclinar a legenda em direção ao apoio a Lula.

Enquanto isso, o nome de Geraldo Alckmin, segue com respaldo no Planalto. A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) declarou recentemente que não há qualquer debate interno sobre mudança na chapa e elogiou o desempenho de Alckmin no cargo.

A possibilidade de substituição só seria cogitada caso o ex-governador de São Paulo decidisse disputar outro cargo em 2026 — como o governo paulista ou uma vaga no Senado —, algo hoje tratado como pouco provável por seus aliados.

Com partidos como Republicanos, PP e União Brasil sinalizando distanciamento do Planalto e flertes com Tarcísio de Freitas (SP) para a disputa presidencial, a estratégia do PT pode ser, ao menos, garantir a neutralidade desses aliados em vez de uma nova aliança de chapa.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Sionista fanático, colunista da Folha ataca colega de jornal com fake news

     Alexandre Schwartsman


O economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central e colunista da Folha de S.Paulo, atacou publicamente a colega de jornal Mônica Bergamo após a destruição de um hospital na cidade de Beersheba, em Israel, pelo Irã.

Em publicação no X, ele ironizou: “A Mônica Bérgamo deve estar tão chocada com o ataque ao hospital em Israel que nem conseguiu postar a respeito”.

Bergamo respondeu de forma direta: “Postei, sim. Peço que você, como pessoa que lida com informação, apenas cheque os fatos antes de publicar. Obrigada.”

A fake news de Schwartsman, sionista fanático, é uma provocação ideológica e uma maneira de tentar provocar a demissão de Mônica.

Ele é crítico frequente de vozes progressistas que denunciam os ataques de Israel à população palestina e age como o clássico dedo duro, com uma atitude policialesca e covarde diante de quem discorda de suas visões de mundo.

A postagem da jornalista, publicada anteriormente, tratava justamente da ofensiva militar iraniana e das mortes de civis, contrariando a insinuação do sujeito. O episódio chamou atenção por escancarar a hostilidade dentro da própria redação da Folha e pelos ataques entre colunistas com visões políticas diferentes sobre a guerra.

Internautas acusaram Schwartsman de desinformar de forma consciente. “Você mente sabendo que ela postou. Esse tipo de coisa não é erro, é má-fé mesmo”, escreveu uma usuária.

Fonte: DCM

STF já sabe quando vai avaliar a validade da delação de Mauro Cid


O tenente-coronel Mauro Cid – Divulgação/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve discutir a validade do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid com a Polícia Federal (PF) apenas durante o julgamento dos réus da tentativa de golpe, previsto para o segundo semestre. A informação foi confirmada à Folha de S.Paulo por ministros da Corte, que avaliam com cautela as mensagens trocadas entre o militar e o advogado Luiz Eduardo Kuntz, reveladas recentemente.

As mensagens mostram o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) relatando bastidores da investigação e possíveis pressões da PF. Apesar do conteúdo chamar atenção, integrantes do STF apontam que as informações não são inéditas.

Em março de 2024, a revista Veja divulgou áudios em que o tenente-coronel se queixava de pressões para delatar, além de criticar o ministro Alexandre de Moraes. Após isso, o militar reafirmou por três vezes a voluntariedade da colaboração, o que enfraquece argumentos por anulação da delação — embora eventuais benefícios do acordo possam ser reavaliados.

O advogado Kuntz, que representa o coronel da reserva Marcelo Câmara (ex-assessor de Jair Bolsonaro e também réu), afirmou que as conversas com Cid ocorreram no contexto de um procedimento chamado Auto de Investigação Defensiva Criminal, permitido pela OAB.

Segundo ele, o tenente-coronel o procurou espontaneamente e os dois mantêm uma relação próxima há anos devido à prática de equitação. Kuntz ressaltou que registrou as conversas desde setembro de 2023 e preparou o material em março de 2024, mas esperou para apresentá-lo apenas quando visse utilidade estratégica.

Mauro Cid e Jair Bolsonaro se cumprimentando em interrogatório
Mauro Cid e Jair Bolsonaro se cumprimentando em interrogatório – Divulgação/STF

A PF, no entanto, vê indícios de tentativa de obstrução de Justiça. Moraes ordenou a prisão de Câmara na quarta-feira (18), apontando que o advogado extrapolou suas funções legais ao tentar obter informações sobre a delação de Cid. “São gravíssimas as condutas noticiadas nos autos”, escreveu o magistrado. O advogado nega irregularidades e argumenta que teve receio de ser alvo de uma ação controlada por Cid, com envolvimento da PF.

O contexto geral levanta suspeitas dentro do STF. Há especulação de que Kuntz tenha sido também o interlocutor de Cid nos áudios divulgados pela Veja. O teor das mensagens é similar e coincide com as datas das gravações. Internamente, ministros reforçam que a delação do militar permanece válida, mas admitem que o conteúdo precisa ser contextualizado.

A situação jurídica de Mauro Cid continua delicada. Em um episódio recente, Alexandre de Moraes chegou a determinar sua prisão sob suspeita de plano de fuga para o exterior com apoio do ex-ministro Gilson Machado. No entanto, a ordem foi revogada poucas horas depois. Mesmo assim, a PF realizou buscas e o tenente-coronel prestou novo depoimento.

Fonte: DCM

CBF quer Brasil como sede da Copa do Mundo de Clubes de 2029

O presidente da CBF, Samir Xaud, presenteia o presidente da Fifa, Gianni Infantino, com uma camisa da seleção brasileira. Foto: Divulgação/CBF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) comunicou à Fifa o interesse do Brasil em sediar a Copa do Mundo de Clubes de 2029. O anúncio foi feito na última sexta-feira (21), durante uma reunião na Cúpula Executiva de Futebol da Fifa, realizada em Miami.

O presidente da CBF, Samir Xaud, se encontrou com Gianni Infantino, presidente da Fifa, e Mattias Grafström, secretário-geral da entidade, e apresentou a proposta. Segundo ele, a recepção foi positiva: “Ele (Infantino) ficou muito feliz, disse que é totalmente possível. Agora vamos trabalhar para que dê certo. Vai ser um golaço”, disse Xaud ao Globo.

A conversa inicial serviu como uma aproximação entre a nova gestão da CBF e os dirigentes da Fifa. “Falei dos meus objetivos à frente da CBF e disse que queremos estar mais próximos da Fifa. Elogiei o evento e o nível dos clubes brasileiros e, por fim, coloquei o país à disposição para receber a próxima Copa do Mundo”, completou.


Embora ainda não represente uma candidatura formal, a confederação já considera a manifestação como um passo inicial rumo à oficialização. O Brasil foi representado no encontro por Samir Xaud e pelo vice-presidente Gustavo Dias Henrique.

O interesse brasileiro vem ganhando força dentro da Fifa. Segundo relatos, a entidade tem se mostrado animada com o entusiasmo da torcida brasileira, especialmente pelas imagens de grandes públicos assistindo aos jogos em praias do país, como destacou Infantino no Instagram.

O torneio está previsto para acontecer entre junho e julho de 2029 e contará com 32 clubes. Caso o Brasil seja escolhido como sede, deve receber uma vaga extra, possivelmente para o campeão do Brasileirão de 2028. Também estarão classificados os campeões da Libertadores de 2025 a 2028, além de dois clubes via ranking da Conmebol.

A estrutura usada na Copa do Mundo de 2014 e a que será montada para o Mundial Feminino de 2027 também seria aproveitada para o torneio masculino de clubes, o que fortalece a candidatura brasileira.

Apesar da movimentação do Brasil, a concorrência é forte. Há articulações para que os Estados Unidos sediem novamente a competição, além de possíveis candidaturas da Europa e da Austrália. A Fifa ainda não divulgou o cronograma oficial para a escolha da sede.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Saiba onde asssistir o jogo do Fluminense hoje no Mundial de Clubes


Canobbio (Fluminense), no duelo contra o Borussia Dortmund pela Copa do Mundo de Clubes. Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C.

Mundial de Clubes da FIFA 2025 segue com dois confrontos importantes neste sábado (21). Às 13h (horário de Brasília), o Mamelodi Sundowns enfrenta o Borussia Dortmund. Mais tarde, às 19h, o Fluminense encara o Ulsan Hyundai em busca de uma vaga nas fases decisivas do torneio. Ambas as partidas prometem alta intensidade e forte presença de torcedores brasileiros.

As transmissões dos jogos de hoje estarão disponíveis em diferentes plataformas. A partida entre Mamelodi Sundowns e Borussia Dortmund será exibida pelo SporTV e CazéTV. Já o duelo entre Fluminense e Ulsan será transmitido pela TV Globo (em rede aberta), além do SporTV e do canal digital CazéTV.

Todos os jogos também estão disponíveis via streaming pelo DAZN, gratuitamente, mediante cadastro.

Fonte: DCM

Governo alerta: derrubada do veto de Lula pode encarecer energia em R$ 525 bi

Parque eólico instalado nas dunas do litoral nordestino – Foto: Reprodução


O governo federal alertou que a derrubada do veto presidencial a trechos do projeto de estímulo à energia eólica pode elevar em até R$ 525 bilhões o custo da conta de luz até 2040. O impacto anual, segundo os cálculos, pode atingir R$ 35,1 bilhões, encarecendo a tarifa para consumidores em todo o país.

O projeto original tratava da regulamentação da geração de energia eólica offshore, mas parlamentares adicionaram dispositivos alheios ao tema, os chamados “jabutis”. Apesar do veto do presidente Lula (PT), o Congresso derrubou parte das objeções na sessão de terça-feira (17), reintroduzindo exigências que ampliam os custos do setor elétrico.

O presidente Lula – Foto: Evaristo Sá/AFP
A rejeição dos vetos obriga o governo a contratar energia de fontes específicas, como pequenas centrais hidrelétricas (R$ 12,4 bilhões), hidrogênio líquido no Nordeste e Sul (R$ 1,4 bilhão), renovar contratos do Proinfa (R$ 0,6 bilhão) e realizar leilões de térmicas a gás sem necessidade (R$ 20,6 bilhões).

Entidades como a Frente Nacional dos Consumidores de Energia e a Abrace Energia estimam que, se todos os vetos forem derrubados, o impacto total pode chegar a R$ 545 bilhões até 2050. Um grupo com 12 associações do setor já havia alertado o Planalto sobre o risco de alta nos custos para os consumidores.

O Congresso reverteu apenas parte dos vetos, o que já representa um acréscimo de R$ 197 bilhões, ou R$ 7,8 bilhões por ano. Ainda resta a análise de outros pontos vetados, o que pode aumentar o prejuízo para os consumidores e pressionar o orçamento do setor energético.

Para tentar conter os efeitos, o governo vai editar uma Medida Provisória nos próximos dias. Segundo nota da Secretaria de Relações Institucionais, o objetivo é “garantir menor impacto sobre o preço da energia”. A decisão foi tomada após reunião entre ministros e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Fonte: DCM

Polícia busca mandante de assassinato de vereadora do PT no RS após prisão de suspeito


A vereadora de Formigueiro (RS) Elisane Rodrigues dos Santos (PT). Foto: Reprodução


Segundo o delegado Antônio Firmino, o suspeito preso tem 18 anos e confessou ser o executor. A principal linha de investigação aponta que o crime foi motivado por uma dívida relacionada ao tráfico de drogas. O filho da vereadora teria contraído essa dívida com criminosos locais.

“Ele confessou a autoria. A partir do cruzamento de dados, temos também dados sobre o mandante. Em breve, ele será preso também”, afirmou o delegado. “Ela foi atraída pelo autor do crime, que era amigo da família, sob a alegação que ele teria uma carne de gado bem barata para vender, abaixo do preço da tabela.”

O encontro foi marcado em uma encruzilhada no município de Formigueiro. No local, Elisane foi morta com facadas no tronco e no pescoço. O corpo foi encontrado ao lado de seu carro, e nenhum pertence foi levado, o que reforça a tese de homicídio premeditado.

Durante o depoimento, o suspeito contou que descartou a arma do crime e um dos celulares da vítima em uma barragem. Devido às enchentes no estado, as buscas pelos objetos foram adiadas. A motocicleta usada no trajeto foi apreendida, e as investigações sobre o mandante continuam.

Elisane era a única mulher entre os nove vereadores de Formigueiro. Também atuava como técnica de enfermagem e era reconhecida por sua defesa das comunidades quilombolas.

Prefeitura e Câmara decretaram luto de três dias. O velório e o sepultamento ocorreram na quarta-feira (18), com a presença de familiares, moradores e representantes políticos.

A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, usou as redes sociais para lamentar o assassinato da vereadora.

Fonte: DCM

Influenciadora Virginia é detida em aeroporto chinês após problema com passaporte

Virginia Fonseca relatou o problema com o passaporte nos stories. Foto: reprodução

A influenciadora e apresentadora Virginia Fonseca passou por um contratempo durante seu retorno ao Brasil após uma viagem à China. Ao chegar na imigração, foi encaminhada para uma verificação adicional. “Estava bem linda e plena passando pela imigração aqui, a mulher encafifa que não sou eu no passaporte”, relatou a influenciadora em seus stories do Instagram na sexta-feira (20).

Virginia explicou que o passaporte foi emitido quando ela tinha 19 anos, e que desde então sua aparência mudou bastante. “Tenho 26 anos agora”, destacou. Segundo ela, foi a primeira vez que teve problemas em uma imigração internacional. “Já viajei o mundo inteiro com o passaporte e ninguém nunca me parou. Aí vai a Vivíbora para a salinha”, brincou.

A influenciadora contou ainda que ficou cerca de 15 minutos na sala de averiguação, enquanto diversos agentes comparavam a imagem do passaporte com seu rosto atual. Ao final, foi liberada: “Eles agradeceram a colaboração”, disse.

Fonte: DCM

Aliados dizem que Bolsonaro deve recusar prisão domiciliar após condenação


  O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante interrogatório sobre a trama golpista no STF. Foto: Reprodução

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) acreditam que ele não irá solicitar o cumprimento de pena em prisão domiciliar, caso seja condenado por envolvimento na tentativa de golpe de Estado, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo. Para esse grupo, o ex-presidente preferirá manter o discurso de perseguição política, mesmo diante de uma possível condenação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo pessoas próximas a Bolsonaro, aceitar a prisão domiciliar “aliviaria a pressão” sobre o STF e sobre o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Na avaliação desses aliados, o ex-capitão teria mais a ganhar politicamente se ficasse detido em uma unidade militar, como o general Walter Braga Netto, mantendo a narrativa de injustiça e inflamando sua base bolsonarista.

Além disso, a defesa de Bolsonaro teria que solicitar oficialmente a domiciliar ao STF, o que, para seus aliados, seria como admitir que ele foi realmente condenado e enfraqueceria seu discurso de inocência.

Bolsonaro modera, mas é Moraes quem imprime o ritmo do futuro do ex-presidente
O ex-presidente Jair Bolsonaro encara o ministro Alexandre de Moraes durante interrogatório no STF. Foto: Antonio Augusto/STF
Por outro lado, integrantes do governo Lula (PT) com trânsito no Judiciário acreditam que, caso Bolsonaro peça, há chances reais de conseguir a prisão domiciliar. A justificativa estaria baseada na saúde frágil do ex-mandatário, agravada desde a facada sofrida em 2018 e pelas cirurgias intestinais que enfrentou.

Dentro do STF, o caso do ex-deputado Nelson Meurer ainda causa desconforto. Condenado na Lava Jato, ele morreu em 2020 após contrair Covid-19 na prisão, depois de ter o pedido de domiciliar negado diversas vezes. Esse episódio é considerado um “trauma” na Corte, que pode pesar na decisão sobre Bolsonaro.

O ex-presidente responde no STF por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano ao patrimônio público e tentativa de subversão da ordem constitucional. Se for condenado, pode ser sentenciado a mais de 40 anos de prisão e ter sua inelegibilidade prorrogada para além de 2030.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Gleisi lidera ofensiva do Planalto para reduzir rejeição entre evangélicos

Gleisi Hoffmann, ministra da SRI. Foto: reprodução

A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), assumiu a liderança de uma nova estratégia do governo Lula (PT) para aproximação com o público evangélico, que apresenta 61% de rejeição ao presidente segundo pesquisa Datafolha de junho. A articulação política inclui encontros com lideranças religiosas e a elaboração de um cronograma de reuniões entre ministros e pastores.

Em conversas recentes, pastores considerados “progressistas” entregaram à ministra um documento com demandas específicas, incluindo a criação de uma assessoria especializada em assuntos religiosos e a realização de um encontro direto entre Lula e lideranças evangélicas.

“É importante que o diálogo seja feito a partir da massa evangélica e não apenas com seus líderes”, afirmou Nilza Valéria Zacharias, da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, que participou dos encontros, em entrevista ao Globo.

A estratégia do Planalto prevê evitar confrontos diretos com pastores opositores e focar na comunicação com os fiéis, reconhecendo a diversidade desse público que representa 26,9% da população brasileira (47 milhões de pessoas).
Lula com evangélicos. Foto: reprodução
Ministros evangélicos como Jorge Messias (AGU) têm sido peças-chave nessa aproximação, ele representou o governo na Marcha para Jesus em São Paulo, em que Lula enviou carta enaltecendo o evento.

O pastor Sergio Dusilek avaliou que “é cedo para dizer se haverá resultado, mas o que interessa é o movimento”. A equipe de Gleisi trabalha para incluir no diálogo religiosos sem simpatia pelo governo, desde que não sejam aliados de Bolsonaro, que mantém 25% de rejeição entre evangélicos.

Fonte: DCM

PF volta a prender bolsonarista que destruiu relógio histórico no 8/1

Antonio Cláudio Alves Ferreira, flagrado pelas câmeras do Palácio do Planalto destruindo um relógio histórico trazido pela família real portuguesa em 1808, durante o 8 de Janeiro – Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (20), a Polícia Federal (PF) voltou a prender Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado por destruir um relógio do século 17 durante os atos de 8 de Janeiro. Ele foi localizado na cidade de Catalão, em Goiás, em uma operação conjunta com a Polícia Militar e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais.

A nova prisão ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), revogar a decisão do juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, de Uberlândia (MG), que havia concedido progressão de regime ao condenado. Moraes alegou que o juiz não tinha competência para tomar essa decisão e determinou a apuração da conduta do magistrado.

O bolsonarista havia sido solto com base em bom comportamento e por já ter cumprido o tempo mínimo da pena exigida. O juiz impôs o uso de tornozeleira eletrônica, mas autorizou a liberação sem o equipamento, alegando indisponibilidade do item. A Secretaria de Justiça de Minas Gerais negou a falta de tornozeleiras.

O réu foi condenado a 17 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito e uso de substância inflamável contra patrimônio público. Durante o julgamento, ele admitiu ter lançado um extintor e quebrado o relógio histórico.

O relógio em questão foi um presente da corte francesa ao imperador d. João 6º em 1808. A peça, produzida por Balthazar Martinot, fazia parte do acervo do Palácio do Planalto e estava localizada no gabinete presidencial. O objeto foi restaurado e devolvido ao local em janeiro de 2025.

Fonte: DCM