sábado, 22 de novembro de 2025

Sem soluço: Bolsonaro não teve crise durante sua prisão, diz PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não apresentou qualquer crise de soluço no momento em que foi preso pela Polícia Federal neste sábado (22), apesar de a defesa ter citado o problema de saúde para pedir prisão domiciliar humanitária, conforme informações da colunista Carla Araújo, do UOL.

Investigadores que participaram da operação disseram que o ex-capitão estava calmo, sem resistência, e relataram que ele não deu “nem um soluço” durante toda a abordagem.

A noite anterior havia sido marcada por um episódio de soluços. Bolsonaro jantou uma canja com quatro irmãos e dois cunhados e, por volta das 21h45, voltou a apresentar o sintoma, tomando medicação em seguida. Sonolento, adormeceu no sofá e acordou perto da meia-noite “desorientado”, segundo aliados.

No momento da prisão, ele estava acompanhado de Eduardo Torres, irmão de Michelle Bolsonaro, e de um de seus irmãos. A ex-primeira-dama estava no Ceará, em um evento do PL, e foi avisada por telefone.

Defesa citou saúde e pediu prisão domiciliar

A defesa havia solicitado prisão domiciliar humanitária justamente por causa dos problemas de saúde, incluindo as crises recorrentes de soluço. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido e afirmou que ele havia se tornado “prejudicado” após a conversão da prisão domiciliar em preventiva.

Na decisão divulgada neste sábado (22), Moraes declarou que o requerimento da defesa e todas as autorizações de visita perderam objeto porque a nova ordem de prisão preventiva passou a vigorar na manhã do mesmo dia. O STF considera pedidos prejudicados quando são superados por um fato novo, como ocorreu neste caso.

Prisão não está ligada à condenação

Bolsonaro foi preso preventivamente e levado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A detenção não está relacionada à condenação de 27 anos e três meses pela tentativa de golpe, que ainda aguarda o fim dos prazos recursais. Quando esses recursos se esgotarem, a execução da pena deverá começar em regime fechado.

Mesmo condenado no mesmo julgamento de integrantes do núcleo central da trama golpista, Bolsonaro foi o único a receber ordem de prisão preventiva. Os demais seguem em liberdade enquanto aguardam novos desdobramentos.

Fonte: DCM com informações do UOL

Rogério Correia: “prisão de Bolsonaro é uma vitória do processo democrático brasileiro”

Para Correia, mais do que um fato judicial, o episódio simboliza um marco institucional: a democracia, segundo ele, venceu

     O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada na manhã deste sábado (22), representa, na avaliação do deputado federal Rogério Correia (PT-MG), um marco na defesa do Estado Democrático de Direito. Em declaração enfática, ele afirmou: “É um dia realmente para comemorar, um dia de comemorar a democracia no Brasil.”

A medida foi solicitada pela Polícia Federal e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro foi levado para a Superintendência da PF após apresentar risco de fuga, evidenciado pela tentativa de romper a tornozeleira eletrônica durante a madrugada — fato que pesou na decisão judicial.

Correia lembrou que integrou a CPMI do Golpe e disse que a prisão preventiva consolida anos de investigação sobre ataques às instituições.

“A prisão preventiva coroa o conjunto de evidências acumuladas. É um dia para comemorar a democracia no Brasil.”

O deputado afirmou que o episódio da tornozeleira reforça o entendimento de tentativa de fuga, como mencionado pelo ministro Moraes.

“Isso pode pressupor (...) uma tentativa, um possível tentativo de fuga.”

O parlamentar atribuiu à convocação de atos por aliados de Bolsonaro — feita às vésperas da prisão — um caráter de instabilidade institucional.

“Eles convocam um ato (...) para tentar ter um estopim de algo que justifique uma quebra do Estado Democrático ou mesmo a fuga de Bolsonaro.”

Correia criticou ainda o uso de linguagem religiosa nas mobilizações:

“Ele usa um versículo da Bíblia para dizer que está chamando o senhor das guerras. (...) Acredite quem quiser. Porque orações no dia 8 de janeiro é o que não existiu.”

O deputado rebateu discursos de que Bolsonaro seria alvo injusto ou estaria fragilizado.

“Os bolsonaristas agora estão querendo imputar a Bolsonaro uma condição de vítima desse processo. (...) Pode até achar que ele esteja um coitado. Então é preciso relembrar tudo o que ocorreu nesse período.”

Para ele, diante do risco concreto de fuga e do histórico de confrontos institucionais, a prisão era inevitável:

“Não tinha outra opção a fazer, a não ser representação nessa prisão. Acho mais que é justa a prisão preventiva.”

Como se trata de uma prisão preventiva — e não de cumprimento de pena — a medida busca impedir obstrução da investigação, destruição de provas ou evasão. Bolsonaro já era alvo de diferentes frentes de apuração desde o fim do mandato, mas, com a detenção, o processo entra em seu ponto mais crítico e aumenta a pressão sobre aliados.

Para Correia, mais do que um fato judicial, o episódio simboliza um marco institucional:

A democracia, segundo ele, venceu.

Fonte: Brasil 247

Gonet deu aval para prisão preventiva de Jair Bolsonaro

PGR deu parecer favorável após PF apontar risco de fuga, e Moraes decretou a medida

      Paulo Gonet (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi informada previamente sobre o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro e manifestou concordância com a medida. A informação foi divulgada pela CBN, que teve acesso ao despacho do ministro Alexandre de Moraes, responsável por decretar a prisão. Segundo o documento, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que, “diante da urgência e da gravidade de novos fatos apresentados”, a PGR “não se opõe à providência indicada pela autoridade policial”.

O pedido havia sido apresentado pela Polícia Federal, que apontou risco de fuga do ex-presidente. Com o aval da PGR, Moraes determinou a prisão preventiva e definiu que o cumprimento da ordem ocorresse “com todo o respeito e dignidade ao ex-presidente da República, sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática”, orientação que foi observada pela PF.

Bolsonaro foi levado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde permanecerá à disposição da Justiça. A decisão também assegura atendimento médico integral ao ex-presidente, autorizando a entrada da equipe de saúde que o acompanha, além de seus advogados, para continuidade do tratamento nas dependências da PF.

A audiência de custódia está marcada para domingo (23), ao meio-dia, na própria superintendência. Além disso, Moraes convocou uma sessão extraordinária da Primeira Turma do STF para segunda-feira (24), quando os ministros irão analisar se referendam ou não a decisão que colocou Jair Bolsonaro em prisão preventiva.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO mostra comboio da PF chegando no condomínio de Bolsonaro


      Comboio da PF passando pela entrada do condomínio de Bolsonaro. Foto: R7

O portal R7 registrou, às 6h deste sábado (22), o momento em que a Polícia Federal entrou no condomínio onde Jair Bolsonaro mora, em Brasília, para cumprir o mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes. As imagens mostram um comboio formado por carros e vans da PF chegando ao local ainda antes do nascer do sol, em uma operação rápida e silenciosa que durou menos de meia hora.

O ex-presidente foi detido por volta das 6h, conforme nota divulgada pela Polícia Federal. Ele foi levado diretamente para a Superintendência da PF no Distrito Federal, onde permanece em sala especial reservada para autoridades. A corporação destacou que cumpriu ordem do Supremo Tribunal Federal conforme determina o procedimento legal para prisões preventivas.


A medida não marca o início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses à qual Bolsonaro foi condenado em setembro, por tentativa de golpe de Estado e liderança de organização criminosa. A condenação ainda não transitou em julgado, e o processo segue em fase de recursos. Segundo fontes da PF, a prisão decretada neste sábado não tem relação direta com essa sentença, mas sim caráter cautelar.

A decisão de Moraes traz detalhes que motivaram o pedido urgente da PF. O ministro relatou que, às 00h08 deste sábado, o Centro de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou ao STF a violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro. “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, escreveu Moraes.

A manifestação citada pelo ministro foi convocada na véspera por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que chamou aliados para uma “vigília” em frente ao condomínio do ex-presidente.

A suposta reunião religiosa, marcada para as 19h deste sábado, foi interpretada pela Polícia Federal e pelo STF como potencial catalisadora de confusão, com risco de confrontos, aglomeração descontrolada e tentativa de obstrução da fiscalização das medidas cautelares.

Moraes afirmou na decisão que o episódio representava a repetição do “modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu”, que, segundo ele, se apoia em mobilizações populares para criar tumulto e buscar vantagens pessoais. Para o ministro, a convocação de Flávio tinha aparência de ato religioso, mas conteúdo político. A decisão afirma que a conduta “indica a possível tentativa de utilização de apoiadores” para interferir no cumprimento da prisão domiciliar anterior.

A prisão preventiva pode ser decretada quando há necessidade de garantir a ordem pública, preservar a instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal. Para Moraes, todos esses requisitos estavam presentes. O risco de fuga, especialmente após a violação da tornozeleira, foi considerado central.

Fonte: DCM

Moraes nega pedido da defesa por prisão domiciliar humanitária para Bolsonaro

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para que o ex-presidente cumprisse prisão domiciliar humanitária. A decisão, divulgada neste sábado (22), afirma que o requerimento perdeu objeto após a conversão da prisão domiciliar em prisão preventiva, decretada horas antes em Brasília.

Moraes declarou que tanto o pedido de prisão domiciliar humanitária quanto todas as autorizações de visita concedidas anteriormente foram considerados “prejudicados”.

De acordo com o entendimento do STF, um pedido perde utilidade quando é superado por um fato novo — neste caso, a ordem de prisão preventiva que passou a vigorar a partir da manhã deste sábado.


O ministro citou a convocação de uma vigília na porta do condomínio onde Bolsonaro vivia, articulada com o objetivo de evitar sua prisão. Além disso, registrou que Bolsonaro violou a tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado, o que foi tratado como indício de tentativa de fuga.

Ele de novo! Por que Moraes está na megaoperação do CV
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução


Condenação não é o motivo atual da prisão


Bolsonaro já foi condenado a 27 anos e três meses pela tentativa de golpe, mas a prisão ocorrida neste sábado não está relacionada a essa sentença. Os prazos de recursos seguem abertos e a execução da pena — que deverá começar em regime fechado — deve ocorrer nos próximos dias, quando os recursos se esgotarem.

Embora faça parte do mesmo julgamento de integrantes do núcleo central da trama golpista, Bolsonaro foi o único a receber ordem de prisão preventiva. Os demais condenados permanecem em liberdade enquanto aguardam os próximos desdobramentos processuais.

Fonte: DCM

Web elege Flávio “craque do jogo” pela prisão de Bolsonaro; veja os memes


     Flávio Bolsonaro como “craque do jogo”. Foto: reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) virou piada nas redes sociais neste sábado (22) após a prisão do seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O nome do primogênito caiu nas graças dos tuiteiros porque ele convocou seus seguidores para uma vigília e, após a tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica do golpista, foi interpretada como parte de um plano de fuga.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), descreveu o vídeo como uma conteúdo “com a finalidade de obstruir a fiscalização das medidas cautelares”. Assim, a prisão de Bolsonaro está sendo diretamente atribuída a Flávio.

Veja o agradecimento público ao senador:

Fonte: DCM

Feliz dia 22, Xandão Noel e churrasco na cama: os memes sobre a prisão de Bolsonaro


Alexandre de Moraes como Papai Noel e “Choroquina”: memes da prisão de Bolsonaro. Foto: reprodução

Logo nas primeiras horas deste sábado (22) a internet ficou agitada com a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além do momento aguardado no Brasil, o contexto da ação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), caiu como um “banquete” para os criadores de memes das redes sociais.

Um dos principais alvos é o senador Flávio Bolsonaro (PL), que convocou uma suposta vigília de oração para com a intenção de criar um motim e facilitar a fuga do seu pai. “Obrigado, Flávio”, já é um dos termos mais comentados do X ao lado de expressões como “Bolsonaro preso”, “Grande Dia” e “Dia 22”, que coincide com o número do golpista nas urnas.

Veja os memes:

Fonte: DCM