domingo, 25 de maio de 2025

Observadores internacionais comentam as eleições na Venezuela

Revolução Bolivariana realiza confiante mais uma eleição democrática com centenas de observadores internacionais

(Foto: prensa latina)

Por Francisco Balsinha, de Caracas - Neste domingo (25), o povo venezuelano é mais uma vez chamado às urnas para eleger deputados, legisladores e governadores, em mais um desafio eleitoral na pátria de Bolívar nos últimos 26 anos. Para certificação internacional do resultado destas eleições foram convocados centenas de observadores internacionais provenientes de 53 países. É a alguns desses observadores internacionais que damos voz neste trabalho.

A portuguesa Regina Marques, do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) afirma que as eleições na Venezuela revestem-se de “um significado de grande prestígio para o MDM, de grande reconhecimento do nosso trabalho e também a responsabilidade de virmos aqui interpretar aquilo que vai acontecer nestas eleições”. “Além disso, - prossegue - “é um orgulho também que a Venezuela com o seu caráter democrático e revolucionário, que tem um processo eleitoral extremamente participativo, nos tenha convidado para que depois possamos partilhar a nossa experiência com outras organizações portuguesas com quem temos história comum de luta política”.

Ela conta que já esteve várias vezes na Venezuela por várias razões. “A primeira vez que vim à Venezuela foi para participar num congresso da Federação Democrática Internacional das Mulheres, ainda no tempo do saudoso presidente Hugo Chavez, que esteve no nosso congresso e nos proporcionou momentos inesquecíveis, além disso também estive posteriormente no congresso da organização das mulheres venezuelanas e depois voltei como vedora (observadora) nas eleições comunais, tendo nessa altura ido para o estado de Falcon, que é muito interessante porque congrega uma zona industrial intensa juntamente com a actividade piscatória e nesse local pude observar a conjugação da actividade de operários, industriais e pescadores no seu dia a dia”.

Questionada sobre o sentimento em relação á Venezuela, a ativista portuguesa afirma: “Eu diria que o meu sentimento em relação à política do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e em relação ao regime bolivariano, isto porque não conheço a Venezuela toda, é o de que tenho muita esperança e confiança na forma como eles encaram a política e a resolução dos problemas e saliente que têm enfrentado o imperialismo de uma maneira muito corajosa e têm conseguido vencer em muitos aspectos, além de que são muito unidos e participam muito em acções rua e isso é muito perceptível. Deixa-me dizer-te que também estive cá quando foi a tomada de posse do Presidente Maduro e nas ruas houve manifestações gigantescas de regozijo pela vitória eleitoral e não imaginas como eram tremendamente gigantes as manifestações de massas, uma coisa brutal, mas, ao mesmo tempo, também pudemos apreciar uma serenidade e uma alegria também partilhadas pelas forças militares destacadas para a segurança destas manifestações.

Regina Marques considera que é “uma experiência muito gratificante” compartilhar a jornada eleitoral na Venezuela com outros observadores internacionais. “Há muita simpatia, estamos todos aqui para fazer o mesmo, todos temos vontade de nos conhecermos e de trocarmos opiniões e experiências de luta política, embora se note que há ligeiras diferenças mas o ambiente entre todos é sempre muito simpático e chego sempre à conclusão de que aprendo muito.”

A dirigente do MDM espera uma vitória do PSUV e das forças bolivarianas. “Tenho estado a acompanhar as reportagens que são apresentadas pela televisão venezuelana sobre o que se passa em vários estados e vejo que as pessoas estão em paz, estão serenas e, além da vitória que desejo, estimo que não haja algazarras e provocações da oposição fascista como houve em Julho do ano passado.

Por sua vez, o colombiano David Porras e venho da Colômbia afirma que atribui grande importância ao trabalho de observador eleitoral, “porque me possibilita ver o exercício de uma democracia mais directa e participativa do que a que acontece nas democracias liberais”, diz.

Ele conta que a primeira vez que esteve na Venezuela foi em 2012 . “Quero também esclarecer que a primeira vez que vim à Venezuela fi-lo por minha conta e com a intenção de apurar a verdade sobre este país, porque todos os meios de comunicação diziam mal deste regime e então dei-me conta de que o que propagavam era algo absolutamente falso. Nessa primeira visita, durante mês e meio viajei por nove estados e pude aprender muito com o Povo, posso até dizer que absorvi muitas lições para a vida”.

O colombiano David considera que a Venezuela é “ um país que vive em completa paz, em democracia e experimenta um de desenvolvimento econômico”.

Fonte: Brasil 247

Show de Padre Fábio de Melo expõe imoralidade de cachês milionários pagos por prefeituras


Padre Fábio de Melo se apresenta em Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas: cachê de R$ 280 mil. Imagem: reprodução

Ao subir ao palco antes do show do padre Fábio de Melo, em Carmo do Rio Claro (MG), o prefeito Filipe Carielo (PSD) foi direto: “A nossa meta é, pelos próximos quatro anos, realizar eventos voltados ao público cristão.”

A apresentação custou R$ 280 mil aos cofres públicos — valor equivalente à metade do repasse feito ao principal hospital da cidade no mês de março. O caso ilustra um movimento nacional de prefeitos que têm investido pesadamente em eventos religiosos com verbas públicas.

Um levantamento do Globo mostra que ao menos 38 prefeituras em 16 estados destinaram juntas mais de R$ 13,8 milhões a eventos cristãos entre junho de 2024 e o último fim de semana.

Foram 27 celebrações evangélicas, 13 católicas e uma de natureza cristã sem especificação. Os repasses, em geral feitos por inexigibilidade de licitação, têm incomodado tribunais de contas e gerado questionamentos no Ministério Público, especialmente pela falta de transparência.

No Rio, o Tribunal de Contas tem histórico crítico sobre esses aportes.

Em 2013, o ex-prefeito de Teresópolis foi multado por destinar R$ 119 mil a uma Marcha para Jesus em 2010.

Neste ano, o mesmo evento recebeu R$ 1,9 milhão da prefeitura carioca. Outros dois projetos religiosos, a Expo Cristã (R$ 3 milhões) e o Cariocão, promovido pela Igreja Adventista, também contaram com patrocínio da prefeitura, o que levou à abertura de uma representação no Ministério Público Federal contra Eduardo Paes por “suposto favorecimento ao público evangélico”.

O debate se repete em outros estados.

No Maranhão, o MP tentou suspender o “Zé Doca com Cristo”, carnaval cristão de R$ 600 mil. No Rio Grande do Norte, a recomendação era que não se usasse verba pública para eventos religiosos, mas uma festa católica acabou recebendo R$ 17 mil. Já em cidades pequenas, como Campestre de Goiás (GO), o apoio chegou a representar 50% da arrecadação anual do IPTU.

O Dia Nacional da Marcha pra Jesus foi instituído em 3 de setembro de 2009, e, em 11 de janeiro de 2011, o encontro passou a fazer parte do calendário oficial da cidade.

Especialistas apontam a dificuldade em fiscalizar esses eventos, justamente pela sobreposição entre manifestações religiosas e culturais. “Há uma linha tênue entre religião e cultura”, afirma Rodrigo Vittorino, da UFU. “Patrocinar proselitismo é inaceitável, mas há festas tradicionais que sempre receberam apoio.”

A prefeitura de Carmo do Rio Claro defendeu a legalidade dos investimentos: “O Estado, embora laico, não é antirreligioso — sendo legítimo fomentar atividades que contribuam para a formação cultural e espiritual da sociedade.”

Para o cientista político Vinicius do Valle, do Observatório dos Evangélicos, o uso de dinheiro público revela desigualdade no apoio religioso no espaço público. “Religiões de matriz africana são frequentemente reprimidas”, critica. A falta de equilíbrio, segundo ele, torna controversa a ocupação religiosa das ruas e palcos pelas mesmas expressões religiosas, sob o manto da cultura.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Candidato único, Samir Xaud é o novo presidente da CBF; ‘É tempo de reconstruir a confiança’

Eleição aconteceu neste domingo (25), no Rio de Janeiro, após justiça afastar ex-presidente Ednaldo Rodrigues

Samir Xaud contou com apoio de 25 das 27 federações e de dez clubes das séries A e B - (Muro Pimentel/AFP)

O médico e presidente da Federal Roraimense de Futebol (FRF), Samir Xaud, foi eleito, neste domingo (25), presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele assume o cargo após Ednaldo Rodrigues ter sido afastado da presidência por decisão judicial, no início do mês. Xaud vai comandar a entidade até 2029.

O resultado não é uma surpresa. A Assembleia Extraordinária apenas confirmou o já esperado desde a saída do então presidente Ednaldo Rodrigues.

O novo presidente tem 41 anos e é filho do dirigente da FRF, Zeca Saud, que comanda a entidade há 42 anos, um dos mais longevos comandantes de federações no país. Samir foi eleito com apoio de 25 das 27 federações e de 10 dos 40 clubes das Séries A e B aptos a votar.

No primeiro pronunciamento, após a eleição, Samir Xaud afirmou que seu compromisso é “construir uma nova CBF”, pautada pela unidade, modernização e transparência. “É tempo de reconstruir a confiança”, afirmou.

Entre os principais compromissos assumidos, ele citou a reforma do calendário, a criação de um Grupo de Trabalho para discutir o fair play financeiro no futebol e o apoio ao desenvolvimento das ligas.

Xaud citou que vai incentivar mais diversidade na CBF, apontando a retomada da Taça Indígena, mais ações antirracistas e mais investimentos no futebol feminino. Ele cravou que a Copa do Mundo, que será realizada no Brasil em 2027, será um marco neste segmento.

Xaud apresentará o novo técnico da seleção brasileira, Carlos Ancelloti, e deve participação do anúncio dos primeiros convocados pelo treinador italiano.

O Brasil enfrenta no dia 5 de junho a seleção do Equador, em Guayaquil, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

Candidatura única, mas com divergências

O sistema de votação foi questionado por clubes. 20 times rejeitaram o apoio a Xaud por discordarem do método usado na eleição. O formato atual atribui pesos diferentes aos votos: clubes da série A têm peso 2, da série B têm peso 1 e as federações têm peso 3. Os críticos apontam que esse formato é desigual e pouco representativo, desconsiderando a relevância dos times e suas torcidas no processo de decisão.

Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), até tentou disputar a eleição, mas não obteve o número mínimo de apoio das federações. Ele tinha apoio de mais clubes do que o vencedor.

Apenas Botafogo, Palmeiras, Vasco e Grêmio (na série A) e Amazonas, CRB, Criciúma, Paysandu e Volta Redonda (Série B) apoiaram o novo presidente.

No pronunciamento após a eleição, o novo presidente destacou que este é um novo momento para o futebol brasileiro, que exige união entre as entidades. Citou que a candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), “qualificou a disputa”, e fez questão de reconhecer o trabalho de Ednaldo Rodrigues, afirmando que as conquistas da gestão anterior serão preservadas.

Sucessão

Xaud assume o comando da CBF após o baiano Ednaldo Rodrigues ter sido afastado do cargo por decisão judicial. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por meio de decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, confirmou que houve falsificação da assinatura do Coronel Nunes, um dos vice-presidentes da entidade, no documento que assegurava a eleição de Ednaldo em 2022.

Na sequência, o vice-presidente Fernando Sarney assumiu o cargo e convocou novas eleições. Horas depois, Samir Xaud recebeu o apoio de 25 federações.

Em janeiro, Samir Xaud foi eleito para presidir a Federação Roraimense de Futebol, também como candidato único.

Editado por: Nathallia Fonseca
Fonte: Brasil de Fato

"Argentina sangra por causa da desigualdade", diz Igreja Católica a Milei no aniversário da independência

Milei realizou um ajuste brutal dos gastos públicos desde que assumiu o cargo no final de 2023

Presidente da Argentina, Javier Milei - 13/05/2025 (Foto: Agustin Marcarian/Reuters/Arquivo)

Reuters - O arcebispo de Buenos Aires alertou neste domingo o governo do presidente Javier Milei sobre a situação dos pobres e dos aposentados na Argentina e sobre a "agressão constante" nas redes sociais.

No tradicional Te Deum pelo aniversário da Revolução de Maio de 1810, o arcebispo Jorge García Cuerva disse em sua homilia na Catedral de Buenos Aires, diante de Milei e seu gabinete de ministros, que na Argentina "a fraternidade, a tolerância, o respeito estão morrendo".

"Nosso país está sangrando. Tantos irmãos e irmãs que sofrem marginalização e exclusão", disse García Cuerva, responsável pelo arcebispado de Buenos Aires, de onde o ex-papa Francisco certa vez questionou os poderes constituídos, e listou os pobres, os jovens vítimas do narcotráfico e os aposentados.

"Os aposentados merecem uma vida digna com acesso a medicamentos e alimentos, uma ferida que está aberta e sangrando há anos, mas que, como sociedade, precisamos curar logo", acrescentou. "Quantas gerações mais e por quanto tempo eles terão de reivindicar aposentadorias decentes?", disse ele.

Milei realizou um ajuste brutal dos gastos públicos desde que assumiu o cargo no final de 2023 para controlar uma crise econômica de anos, que atingiu os salários públicos e a renda dos aposentados, que reclamam todas as quartas-feiras nas ruas e são frequentemente reprimidos pela polícia.

García Cuerva também se referiu à "agressão constante" nas redes sociais e pediu para "conter o ódio".

"Já passamos de todos os limites. A desqualificação, a agressão constante, o abuso e a difamação parecem ser comuns", disse o arcebispo a Milei, que, ao entrar na catedral, ignorou os cumprimentos do chefe do governo de Buenos Aires, Jorge Macri, e da vice-presidente, Victoria Villaruel, com quem tem diferenças políticas.

O governo de Milei usa com frequência as redes sociais para se referir a políticos, economistas e jornalistas que questionam suas políticas.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Mãe, irmão e filho: inelegível, Zambelli busca sucessores em sua própria família

A deputada federal Carla Zambelli – Foto: Reprodução

Carla Zambelli (PL), inelegível após condenação no STF (Supremo Tribunal Federal) pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já articula quem poderá assumir sua vaga na Câmara em 2026. A parlamentar, segundo informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, revelou que pretende lançar um de seus pais como candidato a deputado por São Paulo.

Segundo a deputada, sua mãe, Rita Zambelli, é hoje a mais cotada para concorrer, principalmente por ser mais ativa nas redes. “Estou pensando nos meus pais”, afirmou ela ao ser questionada sobre seus planos para a sucessão. Além dos pais, Zambelli também prepara seu filho, João Hélio Salgado Neto, de 17 anos, para ingressar na política. A expectativa da deputada é que ele se candidate a vereador de São Paulo nas eleições de 2028.

João Hélio não poderá concorrer a deputado estadual ou federal nas eleições de 2026, pois não terá completado os 21 anos exigidos por lei para disputar uma vaga na Câmara. A deputada, no entanto, aposta em sua participação política no futuro.

Outro nome que a bolsonarista pretende manter na política é o de seu irmão, o deputado estadual Bruno Zambelli (PL). Ela articula sua candidatura à reeleição para a Assembleia Legislativa de São Paulo em 2026.

Carla Zambelli e seu irmão, o deputado estadual Bruno Zambelli – Foto: Reprodução

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Controle do INSS pelo Centrão no governo Bolsonaro impulsionou fraude bilionária


                                        Agência do INSS em Brasília. Imagem: reprodução

A maior parte das fraudes envolvendo descontos associativos de beneficiários do INSS foi articulada dentro da poderosa Diretoria de Benefícios da autarquia — setor responsável pelo controle de uma folha de pagamentos que ultrapassa R$ 1 trilhão ao ano. Nos últimos anos, essa estrutura estratégica foi gradualmente ocupada por indicações políticas do Centrão, em substituição a servidores técnicos, segundo relatos colhidos pela Folha.

Até 2016, sindicatos rurais, como a Contag, dominavam os acordos com o INSS, principalmente por meio de descontos autorizados em aposentadorias. Com o tempo, novas entidades passaram a firmar convênios com o instituto, como Conafer, Ambec e Sindnapi — hoje investigadas pela Polícia Federal por suspeitas de fraudes. O avanço desses acordos gerou alertas dentro do órgão, culminando na MP 871, proposta por servidores para endurecer a fiscalização. No entanto, o lobby no Congresso barrou os principais dispositivos da medida.

A tentativa de moralização passou a enfrentar forte resistência política.

Associações como a Conafer viram seus repasses mensais ultrapassarem R$ 6 milhões, o que gerou pressão direta sobre a diretoria do INSS para manter os acordos.

O deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) foi identificado como articulador político da entidade nas tratativas com o instituto.

A Conafer também tinha relações com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que abrigou um diretor da entidade em seu gabinete.

INSS deve reembolsar, em maio, o valor descontado irregularmente das aposentadorias em abril. Foto: reprodução

Com a pandemia da Covid-19, no governo de Jair Bolsonaro, os acordos se multiplicaram.

Em 2020, apenas dois termos foram publicados no Diário Oficial.

No ano seguinte, foram sete; em 2022, chegaram a 15.

A arrecadação com os descontos associativos explodiu, passando de R$ 510 milhões para R$ 1,3 bilhão em apenas três anos. A ascensão de nomes ligados ao Centrão, como José Carlos Oliveira, ampliou o controle político sobre a diretoria de Benefícios, que concentrou as decisões sobre os repasses.

A mudança de governo, com a eleição de Lula, não foi suficiente para conter a escalada das irregularidades.

O comando da diretoria foi entregue a André Fidelis, também ligado ao Centrão, que deixou o cargo após atrasar uma auditoria interna. Seu substituto, Vanderlei Barbosa, também foi afastado após a operação Sem Desconto da Polícia Federal, que apura a extensão da rede de fraudes.

O escândalo já derrubou um ministro, dois presidentes do INSS e ameaça desencadear uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso.

A Polícia Federal segue investigando os fluxos de dinheiro e influência que, durante anos, sustentaram um esquema que drenou recursos de aposentados e beneficiários em nome de entidades de fachada com respaldo político.

Fonte: DCM

Dia da Trabalhadora e do Trabalhador Rural celebra protagonismo de quem garante alimento e desenvolvimento ao país

Mais do que uma homenagem, trata-se do reconhecimento concreto da contribuição do trabalho no campo para a economia nacional e o desenvolvimento social

25 de maio, Dia da Trabalhadora e do Trabalhador Rural (Foto: Agência Gov/MDA)

Neste 25 de maio, o Brasil celebra o Dia da Trabalhadora e do Trabalhador Rural, uma data dedicada a reconhecer a importância de milhões de homens e mulheres que produzem boa parte dos alimentos que abastecem o mercado interno e garantem segurança alimentar à população brasileira. Mais do que uma homenagem, a data representa o reconhecimento concreto da contribuição fundamental do trabalho no campo para a economia nacional e para o desenvolvimento social do país. Reportagem com base em conteúdo da Agência Gov, via Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA)

De acordo com matéria publicada pela Agência Gov, o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), tem implementado uma série de políticas públicas voltadas à valorização e fortalecimento da agricultura familiar. Entre as principais ações estão o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), o Programa Mais Alimentos, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) e os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Essas iniciativas não apenas garantem melhores condições de vida e trabalho no meio rural, como também impulsionam a produção sustentável de alimentos no país.

Essas políticas constituem uma via de mão dupla: além de garantirem renda e dignidade a milhares de famílias do campo, elas também asseguram a chegada de alimentos saudáveis e diversificados às mesas da população brasileira. Ao investir no campo, o Estado brasileiro promove inclusão social, combate à fome e desenvolvimento regional.

⊛ Mulheres no campo: protagonismo que transforma

Um dos destaques do esforço governamental e social para fortalecer o campo está na valorização do papel das mulheres rurais. Camponesas, indígenas, quilombolas e trabalhadoras assentadas vêm assumindo posição central na produção de alimentos e na construção de alternativas sustentáveis para o desenvolvimento rural. Por meio da adoção de práticas agroecológicas, da luta pela preservação ambiental e da defesa dos direitos à terra, essas mulheres têm promovido uma agricultura mais justa, diversa e resiliente.

Seu trabalho cotidiano contribui para transformar o campo em um espaço de resistência e inovação. A luta contra a fome e pelo direito à alimentação saudável passa, cada vez mais, pelas mãos das mulheres do campo. Como destaca a nota do MDA, “elas são responsáveis por boa parte da manutenção da vida no campo e seguem engajadas na luta contra a fome, fazendo da produção de alimentos uma garantia de acesso à alimentação saudável no Brasil”.

⊛ Rumo a um futuro mais justo no campo

As políticas públicas voltadas à agricultura familiar representam um passo importante para corrigir desigualdades históricas e fortalecer a soberania alimentar no país. Ao reconhecer o papel dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, o Estado também assume o compromisso com um modelo de desenvolvimento que respeita a terra, os povos do campo e o meio ambiente.

Neste 25 de maio, mais do que celebrar o trabalho de quem planta, cuida e colhe, é fundamental reafirmar o compromisso coletivo com a valorização da agricultura familiar e com a promoção de um campo vivo, produtivo e justo para todos e todas.

Fonte: Brasil 247

Mais 103 brasileiros deportados dos EUA chegam ao Brasil em novo voo de repatriação

Operação realizada com apoio do governo americano soma quase dez voos em 2025; grupo recebeu assistência humanitária ao desembarcar

        Deportados embarcam em avião nos EUA (Foto: Casa Branca/Divulgação)

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou neste domingo (26) que mais 103 brasileiros deportados dos Estados Unidos desembarcaram no Brasil neste fim de semana. A repatriação foi realizada em um voo fretado pelo governo norte-americano e faz parte de uma série de operações que ocorrem desde o endurecimento das regras migratórias nos EUA, iniciado durante o governo de Donald Trump.

Segundo dados divulgados pela Secom, os brasileiros retornaram em diferentes condições: 24 permaneceram em Fortaleza (CE), 76 seguiram viagem até Confins (MG) e outros três foram encaminhados à custódia da Polícia Federal por estarem com pendências judiciais no país. Esta é a nona operação de repatriação em 2025, totalizando centenas de pessoas trazidas de volta ao território nacional.

Entre fevereiro e maio deste ano, de acordo com o governo federal, 783 brasileiros foram repatriados dos Estados Unidos em razão de sua situação de vulnerabilidade. O perfil predominante é masculino — 616 homens —, além de 155 mulheres e 12 pessoas cujo gênero não foi informado.

A Presidência da República afirmou que, ao chegar ao Brasil, todos os repatriados recebem kits de higiene, alimentação, apoio psicossocial e informações sobre como acessar serviços públicos essenciais, como o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Defensoria Pública.

Ainda conforme o governo, "pessoas em situação de maior vulnerabilidade, como idosos e pessoas com deficiência, têm acompanhamento especializado desde o desembarque". A assistência humanitária visa garantir uma reintegração mais digna à sociedade brasileira.

Fonte: Brasil 247

Hugo Calderano é vice-campeão mundial e conquista prata inédita no tênis de mesa

Apesar da garra e técnica do brasileiro, o chinês Wang Chuqin venceu por 4 sets a 1, com parciais de 12/10, 11/3, 4/11, 11/2 e 11/7

                                Hugo Calderano (Foto: Divulgação/World Table Tennis)

O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, foi derrotado neste domingo (25) pelo chinês Wang Chuqin na final do Campeonato Mundial de Tênis de Mesa, disputada em Doha, no Catar, mas garantiu uma inédita medalha de prata — a primeira de um atleta sul-americano na história da competição.

O número 3 do mundo enfrentou o atual vice-líder do ranking em uma final de alto nível. Apesar da garra e técnica de Calderano, Wang venceu por 4 sets a 1, com parciais de 12/10, 11/3, 4/11, 11/2 e 11/7.

Calderano chegou à final após uma trajetória memorável. No sábado (24), ele superou o chinês Liang Jingkun, número 5 do mundo, em uma semifinal dramática que terminou em 4 a 3. Antes disso, já havia garantido ao Brasil uma medalha inédita ao avançar às semifinais, com vitória sólida sobre o sul-coreano An Jaehyun nas quartas.

Apesar da derrota na final, a campanha de Calderano em Doha já é considerada a melhor de sua carreira. O brasileiro volta a figurar entre os grandes nomes do circuito e reafirma seu protagonismo no cenário internacional, apenas um mês após ter vencido o próprio Wang Chuqin na semifinal da Copa do Mundo, em Macau — torneio que viria a vencer ao bater o número 1 do mundo, Lin Shidong.

Com o vice-campeonato, Hugo Calderano entra para a história como o primeiro atleta da América do Sul a disputar uma final de Mundial no tênis de mesa e segue firme na luta para quebrar a hegemonia chinesa no esporte. "Eu sempre fui muito forte mentalmente", disse o brasileiro após a semifinal. "Talvez eu não conseguisse mostrar isso nos eventos passados, mas sempre tive essa cabeça boa."

Fonte: Brasil 247

Rússia realiza maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início do conflito

Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky cobra reação dos EUA e diz que silêncio internacional encoraja Putin

Ataque russo em Kiev em 25/05/2025. Foto:REUTERS/Gleb Garanich (Foto: REUTERS/Gleb Garanich)

Em uma ofensiva de proporções inéditas desde o início do conflito, a Rússia lançou na madrugada deste domingo (25) um maciço ataque aéreo contra diversas cidades da Ucrânia, incluindo a capital Kiev.As cidades de Kharkiv, Mykolaiv e Ternopil também foram alvos. O bombardeio é o maior em número de armamentos lançados desde o início da guerra, em 2022. A informação foi divulgada pela agência Reuters.

Segundo o Ministério do Interior da Ucrânia, o ataque envolveu 367 armamentos, sendo 298 drones e 69 mísseis. Embora a defesa aérea ucraniana tenha conseguido abater a maioria — 266 drones e 45 mísseis, de acordo com as Forças Armadas do país — os danos foram extensos em várias regiões.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky usou seu canal no Telegram para cobrar uma postura mais firme dos Estados Unidos e da comunidade internacional. “O silêncio da América, o silêncio de outros no mundo só encoraja Putin”, escreveu.

A cobrança de Zelensky ocorre em meio à mudança de posicionamento dos EUA desde que Donald Trump reassumiu a presidência do país. Washington tem demonstrado maior cautela nas críticas a Moscou e, nesta semana, o presidente dos EUA se recusou a adotar novas sanções contra o governo de Vladimir Putin, contrariando o desejo de Kiev de ver maior pressão internacional por um cessar-fogo imediato.

O ataque acontece no momento em que Rússia e Ucrânia conduzem o terceiro e último dia de uma troca de prisioneiros, em que mil combatentes de cada lado devem ser libertados. Paralelamente, aliados da Ucrânia tentam negociar um cessar-fogo temporário de 30 dias, como primeiro passo para encerrar a guerra que já dura três anos.

Do lado russo, o Ministério da Defesa afirmou que suas defesas interceptaram 95 drones ucranianos em apenas quatro horas. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, relatou que 12 drones foram abatidos enquanto se dirigiam à capital russa.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Real Madrid anuncia Xabi Alonso como novo treinador até 2028

Ex-volante e ídolo merengue assumirá o comando técnico a partir de 1º de junho de 2025

Xabi Alonso: ídolo nos gramados agora retorna para comandar o Real Madrid (Foto: Divulgação/Real Madrid CF)

O Real Madrid anunciou oficialmente neste domingo (25) que Xabi Alonso será o novo treinador do clube pelas próximas três temporadas. O ex-volante e ídolo merengue assumirá o comando técnico a partir de 1º de junho de 2025, com contrato válido até 30 de junho de 2028.

“Xabi Alonso é uma das maiores lendas do Real Madrid e do futebol mundial”, destacou o clube em comunicado, relembrando que o espanhol disputou 236 partidas oficiais pelo time entre 2009 e 2014, conquistando seis títulos, incluindo a histórica décima Liga dos Campeões, em 2014, em Lisboa.

O anúncio confirma o retorno de Alonso ao clube onde também iniciou sua trajetória como treinador, ao comandar o time Infantil A da base madridista na temporada 2018-2019. Desde então, Xabi consolidou-se como um dos técnicos mais promissores da nova geração, especialmente após sua passagem vitoriosa pelo Bayer Leverkusen. No clube alemão, o ex-meio-campista conquistou a tríplice coroa nacional — Campeonato Alemão, Copa da Alemanha e Supercopa — em três temporadas consecutivas, marcando época com um estilo de jogo ofensivo e equilibrado.

Além da carreira de sucesso no Real Madrid, Alonso também foi peça fundamental na seleção espanhola durante sua era de ouro, com 113 partidas e os títulos da Copa do Mundo de 2010 e das Eurocopas de 2008 e 2012.

A apresentação oficial de Xabi Alonso como novo técnico merengue acontecerá nesta segunda-feira (26), às 12h30 (horário local), na Cidade Real Madrid. Antes disso, o presidente Florentino Pérez receberá o novo treinador para a assinatura oficial do contrato. Após a cerimônia, Alonso concederá entrevista coletiva à imprensa.

Fonte: Brasil 247

Venezuela vai às urnas neste domingo em eleições para governadores e deputados

Maduro defende voto como instrumento de paz e soberania nacional

Mobilização de partidários da Revolução Bolivariana na campanha eleitoral de 2025 (Foto: Telesur)

A Venezuela realiza neste domingo (25) mais um processo eleitoral em sua história democrática, no qual mais de 21,4 milhões de eleitores estão convocados a escolher 569 representantes, entre governadores, deputados à Assembleia Nacional e aos Conselhos Legislativos estaduais, informa a Prensa Latina. É o 32º pleito, desde a chegada da Revolução Bolivariana ao poder em 1998.

Em discurso na véspera da votação, durante a inauguração da Universidade Nacional das Comunas, no estado de Carabobo, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que "neste momento, 100% das seções eleitorais e mesas de votação estão instaladas, para que o povo possa escolher seus governadores e representantes". Ele ressaltou o caráter estratégico do pleito: "É hora de escolher e votar bem para continuar avançando na consolidação da paz do país, da estabilidade nacional, da unidade da nação e no avanço dos planos de democracia, autogoverno popular e obras públicas."

Ao todo, 54 organizações políticas participam da disputa, sendo 36 de alcance nacional, 10 regionais, além de seis entidades indígenas. O confronto central ocorre entre o Grande Polo Patriótico Simón Bolívar e a coalizão de oposição Aliança Democrática. Foram registradas mais de seis mil candidaturas em todo o país.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) destacou que esta é a primeira vez em que o país realiza eleições gerais simultâneas para os três níveis de representação — executiva estadual, legislativa nacional e legislativa estadual — reforçando, segundo o órgão, a legitimidade e a abrangência do sistema democrático venezuelano.

Para garantir a segurança do processo, o governo mobilizou mais de 490 mil agentes por meio do Plano República, incluindo 412 mil integrantes das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB). O Ministério Público deslocou ainda 1.419 representantes para acompanhar a legalidade das votações.

As eleições, contudo, ocorrem sob clima de tensão. Segundo as autoridades, setores da extrema direita organizam ameaças terroristas para desestabilizar o processo, com planos para atacar instalações públicas, embaixadas, hospitais, delegacias, redes de energia e até o metrô. As denúncias incluem envolvimento de mercenários estrangeiros e financiamento externo.

Mais de 1.400 observadores, entre nacionais e internacionais, estarão presentes nos centros eleitorais, representando instituições multilaterais, parlamentos e movimentos políticos de diversos países.

Em meio ao cerco internacional e aos boicotes da oposição radical, Maduro reafirma a importância da participação popular como resposta: “O voto consciente do povo é a principal garantia da democracia e da soberania venezuelana.” A jornada eleitoral deste domingo representa, portanto, mais do que uma disputa por cargos: é também um exercício de autodeterminação nacional frente às ingerências e às ameaças externas.

Fonte: Brasil 247

Conteúdo do Brasil 247 já está disponível em áudio e em vários idiomas

Agora é possível ler as notícias em inglês, espanhol, francês, chinês, japonês, árabe, russo, italiano e alemão

O conteúdo do Brasil 247 está disponível em vários idiomas (Foto: Brasil 247)

O Brasil 247, um dos maiores sites progressistas do País, acaba de dar mais um passo em sua missão de ampliar o acesso à informação de qualidade, com o lançamento de uma solução tecnológica inovadora que permite a leitura e audição de seus conteúdos em diversos idiomas. A novidade, desenvolvida pela equipe de tecnologia da informação do próprio Brasil 247, utiliza ferramentas avançadas de inteligência artificial para traduzir automaticamente as reportagens para o inglês, espanhol, francês, chinês, japonês, árabe, russo, italiano e alemão.

A ferramenta, já disponível no portal, permite que qualquer leitor tenha acesso imediato às traduções com apenas dois cliques. Abaixo do subtítulo de cada matéria publicada, há uma aba com a lista de idiomas disponíveis. Basta selecionar o idioma desejado e, em seguida, clicar na opção de tradução. Caso o leitor deseje retornar ao conteúdo original em português, isso também pode ser feito de maneira instantânea, com a mesma facilidade.
Como traduzir automaticamente o conteúdo do Brasil 247Como traduzir automaticamente o conteúdo do Brasil 247(Photo: Brasil 247)
Além das traduções escritas, o conteúdo do Brasil 247 também pode ser ouvido em todos esses idiomas. Essa funcionalidade representa um avanço significativo não apenas na internacionalização do site, mas também no quesito acessibilidade, permitindo que pessoas com deficiência visual ou dificuldades de leitura possam consumir o conteúdo jornalístico de forma plena.

Lançado em março de 2011, o Brasil 247 se consolidou ao longo dos anos como uma referência no jornalismo progressista, com uma linha editorial comprometida com o desenvolvimento econômico, a soberania nacional, a justiça social e a construção de um mundo multipolar. A nova funcionalidade reafirma esse compromisso ao romper barreiras linguísticas e tecnológicas, colocando o conteúdo produzido no Brasil à disposição de um público global, de maneira democrática e inclusiva.

A ampliação dos recursos tecnológicos no portal também ocorre em um momento estratégico, em que o debate internacional sobre multipolaridade, justiça climática, economia solidária e integração regional ganha centralidade. Com as novas funcionalidades, o Brasil 247 reforça sua presença global e contribui para a construção de uma opinião pública internacional mais bem informada e plural.

Fonte: Brasil 247

Eleição na CBF, neste domingo, tem candidato único, mas definição é incerta

21 clubes, incluindo potências como Flamengo, Corinthians, São Paulo e Internacional, chegaram a anunciar um boicote formal ao pleito

     Samir Xaud (Foto: CBF/Divulgação)

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realiza neste domingo (25), em sua sede no Rio de Janeiro, uma eleição presidencial marcada por protestos, ausência de clubes e incertezas sobre a legitimidade do processo. Embora a chapa “Futebol para Todos: Transparência, Inclusão e Modernização”, liderada por Samir Xaud, seja a única na disputa, a definição do comando da entidade para o mandato 2025-2029 está longe de ser pacífica.

A principal polêmica gira em torno da representatividade do colégio eleitoral, que privilegia as federações estaduais com peso três nos votos, contra peso dois para clubes das Séries A e B. O modelo levou 21 clubes, incluindo potências como Flamengo, Corinthians, São Paulo e Internacional, a anunciar um boicote formal ao pleito. Eles cobram uma reforma estrutural na entidade, com revisão do sistema de votação e criação de um conselho de integridade.

Ao todo, 40 clubes das duas principais divisões nacionais foram chamados para a votação, assim como as 27 federações estaduais. Contudo, apenas 10 clubes declararam apoio a Samir Xaud — entre eles, Palmeiras, Grêmio, Vasco e Botafogo. Outros 9 clubes chegaram a apoiar a tentativa de candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), mas acabaram se abstendo após ele não conseguir apoio suficiente de federações para formalizar uma chapa, conforme informado em reportagem de Diogo Dantas no jornal O Globo.

O nome de Samir Xaud, de 41 anos, ganhou força após receber o aval de 25 das 27 federações estaduais — suficiente para ultrapassar com folga a cláusula de barreira exigida pela CBF, que prevê o apoio mínimo de 8 federações e 5 clubes para registrar uma candidatura. A Federação Paulista, aliada ao movimento de boicote, foi a única ausente da Assembleia Geral Extraordinária da CBF no sábado (24), que anulou as eleições anteriores de Ednaldo Rodrigues e seus vice-presidentes, por decisão judicial.

Apesar da candidatura única, os eleitores podem optar pelo voto nulo, o que traz incertezas sobre a consolidação de Xaud no cargo. Mesmo os clubes que apoiam sua eleição já articulam mudanças no sistema político da entidade. Entre as propostas, estão a equiparação de peso entre federações e clubes, a obrigatoriedade da participação dos clubes em todas as assembleias gerais da CBF, e vagas garantidas de representantes dos times entre os vice-presidentes eleitos.

A FIFA e a Conmebol acompanham o processo como observadoras, após serem notificadas formalmente pela CBF. Além da definição da nova cúpula, o pleito deste domingo também elege os integrantes do Conselho Fiscal da CBF.

Fonte: Brasil 247 com informações dojornal O Globo

STF minimiza tensão entre Moraes e Aldo Rebelo: “Apenas advertiu”


O ministro Alexandre de Moraes e o ex-ministro Aldo Rebelo. Fotomontagem: Carlos Moura/SCO/STF e EBC

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou prender o ex-ministro Aldo Rebelo por desacato durante uma audiência nesta sexta-feira (23), em Brasília. Rebelo depunha como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado supostamente articulada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em nota divulgada posteriormente, o STF afirmou que não houve “bate-boca”, apenas uma advertência formal do magistrado diante do comportamento considerado inadequado da testemunha. O episódio gerou repercussão após um momento de tensão entre os dois, em razão do tom de discussão.

Mesmo com o alerta, Rebelo insistiu no tom irônico, alegando que a avaliação sobre a linguagem era “pessoal”. Diante disso, Moraes declarou: “Se não se comportar, será preso por desacato”. O ex-ministro respondeu que estava “se comportando”, mas foi instruído a responder com “sim” ou “não”. A tensão só foi encerrada após nova intervenção do advogado.

Durante a oitiva, Aldo Rebelo ironizou uma pergunta sobre apoio ao golpe. Tentou relativizar expressões usadas em reuniões, o que irritou Alexandre de Moraes. O ministro o interrompeu e disse: “Atenha-se aos fatos”.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e Aldo Rebelo em lançamento do livro “Amazônia”. Foto: Reprodução/ Internet
Aldo Rebelo foi deputado federal, vereador e ministro em diferentes governos, além de membro do PCdoB. Nos últimos anos, aproximou-se do bolsonarismo. Em 2023, ocupou a Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, na gestão de Ricardo Nunes (MDB), e deixou o cargo para se engajar na campanha à reeleição do prefeito.

A oitiva faz parte do inquérito conduzido pelo STF sobre os bastidores da tentativa de ruptura institucional. O depoimento de Rebelo era estratégico para a defesa de Garnier, que é investigado por seu possível envolvimento no plano golpista após o resultado das eleições de 2022.

Fonte: DCM