sexta-feira, 15 de agosto de 2025

STF deve começar julgamento de Bolsonaro no dia 2 de setembro

A pedido de Moraes, presidente da Primeira Turma do STF teria reservado as terças-feiras de setembro para julgar os oito réus do "núcleo crucial" do golpe

       Jair Bolsonaro, de costas, e Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tem previsão de iniciar em 2 de setembro o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e de outros réus do chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado, denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

De acordo com a Itatiaia, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, pediu ao presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, que oficialize a data. Interlocutores do STF afirmam que as terças-feiras de setembro foram reservadas para as sessões, com expectativa de início já na primeira terça do mês, dia 2.

Quem são os réus do "núcleo crucial"

A denúncia da PGR aponta que o grupo teria liderado um plano para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas urnas. Além do ex-presidente, integram o “núcleo crucial”: Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa).

Fonte: Brasil 247

Desaprovação a Donald Trump chega a 60% e tendência é de queda na popularidade

Pesquisa do Pew Research Center mostra recuo na aprovação e piora na percepção sobre traços pessoais do presidente

O presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington, D.C. - 11/8/25 (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)

A aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou para 38%, enquanto 60% dos adultos norte-americanos desaprovam sua gestão, segundo pesquisa divulgada pelo Pew Research Center. O índice representa uma queda em relação a dois meses atrás, quando 41% avaliavam positivamente seu desempenho. A percepção sobre algumas características pessoais de Trump também se tornou mais negativa em comparação ao período eleitoral de 2024 e logo após sua vitória em novembro.

Entre os entrevistados, apenas 37% afirmam que a frase “se importa com as necessidades das pessoas comuns” descreve bem o presidente, percentual oito pontos inferior ao registrado após a eleição e cinco pontos menor que no levantamento do fim do verão anterior à votação.

◎ Aprovação por perfil de eleitor

Grande parte da variação recente na popularidade de Trump ocorreu entre eleitores que o apoiaram em 2024 e pessoas que não votaram. Apesar de 85% de seus eleitores manterem aprovação à sua gestão, esse índice caiu em relação aos 88% registrados em junho e aos 95% do início do mandato. A queda foi mais expressiva entre jovens eleitores: 69% dos que têm menos de 35 anos aprovam Trump atualmente, contra mais de 90% no começo do mandato — uma redução de 23 pontos percentuais.

Entre os que não votaram em 2024, a aprovação é de 32%, abaixo dos 36% de junho e dos 45% no início do mandato. Já entre os eleitores da então candidata Kamala Harris, o índice de aprovação permanece praticamente nulo, com apenas 2% de apoio.

◎ Diferenças demográficas

O levantamento aponta que 27% dos americanos aprovam Trump de forma muito forte, enquanto quase metade (47%) o desaprova fortemente. A avaliação negativa é majoritária na maioria dos grupos demográficos. Entre brancos, 47% aprovam e 52% desaprovam o desempenho presidencial. As taxas de desaprovação são mais elevadas entre negros (83%), hispânicos (70%) e asiáticos (66%).

A aprovação é maior entre pessoas com 50 anos ou mais (44%) do que entre as com menos de 50 (33%). No recorte por escolaridade, 41% dos que não possuem diploma universitário aprovam o presidente, percentual que cai para 34% entre quem tem ensino superior completo.

◎ Imagem pessoal e atributos

Quanto aos traços pessoais, 68% dos entrevistados consideram que Trump “defende o que acredita”. No entanto, menos da metade avalia que ele é “mentalmente afiado” (48%), “cumpre suas promessas” (43%) ou “se importa com as necessidades das pessoas comuns” (37%). Apenas 36% o veem como “honesto” e 29% como “um bom exemplo a ser seguido”.

As avaliações sobre ele ser “mentalmente afiado” e “cumprir promessas” pioraram em relação à campanha de 2024 e ao período logo após a eleição. A percepção de que ele é “honesto” se manteve estável, mas baixa.

◎ Polarização partidária

O estudo destaca amplas diferenças entre republicanos e democratas. Entre republicanos, 85% consideram Trump “mentalmente afiado”, contra apenas 14% dos democratas. No quesito “cumpre suas promessas”, os índices são de 76% e 13%, respectivamente. Já a ideia de que o presidente “se importa com as necessidades das pessoas comuns” é aceita por 72% dos republicanos, mas apenas 5% dos democratas.

A maior convergência entre os dois grupos aparece na avaliação de que Trump “defende o que acredita”: 43 pontos percentuais separam republicanos e democratas nesse item, diferença menor que nos demais atributos. Por outro lado, apenas uma pequena maioria republicana (56%) e 5% dos democratas consideram o presidente “um bom exemplo a ser seguido”.

Fonte: Brasil 247

Governo Lula vai propor proibição de redes sociais para menores de 16 anos sem a supervisão dos pais

Texto prevê mediação parental obrigatória, restrição de conteúdo e fim da publicidade segmentada para crianças e adolescentes

O presidente Lula durante cerimônia de anúncio de medidas para ajudar empresas afetadas por tarifaço dos EUA - 13/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O governo federal está finalizando um projeto de lei que estabelece regras rigorosas para a atuação de plataformas digitais no Brasil, com foco especial na proteção de crianças e adolescentes. A minuta do texto, obtida pela Folha de S.Paulo, prevê que contas de menores de 16 anos em redes sociais sejam obrigatoriamente vinculadas a adultos responsáveis, com ferramentas de controle parental ativas.

Elaborada pelo Ministério da Justiça e discutida nesta quarta-feira (13) em reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e oito ministros, a proposta visa estabelecer uma regulação mais abrangente sobre as chamadas big techs, incluindo normas sobre conteúdo, publicidade, remuneração de criadores e, sobretudo, a proteção dos usuários mais jovens.

De acordo com o texto, as plataformas deverão permitir que os pais controlem ou limitem funções das contas dos filhos, inclusive bloqueando o contato com outros usuários, monitorando interações e restringindo o tempo de uso. Além disso, as redes sociais passarão a ser obrigadas a verificar a idade dos usuários, medida que hoje é praticamente ineficaz na prática.

"É importante destacar que a presente proposição estabelece relevantes salvaguardas específicas para crianças e adolescentes, que respeitam tanto o poder familiar quanto a progressiva autonomia de crianças e adolescentes", afirma a justificativa do projeto, citando o alinhamento com os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Entre as restrições previstas, está a proibição de publicidade direcionada com base em dados de navegação de crianças e adolescentes, com o objetivo de evitar a segmentação de perfis e a exposição a conteúdos voltados ao consumo. Também será vedada a exibição de anúncios relacionados a armas, bebidas alcoólicas, cigarro, pornografia e jogos de aposta para esse público.

O tema da regulação das plataformas digitais tem ganhado força dentro do governo desde o início do mandato de Lula, mas voltou ao centro do debate recentemente após dois episódios: o vídeo viral do influenciador digital Felca, que denunciou a adultização de crianças nas redes sociais, e o aumento das tarifas sobre o Brasil impostas pelo então presidente dos EUA, Donald Trump, o que reacendeu a discussão sobre a soberania digital.

Embora o governo pretenda apoiar o projeto sobre o tema que já tramita na Câmara dos Deputados, a ideia é encaminhar a proposta do Executivo posteriormente, como complemento, aproveitando a mobilização da sociedade para impulsionar uma regulação mais ampla do ambiente digital.

Além da proposta do Ministério da Justiça, o governo também estuda um segundo projeto, conduzido pelo Ministério da Fazenda, voltado à regulação da concorrência no setor digital. A minuta prevê a criação de uma Superintendência de Mercados Digitais no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), com poderes para impor obrigações específicas às grandes empresas de tecnologia.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Presa na Itália, Zambelli reclama de falta de xampu, mas votou contra distribuição de absorventes a detentas

Deputada do PL está detida na Itália e enfrenta processo de extradição

Carla Zambelli (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa desde o final de julho em Roma, na Itália, alegou dificuldades financeiras para comprar itens de higiene pessoal, como xampu, no presídio onde cumpre prisão preventiva. A informação foi divulgada pela repórter Márcia Dantas e repercutida pelo portal PlatôBR, que também destacou que, em 2022, Zambelli votou a favor do veto do então presidente Jair Bolsonaro (PL) que impedia a distribuição gratuita de absorventes íntimos a mulheres em situação de vulnerabilidade, incluindo presidiárias.

Segundo a reportagem, Zambelli não teria condições de adquirir um frasco de xampu no valor de dez euros. Seu pai relatou que a família enfrenta dificuldades financeiras. A deputada, que aguarda decisão da Justiça italiana sobre sua extradição para o Brasil, chegou a ter uma audiência cancelada no dia 13 de agosto, após passar mal.

✱ Histórico no Congresso

Em 2022, Zambelli foi uma das 25 parlamentares que apoiaram o veto de Bolsonaro à lei que previa a distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda em escolas públicas, pessoas em situação de rua ou extrema vulnerabilidade e mulheres presas ou em cumprimento de medida socioeducativa.

O veto, contudo, foi amplamente rejeitado pelo Congresso Nacional: na Câmara dos Deputados, 426 parlamentares votaram contra a decisão presidencial, e no Senado, apenas um voto foi favorável à manutenção da medida.

✱ Situação atual na Itália

A prisão de Zambelli ocorreu no fim de julho deste ano, em Roma. Ela permanece detida enquanto a Justiça italiana avalia se a parlamentar será extraditada para o Brasil ou se continuará respondendo ao processo no país europeu.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal PlatôBR

O que se sabe sobre a investigação da PF contra Silas Malafaia


O pastor Silas Malafaia – Foto: Reprodução

O pastor evangélico Silas Malafaia está sob investigação da Polícia Federal, segundo informou a GloboNews. Ele foi incluído no mesmo inquérito que apura obstrução de Justiça e envolve Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo.

Em vídeo publicado no X (antigo Twitter), Malafaia disse que soube da investigação pela emissora e afirmou não ter recebido qualquer notificação oficial. Ele criticou o que chamou de vazamento seletivo e acusou a PF de atuar politicamente a serviço do presidente Lula e do ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, a inclusão no inquérito cita crimes como obstrução de Justiça, coação no curso do processo, organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático e ações ligadas a sanções internacionais contra o Brasil.


Malafaia nega envolvimento e relaciona a investigação a críticas que faz há anos contra Alexandre de Moraes. Ele também organizou, em 3 de agosto, um ato em apoio a Bolsonaro, no qual o ex-presidente participou por vídeo, descumprindo decisão do STF. No dia seguinte, Bolsonaro teve prisão domiciliar decretada.

No dia 14 de agosto, o pastor voltou a pedir publicamente o impeachment, julgamento e prisão de Moraes.

O inquérito

Aberto em maio, o inquérito apura ações contra autoridades, o Supremo Tribunal Federal e agentes públicos, além de tentativas de provocar sanções internacionais contra o Brasil. Conforme despacho de Alexandre de Moraes, os investigados teriam buscado dificultar o andamento do processo em que Bolsonaro responde por tentativa de golpe de Estado. Entre os crimes investigados estão coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Fonte: DCM com informações da GloboNews

Ex-chefe da PRF Silvinei Vasques é condenado por favorecer Bolsonaro em 2022


O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e o ex-presidente Jair Bolsonaro – Reprodução

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi condenado por improbidade administrativa e deverá pagar uma multa de R$ 546,6 mil. A decisão foi tomada de forma unânime pela 8ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), que reformou a sentença de primeira instância.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF-RJ), ele utilizou a estrutura da PRF para promover, de forma indevida, a reeleição do então presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022.

De acordo com o tribunal, o ex-diretor se valeu de sua posição para realizar atos com caráter político-partidário, violando os princípios da administração pública, como legalidade, impessoalidade e moralidade.

As ações apontadas na decisão incluem:

  • Entrevistas e publicações nas redes sociais com o uso do uniforme e símbolos da PRF;
  • Participação em eventos oficiais com mensagens de apoio ao então presidente;
  • Pedido explícito de voto na véspera do segundo turno das eleições.
Um dos episódios mais emblemáticos foi a entrega de uma camisa do Flamengo com o número 22 (o mesmo número de Bolsonaro nas urnas) ao então ministro da Justiça, Anderson Torres, durante uma cerimônia oficial. Na época, ele negou qualquer relação com o candidato, alegando que a camisa poderia se referir ao ano 2022 ou ao jogador Rodinei.


Com a condenação, Silvinei Vasques recebeu as seguintes sanções:

  • Multa equivalente a 24 vezes o seu salário enquanto era diretor da PRF, totalizando R$ 546,6 mil, segundo o MPF;
  • Proibição por quatro anos de contratar com o poder público ou de receber benefícios fiscais ou de crédito.

Ele ainda pode recorrer da decisão.

A Justiça Federal concluiu que os atos de Silvinei foram deliberados e com objetivo político, inclusive com possível interesse pessoal em manter-se no cargo. Mesmo publicações feitas em redes sociais pessoais foram consideradas impróprias, pois, segundo o MPF, geraram uma “confusão intencional” entre a figura do cidadão e do dirigente máximo da PRF.

O procurador da República Eduardo Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial do MPF-RJ, destacou a importância da decisão: “A decisão do TRF2 reforça a convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (Mérida), da qual o Brasil é signatário. Ela sinaliza que todas as instituições do Estado, inclusive as polícias, devem atuar exclusivamente em prol do interesse público e da democracia”.

Fonte: DCM

Michelle se revolta com visita de Zucco e nega churrasco para Bolsonaro: “Fins humanitários”


A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Luciano Zucco (PL-RS). Foto: Reprodução

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se revoltou com a visita do deputado Luciano Zucco (PL-RS) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e negou que tenha havido churrasco na residência onde o marido cumpre prisão domiciliar, no Jardim Botânico, em Brasília.

O líder da oposição na Câmara publicou um vídeo antes do encontro dizendo que havia comprado carnes e carvão para “fazer uma carne” para o ex-capitão.

“Daqui a pouco faço uma visita ao meu amigo, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Vou ver como está a saúde dele (…) E vou lá fazer uma carne para o meu amigo, meu líder, o nosso líder Jair Bolsonaro”, afirmou Zucco, exibindo as peças de carne.


Horas depois, na noite de quinta-feira (14), Michelle rebateu a declaração no Instagram. “O episódio ocorrido hoje em minha residência, envolvendo o deputado Zucco, não contou com a nossa anuência. A visita tinha caráter restrito, breve e voltado exclusivamente a fins humanitários – e não conforme divulgado pelo parlamentar em vídeo, no qual, ao deixar sua residência, afirmou que realizaria um churrasco em minha casa. Tal evento não ocorreu”, escreveu.

Ela agradeceu o “carinho que muitos desejam transmitir” a Bolsonaro, mas pediu que visitantes “compreendam e respeitem a sensibilidade do momento, abstendo-se de atitudes que possam deturpar a finalidade da visita ou prejudicar a imagem do presidente Jair Bolsonaro”.

Story de Michelle Bolsonaro no Instagram. Foto: Reprodução

Após a visita, Zucco disse ter conversado com o ex-presidente sobre o andamento de pautas no Congresso, como a proposta de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, o fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

“Fui como amigo e como líder da oposição, para conversar sobre o cenário atual e relatar o trabalho que temos desenvolvido no Congresso”, declarou.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, e só pode receber familiares próximos, advogados e médicos — qualquer outra visita precisa de autorização do STF.

Fonte: DCM

MPF abre nova investigação contra Bolsonaro por chamar petistas de “feias” e “incomíveis”


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal abriu um inquérito para investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por “prática de violência política de gênero” e “violações de direitos humanos fundamentais” contra mulheres. A apuração foi motivada por declarações ofensivas feitas por Bolsonaro contra apoiadoras do PT.

Em março deste ano, o ex-capitão apareceu em um vídeo divulgado nas redes sociais pelo filho “04”, o vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), no qual afirmou que mulheres petistas eram “feias” e “incomíveis”.

“Você pode ver, não tem mulher bonita petista. Só tem feia. Às vezes, acontece, quando estou no aeroporto, alguém me xinga. Mulher, né? Olho para a cara dela: ‘nossa, mãe… incomível’”, disse Bolsonaro. A publicação do vídeo foi feita no dia 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher.

O inquérito, com prazo inicial de um ano, tem como objetivo “apurar possíveis violações de direitos humanos fundamentais, de natureza cível, praticadas contra mulheres, decorrentes de declarações discriminatórias e misóginas atribuídas ao ex-presidente da República, veiculadas em vídeo publicado nas redes sociais, com possível ocorrência de dano moral coletivo e social”.

A denúncia foi encaminhada ao MPF pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, e diligências serão realizadas para definir as medidas cabíveis.

Bolsonaro, que já é réu por tentativa de golpe, está em prisão domiciliar há quase duas semanas, em Brasília, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após descumprir determinações judiciais.

Fonte: DCM

Bolsonaristas apostam em Fux para reduzir suas penas na trama golpista

Defesas de Bolsonaro e aliados pedem unificação de crimes e contestam agravantes aplicadas pela PGR

       Luiz Fux (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros réus na ação penal sobre a trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) adotaram uma estratégia para tentar reduzir as penas, caso haja condenação. A informação foi publicada nesta sexta-feira (15) pelo jornal O Globo. Nas alegações finais, os advogados solicitaram a “união” de crimes, argumentando que duas das acusações — tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado — seriam semelhantes e, portanto, não poderiam gerar punições cumulativas.

Todos os sete acusados se declararam inocentes e pediram absolvição. Porém, seis deles também requereram que, se condenados, sejam aplicados mecanismos previstos em lei para diminuir as penas propostas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Parte das manifestações fez acenos diretos ao ministro Luiz Fux, visto como a principal possibilidade de divergência dentro da Primeira Turma do STF.

◈ Disputa jurídica sobre as tipificações

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, já solicitou ao presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, que marque o julgamento — a expectativa é que aconteça em setembro. Entre os pontos mais polêmicos está a tentativa de fusão das acusações de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, ambas previstas na Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, sancionada em 2021 pelo próprio Bolsonaro.

Cinco defesas — de Bolsonaro, dos ex-ministros Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, do ex-comandante da Marinha Almir Garnier e do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) — pediram que apenas um dos crimes seja considerado. Quatro deles defenderam a tipificação de abolição violenta (pena menor), seguindo o entendimento do ministro André Mendonça, enquanto apenas Paulo Sérgio Nogueira pediu que prevaleça o crime de golpe de Estado (pena mais alta).

Segundo o criminalista Breno Melaragno, professor da PUC-Rio, a discussão envolve a definição entre “crime-meio” e “crime-fim”:

“O sujeito entra na casa de outra pessoa para furtar uma televisão. Ele comete dois crimes: violação de domicílio e furto. Mas a violação não era o objetivo, apenas um meio para cometer o furto. Quando isso é aceito, o crime-meio desaparece.”

Melaragno lembra que, por serem recentes, os crimes contra a democracia ainda não têm jurisprudência consolidada.

◈ Argumentos para diminuir penas

Além da unificação de crimes, outras teses foram apresentadas. A defesa do ex-ministro Augusto Heleno pediu pena reduzida por “participação de menor importância”, alegando que ele ficou isolado no governo Bolsonaro após a ascensão do Centrão e teve atuação “meramente acessória e periférica”. Já os advogados de Ramagem pediram que seja considerada sua saída da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em março de 2022, pois a maior parte dos fatos investigados teria ocorrido depois.

A defesa de Bolsonaro contestou as majorantes aplicadas pela PGR no crime de organização criminosa — quatro anos pela suposta utilização de armas de fogo e cinco anos pelo envolvimento de servidores públicos. Sem esses acréscimos, mesmo com aplicação da pena máxima, a punição poderia cair de 43 para 8 anos.

Outros argumentos incluem o concurso formal, que prevê punição apenas pelo crime mais grave em casos de delitos praticados no mesmo contexto, e a desistência voluntária, quando o acusado interrompe a execução do crime.

◈ Fux como alvo das estratégias

Os advogados também exploraram votos e posições anteriores de Luiz Fux para tentar garantir decisões favoráveis. A defesa de Bolsonaro citou um voto do ministro sobre a voluntariedade em delações premiadas para pedir a nulidade do acordo de colaboração do tenente-coronel Mauro Cid. A de Heleno mencionou declaração de Fux de que um juiz “não pode, em hipótese alguma, tornar-se protagonista do processo” ao criticar a atuação de Moraes. Já a defesa do ex-ministro Anderson Torres reiterou que Fux defendeu que o caso fosse julgado pelo plenário do STF, e não pela Turma — tese que dificilmente será aceita.

Com as alegações finais entregues, o processo entra em sua fase decisiva. O julgamento, que deve ocorrer em setembro, será um dos mais importantes do ano para a Primeira Turma do STF, tanto pelo peso político dos réus quanto pelas consequências para a aplicação das leis contra crimes que atentam contra a democracia.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Trama golpista: Após confusão, Moraes manda segurança ver celular de advogado em audiência


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a segurança da Corte verificasse o celular do advogado Marcus Vinicius de Camargo Figueiredo durante a acareação entre o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o coronel da reserva Marcelo Câmara, realizada na quarta-feira (14). O episódio ocorreu após um desentendimento na audiência que apura a trama golpista de 2022, conforme informações da Folha de S.Paulo.

Segundo relatos, Moraes suspeitou que o defensor do general da reserva Mário Fernandes estivesse gravando a sessão, o que havia sido proibido pelo próprio ministro, que vetou qualquer registro em áudio ou vídeo.

Marcus Vinicius teria se levantado para apresentar uma questão de ordem depois que Cid e Câmara mencionaram Fernandes como autor do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de Moraes, do presidente Lula (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

O advogado Marcus Vinicius de Camargo Figueiredo, defensor do general Mario Fernandes, deixou o STF contrariado após ser repreendido por Alexandre de Moraes durante acareação
O advogado Marcus Vinicius de Camargo Figueiredo, defensor do general Mario Fernandes. Foto: Reprodução

O advogado queria saber se o monitoramento da localização de Moraes, no fim de 2022, poderia estar ligado ao suposto plano. O ministro negou, alegando que não era o momento para perguntas do defensor, e disse que o advogado nem deveria participar da audiência. Irritado, Marcus Vinicius pediu que seu questionamento constasse nos autos.

Foi nesse momento que Moraes acionou a segurança para checar o celular do advogado. Marcus Vinicius entregou o aparelho, informou a senha e, exaltado, pediu respeito ao ministro, que respondeu exigindo o mesmo.

No encerramento da sessão, Moraes determinou que sua negativa fosse registrada na ata. O advogado deixou o STF sem dar declarações.

Mário Fernandes, ex-assessor do Palácio do Planalto, está preso e é acusado pela Polícia Federal (PF) de elaborar o plano “Punhal Verde e Amarelo” para matar autoridades. Ele afirma que se tratava apenas de um “pensamento digitalizado” e nega qualquer tentativa de execução.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Mario Fernandes. Foto: Reprodução

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Defesa tenta reduzir pena de Bolsonaro de 43 para 14 anos em caso de condenação; entenda

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista. Foto: Reprodução
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contestou, no Supremo Tribunal Federal (STF), a pena de até 43 anos de prisão sugerida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso da trama golpista. Os advogados afirmam que, mesmo em caso de condenação com as maiores sanções previstas para cada crime, a punição deveria ser reduzida a um terço, ficando entre 7 e 14 anos, conforme informações do Globo.

O pedido principal é pela absolvição nos cinco crimes imputados, mas, caso a condenação ocorra, a defesa apresenta quatro eixos de argumentação para tentar diminuir a pena.

Um dos principais é derrubar as majorantes aplicadas ao crime de organização criminosa — nove anos extras, sendo quatro pela suposta utilização de armas de fogo e cinco pelo envolvimento de funcionários públicos. Sem esses acréscimos, a pena máxima para essa acusação cairia de 17 para 8 anos.

Outro ponto é o entendimento de que o crime de golpe de Estado, com pena de até 12 anos, deveria ser absorvido pelo de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, que prevê no máximo 8 anos, por se tratar de condutas dentro de um mesmo contexto.

Somando-se as punições mais elevadas para os demais crimes — dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado —, a pena total ficaria em 22 anos antes de aplicar outros fatores de redução.

A defesa também invoca a chamada “desistência formal”, prevista quando o agente interrompe voluntariamente a execução do crime antes de sua consumação, excluindo a punição pela tentativa. Além disso, argumenta pelo “concurso formal”, que prevê punir apenas o crime mais grave quando há prática simultânea de infrações com a mesma ação.

Com esses ajustes, o cálculo final ficaria entre 7 e 14 anos de prisão, mesmo que os ministros do STF optem por aplicar as sanções mais severas previstas pela PGR.

Segundo a Procuradoria, Bolsonaro teria “liderado” uma organização criminosa baseada em um “projeto autoritário de poder” com o objetivo de dar um golpe de Estado. Ele teria discutido o plano em reuniões no Palácio da Alvorada, em 19 de novembro e 7 de dezembro de 2022.

Além do ex-presidente e do tenente-coronel Mauro Cid, também são réus os ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Augusto Heleno (GSI) e Anderson Torres (Justiça), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).

O ex-presidente Jair Bolsonaro cumprimenta o tenente-coronel Mauro Cid durante interrogatório no STF. Foto: Ton Molina/STF

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Motta prevê votação da isenção do IR para salários de até R$ 5 mil

Presidente da Câmara disse que proposta é prioridade e defendeu medidas para proteger empresas e empregos diante do tarifaço

         Hugo Motta (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a proposta de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com salários de até R$ 5 mil (PL 1087/25) deve ser apreciada pelo Plenário nos próximos dias.

Em entrevista à GloboNews, Motta destacou que o texto, relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), foi aprovado por unanimidade na comissão especial, sinalizando ambiente favorável à aprovação final.

Segundo o parlamentar, a medida é prioridade da Casa no segundo semestre e conta com amplo apoio entre as bancadas. “É um projeto que interessa diretamente à população e que tem consenso entre os deputados”, ressaltou.

◈ Defesa de empresas diante do tarifaço

Motta também comentou a medida provisória (MP) editada pelo governo para apoiar empresas impactadas pelo chamado “tarifaço”, pacote de tarifas impostas ao Brasil. Ele garantiu que a Câmara não se omitiu nas respostas a decisões de impacto econômico e assegurou que o Congresso dará prioridade ao tema.

“Essa MP traz um apoio aos setores afetados pelas tarifas e será uma prioridade dentro do Congresso. Não vamos hesitar. Vamos proteger nossas indústrias, empregos, empresas. Esse é o interesse de todos que têm compromisso com o País”, declarou.

◈ Crítica a Eduardo Bolsonaro

O presidente da Câmara também criticou a postura do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se manifestou a favor das restrições econômicas contra o Brasil. Motta classificou a atitude como prejudicial à economia nacional e incompatível com o interesse público.

“É um trabalho contra o país, que prejudica empresas e a economia, não acho razoável. Temos total discordância e, dentro da própria direita também há discordância, porque são questões indefensáveis”, afirmou.

Fonte: Brasil 247