domingo, 18 de maio de 2025

Após prisão do líder do PCC na Bolívia, Gleisi diz que "ações como esta serão fortalecidas com a PEC da Segurança"

Ministra parabenizou a PF e defendeu integração e inteligência policial como pilares da proposta enviada ao Congresso por Lula e Lewandowski

Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira / Divulgação)

A prisão de Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, ex-líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), repercutiu neste domingo (18) com uma manifestação da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). Em publicação na rede social X (antigo Twitter), a ministra elogiou a operação conduzida pela Polícia Federal (PF) e defendeu que iniciativas como essa devem se intensificar com a Proposta de Emenda à Constituição da Segurança Pública, apresentada ao Congresso Nacional pelo governo Lula (PT).

“Parabéns à Polícia Federal pelo trabalho de inteligência que levou à captura do chefe de uma facção criminosa foragido na Bolívia. Ações como esta serão fortalecidas com a PEC da Segurança Pública apresentada pelo presidente Lula e ministro Lewandowski ao Congresso. Com inteligência, boa formação dos agentes e trabalho integrado das polícias, estamos no rumo de dar à população mais segurança”, escreveu Gleisi.

◉ Prisão internacional e uso de dados biométricos - A operação que levou à prisão de Tuta foi revelada neste sábado (17) durante entrevista coletiva concedida em Brasília pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Ele explicou que a ação foi fruto de uma cooperação internacional que envolveu, além da PF, a Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen (FELCC) da Bolívia e a Interpol.

Tuta foi detido em Santa Cruz de la Sierra portando documentos falsos. Foragido desde 2020, ele foi identificado rapidamente graças ao sistema de dados biométricos da Polícia Federal. “Imediatamente foi feita a checagem e aqui eu ressalto a importância, uma vez mais, da nossa base de dados biométrica, que permitiu praticamente em tempo real retornar a informação ao nosso oficial de delegação lá em Santa Cruz de la Sierra e aos colegas da Polícia da Bolívia, informando tecnicamente quem era exatamente aquela pessoa”, explicou Rodrigues.

Após a confirmação da identidade, o Ministério da Justiça foi informado, e o ministro Ricardo Lewandowski comunicou o presidente Lula e o chanceler Mauro Vieira. A diplomacia brasileira, por sua vez, passou a acompanhar o caso de perto na Bolívia.

◉ Cooperação internacional e combate às facções - O diretor-geral da PF destacou que Tuta permanece sob custódia das autoridades bolivianas enquanto aguarda uma decisão judicial que pode autorizar sua extradição ou expulsão para o Brasil. Aeronaves da PF já estão mobilizadas para realizar o traslado assim que for autorizada a remoção.

Rodrigues sublinhou que o enfrentamento ao crime organizado depende da união de esforços e do desmantelamento de lideranças: “o crime organizado se combate com essas ações, com a prisão de lideranças, com o enfrentamento ao poder econômico dessas entidades criminosas e, fundamentalmente, com a integração e cooperação doméstica e internacional”.

◉ Outras ações em andamento - Além da operação na Bolívia, Rodrigues destacou o avanço de outras frentes de combate ao crime lideradas pela PF. Ele citou ações contra roubos de carga em São Paulo, a prisão de chefes de facções na Bahia e em Minas Gerais, e a Operação Narco Vela, que resultou no bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em ativos ligados ao tráfico de drogas.

A prisão de Tuta e os desdobramentos em torno da PEC da Segurança reforçam a aposta do governo federal em inteligência, cooperação e modernização das forças de segurança como estratégia central para enfrentar o crime organizado e reduzir a violência no país.

Fonte: Brasil 247

Dino convoca audiência pública no STF para discutir transparência nas emendas impositivas

Encontro será realizado em 27 de junho com o objetivo de reunir contribuições técnicas para ações que tramitam na Corte

      Flávio Dino (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou uma audiência pública para aprofundar o debate sobre a execução das emendas impositivas e coletar subsídios técnicos que possam orientar o julgamento de ações em curso na Corte, informa a CNN Brasil..

A audiência está marcada para o dia 27 de junho e será realizada nas dependências do STF, sob a presidência do próprio ministro relator. Dino é responsável pela relatoria de processos que questionam a forma como os recursos das emendas parlamentares vêm sendo executados — com destaque para preocupações relacionadas à falta de transparência e rastreabilidade dos repasses.

Segundo o ministro, o objetivo do encontro é reunir “contribuições qualificadas” que possam auxiliar o Supremo a julgar as ações de forma mais aprofundada. Ele foi enfático ao delimitar o escopo da audiência: “esclareço que na audiência não serão debatidas denúncias, imputações de improbidade, casos de desvios de recursos públicos, ou temas similares”.

⊛ Enfoque técnico e institucional - O evento terá caráter técnico e será coordenado com o apoio dos núcleos de Solução Consensual de Conflitos (NUSOL) e de Processos Estruturais (NUPEC), ambos vinculados ao Supremo. A iniciativa busca estabelecer uma base sólida de informações para que os ministros da Corte possam deliberar sobre a legalidade e a constitucionalidade da atual sistemática de execução das emendas.

Todos os subsídios colhidos durante a audiência serão posteriormente encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Advocacia-Geral da União (AGU), instituições que atuam como partes essenciais nos processos em tramitação.

⊛ Contexto e inscrições - Desde o final de 2023, Flávio Dino tem liderado no STF discussões relacionadas à transparência dos mecanismos de distribuição de verbas parlamentares. Uma das preocupações centrais refere-se ao uso do sistema Pix para a realização de repasses, o que, segundo os questionamentos apresentados nas ações, dificulta o rastreamento dos recursos e o controle social sobre a destinação das verbas.

A audiência será aberta à participação de entidades da sociedade civil, pesquisadores e especialistas interessados no tema. Aqueles que desejarem atuar como expositores devem realizar inscrição até o dia 10 de junho, conforme estabelecido pelo regimento interno do Supremo Tribunal Federal.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

Rússia lança maior ataque com drones da guerra e pressiona por trégua às vésperas de telefonema entre Trump e Putin

Ucrânia afirma que Moscou pretende "intimidar o Ocidente" com novo míssil e que cessar-fogo proposto por Trump só é travado por exigências “inviáveis”

Membros de uma unidade móvel de defesa aérea voluntária disparam uma metralhadora e um fuzil de assalto para abater um veículo aéreo não tripulado durante o maior ataque russo com drones, em meio ao ataque da Rússia à Ucrânia, na região de Kiev, Ucrânia, em 18 de maio de 2025 (Foto: REUTERS/Stanislav Kozliuk)

KIEV, 18 de maio (Reuters) - A Rússia lançou neste domingo seu maior ataque de drones contra a Ucrânia desde o início da guerra, destruindo casas e matando pelo menos uma mulher um dia antes de o presidente dos EUA, Donald Trump, discutir uma proposta de cessar-fogo com o presidente russo, Vladimir Putin.

O serviço de inteligência ucraniano afirmou também acreditar que Moscou pretendia lançar um míssil balístico intercontinental ainda neste domingo, numa tentativa de intimidar o Ocidente. Não houve resposta imediata de Moscou à acusação.

O presidente Volodymyr Zelenskiy, esforçando-se para restaurar os laços com Washington após uma desastrosa visita à Casa Branca em fevereiro, encontrou-se com o vice-presidente JD Vance e o secretário de Estado Marco Rubio em Roma, no domingo, durante a posse do Papa Leão.

Zelenskiy disse que a reunião foi "boa" e divulgou fotos de autoridades ucranianas e americanas sentadas do lado de fora, em uma mesa redonda, sorrindo. A mídia ucraniana informou que a reunião durou 40 minutos.

"Reafirmei que a Ucrânia está pronta para se envolver em diplomacia real e ressaltei a importância de um cessar-fogo total e incondicional o mais rápido possível", disse Zelenskiy, que também se encontrou com o novo papa.

Ucrânia e Rússia realizaram suas primeiras conversas presenciais em mais de três anos na sexta-feira, sob pressão de Trump para concordar com um cessar-fogo em uma guerra que ele prometeu encerrar rapidamente. Os inimigos concordaram em trocar 1.000 prisioneiros cada, mas não conseguiram chegar a um acordo sobre uma trégua, depois que Moscou apresentou condições que um membro da delegação ucraniana chamou de "inviáveis".

Os líderes do Reino Unido, França, Alemanha e Polônia planejam conversar com Trump antes dos presidentes dos EUA e da Rússia na segunda-feira, disse o chanceler alemão, Friedrich Merz. Os quatro líderes europeus visitaram Kiev juntos na semana passada e vêm pedindo que Trump apoie novas sanções à Rússia.

Questionado se era hora de impor sanções mais duras à Rússia, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que isso cabia a Trump.

"Acho que veremos o que acontece quando ambos os lados se sentarem à mesa", disse ele ao programa "Meet the Press" da NBC News.

"O presidente Trump deixou bem claro que, se o presidente Putin não negociar de boa-fé, os Estados Unidos não hesitarão em aumentar as sanções à Rússia, juntamente com nossos parceiros europeus."

Após uma noite de alertas aéreos, a força aérea da Ucrânia disse que até as 8h da manhã de domingo, a Rússia havia lançado 273 drones contra cidades ucranianas, mais do que o recorde anterior estabelecido por Moscou em fevereiro, no terceiro aniversário da guerra.

'EU PODIA OUVIR O ZUMBIDO'

Nas ruínas de sua casa de família na região de Obukhiv, a oeste de Kiev, Natalia Piven, 44, contou como se espremeu em um porão com seu filho após um alerta de ataque aéreo, bem a tempo de sobreviver à primeira onda de drones.

Eles então correram para um abrigo antiaéreo em um jardim de infância, antes que outra onda de drones se aproximasse da vila. A casa deles foi completamente destruída. Uma mulher de 28 anos, moradora ao lado, morreu. Autoridades ucranianas disseram que outras três pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança de quatro anos.

"Não consigo superar isso. Simplesmente não consigo. Eu conseguia ouvir claramente o drone voando em direção à minha casa", disse Piven à Reuters.

Trump mudou a retórica dos EUA, deixando de apoiar a Ucrânia e passando a aceitar parte da narrativa de Moscou sobre a guerra que Putin lançou em 2022. Mas Kiev e seus aliados europeus estão trabalhando duro para persuadir Trump de que é Moscou que está mantendo uma trégua agora.

Zelenskiy afirmou que aceitaria a proposta de Trump de um cessar-fogo imediato de pelo menos 30 dias, sem condições. Moscou afirma que consideraria um cessar-fogo, mas somente se condições fossem atendidas, incluindo a interrupção do fornecimento de armas a Kiev.

O documento também afirma que quaisquer negociações de paz devem abordar as "causas profundas" do conflito, incluindo as exigências de que a Ucrânia ceda território, seja desarmada e aceite o status de neutra. Kiev afirma que isso equivaleria a uma capitulação e a deixaria indefesa.

Reportagem adicional de Valentyn Ogirenko, Gleb Garanich, Anna Voitenko em Kiev e Lidia Kelly em Melbourne; Texto de Lidia Kelly e Peter Graff; Edição de William Mallard, Jamie Freed e Helen Popper.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Governo Lula prepara decreto para regulamentar ensino a distância e restringir cursos online

Medida deve proibir EAD em Medicina e Direito e estabelecer limites para outras graduações

Ensino a distância (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar, nesta segunda-feira (19), um decreto que regulamenta o Ensino a Distância (EAD) no Brasil.

A nova norma proibirá a oferta de cursos de graduação na modalidade EAD nas áreas de Medicina e Direito, além de impor restrições significativas a outras graduações. A cerimônia de assinatura está prevista para ocorrer em Brasília.

Desde o ano passado, o governo federal já havia suspendido a criação de novos cursos, polos e vagas em graduações exclusivamente online. A medida, agora formalizada por decreto, visa reestruturar o funcionamento do EAD no país.

A decisão foi motivada por dados do Censo da Educação Superior divulgados pelo MEC, que indicaram desempenho inferior de cursos à distância em relação aos presenciais.

A expectativa é de que o novo marco regulatório mantenha a proibição do EAD para cursos como Direito e Medicina, consideradas áreas que exigem forte componente prático e presencial. Para outras graduações, como Engenharia, Pedagogia e Enfermagem, haverá limites para a carga horária virtual.

O novo marco regulatório deverá instituir uma nova modalidade de ensino semipresencial para cursos de formação de professores. A proposta é permitir que ao menos 20% da carga horária seja cumprida com aulas online ao vivo (síncronas), combinadas com a exigência de atividades presenciais, ficando vedada a formação de professores 100% online.

Em maio do ano passado, o MEC já havia determinado que cursos de licenciatura e formação pedagógica tenham, no mínimo, 50% das aulas em formato presencial. O decreto, no entanto, vai permitir que parte desse percentual seja composta por encontros virtuais síncronos, somados à carga presencial obrigatória.

Essa nova modalidade, que ainda não existe formalmente, combinará três formatos: aulas presenciais, online gravadas (assíncronas) e transmissões ao vivo (síncronas). Não será permitida a oferta de cursos de formação de professores inteiramente à distância.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal Folha de S. Paulo

“Direita sempre fabrica crises em anos eleitorais”, diz Franklin Martins

Em entrevista à jornalista Hildegard Angel, Franklin Martins alerta para estratégias da direita contra governos populares e convoca à mobilização política

Franklin Martins em entrevista com Hildegard Angel na TV 247 - 17/05/2025 (Foto: YouTube/TV 247)

Em entrevista concedida à jornalista Hildegard Angel, no programa Conversas com Hildegard Angel, da TV 247, o jornalista e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, fez um alerta direto: “A direita sempre fabrica crises em anos eleitorais”. Para ele, esse comportamento já se tornou um padrão na política brasileira e exige dos setores democráticos vigilância e enfrentamento político.

“Todo o ano anterior ao da eleição presidencial tem uma grande crise. Isso não é coincidência, é método”, afirmou Franklin. Segundo ele, trata-se de uma tática recorrente da direita para tentar enfraquecer lideranças populares, como a do presidente Lula, e reverter conquistas sociais obtidas por meio do voto democrático.

◉ A história se repete em ciclos

Ao longo de uma conversa extensa e reflexiva, Franklin Martins revisitou passagens decisivas da história política do Brasil, traçando paralelos entre o passado e o presente. Ele mencionou o papel da mídia conservadora e de lideranças como Carlos Lacerda na criação de um ambiente golpista nos anos 1950 e 60, que culminou com o suicídio de Getúlio Vargas e o golpe militar de 1964. Também destacou as tentativas frustradas de impedir a posse de João Goulart, em 1961, e a importância da resistência liderada por Leonel Brizola.

“O Brizola fez um movimento de massas e impediu o golpe. Foi um momento em que o Brasil mostrou que podia resistir”, disse o jornalista.

◉ O golpe de 1964 e o papel dos militares

Franklin foi enfático ao afirmar que o golpe de 1964 não foi apenas “civil-militar”, como defendem alguns acadêmicos: “O coração daquele processo foi o alto comando das Forças Armadas”. Ele relembrou ainda os anos de repressão, censura e terrorismo de Estado, marcados por assassinatos e desaparecimentos de opositores, inclusive sua própria mãe, vítima da ditadura.

◉ A resistência democrática e a importância da mobilização

Em sua análise, Franklin valorizou os processos de resistência política e social que surgiram mesmo sob forte repressão. Ele exaltou o papel dos estudantes na década de 1960, o renascimento da luta sindical no final dos anos 1970 e o surgimento de uma nova liderança operária: Luiz Inácio Lula da Silva.

Para ele, a luta pela democracia é contínua e requer coragem e persistência. “A causa sem mártires não tem força. A memória dos que tombaram é fundamental para seguirmos adiante”, disse, em referência aos que resistiram ao regime militar.

◉ O Brasil de hoje e os riscos da despolitização

Franklin Martins alertou que o Brasil ainda carrega “gatilhos” deixados pela ditadura em sua estrutura democrática, como os resquícios de poder das Forças Armadas e a instrumentalização de setores do Judiciário e da mídia.

Ele ressaltou que os avanços dos últimos anos — como a inclusão social e a redução das desigualdades regionais — foram obtidos graças à mobilização popular e ao fortalecimento do voto. E reforçou: “O povo não é um estorvo para a economia. Pelo contrário, é um tremendo patrimônio”.

◉ Estados Unidos e crise de hegemonia

Ao final da conversa, Franklin comentou o cenário internacional e a crise de hegemonia enfrentada pelos Estados Unidos. Segundo ele, o país não tem conseguido lidar com a multipolaridade do mundo atual e recorre, cada vez mais, a ações agressivas e contraditórias. “Os EUA estão diante de uma realidade que não controlam mais, e isso afeta diretamente a geopolítica global”, avaliou.

Fonte: Brasil 247

Prefeitura de Apucarana inicia entrega do primeiro lote de uniformes escolares para estudantes da rede municipal

O primeiro lote de uniformes escolares foi destinado aos estudantes do 2º ao 5º ano do ensino fundamental, da rede municipal de ensino


A Prefeitura de Apucarana deu início na sexta-feira (16/05) à entrega gradativa do primeiro lote de uniformes escolares destinados aos estudantes do 2º ao 5º ano do ensino fundamental, da rede municipal de ensino. A ação marca o começo de uma importante etapa para garantir que os alunos tenham acesso a uniformes de qualidade, incluindo estojo e camiseta de manga longa e manga curta.

É importante destacar para os pais, que esta é apenas a primeira fase da distribuição. Por isso, os demais estudantes irão receber seus kits nos próximos dias.

O prefeito Rodolfo Mota esclarece mais uma vez, que o atraso na entrega dos uniformes ocorreu devido a questões relacionadas à gestão anterior. A licitação para compra dos kits que demora até 4 meses para ser concluída e não foi realizada a tempo, o que atrasou todo o processo.

A preocupação da atual gestão com a qualidade do material para os estudantes foi outro motivo. Amostras de materiais apresentadas pelas primeiras empresas classificadas na licitação foram reprovadas.

Para evitar que o problema se repita, o prefeito Rodolfo Mota vai iniciar a licitação para os próximos anos, no segundo semestre. Esta medida de planejamento e organização vai garantir que os uniformes estejam prontos para serem distribuídos já no início do próximo ano letivo.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Lula cobra de Dallagnol R$ 135 mil de indenização ganhos na Justiça por PowerPoint


Dallagnol usou apresentação em Power Point em coletiva de imprensa contra Lula em 2016. Foto: Reprodução /GERALDO BUBNIAK

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou, na Justiça de São Paulo, o cumprimento da sentença que obriga o ex-procurador da República Deltan Dallagnol a pagar R$ 135.435,22 por danos morais. A decisão está relacionada à coletiva de imprensa realizada em 2016, quando apresentou denúncia contra Lula no caso do tríplex do Guarujá.

Na época, Dallagnol liderava a força-tarefa da Lava Jato e usou um infográfico em PowerPoint para acusar Lula de chefiar uma organização criminosa. A Justiça entendeu que o ex-procurador ultrapassou os limites de sua função e violou a honra do então investigado, que mais tarde teve seus processos anulados pelo STF.

Em março de 2022, o STJ condenou o ex-procurador ao pagamento de R$ 75 mil a título de danos morais, valor que, com juros e correção, ultrapassou os R$ 135 mil. A crítica à conduta funcional do procurador partiu de Cristiano Zanin, então advogado de Lula e hoje ministro do Supremo Tribunal Federal. A defesa de Deltan Dallagnol foi feita pela Advocacia-Geral da União (AGU).

A apresentação com PowerPoint se tornou um símbolo da atuação da Lava Jato, mas também um marco da controvérsia sobre abusos no processo. A decisão reforça a responsabilização de autoridades por excessos cometidos no exercício do cargo e marca mais um capítulo no embate jurídico entre Lula e os integrantes da operação.

Fonte: DCM

Haddad propõe fundo global para florestas e vê na China aliada estratégica pelo clima

Ministro da Fazenda aposta na liderança brasileira na COP30 e destaca papel chinês na transição energética

      Fernando Haddad e Amazônia (Foto: Agência Brasil )

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que a China pode se tornar um “grande parceiro global em busca de equilíbrio climático”, mesmo sendo o maior emissor de gases de efeito estufa da atualidade. A declaração foi dada em entrevista ao jornalista André Trigueiro, da GloboNews, realizada em 12 de maio e repercutida pelo Valor Econômico neste sábado (17).

“A China é o maior produtor de painéis solares, está fazendo sua transição automotiva na maior velocidade possível e já produz os carros elétricos mais baratos. É um grande emissor. Mas uma coisa é a pessoa emitir, outra é não fazer nada. A China pode ser um grande parceiro global em busca de um equilíbrio climático para o planeta. E eles têm tecnologia. Não é só dinheiro”, afirmou Haddad.

◎ Fundo para preservação das florestas tropicais - Entre as propostas que o Brasil levará à COP30, marcada para novembro em Belém (PA), está a criação do Tropical Forests Forever Fund (TFFF), um fundo internacional voltado à preservação de florestas tropicais. Segundo Haddad, o desenho da proposta já está adiantado e tem gerado entusiasmo em diversos países europeus. No entanto, tanto Estados Unidos quanto China ainda não manifestaram adesão.

“As duas grandes potências ainda não deram sinal verde, mas tem um conjunto de países europeus querendo aportar recursos”, explicou. “Não consigo entender um bom argumento para não salvar as nossas florestas, que respondem hoje por uma parte da limpeza que se faz do carbono na atmosfera”.

O fundo funcionaria como instrumento de crédito, oferecendo remuneração mínima aos investidores e financiando projetos de transformação ecológica. O lucro gerado pelo diferencial das taxas (spread) seria revertido proporcionalmente aos países que preservarem suas florestas em pé. “Como não é doação e o investidor vai estar sendo remunerado, todos os interlocutores do Brasil até aqui dizem que pode se tornar viável”, declarou.

Para Haddad, mesmo sem o endosso inicial das grandes potências, a proposta pode avançar com base em princípios éticos e institucionais. “A política funciona também por constrangimento moral: se você criar um ambiente institucional, uma segurança jurídica de que o dinheiro será bem aplicado, uma regra de distribuição do lucro bem feita, você vai criando na comunidade global um constrangimento”.

◎ Conflitos e oportunidades na geopolítica climática - O ministro reconheceu que a COP30 deverá repetir o principal impasse das conferências climáticas anteriores: o financiamento climático, especialmente para países pobres e em desenvolvimento. Além disso, destacou que há uma dificuldade adicional relacionada a governos “mais extremistas” e negacionistas.

“Os países governados por forças mais negacionistas são mais refratários a políticas ambientais, mas o papel da política é criar interlocução, sociabilidade, diálogo para constranger a fazer o certo”, afirmou, ressaltando o papel de liderança do Brasil desde o G20.

Entre as iniciativas que serão apresentadas durante a COP30, Haddad mencionou o estímulo aos biocombustíveis e uma nova linha de crédito para recuperação de pastagens degradadas. A medida, que começou com um projeto piloto para 1 milhão de hectares, poderá alcançar até 40 milhões de hectares já mapeados pelo governo. “Acredito que vamos esgotar rapidamente a linha de crédito”, previu.

◎ Transição energética e Margem Equatorial - Haddad também comentou sobre a necessidade de conciliar desenvolvimento com responsabilidade ambiental ao tratar da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Ele defendeu a realização de pesquisas, mas enfatizou a urgência da transição energética. “Temos que, o quanto antes, prescindir do petróleo. A humanidade. Saber o que há na Margem Equatorial é importante e sou a favor da pesquisa. Mas o petróleo que eventualmente possa estar lá não pode ser pretexto para atrasarmos nossa transição”.

O ministro reiterou o compromisso ambiental do governo Lula, destacando a confiança do presidente na ministra Marina Silva desde os primeiros mandatos. “Está na agenda do Lula. Não tem nada na nossa agenda sem respaldo do presidente Lula”.

Por fim, Haddad reforçou que a pauta climática deve ganhar centralidade nas discussões econômicas globais. “Os ministros de finanças vão estar atentos a esse problema em virtude inclusive dos custos que a crise climática acaba acarretando. Não vejo no futuro próximo uma pessoa alheia ao tema estar em um cargo importante”.

Fonte: Brasil 247

Meninas mães passam de 14 mil e só 1,1% tiveram acesso a aborto legal

Prática é dificultada por falta de orientação adequada

        Manifestação contra o PL 1.904/24 (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Por Tâmara Freire, repórter da Agência Brasil - Quase 14 mil meninas de 10 a 14 anos de idade tiveram filhos no Brasil em 2023, e apenas 154 tiveram acesso ao aborto legal. As crianças de até 14 anos de idade são as maiores vítimas de violência sexual no Brasil e, além disso, a legislação brasileira considera que todas essas gestações são fruto de estupro, já que uma pessoa só tem idade para consentir com a relação sexual, a partir dos 14 anos. Portanto, todas essas meninas teriam direito a interromper a gravidez, mas o número de procedimentos foi apenas 1,1% do total de gestações concluídas.

"Uma menina não engravida, ela é engravidada. Nós não podemos imputar a ela essa responsabilidade. E a gente tem que se referir a esses casos como gravidez infantil, gravidez de criança", enfatiza a presidente da Associação de Obstetrícia de Rondônia, Ida Perea Monteiro, que apresentou os dados no Congresso de Ginecologia e Obstetrícia, na última semana no Rio de Janeiro.

"É uma tragédia que revela um fracasso coletivo e tem consequências graves, a interrupção da trajetória educacional, o comprometimento do desenvolvimento físico e emocional, a reprodução do ciclo de pobreza e exclusão social e o maior risco de complicações obstétricas e de mortalidade materna e infantil", alerta Ida.

A especialista lembrou que desde 2017, todos os casos de gestação infantil devem ser notificados ao Ministério de Saúde e às autoridades de segurança, justamente porque se tratam de estupro presumido, independente das circunstâncias.

As meninas também precisam ser informadas de imediato que têm direito a interromper a gestação de forma legal, pelo Serviço Único de Saúde, se assim desejarem.

Mas na prática, de acordo com Ida, poucas recebem as orientações adequadas, e esse direito também é dificultado pela pequena quantidade de hospitais que realizam o procedimento. Hoje são menos de 100 em todo o Brasil.

Entraves - O médico Olímpio Barbosa de Morais Filho, diretor-médico do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros - Cisam, em Recife, um dos hospitais de referência em abortamento legal, acredita que o direito à interrupção da gravidez também é negado de forma proposital por pessoas em diversas instituições, que são contrárias ao aborto.

Ele reforça o compromisso ético e humanitário dos profissionais de saúde.

"A objeção de consciência é relativa, não é absoluta. E é o nosso papel, mesmo quando você tem objeção de consciência, informar a pessoa sobre os seus direitos. Porque ela tem direito à saúde e você escolheu se preocupar com a saúde de terceiros. Provavelmente, se fosse oferecido o aborto legal, a grande maioria dessas meninas teria expressado esse desejo. Ou muitas vezes, elas até expressam, mas as portas são fechadas", afirma o obstetra.

De acordo com o médico, os profissionais que identificam uma gravidez infantil também têm o compromisso de ajudar as vítimas a terem seu desejo respeitado.

"O direito à interrupção é da menina, não cabe interferência da família ou de profissionais. Se a decisão da família é conflitante com a decisão da menina, a gente precisa buscar a decisão judicial para suprir esse consentimento através do Ministério Público, da Defensoria Pública, porque quanto mais tempo demora, mais você está submetendo aquela menina a sofrimento".

Morais é um antigo defensor do acesso pleno e humanizado ao aborto legal, mas se tornou ainda mais conhecido, e atacado, depois de receber no Cisam uma menina de 10 anos de idade, grávida após violência sexual, que não havia sido atendida na unidade de referência do Espírito Santo, onde morava, porque já estava com 22 semanas de gestação. O caso aconteceu em 2020 e mobilizou a opinião pública.

Desde aquele ano, diversas iniciativas tentam limitar a idade gestacional para o aborto, o que não existe pela legislação atual, incluindo o projeto de lei que pretendia equiparar a interrupção da gravidez, após às 22 semanas, ao crime de homicídio, apelidado de PL do Estupro por organizações feministas e de defesa dos direitos da criança.

O diretor do Cisam avalia que o objetivo é inviabilizar o aborto legal de forma geral e alerta que essa limitação prejudicaria especialmente as crianças e adolescentes vítimas de violência.

"Como o agressor em cerca de 70% das vezes é uma pessoa da família ou próxima, essa pessoa tem um poder muito grande sobre essa criança e ela não sabe que está grávida ou tem medo de que as pessoas descubram. Isso só acontece quando a barriga cresce, o que demora. E às vezes quando procura uma unidade de saúde, para ter direito ao aborto, o procedimento é adiado", diz diretor do Cisam.

Mortes - Essa demora também agrava outro drama relacionado à gravidez infantil, o risco de complicações e de mortalidade.

A obstetra Ida Perrea Monteiro aponta que a razão de morte materna entre as meninas de 10 a 14 anos de idade é de cerca de 50 casos a cada 100 nascidos vivos, o que cai para 26 na faixa etária dos 20 a 24 anos. De 2019 a 2023, 51 meninas morreram em consequência da gravidez, por causa como eclampsia, infecção generalizada e complicações de aborto feito clandestinamente.

"A mortalidade materna infantil é um desfecho extremo da violência sexual e da negligência institucional. Somos nós falhando como sociedade. Nós temos que proteger nossas meninas para que elas possam crescer, estudar e prosperar", afirma Ida.

Fonte: Brasil 247

Ovos de granja com caso de gripe aviária estão rastreados, diz Mapa

Ministério diz ter adotado todas as medidas necessárias

(Foto: Reuters/Sam Mircovich)

Por Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil - O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou ter rastreado todos os ovos para incubação fornecidos pela granja onde ocorreu o primeiro caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP).

O destino desses ovos são incubatórios localizados em Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério, já foram adotadas as medidas de saneamento definidas no plano de contingência para influenza aviária e doença de Newcastle.

Entre as ações previstas está a destruição desses ovos. Ontem (17), o governo de Minas Gerais determinou o descarte de 450 toneladas de ovos fecundados e demais materiais envolvidos, como medida preventiva.

“A iniciativa mostrou-se necessária para manter o controle sanitário, seguindo planos prévios para possíveis ocorrências do tipo, garantindo contenção e erradicação da doença e a manutenção da capacidade produtiva do setor”, informou o governo estadual em comunicado oficial.

O Mapa ressalta que não há comprovação de contaminação nesses ovos, e que adotou “todas medidas necessárias para proteção da avicultura nacional”.

Gripe aviária - O primeiro caso de vírus da influenza IAAP em um matrizeiro de aves comerciais foi confirmado esta semana no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

Em nota, a pasta destacou que a doença não é transmitida pelo consumo de carne nem de ovos.

Desde o anúncio do primeiro caso de IAAP no país, China, União Europeia e Argentina suspenderam as importações de carne de frango brasileira, inicialmente por um prazo de 60 dias. Apesar do foco ser regional, as restrições comerciais, no caso da China e do bloco europeu, abrangem todo o território nacional, por exigências previstas em acordos comerciais com o Brasil.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, desde 2006, casos de IAAP vêm sendo registrados em diversas partes do mundo, sobretudo na Ásia, na África e no norte da Europa.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

'Farinha do mesmo saco, palhaçada': Ronaldo detona CBF e critica poder das federações


Fenômeno criticou modelo da entidade, lamentou ausência de reformas e disse que cenário do futebol brasileiro "não vai mudar"

Ronaldo Nazário (Foto: Reuters/Violeta Santos Moura)

Em entrevista concedida neste domingo (18) à TV Bandeirantes, durante a transmissão do Grande Prêmio de Imola de Fórmula 1, o ex-jogador Ronaldo Nazário, o Fenômeno, fez duras críticas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), relata o jornal O Globo. A fala ocorre dias após o afastamento do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que nomeou um interventor e determinou a realização de novas eleições para o fim do mês.

"Não é novidade para ninguém. O que está acontecendo agora já aconteceu outras vezes. A gente vive um momento terrível, mas o mais impressionante é que a gente não vê uma luz no fim do túnel", afirmou o ex-camisa 9 da Seleção.

Segundo Ronaldo, o modelo de governança da CBF, que concentra o poder decisório nas mãos dos 27 presidentes das federações estaduais, impede qualquer possibilidade real de reforma estrutural. “Enquanto o estatuto da CBF for esse que é agora, que o poder fica na mão dos 27 presidentes de federações, essa palhaçada vai continuar. Não tem nenhuma chance de reforma no futebol brasileiro. Eu diria que muda a página, mas o livro é o mesmo, é tudo farinha do mesmo saco”, disparou.

Fracasso de candidatura e crítica ao sistema - Ronaldo, que já manifestou o desejo de assumir a presidência da CBF, revelou em março ter desistido da candidatura. Na época, justificou a decisão pela ausência de apoio das federações estaduais. Segundo ele, 23 das 27 entidades sequer aceitaram recebê-lo, sob o argumento de estarem satisfeitas com a gestão de Ednaldo Rodrigues e dispostas a apoiá-lo para um novo mandato.

Neste domingo, o Fenômeno reforçou a ideia de que o Brasil desperdiça o potencial de seu futebol por conta da estrutura política arcaica da CBF. Para ele, uma reforma profunda permitiria “ter esperança de voltar” a conquistar títulos e “reconectar” a Seleção com os torcedores. Mas sua avaliação sobre o futuro não é otimista: “não vai mudar”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Desconfiança e incômodo: Bolsonaro resiste a apoiar Tarcísio para 2026 e irrita aliados


     O ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro (PL) tem resistido a apoiar o nome do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como possível candidato à Presidência em 2026.

Aliados próximos, segundo o Estadão, relatam que o ex-presidente demonstra desconfiança e incômodo com a movimentação de setores que tentam emplacar Tarcísio como sucessor natural da direita – essa resistência preocupa partidos de centro que esperam uma definição clara para a disputa.

Parte do desconforto do ex-mandatário se dá pela percepção de que o governador não tem se mostrado suficientemente solidário. Bolsonaro também estaria frustrado com a falta de benefícios políticos para seu grupo, apesar da aproximação de Tarcísio com o STF. Nos bastidores, cresce a especulação de que o ex-capitão pode preferir indicar alguém da própria família.

Nomes como Michelle e Eduardo são cogitados, embora ambos enfrentem resistência em diferentes setores políticos.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução
A ex-primeira-dama teria popularidade, mas sua candidatura gera dúvidas entre aliados. Eduardo, por sua vez, está nos Estados Unidos e tem pouca aceitação no centro.

Outro ponto é o fato de que, mesmo inelegível, Bolsonaro, publicamente, ainda diz que ele mesmo será o candidato.

Essa postura tem preocupado lideranças partidárias que desejam uma alternativa viável e articulada com tempo para campanha. A indefinição pode atrapalhar alianças estaduais e comprometer a estratégia da direita.

Tarcísio, por outro lado, tenta demonstrar lealdade. Ele já recusou convites para viagens e eventos fora de São Paulo, afirmando que pretende disputar a reeleição ao governo estadual.

Fonte: DCM

TV católica sai do ar após 26 anos, não paga funcionários e apela ao público por doações

O logo e a sede da TV Século 21 em Valinhos, SP. Foto: Reprodução

A Rede Século 21, emissora de TV aberta católica, está com suas atividades paralisadas desde terça-feira (13). Cerca de 200 funcionários entraram em greve por falta de pagamento dos salários e não recolhimento de encargos trabalhistas como FGTS e INSS. Com a paralisação, toda a programação ao vivo saiu do ar e foi substituída por reprises. A emissora, mantida pela Associação do Senhor Jesus, passou a exibir apelos por doações na tela, com um QR code para contribuições financeiras dos telespectadores.

De acordo com o Sindicato dos Radialistas de São Paulo, os atrasos salariais ocorrem desde setembro de 2024. Benefícios como convênio médico também foram suspensos. Em março deste ano, uma greve havia sido aprovada, mas foi suspensa após a entidade gestora apresentar um plano de pagamento, que não foi cumprido.

A Associação alega queda nas doações desde a pandemia, com uma redução estimada de 35% na arrecadação. A emissora não vende espaço publicitário e depende exclusivamente de contribuições espontâneas. O sindicato afirma que a greve continuará até que os salários sejam quitados e uma proposta concreta seja apresentada. A emissora não se manifestou até o momento.

Fonte: DCM

Abandonada por Bolsonaro, Zambelli teme prisão: “Não sei o que vou encontrar”

        A deputada federal Carla Zambelli – Foto: Reprodução

Dez anos após liderar protestos pelo golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, Carla Zambelli, deputada federal do PL, pode ser presa. Abandonada por antigos aliados, ela diz temer por sua vida. Com informações da Folha de S.Paulo.

“Eu tenho um pouco de receio das outras mulheres na cadeia, né? Porque eu nunca sei o que vou encontrar, mas eu também luto, então não tenho medo de apanhar. O maior problema é ficar longe da família”, disse.


Caso os recursos sejam negados, perderá o mandato, ficará inelegível e deverá cumprir pena de dez anos. Ela ainda enfrenta outras condenações, incluindo cinco anos de prisão por porte ilegal de arma, após ameaçar um homem na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

Hacker Walter Delgatti Neto durante depoimento à CPI de 8 de janeiro – Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Com a derrocada política, Zambelli se viu cada vez mais isolada. Jair Bolsonaro, antes seu aliado, a responsabilizou pela própria derrota eleitoral. “Não me arrependo de ter apoiado ele. Me arrependo de ter entrado de cabeça em alguns processos, como ter pedido impeachment dos ministros do STF”, declarou.

A deputada também relata problemas de saúde, citando três diagnósticos: síndrome de Ehlers-Danlos, taquicardia postural ortostática e depressão. Apesar disso, nega qualquer crime e se diz vítima de perseguição.

Além das ações já julgadas, ela ainda responde a um processo por desinformação eleitoral, que motivou a cassação de seu mandato pelo TRE-SP em janeiro.

Fonte: DCM