domingo, 13 de julho de 2025

Golpistas Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro ameaçam levar Alcolumbre e Motta à Casa Branca

 

Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro

O novo capítulo da chantagem dos golpistas Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, jagunços a serviço do ex-presidente Jair, expõe, com crueza, o nível de degradação institucional a que chegou a relação entre a extrema direita brasileira e o governo dos Estados Unidos sob Donald Trump.

Como um sequestrador, Figueiredo afirma em vídeo que “não há outro caminho” para acabar com as tarifas impostas ao Brasil em nome de livrar o chefão da Justiça.

Ele garante que pode levar Davi Alcolumbre e Hugo Motta diretamente à ala oeste da Casa Branca — a West Wing, onde fica o Salão Oval — para negociar uma saída.

“As vias diplomáticas dos senhores não funcionam mais”, diz ele, orgulhoso de ter sido, junto com Eduardo, “mais efetivo” que o Itamaraty. “É daqui pra baixo”.

O que está em curso é um projeto de extorsão internacional, em que um grupo de bandidos se apresenta como intermediário junto a um presidente estrangeiro em nome de interesses pessoais — não da República. Reportagem do New York Times expôs da articulação desses canalhas junto a Trump.


Um país está refém de criminosos que apresentam exigências que, no fim das contas, servem apenas à proteção de Jair Bolsonaro e seus acólitos.

Ao colocar os nomes de Alcolumbre e Motta nessa engrenagem, Figueiredo tenta envolver o Congresso Nacional numa manobra marginal. Estão farejando medo: há três dias, os presidentes do Senado e da Câmara soltaram uma nota covarde, afirmando que o Congresso Nacional está pronto para “agir com equilíbrio e firmeza” em defesa da economia.

Os traidores contam ainda com governadores oportunistas como Tarcísio, Caiado e Zema. O Estadão publicou editorial neste domingo (13) chamando essa turma de “marionetes” de Bolsonaro.

Esse tipo de declaração não apenas fere a soberania brasileira como expõe um modelo de conluio que replica métodos de organizações criminosas transnacionais. O PCC é amador perto deles.

A submissão de parte da direita brasileira a esse tipo de pressão revela um problema ainda mais profundo: o destino do país, sua política externa e sua economia estão sendo instrumentalizados por uma máfia disposta a tudo para blindar um réu.

Fonte: DCM

Estadão detona governadores que culpam Lula por tarifaço de Trump: “marionetes de golpista”

 

Tarcísio e Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, em SP. Foto: reprodução

O Estadão publicou editorial no domingo (13) criticando os governadores bolsonaristas que “aspiram à Presidência culpam Lula pela ameaça de tarifaço de Trump”. Há três dias, o jornal chamou Tarcísio de Freitas de sabujo de Bolsonaro

Segundo o Estadão, “é ultrajante a complacência de governadores como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Ronaldo Caiado (GO) diante dos ataques promovidos pelo presidente dos EUA ao Brasil”.

Leia:

A direita brasileira que se pretende moderna e democrática, se quiser construir um legítimo projeto de oposição ao governo Lula da Silva, precisa romper definitivamente com Jair Bolsonaro e tudo o que esse senhor representa de atraso para o Brasil. Não se trata aqui de um imperativo puramente ideológico, e sim de uma exigência mínima de civilidade, decência e compromisso com os interesses nacionais.

O recente ataque do presidente americano, Donald Trump, às instituições brasileiras, supostamente em defesa de Bolsonaro, é só uma gota no oceano de males que o bolsonarismo causa e ainda pode causar aos brasileiros. A vida pública de Bolsonaro prova que o ex-presidente é um inimigo do Brasil que sempre colocou seus interesses particulares acima dos do País. (…)

Por razões óbvias, Bolsonaro não virá a público condenar o teor da famigerada carta de Trump a Lula. Isso mostra, como se ainda houvesse dúvidas, até onde Bolsonaro é capaz de ir – causar danos econômicos não triviais ao País – na vã tentativa de salvar a própria pele, imaginando que os arreganhos de Trump tenham o condão, ora vejam, de subjugar o Supremo Tribunal Federal e, assim, alterar os rumos de seu destino penal.

Nesse sentido, é ultrajante a complacência de governadores como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Ronaldo Caiado (GO) diante dos ataques promovidos pelo presidente dos EUA ao Brasil. As reações públicas dos três serviram para expor a miséria moral e intelectual de uma parcela da direita que se diz moderna, mas que continua a gravitar em torno de um ideário retrógrado, personalista, francamente antinacional e falido como é o bolsonarismo.

Tarcísio, Zema e Caiado, todos aspirantes ao cargo de presidente da República, usaram suas redes sociais para tentar impingir a Lula, cada um a seu modo, a responsabilidade pelo “tarifaço” de Trump contra as exportações brasileiras. Nenhum deles se constrangeu por tergiversar em nome de uma “estratégia eleitoral”, vamos chamar assim, que nem de longe parece lhes ser benéfica – haja vista a razia que a associação ao trumpismo provocou em candidaturas mundo afora.

Tarcísio afirmou que “Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado”, atribuindo ao petista a imposição de tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras aos EUA – muitas das quais saem justamente do Estado que ele governa. Classificando, na prática, a responsabilidade de Bolsonaro como uma fabricação, o governador paulista concluiu que “narrativas não resolverão o problema”, como se ele mesmo não estivesse amplificando uma narrativa sem pé nem cabeça.




Caiado, por sua vez, fez longa peroração, com direito a citação do falecido caudilho venezuelano Hugo Chávez, antes de dizer que, “com as medidas tomadas pelo governo americano, Lula e sua entourage tentam vender a tese da invasão da soberania do Brasil”. Por fim, coube a Zema encontrar uma forma de inserir até a primeira-dama Rosângela da Silva no script para exonerar Bolsonaro de qualquer ônus político pelo prejuízo a ser causado pelo “tarifaço” americano se, de fato, a medida se concretizar.

O Brasil não merece lideranças que relativizam os próprios interesses nacionais em nome da lealdade a um projeto autoritário, retrógrado e personalista. Até quando a direita brasileira permitirá ser escrava de um desqualificado como Bolsonaro? Não é essa a direita de um país decente. Não é possível defender o Estado Democrático de Direito e, ao mesmo tempo, louvar e defender um ex-presidente que incitou ataques às urnas eletrônicas, ameaçou as instituições republicanas, sabotou políticas de saúde pública e usou a máquina do Estado em benefício próprio e de sua família ao longo de uma vida inteira.

O Brasil precisa, sim, de uma direita responsável, madura e comprometida com o futuro – não de marionetes de um golpista contumaz.

Fonte: DCM

Tarifaço de Trump vira munição contra Eduardo Bolsonaro no STF; entenda

 

Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: TOMZÉ FONSECA/FUTURA PRESS
O anúncio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, feito na sexta-feira (11), sobre a aplicação de uma sobretaxa de 50% a produtos brasileiros gerou repercussão no Brasil e no exterior. No entanto, a medida não deve alterar o curso do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), mas pode impactar o inquérito que envolve seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Com informações da Folha de S.Paulo.

A avaliação foi feita por ministros do STF, assessores, advogados ligados ao processo e pessoas próximas aos envolvidos. Eles entendem que a carta e as declarações de Trump podem reforçar a suspeita de que Eduardo atua politicamente nos Estados Unidos para interferir nas investigações que envolvem sua família, além de atacar instituições brasileiras.

Eduardo é investigado por suspeita de coação, obstrução de investigação e tentativa de abolir, de forma violenta, o Estado democrático de Direito. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acredita que ele tenha articulado ações com autoridades americanas contra membros do Supremo, da própria PGR e da Polícia Federal. O inquérito, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, foi prorrogado por mais 60 dias para aprofundamento das diligências.

A sobretaxa anunciada por Trump foi apresentada como reação àquilo que ele chamou de “caça às bruxas” a Bolsonaro e a ordens de censura emitidas no Brasil contra plataformas digitais. O posicionamento vai ao encontro da narrativa de Eduardo, que tem acusado o ministro Moraes de violar direitos humanos ao censurar empresas e usuários nas redes sociais.

O deputado Eduardo Bolsonaro com o influenciador Paulo Figueiredo, em Washington. Foto: Reprodução X

No mesmo dia da medida comercial, Eduardo e o ex-apresentador Paulo Figueiredo — réu na investigação sobre tentativa de golpe — divulgaram uma carta defendendo que autoridades brasileiras evitem agravar o conflito com os Estados Unidos. Segundo o documento, o aumento tarifário seria resultado do diálogo que ambos mantêm com figuras ligadas ao governo Trump. Eles também indicam que sanções contra Moraes podem ser adicionadas ao pacote de retaliações.

Nos bastidores, fontes com conhecimento da investigação avaliam que as declarações públicas de Eduardo e sua articulação com lideranças estrangeiras fortalecem os indícios de que ele tenta influenciar processos judiciais no Brasil. No início do mês, Moraes já havia incluído um vídeo publicado por Eduardo na rede X como prova de interferência contínua na apuração sobre a tentativa de golpe.

Na última sexta-feira (11), o deputado condicionou qualquer tratativa sobre as tarifas à concessão de uma “anistia ampla, geral e irrestrita”. A publicação foi feita logo após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se reunir com o chefe da embaixada americana Gabriel Escobar, e defender o diálogo como alternativa. Em depoimento à PF, Jair Bolsonaro foi questionado sobre quem financia Eduardo nos EUA e com quais agentes ele atua.

Apesar do ruído político gerado pelo gesto de Trump, ministros do STF afirmam que o processo contra Jair Bolsonaro seguirá conforme o cronograma previsto. A Primeira Turma do tribunal deve julgar, a partir de setembro, o núcleo principal da acusação feita pela PGR. A expectativa é encerrar o caso ainda em 2025, para evitar que interfira no calendário eleitoral de 2026.

Fonte: DCM

Como Chelsea e PSG se reinventaram após derrotas para times do Brasil no Mundial


Fabián Ruiz e João Pedro, respectivamente os destaques de PSG e ChelseaFOTO: ANGELA WEISS / AFP

Neste domingo, às 16h (horário de Brasília), Chelsea e Paris Saint-Germain se enfrentam na final do Mundial de Clubes no MetLife Stadium, em Nova York (EUA). Ambos chegam à decisão com campanhas marcadas por uma única derrota cada, ambas para clubes brasileiros durante a fase de grupos do torneio.

O Chelsea perdeu para o Flamengo por 3 a 1 na Filadélfia, classificando-se em segundo lugar no Grupo D. O PSG foi superado pelo Botafogo, mas avançou como líder do Grupo B e não sofreu mais gols após essa partida, mantendo a melhor defesa da competição.

A campanha inglesa ganhou força com o reforço de João Pedro, contratado durante o torneio por 55 milhões de libras. O atacante brasileiro marcou os dois gols da vitória sobre o Fluminense na semifinal, após o time eliminar o Palmeiras nas quartas com a ajuda de uma falha do goleiro Weverton.

O PSG cresceu ao longo do torneio com o retorno dos titulares e um estilo de jogo intenso, como destacou o zagueiro Lucas Beraldo. Com 19 atletas utilizados, Luis Enrique conduziu o time a vitórias sobre Inter Miami, Bayern de Munique e Real Madrid, com forte ênfase na atuação coletiva.

Fonte: DCM

PGR apresenta amanhã alegações finais em ação contra Bolsonaro e 7 réus por trama golpista

 

Jair Bolsonaro, General Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier E General Paulo Sérgio Nogueira. Fotomontagem: Reprodução/Focus Brasil

Até esta segunda-feira (14), a Procuradoria-Geral da República deve entregar as alegações finais na ação penal contra o grupo considerado o “núcleo essencial” da organização criminosa que tentou derrubar o governo em 2022. Entre os réus está o ex-presidente Jair Bolsonaro, que responde a acusações no Supremo Tribunal Federal (STF).

O documento apresentado pela PGR trará o resumo do processo e a posição do Ministério Público Federal sobre as acusações. Com isso, inicia-se o prazo para que os oito envolvidos na ação possam apresentar suas defesas por escrito antes do julgamento.

A denúncia contra os investigados foi protocolada em fevereiro deste ano. Em março, a Primeira Turma do STF autorizou o prosseguimento da ação penal. Desde abril, o caso passou por uma etapa de coleta de provas e depoimentos, que incluiu acareações e diligências complementares.

Além de Bolsonaro, fazem parte do grupo ex-integrantes do governo e das Forças Armadas, como o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Todos respondem por crimes que vão desde tentativa de golpe até organização criminosa armada.

O Procurador-geral da República Paulo Gonet, ao apresentar a denúncia na Primeira Turma do STF. Foto: Antonio Augusto/STF

As alegações finais são a última fase antes do julgamento, quando acusação e defesa apresentam por escrito seus argumentos, analisando as provas colhidas ao longo do processo. Os documentos são encaminhados ao STF para que os ministros da Primeira Turma possam avaliar o caso.

O prazo para entrega das alegações é de 15 dias e começa pela PGR. Em seguida, o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração, terá o período para enviar sua manifestação. Depois disso, as defesas dos demais réus terão prazo conjunto para se posicionar.

Um dos réus, o general Walter Braga Netto, está preso, o que faz com que os prazos corram mesmo durante o recesso do Judiciário, que vai de 2 a 31 de julho. Após o término da fase de alegações, o processo estará pronto para ser julgado ainda neste segundo semestre.

No julgamento, os ministros decidirão se condenam ou absolvem os acusados com base nas provas apresentadas. A decisão será tomada pela maioria da Primeira Turma do STF, podendo ser questionada tanto pela acusação quanto pelas defesas por meio de recursos internos ao tribunal.

Fonte: DCM

"Bolsonarismo assinou seu atestado de óbito", diz João Cezar, apontando traição à soberania em apoio a Trump

Professor e pesquisador João Cezar de Castro Rocha acusa bolsonaristas de "vender a alma" para monetizar discursos.

      (Foto: Pilar Olivares/Reuters | Divulgação )

O pesquisador e ensaísta João Cezar de Castro Rocha fez duras críticas aos principais nomes do bolsonarismo diante da crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos provocada pelo anúncio de um tarifaço de 50% por parte do presidente Donald Trump. Para ele, a reação dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro revela submissão e traição à soberania nacional.

“O bolsonarismo assinou hoje o seu atestado de óbito, porque não pode existir patriotismo da terra alheia”, disparou.

João Cezar classificou Eduardo Bolsonaro como um “traidor da pátria” e disse que Jair Bolsonaro, ao tentar se esquivar diante das investigações no STF, “reiterou sua já diminuta dimensão histórica”.

O pesquisador também ironizou a carta enviada por Trump ao governo brasileiro como uma "mensagem de adolescente fugitivo da escola", recheada de letras maiúsculas e vazia de conteúdo. Segundo ele, trata-se de uma tentativa absurda de interferência na Justiça brasileira, condicionada a ameaças comerciais.

Sobraram críticas também para o governador Tarcísio de Freitas, acusado de "envergonhar o Exército brasileiro" ao se mostrar submisso a Trump, e para Romeu Zema, definido de forma direta como “acefálico”.

João Cezar não poupou os influenciadores e deputados bolsonaristas:

“Vendendo até a própria alma para monetizar, mostraram que não são apenas do Congresso da Mata, são sobretudo vira-latas.”

Para ele, todos esses personagens caminham para o “lixo da história”, enquanto o Brasil, diante da tentativa de ingerência estrangeira, deve reafirmar sua soberania democrática e jurídica.

Fonte: Brasil 247

Após apoiar agressão de Trump ao Brasil, Tarcísio recua e agora e diz tarifaço é 'ameaça ao país'

Governador bolsonarista nega ter pressionado STF por Bolsonaro, defende união com governo Lula e vira alvo de ação do PT por suposta obstrução de justiça

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apoia agressão de Donald Trump ao Judiciário brasileiro (Foto: Reprodução )

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), adotou um novo tom neste sábado (12) ao comentar a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Depois de ter apoiado articulações que envolviam a possível ida de Jair Bolsonaro (PL) aos EUA para interceder junto ao aliado norte-americano, Tarcísio agora classifica a medida como uma “ameaça” à economia nacional e prega unidade entre governo e setor produtivo. As declarações foram publicadas inicialmente pelo portal Sputnik Brasil.

Durante agenda pública em Cerquilho (SP), o governador, cotado como nome presidencial pela ala bolsonarista para 2026, se distanciou da narrativa de confronto com o governo federal. “O momento exige união de esforços, sinergia. É algo complicado para o Brasil, para setores da indústria e do agronegócio. Precisamos deixar a política de lado e trabalhar juntos para resolver”, afirmou.

Questionado sobre a proposta de anistia ampla como moeda de troca pelo fim das tarifas — uma exigência defendida por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e aliados —, Tarcísio evitou se comprometer com a pauta. “É uma questão de ponto de vista. Eu sou governador de São Paulo, tenho que priorizar os interesses do estado (das empresas, dos produtores, dos empregos). É disso que estamos falando. É sobre famílias, é sobre garantir estabilidade”, declarou.

O governador também negou ter pressionado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para permitir a viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos, o que foi relatado por veículos de imprensa nos últimos dias. “Assinei alguma petição? Não. Isso é bobagem”, minimizou.

Ainda assim, Tarcísio admitiu que procurou a embaixada norte-americana para apresentar os possíveis impactos das novas tarifas em São Paulo, citando como exemplos os prejuízos à Embraer e ao agronegócio. Segundo fontes próximas ao Palácio dos Bandeirantes, o governador tem atuado para conter danos políticos junto à base de direita, após ser criticado por setores bolsonaristas por adotar uma postura vista como dúbia diante da crise com Trump.

PT pede investigação no STF contra Tarcísio Enquanto isso, o Partido dos Trabalhadores (PT) pediu ao STF a abertura de investigação contra Tarcísio por suspeita de obstrução de justiça. A ação foi motivada pela possível tentativa do governador de viabilizar uma viagem de Bolsonaro ao exterior, mesmo com o ex-presidente sendo réu no processo que apura a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

Segundo trecho da representação citada pelo jornal O Globo, o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o governador paulista “quis facilitar a fuga” de Bolsonaro. “Na prática, Tarcísio não apenas expressou a chantagem — ele teria atuado para materializá-la. Ainda que não tenha formalizado o pedido, o simples contato institucional revela disposição de violar a legalidade, pressionar a Corte Suprema e fragilizar o processo penal em curso”, diz o texto da ação.

A crise gerada pela nova política tarifária de Trump e seus desdobramentos políticos internos devem continuar alimentando o embate entre oposição e governo nas próximas semanas — com Tarcísio tentando se equilibrar entre o pragmatismo econômico e a lealdade à base bolsonarista.

Fonte: Brasil 24'7 com Sputnik

Lula amplia ofensiva política e midiática após tarifa de Trump e mira Bolsonaro e Tarcísio

Secom quer aproximar governo de empresários e do agronegócio

          Brasília (DF), 08/07/2025 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O anúncio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros provocou uma reação imediata e estratégica do governo Lula (PT). De acordo com reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, o Palácio do Planalto decidiu transformar a retaliação em oportunidade política, reforçando o discurso de defesa da soberania nacional e associando a medida ao bolsonarismo e seus aliados.

A equipe de comunicação do governo vê a sobretaxa americana como combustível para o enfrentamento narrativo contra os “privilégios” e em defesa da justiça social. A ordem é ampliar a visibilidade do presidente, intensificar entrevistas e retomar o diálogo com empresários e representantes do agronegócio. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparecem no centro da estratégia de responsabilização pela crise com os EUA.

“O povo brasileiro precisa ser respeitado”, diz a mensagem publicada no perfil oficial de Lula no X (antigo Twitter), acompanhada de um cartão com a bandeira do Brasil e a assinatura do presidente. O texto destaca o compromisso com a soberania e a proteção das empresas nacionais. Em vídeo oficial já divulgado, o governo reforça essa linha: “O Brasil é um país soberano [...] e ser contra nossa soberania é ser contra o Brasil”, afirma o narrador, em meio a imagens de florestas, plantações e cidadãos brasileiros.

A nova campanha de comunicação, conduzida pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), aposta em uma narrativa centrada na independência nacional e na proteção dos mais pobres. O slogan previsto para agosto deverá ressaltar essa defesa, buscando expandir a ideia de que enfrentar desigualdades não se limita aos programas sociais, mas envolve toda a economia.

Segundo apuração da Folha, agências de publicidade com contratos com o governo foram convocadas na última quinta-feira (10) para discutir a nova abordagem. O ministro Sidônio Palmeira, responsável pela Secom, defende que Lula intensifique a presença na mídia. O presidente já concedeu entrevistas às emissoras Record e Globo na quinta-feira (11), nas quais criticou Bolsonaro por apoiar a tarifa de Trump, “afetando a soberania do Brasil”, e instou Trump a respeitar a Justiça brasileira.

Durante reunião no Palácio do Planalto, o chanceler Mauro Vieira chegou a sugerir que o Itamaraty conduzisse a resposta diplomática. No entanto, prevaleceu a posição de que, diante do teor político do ataque, caberia a Lula se posicionar publicamente. Foi cogitada até mesmo uma rede nacional de rádio e TV, ideia posteriormente descartada.

O governo quer também vincular a crise ao nome de Tarcísio de Freitas. O governador paulista, que já foi visto com boné com o slogan de Trump e replicou recentemente mensagens em defesa de Bolsonaro, procurou amenizar a tensão na sexta-feira (11), conversando com aliados, ministros do STF e com o chefe da Embaixada dos EUA no Brasil.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador de São Paulo, também foi escalado para ter papel de destaque nas conversas com empresários. A pedido de Lula, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que reúne representantes do setor produtivo e da sociedade civil, será convocado para avaliar os impactos da tarifa. A formação de um conselho paralelo com governadores também está em estudo.

Internamente, a retaliação americana é vista como um desafio, mas também como uma oportunidade de reposicionar o governo diante da opinião pública. Uma nova rodada de pesquisas, já encomendada pela Presidência, deverá medir o impacto da ofensiva de Trump na percepção dos brasileiros. Um levantamento de abril indicava que apenas 20% apoiavam o governo dos EUA na disputa com a China — dado que anima a estratégia da Secom.

Segundo ministros e assessores envolvidos, a retórica do “nós contra eles” voltou a ganhar força. A Secom tem orientado pastas a enviarem exemplos concretos de enfrentamento à desigualdade e divulgar ações como o ressarcimento a beneficiários do INSS que tiveram descontos indevidos. A leitura política no Planalto é de que o embate com Trump pode ser um marco de reafirmação da autoridade presidencial e do compromisso com os mais vulneráveis.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo

Aliados de Bolsonaro acusam Tarcísio de oportunismo e cobram postura mais combativa

Governador de SP é criticado por bolsonaristas por evitar confronto com STF e não apoiar projeto de anistia aos atos golpistas de 8 de janeiro

Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Foto: Reprodução / Redes sociais)

A postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a gerar incômodo entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, lideranças bolsonaristas enxergam no comportamento do ex-ministro da Infraestrutura sinais de distanciamento da base mais fiel do bolsonarismo. O episódio mais recente de atrito foi a reação de Tarcísio à tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros, considerada tímida por setores ligados ao ex-presidente.

Embora Tarcísio siga afirmando publicamente sua lealdade a Bolsonaro, parte expressiva do grupo político do ex-presidente o classifica como um "bolsonarista de ocasião". O motivo seria sua tentativa de equilibrar a proximidade com Bolsonaro com uma imagem institucional mais moderada, evitando confrontos com o Supremo Tribunal Federal (STF) e se esquivando de temas que mobilizam a base bolsonarista — como o projeto de anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Um deputado estadual ligado à família Bolsonaro, que preferiu não se identificar, afirmou sob reserva que o governador só se manifestou sobre a sobretaxa de Trump após ser provocado pelo governo Lula e com interesses políticos próprios. “Ele não aproveitou o episódio para culpar o STF, como fazem os bolsonaristas, e tampouco defendeu o ex-presidente. Perdeu uma oportunidade”, disse o parlamentar.

A avaliação no núcleo mais próximo de Bolsonaro é de que a postagem compartilhada por Tarcísio com críticas de Trump ao Judiciário brasileiro foi um movimento calculado, feito apenas para não parecer alheio ao tema. Ainda assim, foi interpretado como gesto insuficiente por quem esperava uma postura mais combativa.

O desconforto se agravou durante a manifestação organizada por Bolsonaro no dia 29 de junho, na avenida Paulista. No evento, Tarcísio discursou, mas não mencionou o STF, ao contrário de diversos oradores que aproveitaram o palanque para atacar o Judiciário. Além disso, o governador teria interrompido o coro de “Fora, PT”, gesto considerado eleitoreiro por apoiadores do ex-presidente.

A justificativa de Tarcísio, segundo aliados, é a necessidade de manter uma postura de "estadista" e preservar o canal de diálogo com as instituições, especialmente com o STF. Mas essa tentativa de moderação tem provocado críticas crescentes, inclusive dentro da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Deputados bolsonaristas como Lucas Bove e Gil Diniz, ambos do PL, têm se posicionado de forma crítica ao governo estadual. Dos 20 parlamentares da legenda na Alesp, metade está alinhada ao bolsonarismo. A deputada estadual Mônica Seixas (PSOL) comentou a divisão: “O bolsonarismo não está fechado com o Tarcísio, e isso a gente vê de camarote na Assembleia. Na última votação da LDO, o Gil ficou do nosso lado e contra o governo”.

Líder do PT na Alesp, o deputado Antonio Donato avalia que Tarcísio adota um comportamento dúbio: “Ele é moderado entre os moradores, mas radical entre os bolsonaristas”. A crítica reforça o dilema enfrentado pelo governador — que tenta ampliar sua base política e consolidar uma imagem nacional para 2026, sem romper totalmente com o bolsonarismo que o elegeu.

Outra cobrança frequente entre os aliados de Bolsonaro é a suposta omissão de Tarcísio em pressionar a cúpula do Republicanos para pautar, na Câmara dos Deputados, o projeto de anistia aos investigados pelos atos antidemocráticos. O presidente da Casa, Arthur Lira, não tem demonstrado interesse em acelerar a tramitação, e o partido de Tarcísio, comandado por Hugo Motta (Republicanos-PB), também não teria se mobilizado nesse sentido.

Com esse cenário, a relação entre o governador paulista e o bolsonarismo permanece marcada por desconfiança e tensão, revelando as dificuldades de Tarcísio em manter o equilíbrio entre pragmatismo institucional e fidelidade ideológica.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Contra interferência de Trump e seus aliados no Brasil, governo Lula muda slogan e aposta em estratégia nacionalista

Nova estratégia de comunicação tenta dissociar imagem do Centrão e reforça combate a privilégios em meio a crise com o Congresso e desgaste com eleitorado

                  Sidônio Palmeira e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Dois anos e meio após o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo federal se prepara para aposentar o slogan “União e Reconstrução”. A mudança de estratégia visa reposicionar a comunicação oficial e dissociar a imagem do governo da do Centrão, que tem protagonizado embates com o Planalto. Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo deste domingo (13), a nova palavra de ordem busca enfatizar justiça social, combate aos privilégios e valorização do trabalho como pilares centrais da gestão.

Em uma publicação nas redes sociais, o presidente Lula publicou uma imagem com o slogan “Brasil soberano”, seguido de uma frase da nota publicada nessa quarta-feira (9/7). “O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”, diz a publicação.

A troca de slogan foi acelerada após o desgaste provocado pela tentativa frustrada de aumentar as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que culminou em uma crise com o Congresso. Partidos aliados, mas independentes do PT, barraram o decreto presidencial, levando o governo a recorrer ao Supremo Tribunal Federal. A disputa escancarou a fragilidade da coalizão e estimulou o Planalto a reforçar sua identidade política.

Para recuperar apoio, a comunicação oficial agora se concentra em destacar que “reforçar os privilégios” é o maior obstáculo à prosperidade coletiva. A ideia é ir além da narrativa “ricos contra pobres” e mostrar que os programas sociais e de crédito também atendem à classe média. “O principal adversário do Brasil é o sistema de desigualdade montado para favorecer 1% da população contra os outros 99%”, repetem ministros em entrevistas, conforme orientação da Secretaria de Comunicação Social (Secom).

Essa guinada na narrativa tem a digital do publicitário Sidônio Palmeira, ministro-chefe da Secom, que assumiu o cargo em janeiro com a missão de reverter o desgaste do presidente. No entanto, o desafio tem sido maior do que o esperado: pesquisas internas indicam que Lula perdeu apoio até mesmo no Nordeste, tradicional reduto do PT, e entre os eleitores mais pobres. “Eu vim aqui para fazer um doutorado. Estou ministro hoje e amanhã posso não estar. Não tenho interesse político”, afirmou Sidônio ao Estadão.

Desde que assumiu o posto, Sidônio já enfrentou ao menos 12 crises de comunicação, que vão desde boatarias sobre tributação do Pix até polêmicas envolvendo ministros e ataques nas redes sociais. Uma das campanhas mais recentes, que propôs isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil, foi batizada informalmente de “BBB” — alusão à taxação de Bilionários, Bancos e Apostas. Monitoramentos indicam que a iniciativa teve boa aceitação.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro da Indústria e Comércio, elogiou o trabalho do marqueteiro. “A comunicação é sempre um desafio, mas o Sidônio tem experiência, sensibilidade e vai avançar mais ainda”, afirmou.

Ainda assim, a atuação da Secom provocou reação no Congresso. Mensagens nas redes sociais criticando parlamentares e chamando o Legislativo de “Congresso da mamata” incomodaram deputados da base e da oposição, em especial o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O ministro foi convocado a prestar esclarecimentos, mas conseguiu adiar sua ida ao plenário para agosto.

Até lá, o novo slogan — ainda mantido sob sigilo — deverá estar nas ruas e nas peças institucionais do governo. Segundo apurou o Estadão, a nova mensagem terá um toque nacionalista, reforçado após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros. A justificativa do republicano foi o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe, o que irritou o governo brasileiro. Em resposta, Lula voltou a exibir o boné com a frase “O Brasil é dos brasileiros”.

Sidônio também teve atritos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Um dos embates ocorreu após a revogação de uma norma da Receita Federal sobre fiscalização financeira via Pix. Mesmo com a resistência de Haddad, a medida foi revertida após pressão nas redes. Um vídeo com desinformação, publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), ultrapassou 200 milhões de visualizações e contribuiu para o recuo.

Apesar das dificuldades, Sidônio insiste em intensificar a exposição de Lula na mídia e aproximá-lo da população. “Sou uma pessoa determinada”, disse ao jornal. Lula, no entanto, resiste a dar mais entrevistas, mesmo diante das recomendações da equipe de comunicação.

Para o Planalto, a nova fase do governo exige um discurso mais afiado e combativo. A expectativa é que o novo slogan funcione como um divisor de águas entre a primeira metade da gestão e a caminhada até 2026, quando Lula deve decidir se disputará mais uma vez a Presidência da República.

Fonte: Brasil 247

Taxação de Trump trava exportações brasileiras e deixa toneladas de mel e peixe encalhadas

 

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, e Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: Jair Bolsonaro

Originalmente publicado em Brasil de Fato

A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, já provoca estragos na economia nacional. Indústrias e cooperativas relataram prejuízos imediatos, com contêineres parados em portos e contratos internacionais sendo cancelados.

Na indústria de pescados, mil toneladas de peixe estão retidas nos portos brasileiros, o equivalente a 58 contêineres segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), que anunciou, em nota, que as suspensões de compras pelos EUA já atingem toda a cadeia produtiva, da pesca artesanal à indústria.

O impacto é ampliado pelo embargo europeu ao pescado brasileiro desde 2017. Cerca de 70% do peixe exportado pelo Brasil tem como destino os Estados Unidos. Sem alternativas, o setor já prevê demissões e cancelamento de compras da pesca artesanal.

Cooperativa de mel orgânico do Piauí. Foto: Reprodução
No setor apícola, a Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis) informou que um cliente estadunidense cancelou a compra de 95 toneladas de mel orgânico do Piauí. A entidade informou que parte da mercadoria já está no Porto do Pecém (CE), com despacho aduaneiro concluído, aguardando apenas o embarque.

O alto custo logístico torna o cancelamento ainda mais danoso. De janeiro até agora, a Casa Apis já havia entregado mil toneladas de mel, com expectativa de repetir o volume até dezembro.

A Associação Brasileira da Indústria do Plástico também divulgou nota criticando a medida de Trump. Segundo a entidade, a tarifa representa “um duro golpe ao ambiente de negócios brasileiro” e afeta não apenas os produtos finais, mas toda a cadeia industrial.

Os EUA são o principal destino do mel e do pescado brasileiros. Em 2024, o Piauí foi o maior exportador de mel para os EUA, embora não liderasse a produção nacional. O tarifaço não só paralisa a logística como compromete o sustento de milhares de trabalhadores em cooperativas e pequenas indústrias brasileiras.

Fonte: Brasil 247 com informações do Brasil de Fato

Gleisi rebate acusação de Bolsonaro e diz que ex-presidente tentou “dar um golpe” após derrota em 2022

Ministra das Relações Institucionais afirma que o PT agiu pela via legal em 2018, enquanto Bolsonaro tentou subverter a democracia após perder a eleição

Gleisi Hoffmann, Bolsonaro e urna eletrônica (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | REUTERS/Adriano Machado | Fernando Frazão/Agência Brasil)

A ministra das Relações Institucionais do governo Lula, Gleisi Hoffmann, rebateu neste domingo (13) uma publicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que divulgou nas redes sociais um vídeo antigo da petista em tentativa de compará-la às suas próprias declarações sobre o sistema eleitoral. Em nota divulgada em suas redes, Gleisi afirmou que Bolsonaro “mente mais uma vez” ao equiparar as denúncias de 2018 feitas pelo PT ao que chamou de “tentativa de roubo das eleições de 2022”.

"Jair Bolsonaro, postando um vídeo meu de 2018, mente mais uma vez, ao tentar comparar sua tentativa de roubar as eleições de 2022 com a denúncia que fizemos de sua campanha de fraudes na internet, nas eleições de 2018", escreveu a ministra. "A principal diferença é que nós fomos buscar o direito na Justiça, e Bolsonaro tentou dar um golpe contra a eleição de Lula."

Gleisi lembrou que, a pedido da coligação do PT, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) para apurar o uso de disparos em massa de mensagens pelo WhatsApp, supostamente financiados de forma ilegal pela campanha de Bolsonaro em 2018. As mensagens teriam disseminado desinformação e ataques contra adversários do então candidato.

Embora o TSE não tenha cassado a chapa Bolsonaro-Mourão, a Corte concluiu em 2021 que houve irregularidades na prática. “Inúmeras provas de natureza documental e testemunhal corroboram a assertiva de que, no mínimo desde o ano de 2017, pessoas próximas ao hoje presidente da República atuavam de modo permanente, amplo e constante na mobilização digital de eleitores, tendo como modus operandi o ataque a adversários políticos, a candidatos e, mais recentemente, às próprias instituições democráticas”, diz o trecho do relatório final citado por Gleisi.

Na postagem que provocou a reação da ministra, Bolsonaro, declarado inelegível pelo TSE por ataques ao sistema eleitoral e por uso da máquina pública em sua campanha à reeleição, ironizou a posição do PT e levantou questionamentos sobre o que considera um tratamento desigual da Justiça Eleitoral. “Mais uma vez, um nome da esquerda declara abertamente: ‘Não tenho dúvidas de que foi fraude eleitoral’ – e, mais uma vez, nada acontece”, escreveu ele.

Fonte: Brasil 247

13 de julho: Dia Mundial do Rock celebra legado solidário do gênero

Data relembra festival de 1985 que uniu lendas do rock em shows simultâneos contra a fome na Etiópia

                  Freddie Mercury, vocalista da banda Queen (Foto: Reprodução/Facebook)

Neste domingo (13/07), o mundo celebra o Dia Mundial do Rock, uma data que ultrapassa os riffs de guitarra e solos de bateria para relembrar um dos momentos mais emblemáticos da história da música e da solidariedade global. A origem da comemoração remonta ao Live Aid, festival beneficente realizado em 1985 e idealizado pelo músico irlandês Bob Geldof, com o objetivo de arrecadar fundos para combater a fome na Etiópia. A reportagem é da CNN Brasil.

O Live Aid ficou marcado por seus dois shows simultâneos: um no Wembley Stadium, em Londres, e outro no John F. Kennedy Stadium, na Filadélfia, nos Estados Unidos. Estima-se que o evento tenha sido assistido ao vivo por mais de 1 bilhão de pessoas em mais de 100 países, por meio de transmissões televisivas e radiofônicas — uma façanha sem precedentes para a época.

Cerca de 72 mil pessoas compareceram ao estádio inglês, enquanto 90 mil estiveram presentes na arena norte-americana. No palco, o line-up reuniu nomes que ajudaram a moldar a história do rock: Queen, David Bowie, U2, Mick Jagger, The Who, entre outros. Um dos destaques foi Phil Collins, ex-baterista do Genesis, que se apresentou nos dois continentes no mesmo dia, voando de Concorde do Reino Unido aos EUA para completar sua maratona musical.

Foi o próprio Phil Collins quem sugeriu que 13 de julho passasse a ser considerado um marco anual para celebrar o rock 'n' roll. Desde então, a data ganhou força e passou a ser adotada por fãs e emissoras de rádio, especialmente no Brasil, onde o Dia Mundial do Rock se consolidou no calendário cultural, mesmo sem reconhecimento oficial internacional.

O impacto financeiro do festival também foi significativo. Embora os números variem, estima-se que o Live Aid tenha arrecadado cerca de US$ 100 milhões, o equivalente a mais de US$ 291 milhões em valores corrigidos pela inflação, ou mais de R$ 1,6 bilhão atualmente.

Mais do que uma homenagem ao estilo musical, o Dia Mundial do Rock mantém viva a memória de um movimento que mostrou o poder da arte para promover mudanças sociais. Em meio a solos inesquecíveis e vozes marcantes, o Live Aid provou que a música pode, sim, ajudar a transformar o mundo.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil