domingo, 24 de agosto de 2025

Brasil conquista feito histórico com Bárbara Domingos no Mundial de Ginástica Rítmica

Ginasta brasileira entra para o top 10 mundial e coloca o país em posição inédita na competição no Rio de Janeiro

       Bárbara Domingos (Foto: Agência Gov)

 O Brasil alcançou um marco histórico na ginástica rítmica com a performance de Bárbara Domingos no Mundial realizado no Rio de Janeiro. Segundo a Agência Gov, a atleta encerrou sua participação nesta sexta-feira (22) entre as dez melhores do mundo, garantindo ao país a melhor colocação de sua história na modalidade. Ao lado dela, Geovanna Santos também brilhou em sua primeira final de Mundial, finalizando na 18ª posição.

Bárbara, conhecida como Babi, apresentou duas coreografias impecáveis que consolidaram sua trajetória como referência da ginástica rítmica brasileira. A atleta, que já havia participado dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, superou todas as notas obtidas na fase classificatória e chegou a figurar na vice-liderança do grupo A. O pódio foi dominado pela campeã olímpica Darja Varfolomeev (Alemanha), seguida por Stiliana Nikolova (Bulgária) e Sofia Raffaeli (Itália).

◎ Superação e legado na ginástica rítmica

Aos 24 anos, Bárbara já havia registrado o melhor resultado do Brasil em Mundiais ao alcançar a 11ª posição em 2023. Agora, ao entrar no top 10, reforça sua marca histórica. Emocionada, a ginasta destacou: “Estou muito realizada, com a sensação de dever cumprido. Essa Babi de hoje é realmente a Babi que conheço. Me despeço dessas duas séries muito realizada. Competir no Brasil só nos motivou ainda mais. Meu objetivo é deixar um legado na ginástica rítmica. Além de qualquer resultado, estou muito feliz com a trajetória que fiz”.A técnica da atleta, Mayara Cerqueira, também comemorou o feito: “Estamos, de fato, com a sensação de dever cumprido e de ter representado bem o nosso país. Atingimos o nosso objetivo, que era chegar à final do individual geral e manter a melhor colocação do Brasil em Mundial. E por ser em casa, tem um gostinho especial”.

◎ Apoio do Bolsa Atleta e trajetória ascendente

Bárbara Domingos é beneficiária do programa Bolsa Atleta há 11 anos. Iniciou sua jornada em 2014, na categoria Nacional, e foi avançando até alcançar a categoria Atleta Pódio, o mais alto nível do programa, consolidando-se como um dos principais nomes do esporte no país.

◎ Geovanna Santos estreia entre as finalistas

A jovem Geovanna Santos, apelidada de Jojô, disputou sua primeira final em um Mundial e levantou a torcida presente no ginásio. Ela conquistou o 18º lugar e celebrou a oportunidade de fazer história ao lado de Babi. “Consegui meu objetivo de ser finalista no individual geral, entreguei 120% dentro de quadra e acredito que coloquei meu nome na história. Dei o meu melhor dentro das minhas condições. Eu e Babi tínhamos o mesmo propósito, que era levar o Brasil à final e colocar o país na história do esporte”, afirmou.

Com as conquistas de Bárbara e Geovanna, a ginástica rítmica brasileira vive um dos momentos mais marcantes de sua história, consolidando espaço entre as principais potências da modalidade no cenário internacional.

Fonte: Brasil 247

Tarcísio ataca Judiciário em defesa de Bolsonaro durante festa em Barretos

Governador, aliado de Bolsonaro, afirmou que ex-presidente enfrenta uma “injustiça”

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a atacar o Judiciário ao sair em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu na trama golpista, inelegível e atualmente em prisão domiciliar.

Segundo o governador, que foi ministro de Bolsonaro, o ex-mandatário sofre uma "injustiça". Ele acrescentou ainda que o momento da ‘verdadeira justiça’ chegará.

"Fez tudo por mim, me abriu portas e que está passando por uma grande injustiça. Agora, se a humilhação traz tristeza, o tempo vai trazer justiça, eu tenho certeza que a justiça chegará", disse Tarcísio, na Festa do Peão de Barretos neste sábado (23), de acordo com declarações divulgadas pelo portal G1.

Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), também participaram da festa e discursaram no evento.

A ausência da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na Festa do Peão de Barretos frustrou a expectativa de Tarcísio de encontrá-la para articular com possíveis candidatos da extrema-direita em 2026, de acordo com informações da Folha de São Paulo.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1 e  da Folha de S. Paulo

Maduro diz que primeira jornada de alistamento na Venezuela foi um “êxito total”

Presidente venezuelano destacou mobilização popular e convidou famílias a reforçar a Milícia Nacional Bolivariana

O Presidente Maduro elogia a mobilização nacional contra as ameaças militares dos EUA (Foto: Imprensa/Assembleia Nacional)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificou como “bela” e “bem-sucedida” a primeira jornada de alistamento popular realizada nas praças do país neste sábado (23), informa a Telesur.

A Milícia Nacional Bolivariana é uma estrutura que reúne civis, reservistas e corpos de combatentes em apoio ao sistema de defesa do Estado.

Maduro exaltou o engajamento social e o caráter territorial e destacou que os cidadãos estão se apresentando para se juntar ao sistema de defesa nacional que o país construiu ao longo dos anos e elogiou seus esforços para defender e garantir a integridade territorial.

Ao comentar a presença maciça da população nas praças, o mandatário afirmou: “Vimos uma gigantesca expressão de nacionalismo, patriotismo e amor pela Venezuela”. Ele vinculou a resposta da população à “implantação arrogante de tropas americanas na região” e reforçou o convite para que mais pessoas ingressem nas fileiras dos corpos de combate.

Maduro associou o alistamento a um dever cívico e à defesa da família: “Quem não defende sua pátria, quem não defende sua família, não é capaz de se defender”. Em seguida, ressaltou valores históricos e de soberania, dizendo que aqueles que abrem mão desse compromisso “perderam a alma”.

Em tom de apelo, Maduro encerrou sua intervenção conclamando a adesão popular: “Estou me alistando porque amo meu país, junto com sua família, junto com sua comunidade. Aliste-se e junte-se às fileiras! Viva a Venezuela, viva o país, viva a paz!”.

A mobilização é uma resposta para “defender a soberania, integridade territorial e paz” diante das ameaças militares externas e da guerra psicológica desencadeada por Donald Trump. 

O governo também reforça a referência à Declaração da América Latina e do Caribe como Zona de Paz, aprovada em 2014 na Cúpula da CELAC em Havana, como base para a resolução pacífica de controvérsias na região e rejeição ao uso ou ameaça de uso da força. Nesse contexto, a jornada de alistamento é descrita como mecanismo de coesão social e garantia de estabilidade interna, centrado na atuação da Milícia Nacional Bolivariana e na participação comunitária.

Fonte: Brasil 247

Bancos dizem “não” ao STF em pedido contra sanções da Lei Magnitsky; entenda


       O ministro Alexandre de Moraes, do STF – Foto: Reprodução

Bancos brasileiros rejeitaram pedidos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para interceder junto ao governo dos Estados Unidos contra a aplicação da Lei Magnitsky empregada a Alexandre de Moraes, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

Grandes instituições financeiras foram procuradas para tentar amenizar os efeitos das sanções, mas não aceitaram se envolver, avaliando que a iniciativa seria inútil.

As sanções já afetaram o magistrado, que teve um cartão de bandeira americana bloqueado e precisou substituí-lo por um cartão Elo, de bandeira nacional, que não sofre restrições internacionais. Moraes foi incluído na lista da Lei Magnitsky em julho, após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, acusá-lo de “abusos de direitos humanos”, citando detenções preventivas e bloqueio de contas digitais de opositores.

Como a Elo pertence a Banco do Brasil, Bradesco e Caixa e opera apenas no mercado interno, não há impacto direto das sanções. Porém, analistas alertam que o quadro pode se agravar caso o Ofac, órgão do Tesouro americano, amplie as restrições. Nesse caso, bancos que não bloquearem transações correm risco de multas e até de perder acesso ao sistema financeiro dos Estados Unidos.

A decisão do ministro Flávio Dino sobre o caso de Mariana (MG) reforçou a tensão. Ele afirmou que “leis estrangeiras, atos administrativos, ordens executivas e diplomas similares não produzem efeitos em relação a pessoas naturais por atos em território brasileiro”. Dino classificou o cumprimento automático dessas ordens como “ofensa à soberania nacional e à ordem pública”.

      Flávio Dino, ministro do STF – Foto: Gustavo Moreno/STF

Apesar da pressão, Moraes afirmou em entrevista à Reuters que não pretende, por enquanto, recorrer à Justiça americana. “É plenamente possível uma impugnação judicial [nos Estados Unidos] e até agora não encontrei nenhum professor ou advogado brasileiro ou norte-americano que ache que a Justiça não iria reverter. Mas, nesse momento, eu aguardo – e foi uma opção minha aguardar – a questão diplomática do país, Brasil e Estados Unidos”, disse.

O ministro também afirmou que as sanções não alteraram sua rotina de forma significativa e mencionou divisões internas no governo americano.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Governo e STF temem mais sanções dos EUA com o julgamento de Bolsonaro; entenda


Donald Trump e Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Integrantes do governo Lula (PT) e do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que o julgamento de Jair Bolsonaro (PL), previsto para setembro, pode levar a novas sanções dos Estados Unidos contra o Brasil. A percepção é de que Donald Trump tem interesse em explorar o processo para ampliar tensões políticas, reforçando a narrativa de que o ex-presidente é perseguido pelo Judiciário em benefício do governo atual.

Ministros do STF admitem o risco de Trump adotar medidas adicionais, como estender sanções a outros integrantes da Corte. Mesmo assim, afirmam que esse tipo de pressão não mudará o rumo do julgamento. Nos bastidores, porém, há preocupação com os efeitos da Lei Magnitsky e com o impacto que medidas financeiras mais duras possam ter sobre bancos e investidores ligados ao mercado americano.

A decisão recente do ministro Flávio Dino também trouxe novos elementos ao cenário. Ele afirmou que ordens judiciais ou executivas estrangeiras só têm validade no Brasil se forem confirmadas pelo STF. A declaração foi interpretada como um recado às instituições financeiras que aplicaram sanções contra Alexandre de Moraes por determinação do governo Trump.

O posicionamento de Dino coincidiu com a queda nas ações de bancos e a alta do dólar, aumentando a apreensão no Planalto.

Flávio Dino durante sessão do STF – Foto: Reprodução
Integrantes do governo destacam que reservas financeiras em dólar podem ser afetadas por restrições do Tesouro americano, além do risco de fuga de investidores. Lula acompanha de perto a situação, mas interlocutores admitem que não há como o Executivo intervir em decisões do STF.

A ministra Gleisi Hoffmann reforçou a linha de defesa ao dizer que “Dino agiu em legítima defesa do Brasil” e culpou Bolsonaro pelas retaliações de Trump.

Para ela, “a especulação com o valor das ações dos bancos é mais uma parcela do Custo Bolsonaro, que recai sobre o país desde que ele se aliou a Trump para fugir do julgamento por seus crimes”. Gleisi também afirmou que Trump agiu contra o sistema financeiro brasileiro incentivado pelo ex-presidente e seu filho Eduardo Bolsonaro.

Moraes segue como alvo direto da lei americana, após ter um cartão de bandeira internacional bloqueado no Brasil. O temor agora é que novas medidas se estendam a outros ministros e familiares, ampliando os efeitos políticos e econômicos das sanções.

Fonte: DCM

PT articula atos no 7 de Setembro e eleva discurso pela soberania nacional

Mobilização pretende responder a agenda da direita e protestar contra tarifaço dos EUA; PT busca frente com partidos do campo democrático

     (Foto: Alessandro Dantas)

O PT prepara uma mobilização nacional para o 7 de Setembro com foco na defesa da soberania e em resposta a atos convocados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A iniciativa inclui protestos contra o “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump, atual presidente do país, e questiona a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em Washington.

De acordo com a reportagem da CNN Brasil, a direção petista costura uma frente com outras legendas do chamado “campo democrático” para organizar manifestações em todos os estados. Falta definir se os atos se concentrarão nas capitais ou também alcançarão cidades do interior. A ideia é transformar o Dia da Independência em um “momento de expressão, de compreensão e de conscientização”.

No sábado (23), após reuniões internas em Brasília, o presidente nacional do PT, Edinho Silva, defendeu ampliar o diálogo com a sociedade para explicitar o que está em disputa. Segundo ele, o país não pode ser punido por integrar o Brics, por ter criado o Pix nem por defender a regulamentação de plataformas de redes sociais. Ao tratar de políticas industriais e minerais estratégicos, Edinho afirmou que a negociação de terras raras deve ocorrer de “forma soberana”. Para o dirigente, é preciso “entender o que está em disputa” e organizar o 7 de Setembro como um marco de mobilização.

Além de planejar os atos, o PT elegeu a nova Comissão Executiva Nacional e aprovou uma resolução política do Diretório Nacional. O texto reafirma a defesa da democracia e da soberania, sustenta a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil — medida hoje em análise no Congresso — e aponta para uma agenda de reforma da renda, entre outros eixos programáticos.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Tarcísio muda tom do discurso e considera disputar a Presidência em 2026, ao mesmo tempo que mantém aberta a chance de reeleição

Governador de São Paulo avalia reeleição ou disputa presidencial e intensifica articulação política com aliados e empresários

Tarcísio de Freitas usa boné com slogan da campanha de Donald Trump (Foto: Reprodução/YouTube)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem adotado uma estratégia para manter abertas duas possibilidades em 2026: buscar a reeleição no Estado ou disputar a Presidência da República.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, Tarcísio já iniciou conversas com marqueteiros, promove mudanças em sua comunicação e ajusta o tom de seus discursos para além das fronteiras paulistas.

A preparação antecipada visa evitar que o governador parta do zero em uma eventual corrida presidencial. O plano é chegar ao momento da decisão com discurso, equipe e articulação política prontos para sustentar um projeto nacional. Caso escolha disputar o Planalto, Tarcísio será obrigado a deixar o governo paulista em abril de 2026.

⊛ Entre São Paulo e Brasília

Embora reitere que sua prioridade é a reeleição em São Paulo, onde acredita ter condições tranquilas de vitória, Tarcísio mudou o tom em relação à disputa presidencial. Hoje, admite a possibilidade de concorrer, desde que haja um pedido explícito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem reafirma lealdade.

Nos bastidores, emissários do governador já procuraram nomes como Chico Mendez e Paulo Vasconcelos para sondagens informais sobre a eleição. A tendência, segundo aliados, é que Tarcísio repita a parceria com Pablo Nobel, responsável por sua campanha vitoriosa em 2022.

Em nota, o Palácio dos Bandeirantes afirmou que não há emissários escolhendo equipe em nome do governador. “Essa decisão é exclusiva de Tarcísio de Freitas, que é quem dialoga e escolhe sua equipe”, informou a assessoria.

⊛ Comunicação e articulação com empresários

O governador tem reforçado a presença em eventos do mercado financeiro e em encontros reservados com empresários. Nessas reuniões, apresenta diagnósticos sobre os desafios do Brasil, defende medidas para estimular o crescimento econômico e critica o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A guinada de Tarcísio também se reflete no tom dos pronunciamentos. Se no início da gestão evitava ataques frontais, agora o governador adota discurso mais beligerante. Em fórum do Banco BTG Pactual, afirmou que “o Brasil não aguenta mais Lula”.

“Estamos há 40 anos discutindo a mesma pessoa. O Brasil não aguenta mais excesso de gasto. O Brasil não aguenta mais, não tolera mais aumento de imposto. O Brasil não aguenta mais corrupção. O Brasil não aguenta mais o PT. O Brasil não aguenta mais o Lula”, declarou Tarcísio.

⊛ Pressão do Centrão e o fator Bolsonaro

A indefinição do governador ocorre em meio ao aumento da pressão para que dispute a Presidência. Lideranças do Centrão avaliam que será difícil resistir. Aliados de Bolsonaro consideram que as mensagens extraídas do celular do ex-presidente — reveladas pela Polícia Federal — fortalecem Tarcísio como sucessor natural e enfraquecem a tese de que Bolsonaro pretende lançar um membro da família.

Um aliado próximo pondera, contudo, que o governador só entrará na corrida caso “os astros estejam alinhados”: apoio dos principais partidos da direita e centro-direita, endosso explícito de Bolsonaro e um ambiente político favorável diante da avaliação da gestão petista. Como lembram pessoas próximas, Lula é um adversário de peso e “sabe ganhar eleição”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Eduardo Bolsonaro vai à Europa e articula aliança com a extrema-direita para pressionar STF

Eduardo Bolsonaro e Dominik Tarczynski – Foto: Reprodução


Eduardo Bolsonaro (PL-SP) articula ampliar a pressão internacional contra o ministro Alexandre de Moraes (STF) em parceria com políticos de extrema-direita da Europa, conforme informações do Globo.

O deputado pretende se reunir com aliados de países como Polônia, Finlândia, Portugal, França, Grécia e Espanha, todos com representação no Parlamento Europeu e com pautas alinhadas ao bolsonarismo, como críticas às regras de redes sociais, oposição às políticas pró-LGBT e defesa de posições anti-imigração.

Nos planos do parlamentar está uma viagem ao continente no dia 12 de setembro, mesma data da sessão final do julgamento de Jair Bolsonaro no STF. Segundo Paulo Figueiredo, aliado do deputado, a ideia é “intensificar a pressão internacional” a partir de encontros no Parlamento Europeu. A estratégia já avançou com o envio de um pedido de sanções contra Moraes, assinado por 16 deputados estrangeiros.

O documento foi anunciado pelo deputado polonês Dominik Tarczynski, que declarou: “A União Europeia não deve ficar de braços cruzados enquanto Moraes continua a usar o sistema judiciário brasileiro como arma contra seus oponentes políticos”. Eduardo agradeceu a iniciativa afirmando que a ação ajuda a “prevenir que se espalhe esse vírus, um novo modelo de censura introduzido pela Suprema Corte no Brasil”.

Entre os aliados, estão também Jorge Martín Frias, ligado ao Vox, da Espanha, que já falou em “abusos” contra a família Bolsonaro, e o finlandês Sebastian Tynkkynen, crítico das restrições europeias às redes sociais. Tynkkynen declarou em entrevista: “Não há razão para suspeitar de manipulação de algoritmos. Se alguém tem muitos seguidores e ganha visibilidade por meio disso, deveria haver um limite além do qual essa pessoa não possa publicar uma opinião ou apoiar um determinado partido?”.

Jorge Martín Frias, ligado ao Vox, da Espanha – Foto: Reprodução
Outro integrante é o português Antônio Tanger Correa, do Chega, conhecido por posições anti-imigração. Em campanha, ele chegou a dizer que a ida de brasileiros a Portugal é positiva, mas alertou que “quando se abrem as portas de forma escancarada, entram os maus elementos”.

Também compõe a rede a francesa Virginie Joron, ligada ao partido de Marine Le Pen, que defende indenizações a vítimas de vacinas contra a Covid-19.

A deputada grega Afroditi Latinopoulou completa a lista, tendo assinado o pedido de sanções contra Moraes. Ela é conhecida por defender a “neutralidade nas escolas” e por declarações contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que classificou como “antinatural”.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Governo e STF avaliam que julgamento de Bolsonaro pode ser pretexto para Trump impor novas sanções ao Brasil



Condenação do ex-presidente pode intensificar pressões de Donald Trump contra o País

Supremo Tribunal Federal e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação I Ueslei Marcelino / Reuters)

 Integrantes do governo Lula (PT) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão atentos às possíveis consequências do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro , previsto para setembro. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, há preocupação de que Donald Trump intensifique sanções econômicas e restrições a autoridades brasileiras como resposta ao processo que apura a tentativa de golpe atribuída a Bolsonaro.

De acordo com a publicação, membros do STF e do Executivo avaliam que Washington utiliza o discurso de “perseguição judicial” ao ex-presidente como justificativa para ampliar a pressão sobre o Brasil, com o objetivo de gerar instabilidade política e fragilizar tanto o tribunal quanto o governo Lula, em um ambiente já marcado por tensões diplomáticas.

◉ Medidas de Trump e impacto no Brasil

O governo americano já impôs sobretaxa de 50% a produtos brasileiros e aplicou sanções individuais contra ministros do STF, entre eles Alexandre de Moraes, sob o argumento de abuso judicial contra Bolsonaro. Apesar disso, interlocutores de Lula afirmam que a Corte não se deixará intimidar por retaliações externas.

Nos bastidores, autoridades brasileiras avaliam que Donald Trump ainda dispõe de instrumentos adicionais de pressão, como a extensão das sanções a outros magistrados e seus familiares. Embora tais medidas sejam vistas como de baixo impacto prático — já que poucos ministros mantêm patrimônio nos Estados Unidos —, a preocupação recai sobre os efeitos simbólicos e financeiros, especialmente em relação ao sistema bancário e às reservas em dólar.

Para tentar conter danos, membros do governo e da Corte vêm buscando interlocução com banqueiros e políticos a fim de compreender os impactos da Lei Magnitsky — legislação americana usada para sancionar indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos.

◉ Gleisi Hoffmann critica Bolsonaro e Trump

A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, foi uma das vozes mais duras contra a ofensiva americana. Em publicação nas redes sociais, ela afirmou:

“A especulação com o valor das ações dos bancos é mais uma parcela do Custo Bolsonaro, que recai sobre o país desde que ele se aliou a Trump para fugir do julgamento por seus crimes.”

Gleisi também responsabilizou Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo pelas retaliações:

“Quem agrediu o sistema financeiro no Brasil foi Donald Trump, provocado por Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo. O ministro Flávio Dino tomou uma decisão em defesa da soberania nacional, das nossas leis e até dos bancos que operam em nosso país.”

◉ Perspectivas

O julgamento de Bolsonaro promete ser um marco não apenas para a política interna, mas também para as relações exteriores brasileiras. Enquanto o governo Lula busca alternativas para mitigar os efeitos de uma possível escalada, a tensão com os Estados Unidos se consolida como um dos maiores desafios diplomáticos deste momento.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo