sábado, 21 de junho de 2025

MDB mira espaço na chapa como vice de Lula em 2026

Partido avalia disputar vaga de Alckmin em eventual candidatura à reeleição de Lula

                         Geraldo Alckmin e Simone Tebet com Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Em meio a um cenário de crise com o Congresso, o MDB mantém o interesse em ocupar a vaga de vice-presidente na provável candidatura à reeleição do presidente Lula em 2026.

Apesar da aliança com Geraldo Alckmin (PSB), atual vice-presidente, se manter firme, o MDB alimenta a esperança de articular um espaço na chapa com a expectativa de que o cenário vai melhorar para Lula, enquanto partidos de centro e direita flertam com neutralidade ou oposição.

De acordo com apuração da Folha de S. Paulo, entre as condições colocadas por setores do partido para avançar com a reivindicação estão uma eventual recuperação de popularidade de Lula e a consolidação de sua posição como favorito para as eleições de 2026. A leitura é que, em um cenário de força eleitoral, a composição da chapa pode voltar a ser negociada — sobretudo se Jair Bolsonaro (PL) decidir lançar um membro da família como cabeça de chapa da direita.

Nomes como o governador do Pará, Helder Barbalho, os ministros Renan Filho (Transportes) e Simone Tebet (Planejamento) são apontados como possíveis indicações. No entanto, o partido está dividido: enquanto uma ala se movimenta por uma reaproximação com Lula, figuras como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o ex-presidente Michel Temer articulam para minar essa proposta. Temer, inclusive, tem articulado a formação de uma frente única da centro-direita, fora da órbita do governo.

Por ora, a decisão formal do partido sobre a sucessão presidencial está prevista apenas para a convenção nacional de 2026. Dirigentes do MDB admitem, nos bastidores, que a oferta da vaga de vice poderia ser decisiva para inclinar a legenda em direção ao apoio a Lula.

Enquanto isso, o nome de Geraldo Alckmin, segue com respaldo no Planalto. A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) declarou recentemente que não há qualquer debate interno sobre mudança na chapa e elogiou o desempenho de Alckmin no cargo.

A possibilidade de substituição só seria cogitada caso o ex-governador de São Paulo decidisse disputar outro cargo em 2026 — como o governo paulista ou uma vaga no Senado —, algo hoje tratado como pouco provável por seus aliados.

Com partidos como Republicanos, PP e União Brasil sinalizando distanciamento do Planalto e flertes com Tarcísio de Freitas (SP) para a disputa presidencial, a estratégia do PT pode ser, ao menos, garantir a neutralidade desses aliados em vez de uma nova aliança de chapa.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

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