domingo, 6 de julho de 2025

Negociações para sistema próprio de pagamento do BRICS avançam

Desafios foram apontados em documento final de encontro de finanças
Dilma Rousseff, Fernando Haddad e Gabriel Galípolo (Foto: LUCAS LANDAU/MF)

Agência Brasil - As negociações para um sistema próprio de pagamento entre os países do BRICS, que dispensa a conversão para o dólar, teve avanços, mencionou o comunicado final dos ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do grupo. Segundo o documento, houve progresso na identificação de possíveis caminhos para a “interoperabilidade” dos sistemas de pagamentos de países membros.

De acordo com o documento, os países avançaram em reconhecer formas de estimular as transações em moedas locais dos membros do BRICS e de reduzir custos nas operações. O texto, no entanto, não detalha os progressos alcançados. Isso porque as negociações continuarão no segundo semestre, antes que a Índia assuma o comando do BRICS, em 1º de janeiro de 2026.

“Seguindo a instrução de nossos líderes na Declaração de Kazan [na Rússia] para continuar a discussão sobre a Iniciativa de Pagamentos Transfronteiriços do BRICS, reconhecemos o progresso alcançado pela Força-Tarefa de Pagamentos do BRICSna identificação de possíveis caminhos para apoiar a continuação das discussões sobre um maior potencial de interoperabilidade dos sistemas de pagamentos do BRICS”, destacou o comunicado no 13º parágrafo.

Embora não detalhe os avanços no sistema de pagamentos em moedas locais, o documento cita esforços como o relatório “Sistema de Pagamentos Transfronteiriços do BRICS”, elaborado pelo Banco Central do Brasil. O documento lista as preferências dos países do bloco para facilitar “pagamentos transfronteiriços rápidos, de baixo custo, mais acessíveis, eficientes, transparentes e seguros”.

Segundo o comunicado, um sistema alternativo de pagamentos entre os países do BRICS pode “sustentar maiores fluxos de comércio e investimento”.

☆ Acordo de Reservas

Os ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do BRICS anunciaram a revisão do Acordo de Reservas Contingentes (ARC) para incluir novas moedas. Esse é um mecanismo de ajuda financeira mútua criado em 2014 em caso de dificuldades no balanço de pagamentos (contas externas e investimentos estrangeiros).

Após a revisão do acordo, as novas regras serão discutidas internamente pelos países do BRICS. Além disso, uma reunião no segundo semestre, ainda sem data definida, discutirá a adesão dos novos membros do BRICS ao ACR.

“Aguardamos ansiosamente essas alterações como base para discussões que visam aumentar a flexibilidade e a eficácia do mecanismo do ACR, notadamente por meio da incorporação de moedas de pagamento elegíveis e da melhoria da gestão de riscos”, destacou o comunicado.

☆ Transição ecológica

Em relação à transformação ecológica, o comunicado final informou que os países do BRICS começaram a discutir uma linha de garantia multilateral. Ativos usados para cobrir eventuais inadimplências, as garantias reduzem o risco das operações e melhoram a qualidade de crédito dos países do Sul Global.

A futura linha de garantia será desenvolvida pelo Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco dos BRICS, sem a necessidade de os países aportarem capitais adicionais à instituição financeira. Uma iniciativa piloto será elaborada em 2025 para relatar o progresso na Reunião de Cúpula do BRICS de 2026, na Índia.

Sobre a agenda climática, o comunicado final destacou que os países do BRICS acreditam que um financiamento “previsível, equitativo, acessível e economicamente viável é indispensável para transições justas” e, com ajuda do capital privado, será possível enfrentar o aquecimento global.

“Apelamos às instituições financeiras internacionais para que ampliem o apoio à adaptação [climática] e ajudem a criar um ambiente propício que incentive uma maior participação do setor privado nos esforços de mitigação [do aquecimento global]”, afirmaram os ministros de finanças e presidentes de Bancos Centrais do BRICS.

☆ Transações

O BRICS é um bloco que reúne representantes de 11 países membros permanentes: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. Também participam os países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Nigéria, Vietnã e Uzbequistão.

Sob a presidência do Brasil, a 17ª Reunião de Cúpula do BRICS ocorre no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho.

Os 11 países representam 39% da economia mundial, 48,5% da população do planeta e 23% do comércio global. Em 2024, países do BRICS receberam 36% de tudo que foi exportado pelo Brasil, enquanto compramos desses países 34% do total do que importamos.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

PT aposta em nova campanha para defender política econômica de Lula

 

O presidente Lula na comemoração dos 45 anos do PT, no Rio de Janeiro – Foto: Folhapress

Na próxima segunda-feira (7), o Partido dos Trabalhadores (PT) lançará uma nova campanha digital para promover os programas sociais e destacar os resultados da política econômica do governo Lula. A iniciativa pretende disputar a narrativa nas redes sociais, mostrando como as medidas adotadas buscam fortalecer a economia e beneficiar a população de baixa renda.

A campanha surge após a divulgação de vídeos com inteligência artificial da série “ricos contra pobres”, que defendiam a necessidade de aumentar os impostos sobre os mais ricos.

Agora, com o mote “Você cresce com o Brasil”, o partido aposta em depoimentos de microempreendedores, motoristas de aplicativo e famílias atendidas por programas como Farmácia Popular e Pé de Meia.

O vídeo, segundo a Folha, menciona a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A peça destaca a ideia de “justiça tributária” como parte central do projeto econômico do governo Lula, buscando aliviar a carga sobre assalariados e aumentar a contribuição dos grandes lucros e dividendos.

A campanha é organizada pelo PT em parceria com o Instituto Lula, a Fundação Perseu Abramo e movimentos sociais.

A proposta de taxar empresas de apostas online (bets) com alíquota de 18% também é mencionada como um instrumento para financiar saúde, educação e programas sociais. Segundo a campanha, a medida também busca conter o avanço do vício em jogos de azar.

Fonte: DCM

Após Brics, Lula se reunirá com Motta e Alcolumbre para decidir a questão do IOF

 

Hugo Motta, Lula e David Alcolumbre. Foto: Fábio Pozebom/ Agência brasil
Entre terça (9) e quarta-feira (10) da próxima semana, devem ser iniciadas oficialmente as negociações sobre a crise do IOF em Brasília.

Participarão do encontro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), numa tentativa de destravar o impasse gerado pela tentativa do governo de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras.”

Lula permanece no Rio de Janeiro até segunda-feira (8), onde participa da cúpula dos Brics. O encontro com os líderes do Congresso deve ocorrer logo após seu retorno à capital federal e representa uma tentativa de recompor o diálogo entre Executivo e Legislativo após a reação negativa ao decreto que aumentava o IOF, posteriormente revogado pelo Congresso.

Os vídeos com o personagem “Hugo Nem Se Importa” irritaram o presidente da Câmara, Hugo Motta. Fotomontagem
Nos bastidores, o deputado Hugo Motta, pressionado pela campanha da esquerda nas redes sociais, tem sinalizado disposição para negociar. Entre as propostas está o corte de emendas e desonerações, desde que o governo desista formalmente da elevação do IOF. A medida visa acalmar a base aliada e reequilibrar as tratativas em torno da política fiscal do governo.

Parlamentares também avaliam a possibilidade de o Executivo utilizar a desistência do aumento do IOF como moeda de troca para garantir apoio à Medida Provisória que isenta do Imposto de Renda pessoas com renda de até R$ 5 mil mensais, além de prever a taxação dos super-ricos.

O governo corre contra o tempo para atingir a meta fiscal de 2025 e via no aumento do IOF uma das alternativas para elevar a arrecadação. Com a derrota no Congresso, a equipe econômica perdeu um dos pilares da estratégia de compensação orçamentária.

Diante do impasse, o caso chegou ao Supremo Tribunal Federal. O ministro Alexandre de Moraes agendou para 15 de julho uma audiência de conciliação entre Executivo e Legislativo, na tentativa de construir uma solução que evite o agravamento da crise institucional.

Fonte: DCM

Ranking: veja os 50 carros mais vendidos no Brasil em 2025


      Fiat Strada – Foto: Reprodução

O mercado de veículos no Brasil teve crescimento de 5,05% no primeiro semestre de 2025, com mais de 1,1 milhão de unidades emplacadas entre automóveis e comerciais leves. A Fiat Strada liderou o ranking nacional com folga, seguida pelo Volkswagen Polo e o SUV VW T-Cross. As picapes e os utilitários esportivos se destacaram entre os consumidores, refletindo mudanças no perfil de compra do brasileiro.

Os SUVs seguem dominando a preferência, ocupando posições de destaque na lista. Modelos como Honda HR-V, Hyundai Creta, Toyota Corolla Cross, Jeep Compass e Chevrolet Tracker marcaram presença entre os mais vendidos. Mesmo com preços elevados, esses veículos superaram até hatches populares como Fiat Argo, Onix e Mobi. Já o Renault Kwid, o carro mais barato do país, ficou apenas na 14ª posição.

Sedãs perderam espaço no ranking, enquanto híbridos e elétricos avançaram. O Chevrolet Onix Plus, sedã mais vendido, ficou na 20ª colocação, enquanto modelos como BYD Song, Dolphin Mini, GWM Haval H6 e Fiat Fastback cresceram em vendas.

Veja lista completa:

  • Fiat Strada
  • VW Polo
  • VW T-Cross
  • Fiat Argo
  • Hyundai HB20
  • Chevrolet Onix
  • Fiat Mobi
  • Honda HR-V
  • Hyundai Creta
  • Toyota Corolla Cross
  • VW Saveiro
  • Jeep Compass
  • Chevrolet Tracker
  • Renault Kwid
  • Fiat Fastback
  • Fiat Toro
  • Nissan Kicks
  • Toyota Hilux
  • VW Nivus
  • Chevrolet Onix Plus
  • Jeep Renegade
  • Fiat Pulse
  • Toyota Corolla
  • BYD Song (Pro, Plus e Premium)
  • VW Virtus
  • Ford Ranger
  • Hyundai HB20S
  • Fiat Cronos
  • Caoa Chery Tiggo 7
  • Chevrolet S10
  • BYD Dolphin Mini
  • GWM Haval H6
  • RAM Rampage
  • Chevrolet Spin
  • Renault Kardian
  • Chevrolet Montana
  • Citroën Basalt
  • Renault Duster
  • VW Taos
  • Honda City
  • Toyota SW4
  • Caoa Chery Tiggo 8
  • Honda City hatch
  • Jeep Commander
  • Peugeot 2008
  • Citroën C3
  • BYD Dolphin
  • BYD King
  • Renault Oroch
  • Caoa Chery Tiggo 5X

Fonte: DCM

Cúpula do Brics 2025 começa no Brasil com foco em clima e economia global

 

Lula recebe o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na cerimônia de abertura da 17ª Cúpula do Brics no Rio de Janeiro – Foto: Reprodução

Neste domingo (6), chefes de Estado e representantes de mais de 30 países participam da 17ª Cúpula de Líderes do Brics, no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro.

O encontro acontece sob a presidência brasileira e tem como objetivo discutir temas prioritários da política internacional, com foco em desenvolvimento sustentável, cooperação global e governança.


Entre os assuntos centrais da reunião está a proposta de uma declaração conjunta defendendo o multilateralismo, a reforma de organismos internacionais como a ONU e medidas concretas para o combate às mudanças climáticas.

A cúpula também deve abordar temas como inteligência artificial, financiamento climático e erradicação de doenças.
Brics: composição e objetivo

O Brics é composto por 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Além disso, há dez países parceiros, como Cuba, Vietnã e Bolívia.

O bloco busca ampliar a cooperação econômica e política, fortalecendo a atuação conjunta dos países em desenvolvimento.

Presidência brasileira

A presidência do Brasil definiu seis temas prioritários para o evento: saúde global, finanças e comércio, mudanças climáticas, inteligência artificial, segurança multilateral e fortalecimento institucional do grupo.

O governo Lula pretende apresentar avanços nessas áreas por meio de propostas coordenadas com os demais líderes.

Próximos passos

Na segunda-feira (7), último dia do evento, a agenda será voltada para temas ambientais, como a preparação para a COP30, e a saúde global.

A expectativa é que o grupo chegue a um consenso em pautas sensíveis, como a reforma do Conselho de Segurança da ONU e o conflito na Palestina, consolidando um documento final com propostas alinhadas.

Fonte: DCM

Pai de seis filhos americanos, brasileiro deixa os EUA por medo de deportação

 

Frilei Brás se despede da família nos EUA antes de embarcar de volta ao Brasil – Foto: The Boston Globe

Frilei Brás decidiu deixar os Estados Unidos após quase duas décadas vivendo no país. Pai de seis filhos americanos e casado com uma brasileira, ele se apresentou voluntariamente às autoridades migratórias em maio, como fazia todos os anos. No entanto, desta vez, recebeu uma ordem de deportação com prazo de apenas 15 dias para sair. “Fui obrigado a acatar e comprei a passagem. Não tinha escolha”, afirmou Brás, que hoje vive em Central de Minas (MG).

O mineiro chegou aos EUA em 2005 e mantinha uma vida ativa na comunidade brasileira. Tinha empresa registrada, pagava impostos, liderava um programa de rádio e mantinha uma escolinha de futebol. Em 2018, foi notificado pelas autoridades, mas continuava em liberdade por não ter antecedentes criminais. Apesar disso, com a política migratória do governo Trump, passou a ser pressionado a sair do país. “Na sala, colocaram tornozeleira e disseram que eu deveria me considerar sortudo por não ser levado preso”, contou.

Durante o processo, Brás relatou que as informações dos agentes eram confusas. “Disseram que eu teria dois meses, depois mudaram para 15 dias”, relatou. Um dos momentos mais difíceis foi a despedida da família. “Reuni todos na sala de casa para uma oração antes de ir para o aeroporto”, disse.

No voo de volta, Brás teve uma crise de choro. “Não sei quando vou ver minha família de novo”, desabafou. Sua esposa, que tem problemas de saúde, e os filhos, com idades entre 1 e 19 anos, continuam nos EUA e recebem ajuda de amigos enquanto ele tenta se reestruturar no Brasil. “Um agente ameaçou deportar todo mundo, mas eles são cidadãos americanos. Foi uma pressão psicológica enorme”, relatou.

Segundo Brás, o tratamento dado aos imigrantes é impessoal e baseado em metas. “Disseram que têm que fazer 3 mil prisões por dia. Não importa sua história, você vira apenas um número”, criticou. Ele afirma que muitos brasileiros estão optando por voltar ao Brasil diante do medo e da insegurança. “Conheço gente que comprou passagem por conta própria. É uma crise de ansiedade coletiva”, disse.

Fonte: DCM

“Pode Espalhar”: programa do PT dará apoio jurídico à militância virtual do partido

 

O presidente Lula em cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou nesta semana o projeto “Pode Espalhar”, voltado à formação de uma rede de influenciadores digitais que apoiem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. A iniciativa prevê o oferecimento de suporte jurídico aos criadores de conteúdo que atuarem publicamente na defesa do partido e da atual gestão federal. Com informações da Veja.

A ação é coordenada pela Fundação Perseu Abramo, entidade ligada ao PT e financiada com recursos públicos oriundos do fundo partidário. Segundo o comunicado oficial, advogados e orientadores jurídicos estarão à disposição especialmente durante o período eleitoral, com o objetivo de garantir respaldo legal aos militantes digitais alinhados com a narrativa do governo.

O projeto visa organizar e ampliar a atuação de apoiadores nas redes, reunindo aqueles que já produzem conteúdo favorável ao governo Lula. A proposta é criar o “Clube de Influência do Time Lula”, uma rede com acesso a conteúdo direcionado e orientação jurídica. A campanha adotará como principal mote a ideia de um embate entre os 99% da população e o 1% mais rico.

O secretário nacional de Comunicação, Jilmar Tatto,quando foi candidato à prefeitura de São Paulo. Foto: Divulgação/PT
Segundo o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, os influenciadores poderão expressar apoio direto ao governo sem que isso caracterize campanha eleitoral antecipada. “Se precisar de advogado, vocês podem acionar a nossa rede que vamos tentar providenciar orientação ou defesa”, afirmou. A estrutura jurídica, segundo ele, estará preparada para responder a eventuais processos ou notificações.

A iniciativa contou com o aval da cúpula petista, incluindo o presidente nacional do PT, Humberto Costa (PE), e o secretário nacional de Comunicação, Jilmar Tatto (SP). A ideia é consolidar uma base digital que responda rapidamente a ataques ou críticas contra o governo, e que dissemine o discurso de enfrentamento à elite econômica.

Jilmar Tatto revelou que a criação do “Pode Espalhar” foi motivada pela recente derrubada no Congresso de um projeto do presidente Lula que previa o aumento do IOF sobre os mais ricos. Para o dirigente, a resistência parlamentar ao projeto evidenciou os interesses das camadas mais privilegiadas da sociedade e motivou a necessidade de comunicação mais ativa nas redes.

A campanha pretende evidenciar quem paga e quem se beneficia no atual modelo tributário brasileiro. Segundo Tatto, a proposta barrada no Legislativo afetaria cerca de 150 mil pessoas com aumento de impostos, para ampliar a distribuição de renda a mais de 30 milhões de brasileiros. “Queremos mostrar quem paga a conta no Brasil”, disse o secretário.

Fonte: DCM com informações do revista Veja

VÍDEO: Jornalista viraliza ao defender o Nordeste e a distribuição de renda na CNN

 

Elisa Veeck em comentário na CNN Brasil. FOTO: Reprodução/CNN

Durante sua participação na programação da CNN Brasil, a jornalista Elisa Veeck fez um discurso contundente em defesa dos nordestinos, ao abordar a xenofobia enfrentada por essa população. O vídeo com os comentários viralizou nas redes sociais após ser exibido no início desta semana, diretamente dos estúdios em São Paulo.

Elisa denunciou o preconceito estrutural e recorrente contra o povo nordestino, especialmente em grandes centros urbanos do Sudeste. Ela rebateu estigmas alimentados por setores da extrema direita e criticou com veemência a criminalização de programas de distribuição de renda.

A jornalista destacou a resistência e o esforço diário do trabalhador nordestino, sugerindo que os críticos passassem um dia no sertão, lidando com a seca e o trabalho árduo no campo. “Gostaria que você tivesse calos nas mãos por ficar o dia inteiro com uma enxada, tentando fazer nascer do chão algo para o seu filho comer”, afirmou.

Ao rebater o argumento de que nordestinos não buscam emprego, Elisa lembrou que São Paulo abriga cerca de 4 milhões de pessoas vindas do Nordeste, que migraram em busca de oportunidades. “Você acha que eles vieram para cá a passeio?”, questionou, com firmeza.

SENSACIONAL: Elisa Veeck sobre a xenofobia diária sofrida pelos nordestinos e o estigma criado pela extrema direita sobre os programas de distribuição de renda pic.twitter.com/z9A6nUGOtf


A jornalista também lembrou o papel central da mão de obra nordestina no crescimento econômico do Sudeste, especialmente na construção civil e em outras áreas essenciais. Segundo ela, boa parte da infraestrutura da região foi erguida com o suor de trabalhadores que deixaram suas terras em busca de sustento.

Outro ponto marcante de sua fala foi a crítica aos que desqualificam os programas de transferência de renda. Para ilustrar, Elisa citou a história de Maria, uma mulher nordestina que perdeu a filha de quatro meses por falta de recursos até para um caixão. A bebê foi enterrada em uma caixa de tomate.

Elisa concluiu que, se políticas públicas de apoio à população de baixa renda já estivessem implementadas à época, a filha de Maria estaria viva e teria 26 anos. A jornalista usou o exemplo para mostrar o impacto direto e humano das decisões econômicas e sociais. Recentemente, a mesma profissional também teve um comentário seu repercutindo amplantamente nas redes, no qual ela defendia a ideia de que “igualdade incomoda”.

Defesa do Bolsa Família

A profissional fez ainda uma firme defesa das políticas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, ao citar um caso emblemático que acompanhou de perto: “Maria enterrou a filha de 4 meses… aliás, ela não enterrou, porque não tinha dinheiro para comprar um caixão. A filhinha dela foi levada numa caixinha de tomate.” Em seguida, concluiu: “Fala para ela que programa de distribuição de renda não tem sentido. Se já existisse na época, a filha da Maria estaria viva e teria 26 anos.”

Fonte: DCM

Valdemar descarta Eduardo Bolsonaro e diz que Michelle seria única a vencer Lula

 

Valdemar da Costa Neto no evento PL Mulher. Foto: Reprodução/Tiktok
Neste sábado (5), durante evento do PL Mulher em Guarulhos (SP), o presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, declarou que Michelle Bolsonaro é a única candidata da sigla com potencial de vencer Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026 — além do ex-presidente Jair Bolsonaro, que segue inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral. A fala foi feita diante da própria Michelle e de lideranças femininas da legenda.

Com a declaração, Valdemar esvazia de forma direta as pretensões de Eduardo Bolsonaro, também filiado ao partido, de disputar a sucessão presidencial. O dirigente afirmou que todas as pesquisas internas do PL indicam vitória de Michelle sobre Lula em eventual segundo turno. “Depois do Bolsonaro, ela é a única que bate o Lula no segundo turno em todas as pesquisas que nós fizemos”, afirmou.

Valdemar também elogiou o desempenho político da ex-primeira-dama, destacando que ela tem superado as expectativas desde sua entrada formal na vida partidária. Apesar da inelegibilidade de Jair Bolsonaro, o dirigente reforçou que o ex-presidente continua sendo o nome prioritário da legenda para 2026 — e que, caso não possa concorrer, será ele quem definirá o substituto. “Se acontecer uma injustiça no Brasil e o impedirem, quem escolhe o candidato não é o partido, é o presidente Bolsonaro, porque ele é que tem os votos”, disse.

Pesquisas divulgadas em junho por três institutos mostraram cenários de segundo turno equilibrados entre Lula e possíveis adversários, como Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Michelle Bolsonaro, com empates técnicos nos levantamentos.

Valdemar concluiu reafirmando apoio incondicional a Jair Bolsonaro e a qualquer nome que ele indicar. Nos bastidores, ganha força a ala do partido que defende protagonismo de Michelle na disputa, com o argumento de que ela já conquistou espaço próprio e não deve recuar.


“Deixar o PL”

Um dos principais aliados de Eduardo Bolsonaro (PL), o comentarista e empresário Paulo Figueiredo, usou as redes sociais para sugerir publicamente que o deputado federal deixe o Partido Liberal. Em publicação no X (antigo Twitter), ele afirmou: “Se eu fosse o Eduardo Bolsonaro, já estaria em discussões abertas para deixar o PL.” A fala ocorre em meio ao fortalecimento de Michelle Bolsonaro como nome preferido da cúpula do partido para disputar a Presidência em 2026.

Paulo Figueiredo é neto do general João Figueiredo, último presidente do regime militar (1964–1985), e se apresenta como uma das principais vozes da ala mais radical do bolsonarismo. Foragido nos Estados Unidos, ele é réu em ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação na trama golpista.

O ex-Jovem Pan é o principal articulador político de Eduardo Bolsonaro no exterior e mantém interlocução com setores da extrema direita internacional.

Fonte: DCM

Conheça os diferentes tipos de linguiça e suas características na culinária brasileira


      Tipos de linguiça mineira artesanal. Foto: Reprodução

Presente no churrasco, na feijoada ou no pão com vinagrete, a linguiça é um dos embutidos mais versáteis da cozinha brasileira. Feita com carne moída (geralmente suína ou bovina) temperada e embutida em tripas naturais ou artificiais, ela varia muito de sabor, textura e uso conforme o tipo.

A linguiça toscana é uma das mais populares: feita com carne suína bem temperada, é ideal para grelha ou assados. A calabresa, mais curada e defumada, tem sabor marcante e picante, muito usada em pizzas, farofas e molhos. Já a paio, de origem portuguesa, é mais grossa e firme, usada especialmente em cozidos como a feijoada. A linguiça cuiabana se destaca pelo recheio de queijo, que derrete durante o preparo, e a linguiça fina, também chamada de aperitivo, é ótima para petiscos.

Outras variações incluem linguiças de frango, com ervas, com pimenta, defumadas ou artesanais. Cada tipo traz uma combinação de temperos e processos que influenciam no aroma, na suculência e na maneira de preparo.

Fonte: DCM

Vídeos virais impulsionam rejeição a Hugo Motta nas redes, aponta estudo

Hugo Motta em sessão na Câmara para votar projeto que cancela decreto do governo que elevou o IOF. Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo


O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), enfrenta uma intensa crise de imagem nas redes sociais. Segundo levantamento da agência Ativaweb, divulgado nesta semana, Motta tornou-se alvo de uma onda massiva de rejeição digital, com características simbólicas e abrangência nacional. O estudo analisou interações públicas entre os dias 24 e 30 de junho, em plataformas como Facebook, Instagram, X e TikTok.

Foram examinadas mais de 2,5 milhões de menções ao parlamentar por meio de ferramentas de inteligência artificial, análise semântica e mineração de dados em tempo real. Os dados indicam que a rejeição não está ligada a espectros ideológicos tradicionais. De acordo com Alek Maracajá, CEO da Ativaweb, a crise de imagem enfrentada por Motta é “do povo contra o sistema”. O deputado, segundo ele, foi simbolicamente transformado em vilão de um descontentamento coletivo.

Um dos principais catalisadores da crise foram vídeos com apelo emocional e estética informal que viralizaram ao contrapor o deputado à população de baixa renda. Esses conteúdos ajudaram a transformar um tema técnico — o orçamento público — em um símbolo de desigualdade e injustiça social. Motta acabou sendo retratado como representante de interesses elitistas, reforçando o sentimento de revolta entre os usuários.

“Congresso da mamata” com propaganda pró-governo federal feita por IA. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O estudo identificou que 68% das interações analisadas eram puramente emocionais, com uso de linguagem simbólica, agressiva e altamente replicável. Foram expressões como “amigo dos ricos”, “Eduardo Cunha 2.0”, “mamata institucional” e “vergonha nacional” que dominaram o discurso público. O fenômeno foi descrito como viral, com alto grau de coordenação e precisão na distribuição dos conteúdos.

A análise destacou ainda que o fenômeno não se deu de forma espontânea, mas teve natureza orgânica aliada a técnicas de disseminação eficientes. Houve segmentação do público e uso de algoritmos para maximizar o alcance dos conteúdos. Essa movimentação criou um ambiente digital hostil, no qual qualquer menção ao nome de Motta provocava reações negativas em larga escala.

Além do rastreamento de palavras-chave, a Ativaweb utilizou agrupamento semântico e triagem de perfis para distinguir críticas estruturadas de manifestações emocionais. Essa metodologia permitiu mapear não apenas o volume, mas a intensidade da insatisfação com o parlamentar. Maracajá destaca que “não foi um algoritmo que destruiu a imagem de Hugo Motta. Foi o sentimento coletivo de um povo que cansou da política para poucos”.

Embora a rejeição venha se manifestando de forma generalizada, a pesquisa mostrou que o discurso encontrou maior eco em influenciadores digitais de perfis independentes, distantes de partidos ou grupos ideológicos tradicionais. Essa descentralização fortaleceu o apelo popular da crítica e dificultou ações de contenção por parte da equipe de comunicação do deputado.

Um dos vídeos feitos por IA:

Fonte: DCM

VÍDEO: Como Lula e Haddad, Paulo Guedes também já defendeu a taxação dos super-ricos

 

Paulo Guedes, ex-ministro da Economia – Foto: Reprodução

Internautas resgataram um vídeo em que o ex-ministro da Economia do então governo Bolsonaro, Paulo Guedes, aparece defendendo publicamente a taxação dos super-ricos.

A fala, feita durante entrevista ao Flow Podcast, voltou à tona após críticas da ala bolsonarista às propostas do atual governo e à derrubada do decreto sobre o reajuste do IOF.

“Você não tem que ter vergonha de ser rico. Você tem que ter vergonha de não pagar imposto”, diz Guedes na ocasião.

O ex-ministro critica o sistema tributário brasileiro e afirma que milionários pagam pouco ou nenhum imposto sobre lucros e dividendos. “Sessenta mil pessoas receberam 300 bilhões e pagaram zero”, afirma.

O vídeo, compartilhado por usuários nas redes, também foi repostado pelo jurista Lenio Luiz Streck, que apontou a contradição nas críticas feitas atualmente à política de taxação progressiva.



O decreto que visava mudanças no IOF foi derrubado após votação na Câmara dos Deputados, presidida atualmente pelo deputado Hugo Motta (Republicanos).

A ação, no entanto, foi suspensa temporariamente pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro Alexandre de Moraes também determinou que Executivo e Legislativo se manifestem no prazo de cinco dias, explicando os motivos que levaram o governo a elevar as alíquotas e o Congresso a derrubar os decretos presidenciais.


A pesquisa, baseada em dados da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) 2017-2018 do IBGE, mostra que a estrutura fiscal brasileira reforça desigualdades históricas, com o IOF sendo parte desse problema.

Os dados também revelam que, mesmo entre o 1% mais rico da população, persistem disparidades tributárias. Homens negros nessa faixa pagam proporcionalmente mais impostos que brancos, pois recebem maior parte da renda via salário (sujeito à tributação), enquanto brancos têm mais rendimentos por dividendos (isentos).

Fonte: DCM