domingo, 31 de agosto de 2025

Ciro Nogueira oficia Ministério da Justiça e abre seus sigilos após denúncia anônima

Senador diz sofrer perseguição política após ser alvo de denúncia anônima

Ciro Nogueira (Foto: Andressa Anholete / Agência Senado)

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) enviou um ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, neste domingo, no qual solicita investigações urgentes da Polícia Federal para apurar denúncias anônimas que o ligariam ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A iniciativa ocorre após reportagem publicada pelo site ICL Notícias, que trouxe o relato de uma testemunha anônima acusando o parlamentar de receber propina em espécie de líderes da facção criminosa.

De acordo com a reportagem, uma testemunha anônima afirmou à Polícia Federal que Ciro Nogueira teria recebido uma sacola de papelão com grande quantidade de dinheiro vivo das mãos de Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”. Ambos são apontados como operadores de um esquema do PCC ligado a fundos de investimento na Faria Lima, usados para lavagem de dinheiro e fraudes fiscais bilionárias no setor de combustíveis. O depoimento também relata que o encontro teria ocorrido em Brasília, em agosto de 2024.

A testemunha anônima teria acrescentado ainda que Nogueira teria atuado para beneficiar interesses ligados a essas empresas na Agência Nacional de Petróleo (ANP) e que sua posição na tramitação do projeto de “devedor contumaz” no Senado poderia ter ligação com esse esquema.

◈ A reação de Ciro Nogueira

No documento oficial encaminhado ao Ministério da Justiça, Ciro nega veementemente todas as acusações. Ele classificou o ICL como uma “milícia digital da esquerda” e afirmou que jamais recebeu representantes do PCC em seu gabinete ou em qualquer outro local. O senador pediu que a Polícia Federal levante registros de entrada em seu gabinete e em prédios relacionados aos acusados, além de imagens de segurança, para comprovar que não houve encontros.

Em gesto de indignação, Nogueira declarou abrir todos os seus sigilos — de gabinete, telefone e demais comunicações — para demonstrar que nunca manteve qualquer vínculo com facções criminosas. “Tenho minha consciência tranquila e a verdade ao meu lado. Quero mais, e não menos, investigação”, escreveu o parlamentar no ofício.

◈ O contexto político

O senador também alertou o ministro Lewandowski para que a apuração sobre o crime organizado não seja utilizada como instrumento de perseguição política. Em sua avaliação, setores da “extrema esquerda” estariam tentando usar a luta contra o PCC como arma para desgastar opositores do governo.

“Não irão de modo algum me atingir com esse tipo de torpeza”, afirmou Nogueira, destacando que seu histórico sempre foi de combate ao crime organizado e que seguirá defendendo investigações transparentes. Confira abaixo o documento enviado pelo senador ao ministro Lewandowski:

◈ Íntegra do ofício de Ciro Nogueira

OFÍCIO Nº 013/2025/GSCNOG Brasília, 31 de agosto de 2025




A Sua Excelência o Senhor Ricardo Lewandowski Ministro da Justiça e Segurança Pública

Assunto: Solicito Urgentes Investigações

Senhor Ministro,

Em anexo, correspondência do site ICL, reconhecidamente um site de pistolagem da esquerda contra seus adversários, uma espécie de milícia digital, com gravíssimas e desleais calúnias imputadas contra mim por um suposto depoente que teria dito à Polícia Federal — sob vosso comando — que eu teria:

  • Recebido dinheiro em espécie de uma figura apontada como líder do PCC;
  • Que ele e alguns de seus representantes teriam se reunido comigo em meu gabinete;
  • Que eu teria atuado em favor junto à Agência Nacional de Petróleo (ANP), para beneficiar essa organização criminosa;
  • Que minhas posições sobre o projeto que tramita no Senado Federal, sobre o Devedor Contumaz, poderiam ter qualquer ligação com essa sórdida trama.

Ao informar Vossa Excelência que essas pessoas jamais estiveram em meu gabinete, que por jamais ter tido proximidade de qualquer espécie, e portanto nunca poderia ter advogado em benefício delas e a inaceitável hipótese de que poderiam ter me favorecido financeiramente, de qualquer forma, é absolutamente mentirosa, peço a Vossa Excelência que determine, com a máxima urgência, à Polícia Federal, que solicite os registros de entrada em meu gabinete no ano citado ou em qualquer ano, e que requeira as imagens e os registros de entrada na sede ou nos escritórios dessas pessoas.

Coloco, por meio deste, TODOS os meus sigilos à disposição (a começar pelos de meu gabinete, de meu telefone e todos os demais) para comprovar que em tempo algum mantive qualquer ligação com qualquer facção criminosa.

Entendo que a liberdade de imprensa é um valor fundamental da democracia e todos que me conhecem sabem bem que o combate ao crime em geral e ao crime organizado, em particular, sempre foi e será uma das bandeiras de minha atividade enquanto parlamentar.

Solicito urgência e quero crer que o importante combate e repressão às organizações criminosas não serão usados como instrumento de perseguição política, por meio da proliferação de informações falsas e absolutamente mentirosas e que jamais aconteceram ou aconteceriam.

Vossa Excelência, como ex-magistrado, tenho certeza, saberá conter os impulsos primitivos da extrema esquerda que possam querer fazer de algo fundamental — o desmantelamento do crime organizado no Brasil — um instrumento de ataque e tentativa de obter ganhos políticos abomináveis por meio da sordidez do uso de fragmentos, com o único propósito de intimidar ou macular os que se colocam em oposição a esse governo, como é o meu caso, algo absolutamente legítimo na democracia. Não irão de modo algum me atingir com esse tipo de torpeza. Tenho minha consciência tranquila e a verdade ao meu lado. Quero mais, e não menos, investigação.

Atenciosamente,

CIRO NOGUEIRA Senador da República (PP-PI)

Tarcísio confirmou que Bolsonaro é culpado, diz Gleisi



Ministra de Relações Institucionais comparou promessa de indulto ao ex-presidente com os primeiros atos de Lula em 2023

     Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu neste domingo (31) à afirmação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que declarou que, caso seja eleito presidente, seu primeiro ato será conceder indulto a Jair Bolsonaro. Em postagem no X (antigo Twitter), Gleisi disse que a proposta revela submissão e afronta ao Estado de Direito.

“Ao anunciar que seu primeiro ato se fosse presidente seria indultar Bolsonaro, Tarcísio confirma que seu chefe é culpado e que eles não respeitam o Estado de Direito nem a Justiça”, escreveu a ministra.

◈ Comparação com Lula

Na mesma publicação, Gleisi fez uma comparação direta com os primeiros atos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato. “É impossível não comparar com os primeiros atos do presidente Lula nesse terceiro mandato”, afirmou.

Segundo a ministra, logo no primeiro dia Lula recriou e fortaleceu o Bolsa Família, restabeleceu as políticas de proteção ao meio ambiente e revogou decretos de Bolsonaro que liberavam a venda de armas de fogo, a mineração em áreas protegidas e a segregação de crianças com deficiência nas escolas.

◈ “Diferença de prioridades”

Para Gleisi, o contraste é evidente entre um governo comprometido com o interesse público e um projeto de submissão a Bolsonaro. “É a diferença entre um presidente que pensa no povo e no país e um candidato fantoche que só pensa em servir aos interesses de seu chefe”, declarou.
Fonte: Brasil 247

Plano de governo de Tarcísio é a ruptura institucional, denuncia Lindbergh

Líder do PT na Câmara reagiu à proposta de indulto a Jair Bolsonaro

Lindbergh Farias (Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados)

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), criticou duramente a declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que afirmou que seu primeiro ato, caso seja eleito presidente da República, será conceder indulto a Jair Bolsonaro. A reação foi publicada neste domingo (31) em sua conta no X (antigo Twitter).

“Tarcísio revelou sua prioridade caso chegue à Presidência: anistiar Bolsonaro. Não falou em inflação, emprego, saúde ou educação. Sua obsessão é blindar quem está em prisão domiciliar, réu no STF e inelegível até 2030”, escreveu Lindbergh.

◉ “Projeto de ruptura institucional”

Em sua manifestação, o parlamentar classificou a proposta como uma ameaça direta à democracia e ao Estado de Direito. “Esse anúncio não é um detalhe, é um projeto de ruptura institucional. A anistia afronta cláusulas pétreas da Constituição, abre guerra com o STF e reedita a velha fórmula da impunidade para crimes contra a democracia, os mesmos crimes que levaram militares e políticos à cadeia após o 8 de janeiro”, destacou.

O deputado lembrou que o Congresso já rejeitou iniciativas semelhantes, como a chamada PEC da Blindagem, que buscava limitar a atuação da Justiça em casos de responsabilização de autoridades. Para Lindbergh, o país não aceita retrocessos. “O Brasil já rejeitou a anistia disfarçada na PEC da Blindagem. A sociedade não aceita que o Palácio do Planalto seja transformado em bunker de golpistas”, escreveu.

◉ Crítica ao projeto político de Tarcísio

Lindbergh também afirmou que a postura de Tarcísio evidencia submissão a Jair Bolsonaro e ausência de propostas para os reais desafios do Brasil. “Tarcísio mostra que não tem plano de governo: tem só submissão a Bolsonaro e um pacto de impunidade com quem quis destruir o país”, publicou o deputado.

A polêmica evidencia o clima de radicalização política em torno das eleições presidenciais de 2026, antecipando embates entre os defensores da democracia e os que buscam, segundo a oposição, blindar Bolsonaro e aliados envolvidos em crimes contra as instituições.

Fonte: Brasil 247

Damares Alves terá carro revistado em visita a Bolsonaro


       A senadora bolsonarista Damares Alves. Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou neste domingo (31) a visita da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília. A medida, no entanto, prevê que o carro da parlamentar seja revistado ao deixar a residência, em cumprimento à determinação de reforço na fiscalização. A visita ocorre na véspera do julgamento no qual Bolsonaro será julgado pela Primeira Turma do STF por tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o início de agosto, após descumprir medidas cautelares. Na última semana, a Polícia Federal pediu autorização para manter vigilância constante dentro da residência, mas a Procuradoria-Geral da República foi contra. Moraes decidiu que agentes podem permanecer no terreno, mas não dentro da casa. Além disso, determinou que todos os veículos que saírem da propriedade passem por revista, incluindo o de Damares.

A senadora, que é pastora e amiga próxima da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, será a primeira visitante não pertencente à família ou ao grupo de advogados a passar pelo procedimento. Até então, apenas residentes e defensores do ex-presidente tinham acesso livre à casa, localizada no Condomínio Solar de Brasília. A medida reforça o controle para evitar eventuais tentativas de fuga ou descumprimento da prisão domiciliar.

Damares Alves, então ministra dos Direitos Humanos, e Jair Bolsonaro, então presidente, em 2020. Foto: Alan Santos/PR



O julgamento de Bolsonaro e outros sete réus do chamado “núcleo crucial” da trama golpista terá início na próxima terça-feira (2). O processo deve se estender até 12 de setembro, com etapas de sustentações orais, análise das provas e votação das penas em caso de condenação. O ex-presidente responde por crimes que podem somar até 40 anos de prisão, incluindo tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Aliados de Bolsonaro admitem que a condenação é o cenário mais provável, mas avaliam que a defesa ainda pode atuar na fase de dosimetria para reduzir o tempo de pena. Uma mudança mais significativa no quadro, segundo eles, só seria possível com uma eventual aprovação de anistia pelo Congresso, hipótese que divide os parlamentares e não tem consenso.

A presença de Damares às vésperas do julgamento é vista como demonstração de apoio ao ex-presidente, em um momento em que o cerco judicial se intensifica. Para Moraes, no entanto, a visita não representa risco, desde que acompanhada pelas medidas de fiscalização já impostas ao cumprimento da prisão domiciliar. As informações são da Folha de São Paulo.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

A cela que já espera Bolsonaro em Brasília


          O então presidente Jair Bolsonaro e os chefes militares. Foto: Isac Nóbrega/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente em prisão domiciliar, revelou a uma autoridade que o visitou recentemente que recebeu a informação de que já existe uma cela preparada para ele no Comando Militar do Planalto, em Brasília, caso seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento por tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro não revelou quem teria repassado a informação.

A cela ficaria no Quartel General do Exército, a cerca de sete quilômetros da Praça dos Três Poderes. O local tem forte simbolismo, já que foi na mesma região que apoiadores do ex-presidente montaram acampamentos antes dos ataques e depredações às sedes do Planalto, do Congresso e do STF, em 8 de janeiro de 2023.

Outra possibilidade considerada é a Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília, a 11 quilômetros do centro político do país. O espaço seria adaptado de forma semelhante à cela onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou preso em Curitiba, em 2018, após condenação por corrupção.

Também está no radar o Complexo Penitenciário da Papuda, localizado a 17 quilômetros da Praça dos Três Poderes e a apenas 8 quilômetros da casa de Bolsonaro, no Condomínio Solar de Brasília. O presídio abriga mais de 16 mil detentos, mas conta com uma ala especial destinada a presos considerados vulneráveis, o que poderia receber o ex-presidente em caso de condenação.

Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília
A escolha da Papuda teria ainda o efeito de reduzir o risco de grandes mobilizações, já que o local é mais isolado. A lembrança da prisão de Lula em Curitiba, que atraiu centenas de manifestantes e originou o movimento “Lula Livre”, pesa na decisão de evitar manifestações contínuas em frente a instalações públicas de grande visibilidade.

Por fim, também existe a possibilidade de Bolsonaro permanecer em prisão domiciliar, medida já adotada em razão de seu estado de saúde. A definição dependerá do resultado do julgamento que terá início na próxima terça-feira (2) na Primeira Turma do STF, e que pode levar o ex-presidente a cumprir pena em um dos locais já cogitados em Brasília. As informações são de VEJA.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Carreata leva apoiadores até casa de Bolsonaro com bandeiras dos EUA e Israel


Carreata reuniu apoiadores em defesa de anistia aos presos de 8 de janeiro e com críticas a Lula e Alexandre de Moraes

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram uma carreata na manhã deste domingo (31) em Brasília, com destino ao condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, onde o ex-mandatário cumpre prisão domiciliar. O ato teve início na Torre de TV, no centro da capital, e reuniu manifestantes com bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel, além de cartazes com mensagens como “Fora Lula”, “Fora Moraes, buzine!” e “Anistia já”

Por volta das 10h20, os participantes seguiram em carreata em direção à residência de Bolsonaro, onde houve concentração diante dos portões do condomínio.

Entre os presentes, o desembargador aposentado Sebastião Coelho, conhecido por críticas a Moraes, afirmou em vídeo que a manifestação tinha como objetivo pedir “liberdade, anistia e justiça para os presos do 8 de janeiro”. Segundo ele, o Congresso estaria “faltando com a população brasileira” ao não votar propostas de anistia.

A carreata, micada pelo reduzido número de autom[oveis, acontece às vésperas do julgamento de Bolsonaro e outros sete réus pela Primeira Turma do STF, marcado para a próxima terça-feira (2). O grupo é acusado de integrar o chamado núcleo 1 da trama golpista que buscava reverter o resultado das eleições de 2022. A expectativa é de que o julgamento se estenda até 12 de setembro.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto, usando tornozeleira eletrônica, após decisão de Moraes que apontou descumprimento de medidas cautelares. Entre elas, estava a proibição de usar redes sociais, diretamente ou por meio de terceiros. O ex-presidente nega ter violado as regras impostas pelo STF.


Na semana passada, a Polícia Federal encontrou no celular de Bolsonaro um documento de pedido de asilo político, destinado ao presidente argentino Javier Milei, datado de 2024. A defesa classificou o arquivo como um “rascunho”, negando qualquer intenção concreta de fuga do país. As informações são do jornal Metrópoles.

Fonte: DCM com informações do jornal Metrópoles

EUA podem impor sanções em tempo real durante julgamento de Bolsonaro no STF

Donald Trump e Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/Secom

O governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, deve acompanhar em tempo real o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), que começa na próxima terça-feira (2). Fontes da Casa Branca informaram que há uma lista de possíveis medidas de retaliação, incluindo novas sanções financeiras e restrições comerciais contra o Brasil, que poderiam ser acionadas conforme o andamento das sessões. As informações são do UOL.

Entre as opções discutidas em Washington estão novas rodadas de cassação de vistos a autoridades brasileiras, sanções adicionais contra ministros do STF e até a revisão da lista de produtos brasileiros isentos do tarifaço de 50% em vigor desde o início de agosto. A iniciativa reforça o alinhamento de Trump com Bolsonaro, a quem o presidente norte-americano já chamou publicamente de “homem honesto” e de alvo de uma “caça às bruxas”.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista político Paulo Figueiredo viajarão a Washington durante o julgamento. Eles afirmam que irão abastecer a Casa Branca com informações sobre o processo e têm defendido sanções ao Brasil como forma de pressionar por uma anistia ao ex-presidente e seus aliados. A atuação da dupla já foi associada ao tarifaço e a restrições diplomáticas recentes.

Jason Miller, Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução
Jason Miller, ex-estrategista de Trump e aliado próximo de Eduardo, também vem reforçando a narrativa de perseguição. Em um podcast recente, Miller lembrou ter sido detido por ordem do ministro Alexandre de Moraes em 2021 e criticou o papel do magistrado no julgamento. Apesar de não ocupar cargo oficial, ele segue sendo uma das vozes mais influentes do trumpismo.

Para Washington, fortalecer a família Bolsonaro seria estratégico de olho nas eleições presidenciais de 2026 no Brasil. Eduardo Bolsonaro tem sido tratado como herdeiro político do movimento bolsonarista, em detrimento de nomes alternativos da direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Empresários próximos à Casa Branca também veem Eduardo como a aposta para manter o alinhamento com Trump.

O governo Lula acompanha com cautela a escalada da crise bilateral. Diplomatas brasileiros avaliam que não há margem para negociar em torno do julgamento, dado o princípio da independência do Judiciário, mas trabalham para mitigar eventuais impactos de novas sanções. A preocupação em Brasília é com a imprevisibilidade de Trump, que pode adotar medidas de impacto imediato sobre a economia e as relações diplomáticas.

Fonte: DCM com informações do UOL

Governo autua igreja de Silas Malafaia por falta de depósito de FGTS a mais de 400 funcionários

O MTE também identificou outras irregularidades trabalhistas

                              O pastor Silas Malafaia (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) multou a igreja do pastor Silas Malafaia após identificar que a Assembleia de Deus Vitória em Cristo não depositou mensalmente o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para 423 funcionários. O auto de infração foi aplicado em abril deste ano sobre a igreja, que fica no município do Rio de Janeiro.

De acordo com informações publicadas neste domingo (31) pelo jornal Metropoles, o MTE identificou outras irregularidades trabalhistas. Uma delas é que 91 trabalhadores não receberam, em depósito, o pagamento da multa de 40% do FGTS nos casos de demissão sem justa causa, que acontece quando o empregador, no caso a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, é o responsável pela rescisão do contrato de trabalho.

Ainda segundo o Metropoles, Malafaia pagou as multas administrativas e os três autos de infração foram arquivados. “Só porque atrasei um mês, eles vieram atrás de mim. Um mês! Querendo dar multa, coisa e tal. Ai, meu Deus do Céu me ajuda!”, disse.

“Nós parcelamos, conforme a lei permite, com algum atraso o FGTS. Está tudo parcelado. Teve uma multa de R$ 66 mil que era legítima e nós pagamos. Teve um Notificação de Débito de R$ 1.576.000,00, que entendemos não ser legítima e está sendo rebatida pelo escritório [de advocacia]”, escreveu.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

STF mantém anulação de provas da Lava Jato contra Paulo Bernardo

Decisão reforça tese de Dias Toffoli sobre quebra de imparcialidade do então juiz Sergio Moro

        Ex-ministro Paulo Bernardo (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)


A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou na sexta-feira (30) a decisão do ministro Dias Toffoli que anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra o ex-ministro Paulo Bernardo. O julgamento ocorreu no plenário virtual da Corte e consolidou a anulação das provas obtidas contra o ex-integrante dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Segundo o jornal O Globo, a decisão foi acompanhada pelos ministros Gilmar Mendes e Kassio Nunes Marques, que seguiram o relator, Dias Toffoli. Já Edson Fachin e André Mendonça votaram em sentido contrário. Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento entre 2005 e 2010, durante os dois primeiros mandatos de Lula, e chefiou o Ministério das Comunicações de 2011 a 2014, no governo de Dilma Rousseff.

O ex-ministro foi alvo da Lava Jato por suspeitas ligadas à gestão do crédito consignado de servidores federais. O caso tramitava na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo e estava relacionado às operações Pixuleco 1 e Pixuleco 2. Em junho deste ano, Dias Toffoli estendeu a Paulo Bernardo os efeitos de uma decisão anterior que já havia anulado provas contra um advogado réu no mesmo processo.

O ministro argumentou que houve um "acerto prévio entre acusação e juiz", configurando quebra de imparcialidade por parte do então magistrado Sergio Moro. Essa mesma linha de raciocínio já havia fundamentado outras decisões recentes do STF em processos relacionados à Lava Jato.

Em trecho destacado por Toffoli, a defesa de Bernardo sustentou que “o acerto prévio entre acusação e juiz, com verdadeiro jogo de cena na decretação de buscas e apreensões e prisões temporárias 30 minutos após protocolo, é circunstância objetiva, plenamente comunicável e extensível ao Peticionário (Paulo Bernardo)”.

Apesar da maioria formada, houve divergência. O ministro Edson Fachin, em voto vencido, criticou a extensão automática da anulação. Para ele, a decisão pode acabar atingindo provas que não teriam relação com os diálogos revelados entre Sergio Moro e procuradores da operação.

"Torna-se nítida, desse modo, a necessidade de se avaliar, com a devida precaução e, caso a caso, no juízo competente, o alcance concreto e específico dos procedimentos criminais atingidos por eventual nulidade suscitada pela defesa, levando-se em consideração a existência de elementos autônomos, como aqueles advindos de acordo de colaboração premiada", afirmou Fachin em seu voto, de acordo com a reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PF: condenado por tráfico movimentou R$ 1 bilhão em combustíveis do PCC

Daniel Dias Lopes teve a prisão preventiva decretada e encontra-se foragido

      Daniel Dias Lopes (Foto: Agência Brasil I Reprodução)

Condenado a 9 anos, 8 meses e 12 dias por tráfico internacional de drogas, e procurado pela Interpol, Daniel Dias Lopes, 45 anos, movimentou R$ 982 milhões em três empresas que abasteciam postos de combustíveis ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraná e em São Paulo. Ele, que teve a prisão preventiva decretada, foi alvo nas operações Tank, deflagrada pela Polícia Federal, e na Carbono Oculto, desencadeada na semana passada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Estado de São Paulo.

De acordo com informações publicadas neste domingo (31) pela coluna de Josmar Jozino, no Portal Uol, Lopes foi preso em 19 de novembro de 2014 sob acusação de ser o dono de uma tonelada de cafeína apreendida por policiais militares com dois traficantes de drogas ligadas ao PCC na Rodovia dos Bandeirantes, em Vinhedo (SP). Em depoimento, ele admitiu que usaria o material para misturar com cocaína.

Segundo investigadores, Lopes ficou recolhido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Hortolândia. Em 11 de fevereiro de 2016 foi transferido para a Penitenciária de Piraquara, no Paraná, um dos redutos do PCC naquele estado. Em 6 de setembro de 2018, foi solto após cumprimento da pena.

Empresas formuladoras de combustíveis ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) importaram cerca de R$ 10 bilhões em nafta, hidrocarbonetos e diesel, segundo informações divulgadas pela Receita Federal e pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A investigação aponta que o dinheiro utilizado nessas operações tinha origem ilegal e abastecia diretamente as atividades da facção criminosa.

De acordo com a Receita, entre 2020 e 2024, as empresas envolvidas também praticaram sonegação fiscal que soma R$ 8,67 bilhões. Os participantes do esquema adulteravam os combustíveis que chegavam aos postos de abastecimento, ampliando o alcance da fraude. O órgão revelou ainda que aproximadamente 1.000 postos de combustíveis vinculados ao grupo movimentaram R$ 52 bilhões nesse período.

O Tribunal de Justiça de São Paulo ressaltou em decisão que a Polícia Federal identificou “o desvio de mais de 10 milhões de litros de metanol para o emprego irregular em postos de combustíveis, havendo indícios de participação e chancela de distribuidoras de combustíveis”. Esses elementos reforçam o esquema estruturado pelo PCC, que combinava fraude tributária, adulteração de produtos e uso de recursos ilícitos para ampliar sua rede de influência no setor.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal UOL

Ministros do STF terão sessão de meditação na véspera do julgamento de Bolsonaro


Sessão virtual busca reduzir estresse de ministros antes de julgamento sobre tentativa de golpe

Primeira Turma do STF - 06/05/2025 (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Na véspera do início de um dos julgamentos mais aguardados do ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) oferecerá uma sessão de meditação online aos ministros da Corte. Segundo a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, a prática será realizada nesta segunda-feira (1), poucas horas antes de o tribunal começar a analisar o processo contra Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados pela suposta trama golpista.

De acordo com a reportagem, a atividade faz parte do programa “Meditação no STF”, promovido semanalmente pela Secretaria de Saúde do Supremo. A iniciativa busca melhorar a saúde mental e reduzir o estresse de magistrados, servidores, terceirizados e estagiários. O método aplicado é a meditação Raja Yoga, uma técnica que dispensa rituais, pode ser feita com os olhos abertos e em qualquer ambiente. A dinâmica, realizada por videoconferência, dura cerca de 30 minutos e é voltada também a iniciantes.

A Primeira Turma do STF dará início nesta terça-feira (2) à análise do chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe, conforme classificado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). As sessões devem se estender por cinco dias ao longo de duas semanas, com segurança reforçada no prédio da Corte.

Além de Jair Bolsonaro, que atualmente cumpre prisão domiciliar em outra investigação, estão entre os réus nomes de peso da antiga cúpula do governo, como o general e ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Walter Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e general Augusto Heleno, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Também respondem ao processo o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Defesa e também general Paulo Sérgio Nogueira e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator.

Os oito acusados enfrentam cinco imputações criminais: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

A PGR pede a condenação de Bolsonaro por todos os crimes listados, que somados podem resultar em até 43 anos de prisão. Paralelamente, o ex-mandatário e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram indiciados pela Polícia Federal em outra investigação, que apura suposta coação no contexto da trama golpista.

Fonte: Brasil 247 com informações da Coluna Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo

CPMI do INSS ouve advogado Eli Cohen nesta segunda


Carlos Viana preside a CPMI do INSS, que tem Alfredo Gaspar como relator - Andressa Anholete/Agência Senado

A CPMI do INSS marcou para esta segunda-feira (1º), às 16h, a oitiva do advogado Eli Cohen, considerado peça-chave nas investigações sobre fraudes em descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas. A convocação já havia sido aprovada pelo colegiado a partir de requerimentos apresentados por parlamentares de diferentes partidos.

◉ Advogado ajudou a revelar fraudes
Cohen é apontado como responsável por reunir provas e conduzir investigações que revelaram o alcance do esquema de filiações forjadas e cobranças ilegais sobre benefícios do INSS.

Em sua atuação, o advogado reuniu documentos, registros eletrônicos e comunicações empresariais que indicam o uso irregular de dados pessoais de segurados e a participação de entidades e empresas privadas no esquema.

◉ Requerimentos aprovados
A decisão de ouvi-lo foi respaldada por três determinações de convocações: do deputado Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPMI, e dos senadores Rogerio Marinho (PL-RN) e Fabiano Contarato (PT-ES), nos requerimentos 826, 811 e 883, respectivamente.

Os parlamentares ressaltaram a relevância do depoimento para detalhar a origem e a autenticidade das provas apresentadas, o modo de operação das entidades envolvidas e eventuais conexões com agentes públicos.

◉ Prazo
Instalada neste mês de agosto, a CPMI tem 180 dias para apurar os casos de descontos indevidos e já aprovou o plano de trabalho para ouvir gestores da Previdência Social que estiveram no cargo entre 2015 e 2025.

◉ Como participar
O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.

Fonte: Agência Senado