domingo, 7 de setembro de 2025

Bandeirão dos EUA vira símbolo de entreguismo em ato bolsonarista na Paulista


Ato bolsonarista na avenida Paulista tem bandeiraço dos EUA
Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

A avenida Paulista foi palco, neste domingo (7), de um ato bolsonarista em defesa da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro e do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). Organizado pelo pastor Silas Malafaia, o evento teve forte simbolismo, com apoiadores estendendo uma enorme bandeira dos Estados Unidos e exibindo cartazes de apoio a Donald Trump, que recentemente impôs um tarifaço de 50% contra o Brasil e aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. Mais entreguista impossível.

Entre os presentes, destaque para Michelle Bolsonaro, que foi ovacionada pelo público ao chegar segurando um boneco do marido e chorou ao subir no carro de som. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e lideranças como os deputados Luiz Lima, Hélio Lopes, Eduardo Pazuello e Clarissa Garotinho também marcaram presença. No discurso, Tarcísio afirmou que o julgamento no STF está “maculado” e defendeu a anistia como parte da tradição de reconciliação política do Brasil.

O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, negou que tenha havido tentativa de golpe em 2023, classificando os atos como “baderna generalizada”. Ainda assim, pediu punição para alguns envolvidos e anistia ampla para os demais, incluindo Bolsonaro. Durante sua fala, apoiadores gritaram “fora, Romário”, em referência ao senador criticado por não apoiar o impeachment de Moraes.

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, segura boneco do marido Jair Bolsonaro durante ato na avenida Paulista
Imagem: Adriana Negreiros/UOL


Esse foi o segundo grande ato sem a presença física de Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar por decisão do STF. No último, em agosto, ele participou por videochamada. Mesmo ausente, sua imagem esteve no centro do protesto, reforçada pelas falas de aliados e pelo coro de militantes que pediam “anistia já”.

Tarcísio também usou o ato para criticar diretamente o STF. Disse que condenações sem provas abrem uma “ferida que nunca vai fechar” e pediu a devolução do passaporte de Silas Malafaia, apreendido pela Polícia Federal em operação recente. O governador, apontado como possível candidato à presidência em 2026, reforçou que só Bolsonaro é o líder da direita, numa tentativa de equilibrar seu protagonismo com a lealdade ao ex-presidente.

Enquanto isso, em Brasília, o desfile oficial do 7 de Setembro foi marcado pelo mote “Brasil Soberano”, em contraposição à narrativa bolsonarista. O julgamento da trama golpista será retomado na terça-feira (9), com voto inicial do relator Alexandre de Moraes, seguido dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A decisão final deve sair até sexta-feira (12), definindo o futuro político de Bolsonaro e de outros sete réus do núcleo central.

Fonte: DCM

Michelle ataca STF às lágrimas e ecoa discurso de anistia para golpistas

Michelle Bolsonaro em ato bolsonarista. Foto: Reprodução

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro transformou a avenida Paulista em palanque político neste 7 de Setembro. Em lágrimas, afirmou que Jair Bolsonaro “não vai desistir”, ignorando o fato de que o marido está inelegível até 2030 por abuso de poder e uso indevido da máquina pública. O ato, marcado por pedidos de anistia a golpistas e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), reforçou a estratégia de vitimização que mantém a base bolsonarista mobilizada.

Michelle buscou se apresentar como cuidadora e guardiã de Bolsonaro, mas seu discurso foi além do emocional. Ela acusou ministros do STF de agirem como “tiranos” e descreveu o Brasil como vivendo sob uma “ditadura judicial”. Ao ecoar narrativas sem provas sobre perseguição política e supostos maus-tratos a presos do 8 de janeiro, a ex-primeira-dama repetiu a retórica de deslegitimação das instituições.

O momento não é apenas de apoio pessoal: Michelle também ensaia seu papel como peça-chave no tabuleiro eleitoral de 2026. A direita discute se ela deve ser vice de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou até mesmo cabeça de chapa presidencial. Em ambos os cenários, seu sobrenome e apelo religioso são vistos como trunfos para manter vivo o capital político do bolsonarismo.

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, segura boneco do marido Jair Bolsonaro durante ato na avenida Paulista
Imagem: Adriana Negreiros/UOL


Aos prantos, Michelle disse que Bolsonaro é “o maior líder da direita do país”. A frase serve como recado aos aliados que flertam com alternativas, mas ignora que o ex-presidente se tornou inelegível justamente por atentar contra a democracia. O discurso reforça o paradoxo do bolsonarismo: proclamar defesa da liberdade enquanto prega anistia para quem tentou derrubar o Estado de Direito.

O ato também escancarou a fragilidade do campo bolsonarista. Sem Bolsonaro em cima do trio elétrico, coube à esposa segurar o microfone e encarnar o papel de líder resistente. A encenação de lágrimas e fé reforça o apelo emocional da narrativa, mas não altera o fato de que a Justiça avança contra o ex-presidente. A aposta no vitimismo pode mobilizar seguidores, mas não reescreve os crimes cometidos.

A presença de Michelle na Paulista, incerta até a véspera, acabou se tornando símbolo do esforço de manter o bolsonarismo vivo mesmo sem Bolsonaro. O problema é que esse projeto depende cada vez mais de negar a realidade e de confrontar instituições, em vez de oferecer alternativas concretas ao país. O 7 de Setembro bolsonarista foi, mais uma vez, menos sobre independência e mais sobre a tentativa de blindar um líder condenado.

Fonte: DCM

Malafaia diz que é um "perseguido religioso" e tenta justificar palavrões em conversas com Bolsonaro

O empresário da fé é investigado pelo STF, mas alegou perseguição política e criticou apreensão de seu passaporte e celular

     Silas Malafaia (Foto: Reprodução (Redes Sociais))

O empresário e pastor Silas Malafaia voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a manifestação bolsonarista realizada neste sábado (7), na Avenida Paulista, em São Paulo.

Malafaia demonstrou que sabia que suas falas poderiam ser alvo de investigação, mas se apresentou como “perseguido político e religioso”.

“Eu achei que estava demorando muito a chegar a minha vez, aí ele [Moraes] me incluiu numa investigação. É crime dar opinião? É crime dar conselho? É crime influenciar? Nós somos seres sociais. Todos nós somos hoje influenciados e influenciadores”, declarou o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

Organizador do ato em São Paulo e um dos mais próximos aliados de Jair Bolsonaro, Malafaia foi incluído em agosto no inquérito que apura tentativas de obstrução da Justiça no caso da trama golpista investigada pelo STF. Ao retornar de viagem a Portugal, teve passaporte e celular apreendidos pela Polícia Federal, medida que classificou como um ataque à sua fé.

“Há quatro anos, em mais de 50 vídeos, em todas as manifestações, eu venho denunciando os crimes do ditador da toga Alexandre de Moraes”, afirmou.

Durante o discurso, o pastor também direcionou críticas ao presidente da República: “O verdadeiro traidor da pátria é o Lula”, disse, reforçando o alinhamento com o discurso bolsonarista contra o atual governo.

Sobre as conversas com Bolsonaro no WhatsApp , ele declarou que é “melhor falar coisa indevida do que destruir a democracia brasileira”. Isso para justificar os xingamentos e palavrões que, segundo ele, foram vazados para macular a sua imagem.

Investigações da Polícia Federal

De acordo com a Polícia Federal, Malafaia teria atuado em conjunto com outros investigados “na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas, bem como no direcionamento de ações coordenadas”. Segundo os investigadores, o objetivo seria “coagir os membros da cúpula do Poder Judiciário, de modo a impedir que eventuais ações jurisdicionais proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal possam contrapor os interesses ilícitos do grupo criminoso”.

O inquérito também revelou mensagens trocadas entre Malafaia e Jair Bolsonaro. Em uma delas, datada de 11 de julho, o pastor atacou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, após declarações sobre política externa brasileira. “Esse seu filho Eduardo é um babaca”, escreveu, em referência à repercussão da sobretaxa de 50% aplicada ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo Malafaia, a postura de Eduardo “dava a Lula e à esquerda o discurso nacionalista, e ao mesmo tempo te ferrando”. Ele prosseguiu: “Um estúpido de marca maior. ESTOU INDIGNADO! Só não faço um vídeo e arrebento com ele porque por consideração a você. Não sei se vou ter paciência de ficar calado se esse idiota falar mais alguma asneira”.

Fonte: Brasil 247

Vestindo uma camisa com a bandeira de Israel, Hélio Negão diz que Bolsonaro é candidato: "não tem plano b"

Deputado disse que há uma “grande conspiração” para impedir o ex-presidente de disputar as eleições de 2026

(Foto: Reprodução)

O deputado federal Hélio Negão (PL-RJ), um dos principais aliados de Jair Bolsonaro, participou neste domingo (7) das manifestações pró-anistia no Dia da Independência. Vestindo uma camisa estampada com a bandeira de Israel, o parlamentar fez um discurso em defesa de Bolsonaro e reiterou que ele será candidato nas eleições de 2026.

“Jair Messias Bolsonaro é o candidato para 2026. Não tem plano A, não tem plano B, não tem plano nenhum”, afirmou Hélio Negão.

O deputado ainda acusou uma articulação contra o ex-presidente: “Existe uma grande conspiração para tirar do meu irmão Jair Bolsonaro o direito de concorrer”.

Em seguida, defendeu a aprovação de um perdão amplo aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro: “Por isso eu defendo anistia geral, não tem jeitinho. Se depender de mim, não tem jeitinho. O meu voto é pra anistia geral”.

Fonte: Brasil 247

Tarcísio chama Moraes de tirano e pressiona Motta para liberar anistia

Governador usou termos como “tirano”, "ditadura de um poder sobre outro” ao citar o STF durante fala na Paulista

      Tarcísio de Freitas (Foto: Reprodução Youtube)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu em discurso durante ato da extrema-direita na Paulista neste domingo (7) a anistia aos extremistas que tentaram dar um golpe de estado no país no 8 de janeiro, além a defesa que Jair Bolsonaro dispute o pleito eleitoral de 2026. O ex-presidente está inelegível para disputar eleições após sentença do TSE.

Tarcísio não poupou ataques ao STF. Ao citar Alexandre de Moraes, ele usou termos como “tirano”, "ditadura de um poder sobre outro”, e disse que o Brasil “em breve terá os seus presos políticos soltos após a anistia”.

Além disso, ele defendeu durante várias passagens do seu discurso que Hugo Motta aceite a tramitação do PL da anistia.

Tarcísio também usou parte de sua fala exigindo que o passaporte do empresário evangélico Silas Malafaia seja devolvido, além cadernos pessoais apreendidos pela PF (Polícia Federal).

Fonte: Brasil 247

Gleisi Hoffmann: “Bolsonarismo envergonha o Brasil ao carregar bandeira dos EUA no dia da Independência"

Ministra das Relações Institucionais afirmou que a atitude é um “insulto à Pátria” e destacou que a verdadeira luta é pela soberania do povo brasileiro

      Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira / SRI)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, usou suas redes sociais neste domingo (7) para criticar a postura de apoiadores de Jair Bolsonaro durante os atos pela defesa da anistia.

Em postagem nas redes sociais, Gleisi destacou a incoerência dos manifestantes que, em vez de exaltarem o Brasil no Dia da Independência, pediram anistia a Bolsonaro empunhando bandeiras dos Estados Unidos.

“Essa é a nossa diferença com os bolsonaristas: batemos continência para a bandeira brasileira. Exaltamos a bandeira do Brasil, do povo brasileiro. Em pleno 7 de setembro os partidários de Jair Bolsonaro carregam, em manifestação por anistia, a bandeira dos EUA, que está impondo um tarifaço e sanções ao Brasil. Fazem qualquer coisa pra livrar Bolsonaro das penas que há de merecer. A nossa luta é pelo Brasil, do lado do povo brasileiro”, escreveu Gleisi.

A ministra reforçou o simbolismo da data e classificou como um desrespeito o gesto dos bolsonaristas: “Isso é um insulto a Pátria, hoje é dia dia de comemorar a nossa soberania, autonomia e independência! Verdadeiros patriotas dizem não a qualquer tipo de tutela ou interferência estrangeira!”.

Segundo Gleisi, a conduta da oposição coloca em segundo plano a bandeira nacional em um momento em que deveria ser exaltada: “Bandeira do Brasil ignorada, EUA exaltada. A incoerência é total, o bolsonarismo envergonha o Brasil. Que vergonha. A festa é para celebrar a independência do Brasil”.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaristas estendem bandeira gigantesca dos EUA na Avenida Paulista

Próximo ao Masp, os extremistas estenderam uma faixa gigantesca com a bandeira dos EUA em apoio às tarifas de 50% impostas por Donald Trump

     Ato extremista na paulista (Foto: Reprodução)

Manifestantes extremistas que apoiam Jair Bolsonaro (PL) e defendem a anistia aos golpistas envolvidos na tentativa de golpe de estado do dia 8 de janeiro de 2023 ocupam quarteirões da Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo.

Próximo ao Masp, os extremistas estenderam uma faixa gigantesca com a bandeira dos EUA em apoio às tarifas de 50% impostas por Donald Trump ao Brasil que penalizam a economia brasileira.


Fonte: Brasil 247

Nos 203 anos da Independência, desfile do 7 de Setembro celebra soberania do Brasil e reúne 45 mil em Brasília

Amparado pelos eixos Brasil dos Brasileiros, COP30 e Brasil do Futuro, evento cívico em Brasília teve participação do presidente Lula e outras autoridades

       Desfile do 7 de Setembro em Brasília-DF (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Sob o lema “Brasil Soberano”, o desfile cívico-militar deste 7 de Setembro reuniu cerca de 45 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, em Brasília-DF, de acordo com comunicado divulgado pelo Palácio do Planalto.

"O Desfile Cívico-Militar de 7 de Setembro foi realizado neste domingo, com público total estimado de 45 mil pessoas em toda a Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF)", diz o comunicado.

As celebrações contaram com a programação tradicional das tropas das Forças Armadas e duraram cerca de duas horas. O evento foi amparado por três eixos temáticos: Brasil dos Brasileiros, COP30 e Brasil do Futuro.

O desfile, que começou a partir das 9h, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de ministros e outras autoridades. A programação contou com: desfile motorizado; apresentação de "pirâmide humana"; desfile hipomóvel; apresentação da Esquadrilha da Fumaça; e honras militares.

Fonte: Brasil 247

"Grito dos excluídos": Manifestantes se reúnem em SP em defesa da soberania e contra anistia para golpistas

Mobilização na Praça da República, centro da capital, destacou soberania nacional, taxação dos super-ricos e sem anistia como principais bandeiras

São Paulo (SP), 07/09/2025 - Centrais sindicais e os movimentos populares que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam ato em defesa da soberania e da pauta da classe trabalhadora, na Praça da República (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Em São Paulo, movimentos sociais se reuniram neste domingo (7) na Praça da República, região central de São Paulo, para manifestação contra a possibilidade de anistia de envolvidos em tentativa de golpe em 8 de janeiro e em defesa da soberania nacional perante as agressões estadunidenses à nação. O evento também contou com a presença de lideranças sindicais e políticas.

De acordo com lideranças de esquerda, para além da soberania nacional, também está na pauta do ato na Praça da República a taxação dos super-ricos, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e a redução da jornada de trabalho sem redução salarial. As pautas não são novidade e permeiam atos de esquerda desde o início do ano.

Organizado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne o MST e o MTST, e por movimentos sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a expectativa é realizar atos semelhantes em ao menos 36 cidades em 23 estados e no Distrito Federal.

 

 

 

Fonte: Brasil 247

Gleisi reúne ministros no Planalto para acelerar projetos e barrar anistia a Bolsonaro

Governo aposta em isenção do IR e PEC da Segurança como prioridades, enquanto oposição pressiona pela anistia ligada à tentativa de golpe

     Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou para esta segunda-feira (8), às 10h, uma reunião com ministros no Palácio do Planalto para alinhar a estratégia política do governo no Congresso Nacional. A informação foi divulgada pelo Metrópoles.

Segundo interlocutores do Planalto, a pauta da reunião envolve dois movimentos paralelos: acelerar projetos considerados centrais para a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, ao mesmo tempo, conter a ofensiva da oposição em favor de uma anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a investigados pela tentativa de golpe de Estado.

Entre os projetos que o governo pretende priorizar estão a proposta que isenta do pagamento de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil — uma das principais promessas da campanha de Lula e considerada fundamental para sua estratégia de reeleição — e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reformula a segurança pública. A primeira já teve requerimento de urgência aprovado e aguarda votação em plenário na Câmara, sob relatoria do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A PEC, por sua vez, terá sua comissão especial instalada nesta terça-feira (9), com Mendonça Filho (União-PE) como relator e Aluisio Mendes (Republicanos-MA) como presidente do colegiado.

Durante o desfile de 7 de Setembro, Gleisi e outros ministros conversaram com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem resistido à pressão de bolsonaristas e de parte do Centrão para pautar a anistia. O governo, por sua vez, trabalha para fortalecer Motta e garantir que a proposta não avance, já que ela poderia livrar Bolsonaro de uma eventual condenação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nos bastidores, o tema ganhou força nas últimas semanas com a articulação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tenta costurar apoio do ex-presidente em sua própria corrida ao Palácio do Planalto em 2026.

Além do IR e da PEC da Segurança, a reunião de Gleisi com ministros também deve tratar do Orçamento de 2026. A avaliação no Planalto é que o avanço do calendário eleitoral pode dificultar a aprovação de propostas estratégicas para o governo, motivo pelo qual há pressa em votar as matérias ainda este ano.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

STF se une em defesa da democracia, mas indica votos com divergências sobre penas a golpistas


Alexandre de Moraes, ministro do STF – Foto: Reprodução

Na próxima terça-feira (9), o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, com os ministros da Primeira Turma já dando sinais de como devem se posicionar. Com informações do Globo.

O relator, Alexandre de Moraes, será o primeiro a votar e deve apresentar uma manifestação dura contra a “impunidade” em tentativas de golpe de Estado – sua trajetória à frente de investigações como o 8 de Janeiro o colocou como figura central na defesa da democracia, e a expectativa é de um voto histórico.

As penas já aplicadas por Moraes em casos relacionados ao 8 de Janeiro chegaram a 17 anos de prisão, e a tendência é de que ele proponha condenações ainda mais pesadas para acusados de liderar a conspiração. Para o ministro, as punições precisam ser “exemplares” para evitar novas ameaças às instituições.

Bolsonaro e ex-ministros em interrogatório sobre a trama golpista: expectativa de advogados de defesa é de divergência em voto de Fux – Foto: Gustavo Moreno/STF

Essa linha deve ser acompanhada por Flávio Dino e Cármen Lúcia, que têm mantido alinhamento com o relator em decisões anteriores, reforçando o entendimento de que “golpe de Estado mata”.

Dino, que será o segundo a votar, tem adotado discursos enfáticos contra ataques antidemocráticos. Em maio, ao aceitar denúncia contra Bolsonaro e aliados, afirmou que minimizar um golpe por falta de mortos é uma desonra à memória nacional.

Já Luiz Fux, terceiro voto, deve trazer as primeiras divergências. Embora acompanhe condenações, ele tem discordado sobre a fixação das penas e a validade da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Fux defende que os réus sejam condenados apenas por tentativa de golpe de Estado, sem acumular outros crimes, o que reduziria as penas. Também já questionou a voluntariedade do acordo de colaboração de Cid, demonstrando cautela em validar o instrumento.

O último voto será de Cristiano Zanin, presidente da Turma. Embora acompanhe Moraes nas condenações, diverge na dosimetria das penas, aplicando sempre alguns anos a menos.

Para o magistrado, fatores como “personalidade” e “conduta social” não são suficientemente demonstrados nos autos, o que reduz a gravidade considerada em suas decisões.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Globo fracassa e perde para CazéTV em primeira disputa direta de transmissão


Equipe do Cazé TV na transmissão de Los Angeles Chargers e Kansas City Chiefs. Foto: Reprodução/YouTube.

Na última sexta-feira (05), a GE TV, novo canal de streaming do Grupo Globo, estreou com uma transmissão da NFL que ocorreu na Neo Química Arena, em São Paulo. O jogo mostrou os Los Angeles Chargers vencendo o Kansas City Chiefs e marcou o primeiro confronto direto do canal com a CazéTV.

A CazéTV, referência no YouTube há quase três anos, alcançou 9,3 milhões de visualizações da partida até o sábado, enquanto a GE TV registrou 1,3 milhão de acessos. Esses números incluem visualizações após o encerramento do “ao vivo”.

A disputa entre os canais envolve não só audiência, mas também alcance nas plataformas. A GE TV soma 6,95 milhões de inscritos, herdados do canal do GE, enquanto a CazéTV mantém 22,2 milhões de seguidores. O canal da Globo também contratou narrador Everaldo Marques e comentarista Antony Curti para reforçar suas transmissões.

Além das transmissões da NFL, a rivalidade entre os canais se intensificou nas redes sociais. A CazéTV respondeu a ações da Globo com postagens irônicas, e ambos já se preparam para disputar, em breve, os direitos de transmissão da Libertadores gratuitamente online.

Fonte: DCM

Ao lado de ministros e Hugo Motta, Lula participa do desfile de 7 de Setembro sob o mote “Brasil Soberano”


Cerimônia na Esplanada dos Ministérios reuniu autoridades civis e militares, com discurso de valorização da soberania nacional

Lula participa do desfile de 7 de setembro (Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na manhã deste domingo (7), do desfile cívico-militar em celebração ao Dia da Independência, realizado em Brasília (DF). O chefe do Planalto chegou à Esplanada dos Ministérios no tradicional Rolls-Royce presidencial, cumprindo o protocolo da cerimônia, que contou com cerca de duas horas de duração. As informações são da CNN.

O evento, marcado pela presença de ministros de Estado, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), de integrantes do comando das Forças Armadas e do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi estruturado em torno do lema “Brasil Soberano”. A frase estava em destaque na tribuna de honra e também estampava bonés distribuídos ao público pelo governo federal.

A gestão Lula buscou enfatizar valores de patriotismo e defesa da nação. Além da soberania nacional, o desfile trouxe outros dois eixos temáticos: a preparação para a COP30, que será sediada em Belém em 2025, e o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A escolha do mote “Brasil Soberano” ocorre em um momento de embates diplomáticos e políticos. O governo brasileiro reage ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos, sob a pressão de bolsonaristas que articulam com Trump o boicote ao próprio país, sob a premissa da liberdade aos golpistas envolvidos no 8J.

Entre as autoridades presentes no palanque estavam a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança Climática), o ministro Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Camilo Santana (Educação), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), José Múcio Monteiro (Defesa), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Margareth Menezes (Cultura), entre outros.

Além do desfile em Brasília, governadores também acompanharam as celebrações em seus estados, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, e Ricardo Nunes (MDB), prefeito da capital paulista, ambos presentes no evento local.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Câmara ouvirá hacker Delgatti em processo que pode cassar Zambelli nesta semana

O hacker Walter Delgatti Neto e a deputada Carla Zambelli. Foto: Reprodução/ Instagram

O hacker Walter Delgatti Neto depõe à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (10). Ele é testemunha no processo que pode levar à cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

Zambelli, condenada a dez anos de prisão por invasão de sistemas e adulteração de documentos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está atualmente presa na Itália. Ela havia fugido do Brasil em junho, passando pelos Estados Unidos antes de chegar ao país europeu, e aguarda decisão da Justiça italiana sobre sua extradição.

A Câmara analisa o pedido de cassação enquanto a defesa da parlamentar busca apresentar provas que contestem as acusações. Entre elas, está o depoimento de Delgatti Neto, condenado na mesma ação que envolve Zambelli, considerado essencial pelos advogados da deputada.

O ex- ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, no Senado Federal. Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

Os defensores argumentam que o testemunho do hacker precisa ser formalmente ouvido. Eles destacam que sua credibilidade já foi questionada pela Polícia Federal, que chegou a classificá-lo como mitômano em investigações relacionadas.

Além de Delgatti Neto, Michel Spiero, ex-assistente técnico da deputada, também prestará depoimento à comissão na quarta-feira. A defesa pediu ainda que a própria deputada, o delegado Flávio Vieitez Reis e o policial federal Felipe Monteiro de Andrade sejam ouvidos.

Os dois últimos participaram do inquérito que investigou Zambelli. Outro depoimento solicitado é do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, que enfrenta julgamento no STF por suposta tentativa de golpe de Estado.

Após os depoimentos, o relator do processo, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), apresentará um parecer sobre a cassação ou manutenção do mandato de Zambelli. A decisão final dependerá de votação no plenário da Câmara, e para que o mandato da deputada seja cassado, são necessários pelo menos 257 votos favoráveis.

Fonte: DCM

Xi Jinping confirma participação em reunião virtual do BRICS convocada por Lula

Encontro ocorrerá nesta segunda e reforça papel do Brasil na articulação do bloco

        Lula e Xi Jinping em Pequim - 13/05/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente da China, Xi Jinping, confirmou que participará da reunião de líderes do BRICS por videoconferência nesta segunda-feira (8). A informação foi divulgada pelo Global Times, que destacou a importância da presença do líder chinês na cúpula virtual convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a publicação chinesa, Xi se conectará ao encontro para debater estratégias de aprofundamento da cooperação entre os países do bloco, em um cenário internacional marcado por tensões geopolíticas e pela busca de maior equilíbrio nas relações globais.

◎ Brasil no centro da articulação

A reunião desta segunda-feira foi convocada por Lula, que tem se empenhado em reposicionar o Brasil como um ator relevante no cenário internacional. O presidente brasileiro aposta no fortalecimento do BRICS como instrumento de promoção de um mundo multipolar, menos dependente das potências ocidentais e mais aberto à cooperação entre países do Sul Global.

O Brasil, que ocupa papel de destaque no grupo, busca ampliar iniciativas conjuntas em áreas como comércio, investimentos, transição energética e cooperação tecnológica. A convocação feita por Lula é vista como uma demonstração de liderança diplomática, colocando o país no centro da articulação das principais economias emergentes.

◎ A importância da presença de Xi

A participação de Xi Jinping reforça a prioridade que a China dá ao BRICS como espaço de diálogo estratégico. O líder chinês tem defendido repetidamente que o bloco é essencial para “promover um desenvolvimento mais equilibrado, justo e inclusivo” na ordem mundial.

Sua presença, ainda que virtual, dá continuidade à tradição de engajamento chinês nas reuniões do grupo desde que Xi assumiu a presidência em 2013. Para Pequim, o BRICS representa não apenas uma plataforma econômica, mas também um fórum político capaz de contrabalançar a influência das instituições dominadas pelo Ocidente.

◎ Expectativas para a cúpula

Além da cooperação econômica, a reunião deve tratar de temas como investimentos em infraestrutura, segurança energética e expansão do comércio entre os membros. Também há expectativa de que Lula aproveite a ocasião para reforçar a defesa de uma governança global mais democrática e inclusiva.

O encontro virtual entre os líderes do BRICS acontece em um momento em que o grupo ganha peso crescente no cenário mundial, tanto pelo dinamismo de suas economias quanto pelo protagonismo político de seus integrantes.

Fonte: Brasil 247