sábado, 6 de setembro de 2025

Por que esposa de Neymar foi a jogo da NFL, no estádio do Corinthians, de máscara


Bruna Biancardi, esposa de Neymar, foi a jogo da NFL de máscara. Foto: reprodução

A influenciadora Bruna Biancardi, esposa de Neymar, surpreendeu ao aparecer de máscara no jogo da NFL na Neo Química Arena, em São Paulo, na sexta-feira (5). Nas redes sociais, ela explicou que o acessório foi necessário devido a uma infecção no lábio causada por espremer uma espinha.

“Tudo começou com uma simples espinha que eu quis espremer… E infeccionou, inchou muito e virou uma ‘celulite facial'”, explicou Bruna. Ela acrescentou: “hoje é o segundo dia as fotos são horríveis, desculpa kkk mas é pra avisar pra vocês NUNCA MAIS ESPREMEREM UMA FUCKING ESPINHAAAA”.

A influenciadora tranquilizou os seguidores sobre seu estado de saúde: “isso não é viral, não é transmissível nem nada do tipo, mas não queria sair nas fotos parecendo que tinha sido picada por uma abelha de um lado só”. O evento contou com a presença de celebridades como Neymar, Gabriel Medina, Rayssa Leal e Luciano Huck.

O jogo entre Los Angeles Chargers e Kansas City Chiefs marcou a primeira rodada da temporada da NFL no Brasil, com shows de Ana Castela e Karol G. Bruna optou pela máscara por motivos estéticos, já que a infecção não era contagiosa.

Fonte: DCM

Zanin aceita pedido de Moraes e marca duas sessões extras para julgamento de Bolsonaro


Cristiano Zanin, presidente da primeira turma do STF. Foto: Carlos Moura/STF

A pedido do ministro Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, presidente da 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou mais duas sessões do colegiado para o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados no caso de tentativa de golpe de Estado. O pedido do relator ocorreu nesta sexta-feira (5) e foi prontamente atendido por Zanin.

“SOLICITO ao Excelentíssimo Presidente da PRIMEIRA TURMA, Ministro CRISTIANO ZANIN, o agendamento de novas sessões complementares para a realização do julgamento, a serem realizadas na quinta-feira, dia 11/9/2025”, escreveu Moraes no documento. Com a nova agenda, haverá sessões na terça, quarta, quinta e sexta-feira destinadas ao caso.

Inicialmente, estavam previstas sessões apenas para terça (9), manhã e tarde; quarta (10), pela manhã; e sexta (12), nos dois turnos. Com o pedido, Moraes busca ampliar o tempo disponível para a análise do caso, considerado um dos mais relevantes da série de ações envolvendo o 8 de janeiro e a trama golpista.

O acréscimo de sessões indica que o relator avalia ser necessário mais tempo para leitura de votos e debates entre os ministros. Nesta semana, a Primeira Turma já havia realizado duas sessões de julgamento, nos dias 2 e 3 de setembro, com as falas iniciais das defesas dos acusados. O caso envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus.

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Luiz Silveira/STF

A partir da próxima terça, o colegiado vai iniciar a votação que pode condenar Bolsonaro e os demais acusados a mais de 30 anos de prisão. O julgamento teve início nesta semana, quando foi lido o relatório e realizadas as sustentações orais, tanto da acusação quanto das defesas.

Paralelamente, Moraes também abriu prazo para a apresentação de alegações finais referentes ao núcleo 2 da suposta trama golpista. A decisão coloca praticamente todos os grupos sob investigação na fase final do processo, com exceção do núcleo ligado diretamente ao ex-presidente, que já está em julgamento.

Com a determinação, a Procuradoria-Geral da República terá 15 dias para entregar suas alegações, podendo pedir condenação ou absolvição dos acusados. Em seguida, as defesas terão outros 15 dias para apresentar suas manifestações em resposta ao parecer do procurador-geral, Paulo Gonet.

Fonte: DCM

Confira a íntegra do projeto de anistia que livra até golpistas sem processo na Justiça

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

Um dos projetos de anistia defendido por aliados de Jair Bolsonaro (PL) prevê um perdão amplo e irrestrito para crimes cometidos contra a democracia. O texto inclui a exclusão de punição para atos contra o Estado Democrático de Direito, a soberania nacional, as instituições democráticas e o processo eleitoral, conforme a lei nº 2.868 de 2021.

A proposta é impulsionada pela ala mais radical dos bolsonaristas e inclui até mesmo pessoas que venham a ser investigadas por tentativa de golpe de Estado. A movimentação ganhou força na Câmara dos Deputados, em meio às discussões sobre os condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.

Segundo o blog da jornalista Andréia Sadi no g1, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que, caso a proposta avance no Legislativo e chegue à Corte, será considerada inconstitucional. O entendimento é de que a anistia fere os incisos 43 e 44 do artigo 5º da Constituição Federal.

O inciso 43 determina que crimes como tortura, terrorismo, tráfico de drogas e os considerados hediondos são inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia. Já o inciso 44 estabelece que a ação de grupos armados, civis ou militares, contra o Estado configura crime inafiançável e imprescritível, não passível de perdão.

O blog do jornalista Valdo Cruz destacou que, enquanto o Centrão e o PL articulam apoio na Câmara para aprovar a proposta, o cenário no Senado é menos favorável. A resistência já foi comunicada por lideranças de partidos de peso.

Dirigentes do MDB e do PSD informaram ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que não pretendem permitir a tramitação de um projeto de anistia. Eles também rejeitam a ideia de redução de penas para envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, mantendo posição firme contra medidas que beneficiem os condenados.

Confira a íntegra do documento:
Primeira página de um dos projetos de anistia na Câmara dos Deputados - Reprodução
Primeira página de um dos projetos de anistia na Câmara dos Deputados – Reprodução

 

Segunda página de um dos projetos de anistia na Câmara dos Deputados - Reprodução
Segunda página de um dos projetos de anistia na Câmara dos Deputados – Reprodução

 

Terceira página de um dos projetos de anistia na Câmara dos Deputados - ReproduçãoTerceira página de um dos projetos de anistia na Câmara dos Deputados – Reprodução


Fonte: DCM

Reclamações na Justiça sobre descontos do INSS aumentam em ritmo recorde




Dados enviados pelos tribunais ao STF mostram explosão de ações, enquanto acordo homologado por Toffoli prevê devolução direta dos valores

Dinheiro e fachada da Previdência Social (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

As ações judiciais contra descontos indevidos nas folhas de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS dispararam em 2024. Segundo dados dos Tribunais Regionais Federais enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), o número de processos aumentou 442% em comparação com o ano anterior. A informação foi divulgada pelo portal UOL, em reportagem da jornalista Natalia Portinari.

O crescimento das queixas ocorreu em meio a investigações já em andamento pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que apuram possíveis fraudes em consignados e outros débitos automáticos não autorizados. A enxurrada de ações levou o ministro Dias Toffoli, do STF, a suspender todos os processos sobre o tema até que houvesse uma solução mais ampla.

Em julho deste ano, Toffoli homologou um acordo que estabeleceu a devolução dos valores diretamente nas contas dos segurados lesados, sem necessidade de aguardar o desfecho judicial. Pelo ajuste, no entanto, o ressarcimento só é liberado para aqueles que renunciam às ações já protocoladas na Justiça.

A determinação busca reduzir a sobrecarga no Judiciário e acelerar a reparação financeira às vítimas, que em muitos casos enfrentavam demora nos processos. O tema segue sob monitoramento das autoridades, que investigam tanto a responsabilidade de instituições financeiras quanto possíveis falhas de fiscalização por parte do próprio INSS.

O aumento exponencial das reclamações expõe um problema estrutural: a vulnerabilidade de beneficiários a golpes e cobranças ilegais. Para especialistas, além do ressarcimento, será necessário reforçar mecanismos de controle e transparência, a fim de evitar novos prejuízos a aposentados e pensionistas.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Centrão rompe com Lula, fortalece Tarcísio e ameaça travar isenção do Imposto de Renda

PP e União Brasil deixam governo, aproximam-se de Tarcísio e podem priorizar anistia a bolsonaristas em vez de votar a isenção do IR
Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstram crescente preocupação com os movimentos do centrão em direção a uma candidatura única da direita para 2026. O temor é de que o fortalecimento do nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos) una parlamentares de centro e bolsonaristas em torno de uma agenda capaz de travar projetos centrais do Executivo. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo.

Entre os principais receios está a possível obstrução da proposta que isenta do pagamento de Imposto de Renda quem recebe até R$ 5.000. A medida, considerada vitrine social do governo, pode ficar em segundo plano caso a Câmara dos Deputados avance antes na votação da anistia a envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Nesta semana, Progressistas (PP) e União Brasil formalizaram o rompimento com o governo e determinaram que seus “detentores de mandato” entreguem os cargos que ocupam na Esplanada até 30 de setembro, sob pena de expulsão. O anúncio ocorreu em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), ampliando as tensões políticas em Brasília.

O impacto imediato já pôde ser sentido no Senado, quando parlamentares dessas siglas votaram contra a PEC que altera regras de pagamento de precatórios. Mesmo assim, o texto acabou aprovado pelo número mínimo de votos e liberou um gasto extra de R$ 12,4 bilhões em 2026.

No Palácio do Planalto, a avaliação é que a defesa da anistia tem potencial para se sobrepor a pautas de interesse popular. Para aliados de Lula, ao priorizar esse debate, o centrão ajuda a fortalecer a narrativa bolsonarista e cria um desgaste adicional à imagem do Congresso. “O governo tem um compromisso de defesa das instituições democráticas, do STF. O deputado que votar pela urgência estará optando pela saída do governo”, declarou o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ).

O próprio presidente Lula também tem intensificado críticas à proposta de anistia. Em encontro com lideranças em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (4), o petista afirmou: “Nós estamos vendo agora os falsos patriotas nos EUA pedindo intervenção do presidente Trump no Brasil. Os caras que fizeram campanha embrulhados na bandeira nacional, dizendo que eram patriotas, agora estão embrulhados na bandeira americana”.

Segundo Lula, o risco de aprovação da anistia exige mobilização popular. “O Congresso tem ajudado o governo, aprovou quase tudo que o governo queria, mas a extrema direita tem muita força ainda. Então é uma batalha que tem que ser feita também pelo povo”, disse.

Nos bastidores, auxiliares do Planalto acreditam que a crise pode ser revertida em narrativa política. A estratégia seria confrontar o centrão e os apoiadores de Tarcísio com a contradição de travarem uma medida popular —a isenção do IR para milhões de brasileiros— em nome da defesa de condenados por atos antidemocráticos.

No entanto, a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cresce. Articuladores governistas admitem que ele pode ceder e colocar a anistia em pauta ainda este ano. O esforço do governo, agora, é garantir que o projeto do IR seja votado antes, para preservar capital político e evitar que o tema seja soterrado por disputas eleitorais antecipadas.

No centrão, a estratégia é acelerar o debate da anistia em 2024, de modo a esvaziar o desgaste antes da campanha de 2026. A avaliação é que Tarcísio ou outro nome da direita chegue ao pleito sem precisar se justificar perante os eleitores por apoiar uma medida impopular em meio a um cenário de crise institucional.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Oposição apresenta projeto que concede anistia ampla e devolve elegibilidade a Bolsonaro

Proposta do PL e aliados inclui perdão a investigados em inquéritos do STF, mas enfrenta resistência no Senado e provável veto de Lula

      Zé Trovão (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Um projeto articulado pela oposição e parte do Centrão reacendeu o debate em Brasília ao propor uma anistia de alcance amplo, que não apenas devolveria a Jair Bolsonaro (PL) o direito de disputar eleições, mas também beneficiaria diversos parlamentares e ex-parlamentares investigados no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi revelada em reportagem publicada pelo O Globo.

De acordo com o texto em discussão, a medida perdoaria atos e declarações considerados ofensivos às instituições democráticas ou de incitação à animosidade política, incluindo publicações em redes sociais. O perdão teria validade para condutas ocorridas entre 14 de março de 2019, data de abertura do inquérito das fake news, e a entrada em vigor da lei.

A proposta abrange investigações ligadas às chamadas fake news, às milícias digitais e aos atos antidemocráticos — inquéritos que atingem diretamente a base bolsonarista. Esses procedimentos no STF miram desde ofensas e ameaças a ministros da Corte até a articulação de ataques virtuais coordenados e o financiamento de manifestações golpistas, como as de 7 de setembro de 2021 e os ataques de 8 de janeiro de 2023.

No Congresso, o PL e partidos aliados tratam o projeto como prioridade, defendendo que ele reestabeleça os direitos políticos de Bolsonaro e alivie a situação de outros investigados. Lideranças da oposição na Câmara dizem ter votos suficientes para aprovar a medida, mas partidos de centro, como PP, PSD e MDB, estão divididos. No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) já declarou ser contra a anistia, e interlocutores do governo afirmam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve vetar a proposta caso ela avance. Ministros do STF avaliam que dificilmente uma anistia tão abrangente resistiria ao crivo da Corte.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Eduardo Bolsonaro acumula ausências na Câmara e pode enfrentar processo de cassação

Deputado já soma 18 faltas não justificadas em 2025, vive nos Estados Unidos desde março e enviou ofício pedindo para votar à distância

Eduardo Bolsonaro participa remotamente em audiência da Câmara (Foto: Reprodução)

Morando nos Estados Unidos desde março, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não registrou presença ou voto em nenhuma sessão da Câmara dos Deputados desde o fim de sua licença de 122 dias, encerrada em 20 de julho. A informação foi publicada pelo jornal O Globo. O parlamentar não participou sequer das sessões em que a presença poderia ser registrada de forma remota.

Ao todo, Eduardo já acumula 18 ausências não justificadas neste ano legislativo. O número representa 56,25% dos dias de sessões deliberativas a que deveria comparecer desde o retorno da licença. Em suas redes sociais, o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro argumentou que está “sendo impedido de votar”, o que, segundo ele, seria “diferente de faltar”.

No período, a Câmara realizou 32 dias de votações. Eduardo esteve presente em apenas 13 sessões (40,62%) e apresentou uma falta justificada. A Constituição determina que parlamentares podem perder o mandato caso faltem a mais de um terço das sessões (33%) sem justificativa adequada. A decisão, no entanto, não é automática: depende da avaliação da Mesa Diretora da Casa, que costuma adotar interpretação flexível do regimento.

O advogado eleitoral Eduardo Damian lembra que o tema envolve margem para disputas internas. “Caso a Mesa declare a perda de mandato, o deputado é notificado, e é concedido o direito ao contraditório. Mas vale lembrar que os parlamentares podem ter uma interpretação mais flexível do regramento interno. A possibilidade de uma cassação não é uma questão tão objetiva”, avaliou.

◎ Resistência no Centrão

Enquanto aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro buscam construir uma saída política para evitar a perda de mandato de Eduardo, integrantes do Centrão têm resistido em apoiar a articulação. Bolsonaristas alegam que o deputado tentou participar das últimas sessões, mas teria encontrado o sistema bloqueado. Questionada por O Globo, a Câmara não confirmou se houve falha no acesso.

Na semana passada, Eduardo protocolou um ofício endereçado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitando o direito de votar mesmo em território estrangeiro. No documento, usou como argumento o modelo de sessões remotas implementado durante a pandemia de Covid-19.

◎ Declarações polêmicas

Desde que se mudou para os Estados Unidos, Eduardo tem concedido entrevistas nas quais afirma temer ser preso no Brasil por sua atuação contra o Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado também declarou que não pretende retornar ao país, mas que não renunciará ao mandato.

Hugo Motta, no entanto, já sinalizou não concordar com o pedido. Em entrevista à revista Veja em 11 de agosto, afirmou: “Cada parlamentar tem sua autonomia e sua liberdade para agir de acordo com o que ele acha ser importante. Eu não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do país, trabalhando muitas vezes para que medidas cheguem ao seu país de origem e tragam danos à economia do seu país. Isso não pode ser admitido”.

◎ Impasse adiado

Mesmo que Eduardo ultrapasse o limite de faltas permitido, ele não poderá ser cassado neste ano por esse motivo. O regimento interno da Câmara estabelece que o relatório de assiduidade só é avaliado a partir de 5 de março de cada ano, com base nas ausências registradas no período anterior.

Esse mecanismo já postergou decisões em outros casos. O ex-deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), por exemplo, ultrapassou o limite de ausências em 2024, mas só teve o mandato cassado em abril de 2025, meses após a conclusão do relatório técnico da Casa.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Governo intensifica ofensiva e promete barrar anistia a Bolsonaro e aliados

Lula endurece discurso, Gleisi articula contra votação no Congresso e ministros divergem sobre efeitos de eventual perdão a atos golpistas

       Gleisi Hoffmann e Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)


O Palácio do Planalto decidiu elevar o tom e transformar em prioridade a articulação política para impedir qualquer tentativa de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a seus aliados. Segundo reportagem do jornal O Globo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, deixaram claro que o governo usará todo o peso de sua base para barrar a proposta no Congresso. A avaliação de interlocutores próximos é de que, caso o texto avance, o veto presidencial será inevitável, o que exigiria maioria absoluta para ser derrubado.

Em entrevista ao SBT, Lula reforçou que não há espaço para conceder perdão a quem atentou contra a democracia. O petista foi direto ao mencionar Bolsonaro:
— Ele fica pedindo anistia como se já tivesse sido condenado, ou seja, nem ele acredita nele. Quem atenta contra o Estado Democrático de Direito tem que ser punido.

As declarações marcam uma escalada no discurso presidencial, um dia após Lula ter defendido que “o povo” se mobilize contra a pauta. Ao mesmo tempo, o governo articula nos bastidores para isolar os defensores da medida no Congresso, especialmente após o avanço do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe, que pode levar o ex-presidente a até 43 anos de prisão.

⊛ Lula chama opositores de “traidores da pátria”

A ofensiva do Planalto tem também dimensão simbólica. Nesta sexta-feira (6), Lula grava pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, no qual deve criticar os chamados “traidores da pátria”. A referência é direta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que defendeu sanções internacionais contra autoridades brasileiras em articulação com o governo Donald Trump.

Nos últimos dias, o presidente já havia utilizado a expressão para se referir ao parlamentar e ao próprio Jair Bolsonaro, em reunião ministerial. Segundo Lula, cabe ao Congresso reagir às investidas da oposição que, em sua visão, afrontam a soberania nacional.

⊛ Gleisi: “Não vamos descansar”

Em entrevista à GloboNews, a ministra Gleisi Hoffmann disse que o governo vai trabalhar para evitar que a proposta seja votada e alertou para o risco de retrocessos.
— Sequer estamos cogitando que esse projeto seja votado. Ainda tem o decreto de regime de urgência que deve ser analisado. Espero que a urgência seja derrotada, e nós vamos trabalhar para isso — afirmou.

A presidente do PT criticou ainda a movimentação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em apoio à anistia. Para Gleisi, a articulação é mais uma tentativa de consolidá-lo como candidato da direita em 2026:
— Realmente, é uma pessoa muito fraca, não vejo com condições de ser presidente do País.

⊛ Divergência na Defesa

Embora a maioria do governo tenha fechado posição contra a anistia, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, destoou. Ele afirmou não conhecer o projeto em detalhes, mas considerou a disputa política desgastante:
— Acho que essa queda de braço não favorece o país. Precisamos reconstruir a fraternidade.

⊛ Resistências jurídicas e políticas

A proposta de anistia enfrenta barreiras tanto no campo político quanto jurídico. Na Câmara, os defensores alegam já ter maioria simples para aprovar o texto, mas no Senado a oposição é minoritária, e o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) já avisou que não pautará o tema. Além disso, ministros do STF apontam que a medida é inconstitucional, lembrando que a Corte derrubou, em 2023, decreto de perdão concedido por Bolsonaro ao ex-deputado Daniel Silveira.

Para aprovar eventual derrubada do veto presidencial, seriam necessários 257 votos na Câmara e 41 no Senado, quórum considerado difícil de alcançar pela base governista.

O advogado Cristiano Maronna, diretor do Justa, lembra que cabe ao Judiciário a palavra final sobre a constitucionalidade da lei:
— Quem dá a última palavra sobre uma lei ser ou não compatível com a Constituição é o Judiciário, e não há no exercício desse controle qualquer invasão de um poder em outro, mas mera aplicação das regras previstas na Constituição Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Trama golpista: Condenação de Bolsonaro virá, mas também é preciso responsabilizar os financiadores, diz Lenir de Assis

Deputada federal se manifestou em suas redes sociais sobre o julgamento de Jair Bolsonaro e mais 7 réus na trama golpista

       Lenir de Assis (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Lenir de Assis (PT-PR) se manifestou sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 7 réus na trama golpista contra o Estado Democrático de Direito.

"Bolsonaro e sua corja no banco dos réus é a prova de que o povo pode derrotar os inimigos da democracia! Essa figura deplorável, que ocupou a presidência entre 2019 e 2022, é produto das elites que tiram os direitos da classe trabalhadora para manterem seus privilégios. A condenação deve vir. Com certeza virá!", previu.

Ela afirmou ainda que é preciso responsabilizar os financiadores e cúmplices do 8 de Janeiro.

"É preciso desmantelar as estruturas do fascismo para construirmos um Brasil justo e soberano", disse.

O julgamento do núcleo 1 da trama golpista foi iniciado na última semana, quando foram apresentadas as defesas dos réus, que negaram envolvimento em plano para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, e a sustentação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que pediu a condenação de todos os acusados.

Fonte: Brasil 247

Lula critica sobretaxa de Trump e diz que EUA terão de negociar com o Brasil


Presidente afirmou em entrevista que tarifa de 50% sobre produtos brasileiros prejudicará consumidores americanos e reforçou disposição ao diálogo

        Lula e Donald Trump (Foto: Reprodução | REUTERS/Jonathan Ernst)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (5), em entrevista ao SBT, que ainda não considera necessário telefonar para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a taxação de 50% aplicada contra produtos brasileiros. Segundo ele, não há interlocução aberta com Washington e o governo americano estaria adotando uma postura política em relação ao Brasil.

“Não, não passou da hora porque ele não quer conversar. Tenho [o vice-presidente Geraldo] Alckmin, o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad e [o ministro das Relações Exteriores] Mauro Vieira para conversar. Pergunte se alguém tem interlocutor [com os EUA]? Não tem. Os americanos estão tendo comportamento político com relação ao Brasil”, disse Lula durante a entrevista em Brasília.

Apesar das críticas, o presidente brasileiro reforçou estar disposto a negociar, caso os Estados Unidos manifestem interesse. “Se tem uma coisa que aprendi foi negociar, e negociar com magnatas. Então, no dia que Trump quiser negociar, ele tem um metalúrgico preparado para negociar (...) O Lula paz e amor está de volta.”

Lula também associou as medidas de Trump a um desrespeito à soberania nacional, após o governo americano condicionar qualquer negociação ao fim do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Cada um dá palpite no seu quintal, cuida do seu galinheiro, do nosso nós cuidamos”, criticou.

Na avaliação do petista, a política de sobretaxas pode atingir os próprios consumidores norte-americanos. “Se os Estados Unidos acham que seu presidente virou imperador e que ele pode ficar ditando regras para o mundo, eles vão ver o que pode acontecer. O que vai acontecer nos Estados Unidos é que o povo americano vai pagar mais caro os produtos que eles estão comprando da gente”, declarou.

Trump impôs a sobretaxa de 50% sobre o Brasil, com exceções em setores específicos, e aplicou sanções contra autoridades brasileiras. Entre elas, o ministro do STF Alexandre de Moraes foi incluído na chamada Lei Magnitsky, que restringe transações financeiras envolvendo empresas americanas. Tanto o Planalto quanto o STF rejeitam qualquer negociação que dependa da suspensão do julgamento de Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247

Polícia Militar reforça segurança com 2 mil agentes no desfile de 7 de Setembro em Brasília

PMDF terá tropa de prontidão e ações de inteligência para garantir tranquilidade durante o evento e evitar conflitos entre manifestantes

            Polícia Militar do Distrito Federal (Foto: Vinicius de Melo/Agência Brasília )

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) vai mobilizar dois mil agentes para reforçar o policiamento na Esplanada dos Ministérios, no próximo domingo (7), durante as celebrações do Dia da Independência. Além do efetivo presente nas ruas, a corporação manterá uma tropa aquartelada, ou seja, de prontidão para ser acionada em caso de necessidade. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.

O tradicional desfile cívico-militar de 7 de Setembro deve atrair milhares de pessoas à Esplanada. Para evitar que o reforço na segurança comprometa o patrulhamento cotidiano, a PMDF decidiu deslocar agentes que atuam em áreas administrativas para a linha de frente do evento. “Vamos empregar 2 mil PMs na Esplanada e, para não comprometer o policiamento nas regiões administrativas, o efetivo das áreas administrativas será deslocado para o operacional”, explicou a comandante-geral da corporação, coronel Ana Paula Habka.

A coronel também destacou o trabalho de inteligência da instituição. “Nossa inteligência vai estar trabalhando para que cada pessoa que for ao 7 de Setembro possa se manifestar democraticamente, de acordo com suas ideologias e respeitando o próximo”, disse Habka. Ela ainda reforçou que a PMDF está preparada para lidar com imprevistos: “Se houver alguma surpresa, a PM estará pronta para responder e oferecer segurança à sociedade”.

O esquema de segurança prevê restrições. A Praça dos Três Poderes permanecerá fechada e o acesso do público será limitado. Segundo a comandante, o planejamento foi elaborado por mais de 20 órgãos, com monitoramento constante das áreas de inteligência da PMDF e da Secretaria de Segurança Pública.

Além do desfile, manifestações de grupos políticos estão confirmadas em Brasília. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se concentrarão em frente à Torre de TV a partir das 9h. Já simpatizantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vão se reunir no Conic, no mesmo horário. Para evitar confrontos, as concentrações serão mantidas a cerca de três quilômetros de distância.

O uso de capacetes e de camisetas com ofensas estará proibido, como parte das medidas para garantir um ambiente pacífico. Apesar do clima de polarização, a expectativa da PMDF é de um evento marcado pela civilidade e sem grandes incidentes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Ocupação da Mesa da Câmara: um mês depois, deputados permanecem impunes



Projeto para punir obstrução ao funcionamento do plenário segue estagnado após representações disciplinares terem sido enviadas à corregedoria da Câmara

      (Foto: Agência Câmara )


Mais de um mês após deputados da oposição ocuparem a Mesa Diretora da Câmara, não houve punição. Embora o presidente Hugo Motta tenha considerado impor suspensões cautelares imediatas aos responsáveis, o procedimento sumário não obteve apoio da maioria da Mesa, e o caso segue sem avanços decisivos.

Motta chegou a cogitar uma suspensão célebre, que poderia ser aplicada em menos de uma semana, mas acabou encaminhando as representações disciplinares ao corregedor parlamentar, deputado Diego Coronel (PSD-BA), o que resultou na desistência do rito sumário. Conforme o corregedor, “todos os 14 representados já apresentaram suas defesas” e sua equipe está preparando os relatórios com os pareceres — agora com prazo de até 45 dias, o que tende a esfriar o processo.

Alteração no Regimento e no Código de Ética

Foi protocolado pela Mesa Diretora um projeto de resolução que altera o Regimento Interno e o Código de Ética da Câmara, visando criar sanção específica para deputados que “impedir ou obstaculizar, por ação física ou por qualquer outro meio” as atividades legislativas. A proposta prevê ainda que o presidente possa recorrer ao rito sumário de suspensão cautelar, sem necessidade de decisão do plenário.

Elaborada pelo líder do Republicanos, Gilberto Abramo (MG) — que também atua como relator — a proposta recebeu urgência aprovada, mas até agora não chegou à votação de mérito. Deputados ouvidos pelo g1 afirmam que nem sequer foi discutida na reunião de líderes, responsável por definir a pauta semanal. Alguns críticos afirmam que a escolha de Abramo como relator teria “enterrado a proposta”, pois ele estaria negociando com os deputados da oposição que promoveram a ocupação.

Em defesa, o próprio Abramo disse ao g1: “Eu sou o maior interessado em seu andamento de forma célere, e, por isso mesmo, fui designado relator. Temos que levar em conta o momento, que não é adequado, porque poderia soar como uma perseguição, e essa não é a ideia”.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1