quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Moraes autoriza visitas de familiares a Bolsonaro durante prisão domiciliar

Ministro do STF libera entrada de filhos, netos e cunhadas do ex-mandatário sem aviso prévio, mas mantém restrições como proibição de celulares

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | ABR)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (6) que familiares próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizem visitas durante o cumprimento de sua prisão domiciliar.

Segundo o Metrópoles, no despacho assinado pela manhã, Moraes liberou a entrada de filhos, netos, netas e cunhadas na residência do ex-mandatário, sem necessidade de comunicação prévia às autoridades. Apesar disso, o ministro destacou que seguem válidas todas as medidas restritivas já impostas anteriormente.

Entre as determinações em vigor estão a proibição expressa do uso de telefones celulares no interior do imóvel e a vedação à realização de registros audiovisuais, como vídeos e fotos. Tais condições já haviam sido fixadas na decisão de Moraes datada de segunda-feira (4).

Com a nova autorização, a rotina de visitas no entorno do ex-presidente torna-se mais flexível, mas continua sob vigilância jurídica rigorosa, em meio aos desdobramentos do processo que levou à sua atual condição de reclusão domiciliar.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Alcolumbre avalia como 'ilegal' bloqueio do Congresso por bolsonaristas

Mobilização bolsonarista no Congresso gera crise política e expõe isolamento do bolsonarismo fora das redes sociais

        Davi Alcolumbre (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), enfrentou uma terça-feira (5) turbulenta. Em meio ao luto pela perda de um familiar, ele ainda teve de lidar com uma crise política provocada por parlamentares bolsonaristas, que bloquearam os plenários do Senado e da Câmara dos Deputados numa tentativa de chantagear os presidentes das duas Casas. Em uma reunião, segundo a coluna Radar, da revista Veja, Alcolumbre qualificou a ação bolsonarista como ”ilegal”.

A ação coordenada de aliados de Jair Bolsonaro (PL) impediu que as sessões parlamentares ocorressem normalmente, prejudicando o andamento de debates e votações de interesse do país. Como condição para liberar o acesso às Casas, os bolsonaristas apresentaram duas exigências: no Senado, que Alcolumbre aceitasse abrir um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal; na Câmara, que o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) colocasse em votação, de imediato, um projeto de anistia ao bolsonarismo.

Durante uma reunião no Senado, Alcolumbre classificou a iniciativa como "ilegal, arbitrária e antidemocrática". Parlamentares sugeriram alternativas para enfrentar a tentativa de captura do Legislativo. "Há ferramenta e método para obstrução. A bandalha não é uma delas", afirmou um senador à reportagem,sob condição de anonimato.

Ambos os presidentes das Casas, Alcolumbre e Motta, resistiram às pressões, mesmo após já terem sido alvo de ameaças vindas do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que insinuou sanções por parte do governo dos Estados Unidos. O grupo bolsonarista acampou no Congresso durante a noite, numa tentativa de engajar sua base nas redes sociais, que, no entanto, não se traduziu em mobilizações de rua pela libertação de Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar por decisão judicial.

Em resposta à ocupação, Davi Alcolumbre divulgou nota defendendo o diálogo institucional. Hugo Motta também adotou tom conciliador. Os dois se reunirão nesta quarta-feira com outros parlamentares para discutir possíveis saídas para a crise.

No Senado, cogitou-se a transferência das sessões para o Auditório Petrônio Portella, como forma de contornar o bloqueio bolsonarista — ideia que, inicialmente, não contou com o apoio de Alcolumbre. Na Câmara, alternativas semelhantes também estão em avaliação. Ainda segundo a reportagem, até o momento, não há indicações concretas de que a crise será solucionada com ações imediatas.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Medidas de enfrentamento ao tarifaço serão enviadas a Lula nesta quarta, diz Haddad

Medidas devem priorizar pequenos produtores e serão enviadas ao Planalto ainda hoje; governo aposta em MP para minimizar impactos econômico

      Fernando Haddad (Foto: Washington Costa/MF)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (6) que as medidas de proteção aos setores afetados pelas novas tarifas impostas pelos Estados Unidos devem ser enviadas ao Palácio do Planalto ainda nas próximas horas. A iniciativa é uma resposta ao decreto assinado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que impôs uma tarifa de 50% sobre parte das exportações brasileiras.

"[As medidas de proteção dos setores] saem hoje aqui da Fazenda", afirmou Haddad. "Ontem, tivemos uma reunião com o presidente para detalhar o plano. Tem um relatório que vai chegar do MDIC nos relatando empresa por empresa, o presidente pediu, mas o ato em si não depende desse documento porque é um ato mais genérico. Só na regulamentação e aplicação da lei que vamos ter que fazer uma análise mais setorial, CNPJ a CNPJ", disse.

Segundo o ministro, a proposta será submetida ao aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e deve ser formalizada por meio de uma Medida Provisória. O foco principal, de acordo com Haddad, é proteger os pequenos exportadores, que têm menos margem de manobra para redirecionar seus produtos a outros mercados.

"Vamos ter o plano muito detalhado para começar a atender, sobretudo, aqueles que são pequenos e não têm alternativas à exportação para os EUA, que é a preocupação maior do presidente: o pequeno produtor", disse.

Entre as medidas, está prevista a criação de linhas de crédito com juros subsidiados, voltadas a empresas diretamente atingidas pela alta tarifária. Embora não tenha confirmado novas iniciativas, Haddad indicou que está em estudo um programa de proteção ao emprego, similar ao adotado durante a pandemia da Covid-19.

O objetivo do pacote, segundo o ministro, é também abrir caminho para um processo de reaproximação entre os dois países. "Queremos normalizar as relações diplomáticas com os EUA", afirmou.

A tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras entrou em vigor nesta quarta-feira (6), conforme decreto publicado pela Casa Branca. Apesar de prever exceções — como suco de laranja, petróleo, fertilizantes, aeronaves e veículos —, a medida atinge aproximadamente 35,9% das exportações brasileiras aos Estados Unidos, de acordo com estimativa do vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB).

Empresários de diversos setores já calculam os prejuízos e têm recorrido ao governo federal em busca de medidas de compensação. Algumas empresas avaliam alternativas como redirecionar a produção a outros mercados ou ao consumo interno, mas reconhecem que a adaptação pode levar tempo e exigir perdas financeiras.

A medida norte-americana foi justificada por Washington como resposta a supostas violações de direitos e ameaças à liberdade de expressão no Brasil, em especial envolvendo decisões do Supremo Tribunal Federal. O governo dos EUA classificou o Brasil como uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.

O anúncio formalizou o percentual citado por Trump em carta enviada ao presidente Lula no início do mês e menciona que as ações brasileiras “prejudicam empresas americanas e os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos”.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Repórter cala bolsonaristas com pergunta certeira no Congresso


Os deputados Cabo Gilberto (PL-PB), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Hélio Lopes (PL-RJ) e Rodrigo Dazaeli (PL-MT). Foto: Reprodução

O protesto com esparadrapos na boca protagonizado por parlamentares bolsonaristas na Câmara virou motivo de piada nas redes, mas também foi marcado por um momento jornalístico exemplar. O repórter Humberto Sampaio, do portal BNews, ao invés de dar palco para a encenação bolsonarista, fez uma única pergunta objetiva que desestruturou o grupo.

A pergunta foi feita durante a coletiva improvisada pelos bolsonaristas na área externa do Congresso, onde senadores e deputados se apresentaram com esparadrapos na boca em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) e pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Desde quando descumprir ordem judicial virou facultativo no Brasil?”, questionou o repórter, deixando as marionetes do “mito” com cara de tacho. “A gente tem assistido, nos últimos dias, a descumprimentos correntes, como foi o caso do Marcos do Val e do Bolsonaro.”

A pergunta, feita de forma calma e educada, expôs o vazio dos discursos que tentavam tratar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro como uma perseguição. Sem resposta direta, os parlamentares se atrapalharam e passaram a repetir chavões. Sampaio mostrou o que é fazer jornalismo de verdade: confrontar narrativas com fatos. A atitude do repórter viralizou nas redes e foi amplamente elogiada.


O grupo é composto pelos deputados Cabo Gilberto (PL-PB), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Rodrigo Dazaeli (PL-MT), Hélio Lopes (PL-RJ) e Coronel Chrisóstomo (PL-RO). Este último não participou da coletiva por questões de saúde.

Os bolsonaristas, além de chamarem Moraes de “ditador da toga”, o acusaram de instaurar um “estado policial” no Brasil e de abuso de autoridade e violação da Constituição ao, segundo eles, autorizar a prisão e restringir a liberdade de manifestação de parlamentares eleitos.

De acordo com o deputado Cabo Gilberto, que liderou a coletiva patética, o estopim para o pedido de impeachment foi a decisão de Moraes que teria autorizado a prisão dos cinco parlamentares após manifestações na Praça dos Três Poderes.

Fonte: DCM

Haddad diz que poderá discutir sanções contra Moraes com secretário do Tesouro dos EUA

Ministro da Fazenda diz que pode abordar sanção da Lei Magnitsky com Scott Bessent em reunião marcada para o dia 13: "esse tema está sob alçada dele"

      Fernando Haddad e Scott Bessent (Foto: Diogo Zacarias / MF)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (6) que pode tratar das sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, durante reunião com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, agendada para a próxima quarta-feira (13).

"Esse tema está sob alçada dele, pode ser que seja objeto de nossa conversa", declarou Haddad ao ser questionado sobre o impacto da aplicação da chamada Lei Magnitsky a Moraes, disse o ministro a jornalistas, de acordo com o g1.

A legislação em questão é utilizada pelos EUA para punir estrangeiros acusados de envolvimento em corrupção ou violações de direitos humanos. Na semana passada, o governo do presidente Donald Trump anunciou a sanção a Alexandre de Moraes com base nessa norma, medida que teve forte repercussão internacional.

Segundo Haddad, a conversa com Bessent ocorrerá inicialmente de forma virtual, mas há possibilidade de um encontro presencial em data futura: "Nada impede que um encontro presencial seja agendado", disse.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonarista Latino compra metade do cavalo de R$ 10 milhões de Gusttavo Lima; entenda

 Gusttavo Lima posa com o cavalo Oregon, da raça Friesian, e o cantor Latino – Foto: Reprodução

Os cantores bolsonaristas Latino e Gusttavo Lima se tornaram sócios na posse de um cavalo avaliado em R$ 10 milhões. Durante o 4º Leilão Haras Frange, realizado no Palácio Tangará, em São Paulo, Latino comprou metade do animal da raça Friesian, conhecido como Oregon. Segundo a organização do evento, ele pagará R$ 5 milhões por sua parte, divididos em 50 parcelas de R$ 100 mil. Com pelagem negra, crina longa e porte imponente, o cavalo é um dos mais cobiçados entre os criadores.

Com a compra, Latino entrou para o grupo de famosos que investem em cavalos de alto padrão. Entre eles está Zé Neto, da dupla com Cristiano, que arrematou a égua Whiz So Much por R$ 2,5 milhões no mesmo leilão. Já Wesley Safadão é dono do Streak Of Fling, da raça Quarto de Milha, cujos embriões chegaram a render R$ 1 milhão em um único evento, segundo a revista Globo Rural.

Simone Mendes também faz parte desse grupo e já declarou sua paixão pelos cavalos da raça Quarto de Milha. “Economizo na roupa para investir no cavalo. Eu invisto em cavalos, assim como em imóveis e outras coisa”, afirmou ela em entrevista.

Fonte: DCM

VÍDEO – Erika Hilton debocha de bolsonaristas com esparadrapo na boca: “Ridículo”


         Os deputados Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e a Erika Hilton (PSOL-SP). Foto: Reprodução

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) ironizou o protesto de parlamentares bolsonaristas que colocaram esparadrapos na boca no plenário, nesta terça-feira (5), durante uma manifestação em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ato foi organizado após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro, após o ex-capitão aparecer por videochamada em um ato que pedia o impeachment do próprio magistrado.

Durante o protesto, realizado na ausência do presidente interino da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), aliados de Bolsonaro ocuparam a mesa diretora e usaram o esparadrapo como crítica ao que chamam de “censura” e “perseguição política”.

Ao presenciar a cena, Erika reagiu com ironia: “Não é isso que Bolsonaro espera de vocês, hein”, disse ao ver o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) participando do ato.

Ainda em tom de deboche, a parlamentar acrescentou: “Vocês podiam fazer esse favor”, sugerindo que mantivessem o “voto de silêncio”.

Em seguida, a psolista criticou o foco da oposição: “A pauta deles é só Bolsonaro, é só isso”. Ao notar que Cabo Gilberto seguia encenando como se estivesse impedido de falar, Erika riu e questionou: “Você não acha ridículo, não?”.

Assista abaixo:

Fonte: DCM

Globo demitiu Daniela Lima sabendo que ela sofria ameaças e usava carro blindado


       Daniela Lima

A demissão da jornalista Daniela Lima pela GloboNews, anunciada na segunda-feira (4/8), surpreendeu o público e acendeu um alerta sobre a segurança da profissional.

Em meio à onda de ameaças que enfrenta desde sua ascensão na CNN Brasil e posterior passagem pela GloboNews, Daniela foi dispensada pela emissora sem qualquer amparo, mesmo após episódios reiterados de perseguição virtual e riscos à integridade física.

Segundo a coluna de Fábia Oliveira, do Metrópoles, pessoas próximas relatam que a rotina de Daniela virou “do avesso” nos últimos anos.

Alvo de ataques constantes de bolsonaristas, ela foi forçada a adotar medidas extremas, como o uso permanente de carro blindado. “A vida dela é infernal, nunca vi nada igual”, contou uma fonte ligada à jornalista.

A demissão aconteceu em um contexto de acirramento político, e grupos da extrema-direita comemoraram abertamente sua saída. Daniela era acusada por bolsonaristas de proximidade com ministros do STF e criticada por sua cobertura incisiva do governo anterior.

Apesar disso, a emissora justificou a dispensa com o argumento genérico de “renovação do quadro”.

Nas redes, Daniela disse que deixa a GloboNews com “cabeça erguida” e “missão cumprida”, mas amigos sugerem que ela se afaste temporariamente da televisão. Alguns aconselham um ano sabático até o fim do ciclo eleitoral de 2026, diante do clima de hostilidade e dos riscos de novos episódios de violência.

A falta de proteção institucional à jornalista após a demissão gerou críticas entre colegas de profissão e entidades ligadas à liberdade de imprensa. O episódio expõe uma crescente vulnerabilidade de comunicadores em um ambiente político radicalizado, em que vozes dissonantes, como a de Daniela Lima, viram alvos — e, muitas vezes, ficam sozinhas para lidar com as consequências.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Eduardo Bolsonaro pode ser preso pela Interpol se for à Europa

       O deputado Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução


Eduardo Bolsonaro corre risco de ser preso pela Interpol se deixar os Estados Unidos rumo à Europa.

O deputado licenciado, investigado por envolvimento em articulações golpistas, disse que vai consultar a lista de difusão vermelha da Interpol antes de aceitar o convite para discursar no Parlamento Europeu. A preocupação é com uma eventual ordem de prisão emitida por Alexandre de Moraes.

O convite partiu do eurodeputado ultraconservador Dominik Tarczyński, da Polônia. Eduardo afirmou que a viagem está nos planos, mas depende de garantias jurídicas:

“Tenho que me assegurar de que não serei mais uma vítima do Moraes e verificar se a Interpol está ou não pedindo minha prisão”, disse ele em entrevista ao portal Metrópoles.


A fala revela o temor de repetir o destino da aliada Carla Zambelli, presa em um presídio feminino na Itália por descumprimento de decisões do STF. Eduardo não esconde a desconfiança em relação ao Judiciário brasileiro:

“Não vivemos mais um período de normalidade. Os tiranos brasileiros querem colocar na cadeia quem denuncia suas atrocidades”, afirmou.

A data da viagem ainda não foi definida. O parlamentar segue nos Estados Unidos, onde busca proteção internacional contra possíveis medidas do Supremo.

Fonte: DCM

Monica Bergamo aponta suposto 'isolamento' de Moraes após prisão de Bolsonaro

Jornalista avalia que prisão do ex-presidente poderá ser reconsiderada

          Alexandre de Moraes (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

A decisão do ministro Alexandre de Moraes de impor prisão domiciliar a Jair Bolsonaro (PL) provocou forte reação dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) e pode vir a ser revista. A informação foi publicada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que relata o suposto "incômodo crescente entre ministros da Corte diante do episódio".

Segundo a colunista, magistrados da Primeira Turma, responsável pelo julgamento do ex-presidente, e também ministros que não participam do caso, avaliaram que a decisão de Moraes foi exagerada, desnecessária e frágil do ponto de vista jurídico. A percepção é de que, ao adotar a medida extrema, o ministro acabou isolado e fragilizou politicamente o STF em um momento de tensão internacional, já que o tribunal vem sendo alvo de ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumiu seu segundo mandato em 2025.

A análise interna é que Moraes criou um ruído em um cenário que até então era favorável ao Supremo. Antes da prisão, pesquisas indicavam que a maioria da população apoiava as respostas do STF às investidas de Trump contra o Brasil e à postura da família Bolsonaro em meio à crise provocada pelo tarifaço norte-americano. Empresários, diplomatas, advogados e analistas defendiam que o tribunal estava agindo de forma adequada diante das tentativas de pressão externa.

O ponto de maior contestação é a contradição entre decisões recentes de Moraes. Em despacho anterior, o ministro havia autorizado que Bolsonaro participasse de eventos e fizesse discursos, mas determinou sua prisão domiciliar após uma breve saudação do ex-presidente, transmitida por viva-voz pelo senador Flávio Bolsonaro, durante manifestação em Copacabana, no domingo (3). Na ocasião, Bolsonaro disse: “Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”.

Do ponto de vista político, ministros do STF avaliam que a decisão quebrou o consenso que vinha se formando na opinião pública e em setores do empresariado e da imprensa. A medida de Moraes passou a ser criticada em editoriais de jornais e por analistas, que apontaram que a conta política da reação ao tarifaço de Trump poderia acabar recaindo sobre o próprio Supremo.

Apesar do desgaste, a expectativa nos bastidores do STF é que Moraes possa reconsiderar a decisão, embora ministros reconheçam que o magistrado raramente volta atrás e dificilmente segue ponderações de colegas. Caso isso não ocorra, a Primeira Turma poderia derrubar a medida, cenário visto como difícil, mas não impossível. Enquanto isso, a defesa de Bolsonaro já ingressou com recurso para tentar reverter a prisão domiciliar.

A reação negativa se intensificou na segunda-feira (4), quando começaram a surgir críticas públicas de empresários, economistas, cientistas políticos e ex-chanceleres, que antes apoiavam as medidas do STF contra Bolsonaro e Trump. Para integrantes da Corte, o episódio mostra como uma decisão isolada pode alterar rapidamente o cenário político e jurídico.

Fonte: Brasil 247 com informações da Foilha de S. Paulo

Cappelli diz que Trump quer interferir nas eleições de 2026: “o império em declínio não assistirá 8 anos de governo Lula”

Presidente da ABDI critica elite empresarial, vê fim das ilusões com aliados e afirma que confronto político vai escalar após tarifaço dos EUA

        Ricardo Cappelli (Foto: Paulo Victor Lago/Log Produções & Filmes/Brasil 247)

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, reagiu com dureza à nova ofensiva do governo dos Estados Unidos contra o Brasil. Em publicação nas redes sociais nesta terça-feira (5), Cappelli afirmou que a decisão de Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros representa uma interferência direta no processo político nacional e marca, segundo ele, o início da disputa eleitoral de 2026.

“Trump deflagrou o processo eleitoral de 2026 no Brasil. E deixou claro que vai interferir no processo”, escreveu Cappelli, associando a nova postura da Casa Branca a uma tentativa de desestabilização do atual governo. Para ele, o cenário internacional e interno exige uma reorganização do campo progressista: “O tempo mudou radicalmente. Em quatro anos de IA tudo muda. O Império em declínio não assistirá 8 anos de governo Lula.”

Além do tarifaço, o governo americano revogou os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal e do procurador-geral da República, acusando o Brasil de violar direitos fundamentais e perseguir adversários políticos.

Cappelli também direcionou críticas à elite econômica brasileira, após o novo presidente da FIESP responsabilizar o governo Lula pelas sanções norte-americanas. “A declaração do novo presidente da FIESP culpando Lula pelo tarifaço deixou a elite nua. Empresários nacionalistas? A associação a interesses internacionais é explícita. O preconceito ideológico está acima de qualquer interesse financeiro”, afirmou.

Em tom de mobilização, o presidente da ABDI defendeu que a resposta do governo e de sua base deve ser nas ruas e na política econômica: “A luta vai escalar. A hora é de arrumar o exército pra batalha. E marchar abraçado ao povo. Insistir nas pautas do fim da escala 6 x 1 e radicalizar na isenção do Imposto de Renda até 5 mil e no aumento para os ricos. Nós vamos ganhar com o povo.”

Segundo Cappelli, o momento exige rupturas dentro do próprio campo governista: “Nutrir ilusões com a elite é perda de tempo. Hora de ver quem é quem. Pseudo aliados devem ser jogados ao mar. Um exército menor e mais coeso vale muito mais que uma tropa grande cheia de traidores.”

A publicação termina com um chamado à militância: “2026 já chegou. Se preparem. Hora do Bom Combate.”

 

Fonte: Brasil 247

Extremistas querem fechar o Congresso Nacional, diz Zeca Dirceu

"Eles querem parar o Congresso Nacional e isso não vai acontecer", reitera o deputado

       Zeca Dirceu (Foto: Kayo Magalhaes / Câmara dos Deputados)

O deputado federal Zeca Dirceu (PT) disse na terça-feira (5), no plenário da Câmara dos Deputados, que o desespero de aliados de Jair Bolsonaro (PL) é tão grande que querem obstruir os trabalhos do Congresso Nacional. "Os deputados e deputadas mais extremistas, com avanço do julgamento e prisão definitiva de Bolsonaro, decidiram parar o Congresso. Querem fechar o Congresso Nacional, querem evitar que qualquer tipo de projeto de interesse para o Brasil seja votado", apontou o petista.

"Querem impedir, inclusive, a votação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Querem impedir que sejam votadas as medidas que o governo está apresentando para ajudar os setores da indústria, da agricultura, atingidos pela conspiração da família Bolsonaro ao lado do Donald Trump. É uma vergonha", completou o deputado.

Zeca Dirceu, no entanto, afirmou que é pequeno o número dos deputados que defendem Bolsonaro, preso depois de não cumprir as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF). "Bolsonaro tem rompido com normas e decisões das penalidades impostas a ele e de outras irregularidades que já tinha cometido ao longo do julgamento no STF, no qual é réu".

"Eles querem parar o Congresso Nacional e isso não vai acontecer", reitera Zeca Dirceu.

O Congresso esteve em recesso até esta terça-feira (5), quando deveria retomar os trabalhos, destacou o deputado. "Esses deputados estão sendo pagos, muito bem pagos, deveriam estar votando medidas para ajudar o Brasil, ajudar o povo brasileiro. Mas não. Estão aqui com um único compromisso, salvar a pele do Bolsonaro".

"Se tiverem que se aliar aos EUA se aliam. Se tiverem que destruir a economia brasileira, eles destroem. Se tiverem que parar o parlamento, eles param. Esse é o nível dos deputados que defendem Bolsonaro. É vergonhoso o que está acontecendo. Beira o ridículo essa postura. E a gente tem que denunciar sim, mostrar até onde vai o ridículo desse pessoal", completou o petista.

Fonte: Brasil 247

Lula promete comprar excedentes e estuda compensações após tarifaço dos EUA

Presidente se reuniu com governadores do Nordeste e pediu tempo para avaliar efeitos das tarifas impostas por Donald Trump

       Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se na terça-feira (5), em Brasília, com os governadores do Nordeste para discutir as consequências do tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

Segundo Igor Gadelha, do Metrópoles, durante o encontro, que ocorreu em um almoço no Palácio do Planalto, Lula pediu aos gestores estaduais um prazo para que o governo federal possa avaliar com precisão os impactos das tarifas norte-americanas antes de anunciar medidas de apoio direto. As novas tarifas, determinadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entram em vigor nesta quarta-feira (6) e preveem sobretaxa de 50% sobre diversos produtos brasileiros exportados ao mercado americano.

◉ Medidas em estudo para mitigar impactos - Lula garantiu que o governo apresentará alternativas para compensar os prejuízos provocados pela decisão de Washington. Entre as ações em análise estão medidas fiscais específicas e a compra, por parte do governo federal, de excedentes dos produtos que perderem competitividade no exterior.

De acordo com fontes ouvidas, o presidente destacou que essa estratégia de aquisição pública terá como prioridade os pequenos produtores das cadeias de agricultura e pesca, setores que devem sentir com mais intensidade os efeitos do tarifaço.

◉ Tentativa de negociação e abertura de novos mercados - Além de Lula, participaram da reunião os governadores (ou vices) dos nove estados nordestinos, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). Durante o encontro, assessores do presidente reforçaram que ainda existem possibilidades de negociação com o governo Trump para tentar ampliar as exceções à medida tarifária.

Outra frente destacada foi o esforço da diplomacia e da equipe econômica para ampliar a inserção dos produtos brasileiros em mercados alternativos, diante da eventual retração das exportações para os Estados Unidos.

O governo federal estuda estratégias para compensar as perdas com o fechamento de novos acordos comerciais em outros países, em especial na Ásia e na África, com foco em ampliar a base de compradores internacionais para os produtos afetados pelas novas tarifas americanas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PF investiga ameaça a Moraes em VÍDEO com ovo representando o ministro


Ovo com rosto desenhado e roupa simulando uma toga representado o ministro Alexandre de Moraes. Reprodução

Um homem está sendo investigado por ameaçar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em vídeo divulgado nas redes sociais. As imagens contêm mensagens simbólicas que sugerem violência direta contra o magistrado.

Na filmagem, uma voz entoa o nome de Moraes enquanto um ovo com um rosto desenhado e vestindo uma capa preta — semelhante à toga usada pelos ministros — é mostrado. O ovo é então quebrado, com sua gema e clara jogadas em uma frigideira, e a casca é amassada por uma mão que aparece em cena.

A gravação causou alarme entre autoridades pelo seu tom ameaçador. A Polícia Federal apura se há ligação com grupos extremistas e se a ação configura incitação ao crime ou ameaça direta à integridade do ministro. As informações são do Portal Potiguar.


Alexandre de Moraes é relator de processos ligados aos atos antidemocráticos e à disseminação de fake news, o que o transforma em alvo recorrente de discursos de ódio e intimidação.

A Polícia Federal não divulgou se possui a identidade do suspeito, mas afirmou que todas as medidas legais cabíveis estão sendo adotadas.

Fonte: DCM com informações do Portal Potiguar

Visitas, silêncio e desânimo: como foi o primeiro dia de Bolsonaro em prisão domiciliar

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O primeiro dia de Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar foi marcado por silêncio, desânimo e poucas visitas. Isolado em sua casa em Brasília, o ex-presidente passou a terça-feira (5) ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, assistindo a partidas de futebol na televisão, conforme informações do Globo.

Segundo interlocutores, Michelle o acompanhou de perto e foi quem recebeu os visitantes autorizados. Entre eles, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil, e advogados da defesa, que devem apresentar um pedido para reverter a prisão.

“Não vou dizer que ele não estava triste, mas é uma pessoa que ainda acredita muito no nosso país, em Deus. Espero que a gente possa superar o mais rapidamente possível essa situação”, disse Nogueira ao deixar a residência.


Apesar da movimentação de aliados e advogados, Bolsonaro demonstrou abatimento ao longo do dia e evitou até mesmo assistir aos vídeos da coletiva da oposição. Ainda assim, manteve a TV ligada em jogos de futebol — hábito que costuma manter em momentos de pressão.

Michelle Bolsonaro, que não foi afetada pelas medidas cautelares, recebeu ligações de apoio ao longo do dia. Nos bastidores, a mobilização de aliados tenta evitar o isolamento do ex-presidente.

A expectativa é de que figuras como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, recebam autorização para visitá-lo.

No Congresso, parlamentares bolsonaristas reagiram à prisão com protestos. A bancada iniciou um movimento de obstrução nas votações da Câmara e do Senado, como forma simbólica de resistência à decisão de Moraes. Nenhum projeto foi votado nas duas Casas.

A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após Bolsonaro aparecer por videochamada em um ato que pedia o impeachment do próprio magistrado. Desde então, ele está proibido de sair de casa, usar celular ou redes sociais, além de precisar de autorização judicial para receber visitas. O ex-presidente também utiliza tornozeleira eletrônica.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Impacto de tarifaço dos EUA pode tirar até R$ 110 bilhões do PIB brasileiro, aponta Fiemg

Estudo da Fiemg alerta para perda de empregos, queda na renda das famílias e forte impacto sobre exportações de carne, aço e café

            Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Reuters)

Um levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), divulgado nesta terça-feira (5), estima que as novas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, mesmo com isenções parciais, causarão prejuízos significativos à economia nacional. Segundo o Metrópoles, o estudo revela que a medida, que entrou em vigor nesta quarta-feira (6), pode provocar uma retração de R$ 25,8 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) no curto prazo.

No horizonte de longo prazo, o cenário é ainda mais grave: a perda estimada é de R$ 110 bilhões. Além disso, a Fiemg calcula que a renda das famílias brasileiras poderá encolher R$ 2,74 bilhões nos próximos dois anos. O número de postos de trabalho também deve ser afetado, com previsão de redução de 146 mil empregos formais e informais.

De acordo com a reportagem, os setores industriais que sentirão com mais força os efeitos da medida são siderurgia, fabricação de calçados, produtos de madeira e de máquinas e equipamentos mecânicos — segmentos diretamente ligados à pauta exportadora brasileira.

Na agropecuária, o impacto se concentra na cadeia da carne bovina, que permanece fora da lista de isenções tarifárias. O segmento tem peso expressivo nas vendas externas do Brasil e será um dos mais prejudicados com o novo pacote tarifário.

Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 40,4 bilhões para os Estados Unidos, valor correspondente a 1,8% do PIB nacional. Metade dessas exportações se concentra em combustíveis minerais, ferro e aço, e máquinas e equipamentos — setores que também foram incluídos nas novas tarifas.

Segundo a Fiemg, os produtos que permanecem sujeitos à taxação respondem por cerca de 55% do total exportado para o mercado estadunidense, o equivalente a aproximadamente US$ 22 bilhões. Entre os itens mais impactados estão café, carne bovina, produtos semimanufaturados de ferro e aço, além de bens manufaturados em geral.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Motta e Alcolumbre convocam líderes para reunião em meio a protestos de bolsonaristas

Presidentes do Congresso querem destravar a pauta legislativa após obstrução da oposição

        Hugo Motta e Davi Alcolumbre (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)

Diante da paralisação dos trabalhos no Congresso Nacional provocada por protestos da oposição, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal decidiram agir. Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) convocaram uma reunião emergencial com as lideranças partidárias para esta quarta-feira (6), com o objetivo de “passar a situação a limpo” e retomar as atividades legislativas. As informações são da CNN Brasil.

Na terça-feira (5), deputados e senadores da oposição ocuparam a mesa diretora dos plenários da Câmara e do Senado, em um protesto silencioso. Com adesivos cobrindo suas bocas, os parlamentares denunciaram o que chamam de “censura” por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e criticaram a decisão que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em resposta, anunciaram uma estratégia de obstrução das votações e passaram a pressionar pela votação da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, além de cobrar o andamento de um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

A reação dos chefes das duas Casas veio horas depois. Em nota oficial, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, classificou a ocupação como um ato “inusitado e alheio aos princípios democráticos”, além de considerá-la um “exercício arbitrário das próprias razões”. Ele reforçou a necessidade de equilíbrio: “Faço, portanto, um chamamento à serenidade e ao espírito de cooperação”.

Já o presidente da Câmara, Hugo Motta, usou as redes sociais para informar que, mesmo estando em João Pessoa (PB), acompanhava o desenrolar dos acontecimentos e decidiu cancelar a sessão prevista para esta terça. Segundo ele, a reunião com os líderes servirá para definir a pauta da Casa, “com base no diálogo e no respeito institucional”. Inicialmente marcada para quinta-feira (7), a reunião foi antecipada diante da escalada da crise política.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil