quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Cúpula do Congresso resiste à pressão da extrema direita após prisão de Bolsonaro

Alcolumbre e Motta criticam ocupação dos plenários por aliados do ex-presidente e defendem funcionamento institucional

Hugo Motta e Davi Alcolumbre (Foto: Mário Agra / Câmara | Marcos Oliveira/Agência Senado)

Em meio à crescente instabilidade política, a cúpula do Congresso Nacional reagiu com firmeza à pressão de parlamentares bolsonaristas por medidas mais drásticas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), informa a Folha de S.Paulo.

Nesta terça-feira (5), parlamentares bolsonaristas ocuparam as mesas diretoras dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, inviabilizando a realização de sessões e provocando um clima de hostilidade entre parlamentares da base e da oposição. A escalada de tensões ocorre um dia após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.

O presidente do Congresso e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), classificou a ação como uma violação aos princípios democráticos. “A ocupação das mesas diretoras das Casas, que inviabiliza o seu funcionamento, constitui exercício arbitrário das próprias razões, algo inusitado e alheio aos princípios democráticos”, afirmou em nota.

Na Câmara, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) também repudiou o bloqueio institucional promovido por parlamentares da oposição. “A pauta de votações da Câmara é definida por mim junto com os líderes dos partidos. Vamos garantir que os interesses da população não fiquem em segundo plano”, declarou, reforçando seu compromisso com a estabilidade institucional.

A reação, no entanto, gerou protestos da oposição. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, criticou a postura de Alcolumbre. “Nota muito ruim. Eu acho que o Davi não deveria tratar a nós da oposição de forma humilhante como está nos tratando”, reclamou.

Destoando da posição oficial de líderes do centrão, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) publicou em suas redes sociais um posicionamento contrário à decisão de Moraes. “O Brasil precisa tratar melhor seus ex-presidentes. Tenho dito e defendido isso há muito tempo. As medidas aplicadas a Jair Bolsonaro são exageradas e acirram os ânimos em um país já polarizado que, na verdade, precisa de paz e estabilidade para progredir”, escreveu.

Lira também alertou para os impactos econômicos do ambiente político conturbado: “Quando o ambiente é de insegurança jurídica e instabilidade política, a economia sofre. Quem paga essa conta é o povo. Quem perde é o Brasil.”

No campo governista, a ordem foi adotar prudência e evitar alimentar discursos de perseguição política e vitimização do ex-presidente. O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Sidônio Palmeira, orientou colegas da Esplanada a manterem discrição diante dos acontecimentos, especialmente diante da deterioração recente das relações com o governo Trump, que anunciou uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros.

Durante agenda pública nesta terça-feira, o presidente Lula optou por não comentar diretamente o caso Bolsonaro. “Acho que hoje é um dia de dar boas notícias. Vim comprometido a não falar muito da taxação, mas tenho que falar porque também, se eu não falar, vocês vão dizer: ‘Por que Lula não falou? Medo do Trump?’. Também não quero falar do que aconteceu com aquele outro cidadão, que tentou dar o golpe... Quero falar é do país”, disse o presidente, demonstrando cautela diante das tensões diplomáticas e internas.

Ao mesmo tempo em que líderes do Congresso se posicionam em defesa do funcionamento das Casas Legislativas, cresce a pressão bolsonarista. A postura de contenção adotada pelo Planalto reflete uma tentativa de não agravar ainda mais um ambiente já marcado por confrontos políticos, crises econômicas e instabilidade diplomática.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Tarifaço de 50% de Trump contra o Brasil entra em vigor hoje


         Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução

As tarifas de 50% impostas pelos EUA contra produtos brasileiros entram em vigor nesta quarta-feira (6), após decreto assinado pelo presidente Donald Trump. A medida, que adiciona 40% às tarifas já existentes, foi justificada pela Casa Branca como uma resposta a práticas do governo brasileiro que seriam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança, economia e política externa dos EUA. Apesar disso, a decisão inclui uma lista de quase 700 produtos que ficam isentos da taxa, como suco de laranja, combustíveis, aeronaves civis e veículos.

O governo americano afirma que as novas sanções visam combater abusos de autoridade no Brasil, citando diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O comunicado da Casa Branca o acusa de “ameaçar, perseguir e intimidar milhares de seus opositores políticos”, além de impor sanções a empresas americanas que se recusaram a seguir ordens judiciais brasileiras.

Segundo o texto divulgado, Trump está “protegendo cidadãos americanos contra perseguição política” e defende que as ações do STF brasileiro representam uma forma de censura que afeta diretamente os interesses dos EUA.

Como parte das sanções, o governo americano também bloqueou os vistos de ministros da Suprema Corte brasileira, incluindo Moraes, Barroso, Fachin, Toffoli, Zanin, Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Ficaram fora da lista os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux.

O Palácio do Planalto tenta manter aberta a possibilidade de diálogo com os Estados Unidos, mas admite que as negociações estão travadas. Apesar de Trump ter dito que Lula “pode ligar quando quiser”, o mandatário brasileiro afirmou que só pretende fazer esse contato quando houver clareza sobre o que pode ser negociado.

O presidente também revelou que está finalizando um plano de contingência para apoiar as empresas brasileiras prejudicadas pelas tarifas.

O presidente Lula – Foto: Reprodução
No momento, auxiliares avaliam que uma ligação sem alinhamento prévio pode prejudicar ainda mais o canal de negociação. A declaração do representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, no domingo (3), de que é “improvável” firmar novos acordos nos próximos dias, aumentou o pessimismo.

Mesmo assim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que pretende se reunir nesta semana com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Segundo Haddad, esse encontro pode preparar o terreno para uma conversa entre Lula e Trump. O governo brasileiro busca uma solução diplomática que evite mais prejuízos econômicos, mas reconhece que o cenário atual é de impasse.

Fonte: DCM

terça-feira, 5 de agosto de 2025

"É uma espécie de AI-5 parlamentar", diz Lindbergh sobre ocupação das mesas do Congresso por bolsonaristas

Líder petista na Câmara afirmou que parlamentares envolvidos nas mobilizações autoritárias desta terça-feira "podem e vão ser responsabilizados"

Coletiva de imprensa liderada pelo deputado Lindbergh Farias (Foto: Gabriel Paiva/PT na Câmara)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), classificou nesta terça-feira (5) como um “ataque à democracia” a ocupação forçada das mesas diretoras da Câmara e do Senado por parlamentares bolsonaristas, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada na véspera pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A oposição tem todo direito de fazer obstrução. É direito regimental. Agora, ocupar, na marra, as Mesas do Senado e da Câmara é fazer a mesma coisa que os vândalos do 8 de janeiro fizeram. É agredir uma instituição democrática do Brasil”, escreveu o deputado em sua conta na rede social X (antigo Twitter).

Lindbergh afirmou ainda que a ação lembra os tempos sombrios da ditadura militar: “Impedir seu funcionamento, por meio da violência, é uma espécie de AI-5 parlamentar. A democracia brasileira está sob ataque!”

A reação do petista ocorre em meio a uma escalada de tensões no Congresso, após a decisão do STF que determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprimento de medidas cautelares e tentativa de obstrução de justiça. Em resposta, deputados e senadores ligados ao ex-presidente iniciaram uma série de ações para travar os trabalhos legislativos.


O líder do PT na Câmara também concedeu entrevista coletiva em meio às mobilizações bolsonaristas. Segundo ele, o que aconteceu nesta terça-feira é "inaceitável".

"A palavra para definir o que houve aqui foi um sequestro da Mesa do Parlamento. Ninguém pode parar na força o trabalho legislativo. Isso aqui é mais um ataque às instituições. Teve o 8 de Janeiro e parece que eles continuam com a mesma linha de atacar todas as instituições e fazer um movimento que só tem um objetivo: tentar livrar a cara do Bolsonaro. Isso é uma chantagem contra o país", criticou.

Lindbergh informou ainda que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que participava de uma agenda com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em sua cidade natal de Patos (PB), foi informado da situação é já está retornando a Brasília para resolver o problema. “Estamos à espera do presidente. E cada um desses deputados que ocuparam a mesa dessa forma autoritária, podem e vão ser responsabilizados. Eles têm que ser responsabilizados no Conselho de Ética”, avisou.

Além de dezenas de parlamentares do PT, também participaram da coletiva líderes e parlamentares do PSB, PCdoB, PSOL e Rede.
O “pacote da paz”

A oposição, liderada pelo PL e com apoio de PP e União Brasil, partidos que integram a base ministerial do governo Lula, anunciou nesta terça uma estratégia de obstrução total nas duas Casas Legislativas até que o Palácio do Planalto aceite negociar o chamado “pacote da paz”.

Entre as exigências, estão a anistia ampla aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição que extingue o foro privilegiado e exige o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), usou tom agressivo para justificar a paralisação: “A partir de agora estamos nos apresentando para a guerra. Se é guerra que o governo quer, guerra terá.”

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, apresentou formalmente as propostas da oposição. Segundo ele, a intenção é “restabelecer a harmonia entre os Poderes”. No entanto, os termos do “pacote da paz” têm sido vistos por aliados do governo como chantagem institucional.

Fonte: Brasil 247

Deu ruim: Eduardo recua e pede aos EUA “pausa” em sanções

O deputado federal Eduardo Bolsonaro. Foto: Divulgação

Após a decretação da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Eduardo Bolsonaro intensificou articulações no exterior na tentativa de conter os danos políticos e econômicos decorrentes da decisão. Ao lado de Paulo Figueiredo, ele tem buscado reverter as sanções impostas pelos Estados Unidos em um esforço para preservar o que ainda resta da reputação do clã Bolsonaro.

Segundo apuração da CNN, os emissários bolsonaristas pediram uma espécie de “pausa estratégica” à Casa Branca. A ideia seria manter um canal de interlocução com parte do Supremo e construir uma convivência menos hostil, concentrando os ataques exclusivamente contra Moraes.

Internamente, aliados de Bolsonaro apostavam que as sanções do governo Trump contra o ministro, com base na Lei Magnitsky, provocariam um isolamento dele dentro do próprio STF, facilitando a votação da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Essa estratégia, porém, sofreu um revés com a prisão domiciliar decretada nesta segunda (4). De acordo com aliados próximos de Eduardo Bolsonaro e Figueiredo, a medida endureceu o clima entre o bolsonarismo e o Judiciário.

Agora, a expectativa é que outras autoridades brasileiras passem a ser alvo de sanções internacionais, entre elas os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. A inclusão desses nomes na lista da Magnitsky seria um próximo passo para aumentar a pressão institucional.

Alexandre de Moraes já foi alvo de sanções previstas na Lei Magnitsky. Foto: Divulgação

As tratativas para tentar conter o avanço das sanções já vinham ocorrendo nos bastidores. Na semana passada, líderes do PL participaram de um café da manhã com Gilmar Mendes, buscando entender os limites do STF diante da ofensiva bolsonarista no exterior.

No entanto, a conversa terminou sem avanços. Segundo relatos, o ministro teria reiterado que o Supremo não aceitará, por exemplo, transferir os processos do 8 de janeiro para a primeira instância, como desejam os aliados do ex-presidente.

A resposta do STF à atuação de Eduardo nos Estados Unidos foi dada por Moraes na abertura do segundo semestre do Judiciário. Em um discurso duro, o ministro classificou a iniciativa como uma tentativa “covarde e traiçoeira” de submeter o funcionamento do Supremo ao crivo de uma autoridade estrangeira.

Ele afirmou ainda que a Corte, a PGR e a Polícia Federal “não se vergarão a essas ameaças”, deixando claro que as instituições seguirão firmes no enfrentamento dos ataques bolsonaristas.

A decisão de Moraes de convertê-las em prisão domiciliar integral ocorreu após o ex-presidente descumprir as ordens judiciais. No último fim de semana, Bolsonaro participou por videochamada de atos bolsonaristas em São Paulo e no Rio de Janeiro, conversando com o senador Flávio Bolsonaro e o deputado Nikolas Ferreira durante os protestos, o que foi considerado uma violação grave das restrições impostas.

Fonte: DCM

Emocionado, Lula cobra medidas radicais contra causadores do mal e avisa: "Se o país cair na mão de outro governo, a fome volta"

Presidente falou em medidas drásticas: "decapitar"; "vou ficar cada vez mais socialista", acrescentou

        O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva proferiu, nesta terça-feira (5), um forte discurso contra os causadores da fome no Brasil, ao participar de um evento em celebração da saída do país do Mapa da Fome da ONU.

O resultado, fruto da retomada das políticas públicas restauradas pelo governo federal, foi anunciado na última semana e representa um marco histórico, após os governos neoliberais de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Lula aproveitou para criticar a taxa de juros. "A cultura brasileira é que o primeiro compromisso desse país é guardar dinheiro para gastar juros. Isso vai mudando aos poucos, mas está longe. Não é fácil. Precisa construir mais. Se deixar outro governo, a fome volta nesse país. No governo que tiver alguém passando fome tem que decapitar o presidente", disse o presidente Lula, na reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

Emocionado, o presidente Lula enfatizou que a responsabilidade pelo combate à fome "é do Estado".

Sem citar as tensões com os Estados Unidos, Lula criticou o orçamento trilionário de defesa, enquanto gastos em programas sociais, como os de combate à fome, são ignorados.

Lula também afirmou: "Cada vez eu tenho que fazer mais, vou ficar mais esquerdista. Vou ficar cada vez mais socialista e vou ficar achando que a gente pode fazer mais".

Fonte: Brasil 247

Estado libera R$ 257 milhões para pavimentação em Maringá, Apucarana, Arapongas, Cascavel e Paranaguá

Recursos do Asfalto Novo, Vida Nova foram liberados pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta terça-feira (5) para projetos de pavimentação asfáltica e outras melhorias em ruas de terra. Com o novo pacote, o programa estadual avança com obras em cidades acima de 100 mil habitantes.

Estado investe R$ 257 milhões em pavimentação urbana em 5 grandes cidades do Paraná
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

O Governo do Estado anunciou nesta terça-feira (5) a liberação de R$ 257,1 milhões para obras de pavimentação urbana em cinco grandes cidades do Interior e Litoral do Paraná (Maringá, Apucarana, Arapongas, Cascavel e Paranaguá), dentro do programa Asfalto Novo, Vida Nova. Serão asfaltados 220,7 quilômetros de vias urbanas que atualmente ainda são de chão batido, com infraestrutura completa como drenagem, calçadas com acessibilidade e sinalização viária.

O anúncio foi feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, ao lado do secretário estadual das Cidades, Guto Silva, deputados e prefeitos dos municípios contemplados.

“Esse é um dos maiores programas de pavimentação urbana da América do Sul, com investimentos que já passam de R$ 4,5 bilhões em todo o Paraná”, afirmou o governador. “Queremos levar asfalto, calçadas e infraestrutura para todos os municípios, transformando a vida das pessoas que ainda vivem em ruas de chão batido. É mais dignidade, segurança e valorização dos bairros”.

A nova etapa marca mais um avanço do programa para cidades acima de 100 mil habitantes. O Estado também anunciou quase R$ 1 bilhão para a pavimentação de ruas de pedras irregulares em 377 municípios.

Também nesta terça-feira, o Estado liberou R$ 293,7 milhões do Asfalto Novo, Vida Nova para quatro cidades da Região Metropolitana de Curitiba, totalizando R$ 550,8 milhões em obras anunciadas no mesmo dia. Todas as ações são coordenadas pela Secretaria de Estado das Cidades (Secid), com execução do Paranacidade, órgão vinculado à pasta.

“A cada fase, avançamos com o compromisso de deixar as cidades mais justas e organizadas. A urbanização impacta diretamente em qualidade de vida, saúde, segurança e educação”, destacou o secretário Guto Silva. “Muitos municípios não teriam como bancar essas obras com recursos próprios. Esse apoio do Estado é o que permite a transformação real nos bairros e nas comunidades”.

NOROESTE – A maior cidade atendida nesta etapa foi Maringá, no Noroeste do Estado. Com 409 mil habitantes, ela é a terceira mais populosa do Paraná e receberá R$ 36,3 milhões para a pavimentação de aproximadamente 26 quilômetros de vias urbanas.

O prefeito Silvio Barros informou que a maior parte dos recursos será destinada aos distritos de Floriano e Iguatemi. “A alegria é grande, especialmente por podermos atender os nossos, que ainda têm ruas sem asfalto, deixando 100% da malha urbana de Maringá asfaltada”, afirmou.

VALE DO IVAÍ – No Vale do Ivaí, Apucarana e Arapongas concentram os investimentos do novo pacote. Com 134 mil e 121 mil habitantes, respectivamente, elas são as maiores cidades da região e receberão juntas mais de R$ 70 milhões.

Arapongas contará com 23,6 quilômetros de asfalto novo, em um aporte de R$ 34,4 milhões. Para o prefeito Rafael Cita os investimentos são o resultado da situação econômica equilibrada do Estado. “O Paraná vive um excelente momento e isso está se refletindo na melhoria da qualidade de vida da população dos municípios”, declarou.

Em Apucarana, serão pavimentados 26,4 quilômetros com R$ 35,9 milhões de investimento. O prefeito Rodolfo Mota destacou o impacto social da iniciativa e o momento de transformação vivido pelo município. “É uma daquelas conquistas que esperamos por anos e que foi viabilizada com o apoio do Governo do Estado. Com isso, Apucarana vive um momento de grande transformação, assim como todo o Paraná”, disse.
               
Foto:  Roberto Dziura Jr./AEN



LITORAL – No Litoral, Paranaguá terá 116 quilômetros de ruas pavimentadas com um investimento de R$ 100 milhões. Com 146 mil habitantes, é a maior cidade litorânea do Estado e abriga o Porto de Paranaguá, um dos mais importantes do País. Segundo o prefeito Adriano Ramos, o alto fluxo de veículos pesados nas vias urbanas torna a pavimentação estratégica para a mobilidade urbana e a logística local.

OESTE – No Oeste, Cascavel receberá R$ 50,5 milhões para a pavimentação de 34,1 quilômetros de vias urbanas. Com 348 mil habitantes, é a maior cidade da região.

De acordo com o prefeito Renato Silva, as obras impactarão diretamente na qualidade de vida da população mais vulnerável. “É um recurso que chega justamente para atender quem mais precisa, nas regiões mais afastadas da cidade e com infraestrutura mais precária”, frisou Silva. “Com esses mais de R$ 50 milhões, vamos pavimentar os últimos trechos que ainda restam na cidade e iniciar melhorias em calçadas e drenagem. Cascavel está muito próxima de atingir 100% de vias urbanas asfaltadas, e agora vamos alcançar essa meta com apoio do Governo do Estado”.

PRESENÇAS – Também participaram das assinaturas os secretários estaduais da Saúde, Beto Preto; Trabalho, Qualificação e Renda, Do Carmo; a superintendente do Paranacidade, Camila Scucato; o superintendente Geral de Apoio aos Municípios da Casa Civil, Sérgio Onofre; o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi; o líder do governo da Assembleia Legislativa, deputado estadual Hussein Bakri; os deputados estaduais Alisson Wandscheer, Maria Victoria, Batatinha, Soldado Adriano José, Flávia Francischini, Delegado Jacovós, Gugu Bueno e Pedro Paulo Bazana.

Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)

Flávio Bolsonaro acusa Alcolumbre de ignorar oposição e lidera ocupação no Senado: “Sequer atende o telefone”

Senador afirma que presidente do Senado rompeu o diálogo e promete manter pressão até que pautas da direita sejam analisadas

Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) intensificou o confronto com a cúpula do Congresso ao acusar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de ignorar os parlamentares da oposição. Em entrevista à GloboNews nesta terça-feira (5), o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que Alcolumbre se recusa até mesmo a atender ligações e, por isso, um grupo de senadores decidiu ocupar a Mesa Diretora do Plenário da Casa como forma de protesto.

“Enquanto o presidente Davi Alcolumbre não atender às nossas demandas, porque sequer o telefone ele está atendendo — e eu jamais esperava isso dele — nós vamos permanecer aqui”, declarou Flávio ao programa Estúdio i. A mobilização, segundo ele, seguirá “por tempo indeterminado” até que o presidente da Casa abra diálogo com os oposicionistas.

◈ “Vamos virar a noite se for preciso”

O movimento liderado por Flávio Bolsonaro reúne mais de 12 senadores e tem como objetivo forçar a pauta de projetos alinhados ao bolsonarismo, entre eles o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma proposta de anistia “ampla e irrestrita” aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado.
“Nós vamos permanecer aqui no plenário, se preciso for, e virar a noite”, afirmou o senador.

A ocupação da Mesa Diretora, além de simbólica, tem como efeito prático a obstrução dos trabalhos legislativos. O grupo tenta constranger publicamente o presidente do Senado, que até o momento não se manifestou oficialmente sobre as reivindicações ou sobre o ato liderado por Flávio Bolsonaro.

◈ Crise política se intensifica

A escalada do confronto entre oposição, Congresso e Judiciário se dá em meio a tensões provocadas por decisões do STF contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A prisão domiciliar do ex-chefe do Executivo e a recente articulação internacional para aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes aumentaram a temperatura em Brasília.

A oposição tenta, com o protesto, transformar o Senado em palco de pressão institucional. Ao responsabilizar Alcolumbre por um “silêncio deliberado”, Flávio Bolsonaro expôs um racha dentro da Casa e sinalizou que o grupo está disposto a levar o impasse ao limite.

◈ Efeito internacional e críticas ao governo

A ofensiva bolsonarista ocorre também em meio à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo Flávio, a medida é reflexo das ações do STF e da postura do governo Lula em relação à Casa Branca.

“Tem que perguntar ao Alexandre de Moraes, que foi quem colocou o Brasil nessa confusão junto com os Estados Unidos, e ao Lula, que a todo momento hostiliza os Estados Unidos”, afirmou. Para ele, o presidente brasileiro “fecha as portas para qualquer negociação” e agiria por interesse político ao “achar bom que o Brasil pague esse preço”.

◈ Reação ainda indefinida

Até o momento, nem Alcolumbre nem integrantes da Mesa Diretora sinalizaram qualquer intenção de abrir negociações com o grupo. A ocupação segue como símbolo da insatisfação da direita com os rumos do Senado e do país, mas sem garantia de que as demandas — descritas por Flávio como um “pacote de paz” — entrem em pauta.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO – Jornalista é interrompido por barulho de pum ao vivo na CNN


Barulho de pum foi ouvido por telespectadores da CNN Brasil nesta segunda (4). Foto: Reprodução

Um barulho de pum surpreendeu telespectadores da CNN Brasil nesta segunda (4). Durante a transmissão do programa de William Waack, o som estranho interrompeu a fala de Daniel Rittner, diretor de jornalismo da emissora, que falava sobre a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O conceito de democracia defensiva foi muito difundido na Alemanha pós-guerra”, disse Rittner antes de ser interrompido pelo barulho. Na sequência, ele ignorou o som e prosseguiu com o pensamento: “O conceito envolve você praticar decisões judiciais ou leis que busquem proteger instituições democráticas em momento de vulnerabilidade”.

Não se sabe quem foi o responsável pelo barulho, mas a cena virou piada nas redes. Nos comentários da transmissão no YouTube, alguns seguidores do canal dizem que alguém “deu um peidão no meio da explicação”. Veja o momento:

Fonte: DCM

As únicas pessoas com quem Bolsonaro pode falar na prisão domiciliar


      Jair Bolsonaro e sua esposa Michelle. Foto: Divulgação

O ex-presidente Jair Bolsonaro começou nesta terça-feira (5) a cumprir prisão domiciliar sob regras rigorosas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Isolado em sua casa em Brasília, ele está proibido de usar celular e só pode manter contato com os moradores da residência, a esposa Michelle, a filha Laura, de 15 anos, e a enteada Letícia, de 22.

A única exceção foi a visita do advogado Paulo Cunha Bueno, que passou a manhã explicando as restrições impostas pela Justiça. O defensor ressaltou que Bolsonaro está proibido de se comunicar até mesmo por meio de celulares de familiares. “O comportamento exigido é equivalente ao de um preso em unidade prisional. Ele está tecnicamente detido”, disse Bueno.

A defesa do ex-presidente pretende enviar ao STF uma lista de pessoas que possam visitá-lo, com pedido especial para médicos e membros da equipe de segurança. Os próprios filhos precisarão de autorização formal de Moraes para qualquer contato presencial com o pai, que cumpre prisão preventiva.

Fonte: DCM

VÍDEO – Bolsonaristas usam esparadrapo na boca e passam vergonha na Câmara


        Deputados bolsonaristas com esparadrapo em protesto no Congresso. Foto: reprodução

Senadores e deputados bolsonaristas protestaram nesta terça-feira (5) na Câmara contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) e anunciaram que passarão a obstruir os trabalhos legislativos. A medida, que visa atrasar votações e pautas, foi definida em reação à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a restrição ao ex-presidente na noite de segunda (4).

Durante coletiva de imprensa no exterior do Congresso, parlamentares apareceram com esparadrapos na boca em protesto simbólico. Posteriormente, ocuparam o plenário da Câmara dos Deputados, onde apresentaram o que chamaram de “pacote da paz”, incluindo propostas como anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 e o fim do foro privilegiado para congressistas.

As cenas de bolsonaristas se comunicando apenas com mímica virou piada nas redes sociais. Veja:


Na coletiva, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, detalhou as medidas defendidas pelo grupo:

1. Anistia “ampla e irrestrita” para envolvidos nos episódios de 8 de janeiro;
2. Fim do foro privilegiado para parlamentares;
3. Impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

O deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), vice-presidente da Câmara, afirmou que, se assumir interinamente o comando da Casa, pautará a proposta de anistia independentemente da decisão do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB).

Os parlamentares criticaram duramente o STF, especialmente pela recente decisão que manteve a competência da Corte para julgar crimes cometidos por autoridades mesmo após o fim do mandato.

“O foro foi ampliado justamente, na nossa opinião, para que o ex-presidente Bolsonaro fosse alcançado por uma Turma [do Supremo]”, afirmou o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).

O grupo defende a aprovação da PEC que acaba com o foro privilegiado para congressistas em crimes comuns, proposta já aprovada pelo Senado em 2018 e que aguarda análise dos deputados. O texto transferiria para a primeira instância o julgamento de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo parlamentares.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que as medidas estão sendo discutidas com outros partidos, como PP e União Brasil. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, reuniu-se com os comandantes das duas legendas nesta terça-feira para alinhar estratégias.

“Só vamos parar quando houver diálogo e quando houver uma pauta de pacificação”, declarou Cavalcante ao G1, explicando que a obstrução servirá para demonstrar o poder de fogo da oposição no Congresso.

Entre as táticas anunciadas está a ocupação da mesa diretora por parlamentares do grupo. O senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, confirmou o apoio de sua legenda à estratégia de obstrução. O deputado federal professor Reimont (PT-RJ) gravou um vídeo mostrando que os bolsonaristas foram abandonados até pelo Centrão e, sozinhos, iniciaram a paralisação do Congresso.

Fonte: DCM

Lula destaca importância de vencer disputas para o Senado, que pressiona por impeachment de Moraes

Presidente teme que bolsonarismo use maioria em 2026 para tentar o impeachment de Alexandre de Moraes e deslegitimar decisões do STF

     Lula (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

Durante encontro do Partido dos Trabalhadores, realizado no domingo (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou principal preocupação em relação às eleições de 2026. Segundo a coluna do jornalista Matheus Leitão, da revista Veja, com Jair Bolsonaro (PL) inelegível até 2030 e enfrentando uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suposta participação em uma trama de golpe de Estado, o foco principal de Lula não está corrida presidencial, mas sim na composição do Senado Federal.

“Nós precisamos agora fazer uma eleição em 2026 e eleger uma maioria de senadores. Nós temos que prestar atenção nisso. Nós temos que prestar atenção nisso. Os nossos senadores, nós temos quase todos [disputando a] reeleição. Eles, não. Eles já têm 25 senadores. Se eles elegerem 17, eles vão para 41 e vão fazer maioria no Senado”, disse Lula durante o evento.

Essa não é a primeira vez que o presidente expressa preocupação com a Casa Alta. Em junho, ele já havia ressaltado a necessidade de concentrar esforços nas candidaturas ao Congresso Nacional: “É preciso pegar os melhores quadros, eleger senador da República, eleger deputado federal, eleger senadora, porque nós precisamos ganhar a maioria do Senado, porque senão esses caras vão avacalhar com o Supremo”.

Ainda de acordo com a reportagem, o receio do presidente tem como alvo direto a ofensiva bolsonarista contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A avaliação no entorno de Lula é que, caso a extrema direita conquiste a maioria no Senado, pode iniciar o processo de impeachment do ministro — algo inédito na história do país.

Além de comprometer a estabilidade institucional, essa estratégia pode ter efeitos jurídicos profundos. Lula e aliados temem que, se Moraes for derrubado, todas as decisões tomadas por ele, inclusive a provável condenação de Bolsonaro, sejam colocadas em xeque — abrindo caminho para anular processos e tentar libertar o ex-mandatário da prisão.

Na análise do governo, conter esse avanço exige uma mobilização total da esquerda nas eleições legislativas. Interlocutores do presidente reforçaram, na esteira da prisão de Bolsonaro, que o PT “vai jogar todas as fichas no Senado”, com o objetivo de impedir uma maioria conservadora que possa ameaçar o equilíbrio dos poderes.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Onde Bolsonaro deve ficar preso se for condenado


       Jair Bolsonaro atrás de grades. Foto: Pablo Porciuncula/AFP

Com Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes, cresce a expectativa sobre o destino definitivo do ex-presidente caso ele seja condenado no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O Supremo Tribunal Federal (STF) já abriu prazo para as alegações finais dos réus, o que indica que o julgamento está próximo de ser marcado.

Em caso de condenação, Bolsonaro pode enfrentar até 40 anos de prisão. Nos bastidores, integrantes do STF e do governo discutem três cenários possíveis: uma cela exclusiva na Papuda, uma unidade militar ou a manutenção da prisão domiciliar por razões humanitárias.

A hipótese mais delicada envolve a transferência de Bolsonaro para a ala dos vulneráveis do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O local já recebeu figuras conhecidas do mundo político, como os condenados no escândalo do mensalão.

Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília
No entanto, membros do Executivo apontam riscos associados à segurança e à saúde do ex-presidente. “Imagina se ele morre na prisão”, afirmou um interlocutor sob condição de anonimato. Bolsonaro tem um histórico de problemas médicos desde a facada que sofreu em 2018, com múltiplas internações e cirurgias. Esses fatores alimentam a tese de que ele poderia continuar a cumprir pena em casa, com tornozeleira eletrônica, alegando fragilidade clínica.

A possibilidade de alocação em uma instalação militar, embora tecnicamente viável por ele ser capitão reformado do Exército, é considerada extremamente sensível. Integrantes do governo e da Justiça avaliam que o simples fato de Bolsonaro estar em um ambiente de apoio entre militares poderia gerar instabilidade institucional, estimulando tensões nas Forças Armadas e renovando pressões por intervenção.

O Comando Militar do Planalto chegou a estudar locais que poderiam ser adaptados como celas para o ex-presidente, mas a medida é vista como potencialmente perigosa do ponto de vista político.

Diante da conjuntura atual, a alternativa mais provável segue sendo a prisão domiciliar, já em vigor desde a última segunda-feira (4). A medida se baseia em argumentos humanitários e de segurança, considerando o desgaste físico do ex-presidente e o potencial de agitação política caso ele vá para um presídio comum.

       Área externa da Papuda

Fonte: DCM