segunda-feira, 21 de julho de 2025

Pen drive encontrado em banheiro da casa de Bolsonaro é irrelevante, diz PF

Perícia da PF conclui que conteúdo do dispositivo não tem relevância para inquérito sobre coação à Justiça no STF

      Jair Bolsonaro à mesa (Foto: Carlos Moura / Ag. Senado)

A Polícia Federal finalizou a análise do pen drive apreendido no banheiro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. De acordo com o g1, fontes com conhecimento da investigação afirmaram que o conteúdo do dispositivo foi considerado irrelevante para o inquérito em curso.

O pen drive foi encontrado durante uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação que apura possíveis tentativas de coação ao sistema de Justiça brasileiro. Além de Bolsonaro, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, também é alvo do inquérito. O material foi enviado ao laboratório da Polícia Federal para perícia, mas acabou descartado como elemento útil à investigação. As informações são do g1.

Na última sexta-feira (18), Bolsonaro foi questionado sobre o item e negou qualquer conhecimento sobre o dispositivo eletrônico. “Olha, uma pessoa pediu para ir ao banheiro, eu apontei o banheiro, e voltou com um pen drive na mão. Nunca abri um pen drive na minha vida. Eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pen drive. A gente fica preocupado com isso”, declarou.

No momento em que foi localizado, o pen drive chegou a ser tratado como uma potencial peça relevante no inquérito que investiga crimes contra o Estado Democrático de Direito. Durante a mesma operação, a PF também apreendeu quantias em dinheiro – US$ 14 mil e R$ 8 mil – além de uma cópia impressa de uma ação judicial apresentada nos Estados Unidos pela plataforma de vídeos Rumble. A ação tem como alvo o ministro Alexandre de Moraes, sob a alegação de censura. O documento é apoiado pelo Trump Media & Technology Group, empresa associada ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Fonte: Brasil 247 com informação do G1

Psol pede impeachment de Tarcísio por apoio a Trump e tentativa de favorecer Bolsonaro

Governador de São Paulo é acusado de violar soberania nacional e de tentar interferir no STF para facilitar fuga de Bolsonaro aos EUA

Tarcísio de Freitas (Foto: Reprodução )

Deputados estaduais do Psol protocolaram nesta segunda-feira (21) um pedido de impeachment contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sob a acusação de crimes de responsabilidade. A denúncia, apresentada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), sustenta que o chefe do Executivo paulista violou a soberania nacional ao apoiar publicamente ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra instituições brasileiras e ao tentar facilitar a ida de Jair Bolsonaro aos EUA.

Assinado por Carlos Giannazi, Ediane Maria, Guilherme Cortez, Mônica Seixas das Pretas e Paula da Bancada Feminista, o documento detalha uma série de ações do governador que, segundo os parlamentares, excedem suas competências constitucionais e afrontam princípios fundamentais da República. Entre elas, o endosso público à carta de Trump exigindo o fim do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e a tentativa de interceder junto à Corte para liberar o passaporte do ex-presidente.

“Enquanto o Brasil sofre um ataque econômico e institucional sem precedentes, o governador de São Paulo se comporta como um agente a serviço de um projeto autoritário estrangeiro, que busca enfraquecer a soberania brasileira, fragilizar a democracia e subjugar a nossa economia”, declarou o deputado Guilherme Cortez, líder da bancada do Psol na Alesp.

✱ Apoio público a Trump em meio a sanções ao Brasil - De acordo com os parlamentares, a postura do governador diante da vitória eleitoral de Donald Trump e durante sua posse foi marcada por manifestações de exaltação e submissão política. Tarcísio chegou a usar o slogan da campanha do republicano, “Make America Great Again”, e compartilhou vídeos celebrando sua posse. Mesmo após Trump anunciar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros — medida que afeta diretamente a economia paulista, maior exportadora para os EUA — o governador optou por atacar o governo federal e silenciar diante da decisão do mandatário americano.

✱ Tentativa de interferência no STF e favorecimento de fuga - Outro ponto central do pedido de impeachment é a articulação de Tarcísio junto ao STF para tentar liberar o passaporte de Bolsonaro, alegando que o ex-presidente deveria negociar pessoalmente com Trump a suspensão das tarifas. A justificativa foi classificada como “esdrúxula” por ministros da Corte, segundo relatos da imprensa.

A bancada do Psol argumenta que essa conduta configura tentativa de obstrução da Justiça, além de possível colaboração para uma fuga internacional, diante das investigações em curso contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

✱ Crimes apontados na denúncia - A denúncia, fundamentada na Lei 1.079/1950, lista uma série de possíveis crimes de responsabilidade cometidos por Tarcísio:

Atentado contra a existência da União ao apoiar ações hostis de governo estrangeiro;
Comprometimento da independência dos Poderes ao interferir em decisões do STF;
Ato contra a segurança interna por favorecer investigado por ameaça ao Estado Democrático de Direito;
Violação à probidade administrativa por priorizar interesses políticos pessoais em detrimento dos institucionais;
Descumprimento de decisão judicial ao tentar reverter medida de apreensão de passaporte imposta pelo STF.

O pedido solicita o imediato processamento do impeachment, com a instauração de tribunal misto presidido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A sanção requerida inclui a perda do cargo e a inabilitação de Tarcísio para funções públicas por até cinco anos.

Fonte: Brasil 247

Alvo de Trump, Brasil entra na lista de países com rejeição crescente aos EUA

 

Lula e Donald Trump. Foto: Reprodução


As recentes sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil inseriram o país na crescente lista de nações em que a imagem dos EUA se deteriorou drasticamente. Com informações do Globo.

A decisão de aplicar uma tarifa de 50% a produtos brasileiros, vinculada à tentativa de interferência em processos judiciais contra Jair Bolsonaro (PL), ampliou a rejeição à postura americana — e, segundo pesquisas, também minou a confiança da população brasileira nos EUA.

O impacto do tarifaço já é mensurável: 72% dos brasileiros consideram errada a tentativa de condicionar tarifas ao andamento de ações contra o ex-presidente, segundo pesquisa Genial/Quaest. Para 79%, a medida afetará diretamente a vida cotidiana. Já 63% discordam da tese propagada por Trump de que há um desequilíbrio injusto na balança comercial entre os dois países.

Embora o novo levantamento da Quaest não tenha medido diretamente a imagem dos EUA, dados anteriores do próprio instituto e do Pew Research Center já apontavam queda no apreço dos brasileiros desde que Trump assumiu. Em junho, mesmo antes do tarifaço, o índice de favorabilidade dos EUA no Brasil caiu de 64% para 56%.

A tendência é global. Segundo o Pew, 14 das 25 nações pesquisadas entre 2019 e 2025 registraram piora na percepção sobre os EUA. Em países como México e Canadá, vizinhos diretos dos americanos, os números saltaram: no caso mexicano, de 56% para 68% dos que veem os EUA como ameaça; no canadense, de 20% para 59%.
Nacionalismo

No Brasil, a interferência de Trump ajudou a unir setores em torno do discurso da soberania nacional, agora apropriado pelo governo Lula. A estratégia inclui resgatar símbolos como a bandeira e as cores verde e amarela, com uso até de bonés com a frase “Meu partido é o Brasil”.

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PT lança novo boné com a frase ‘Meu partido é o Brasil’. Foto: Reprodução

A postura nacionalista busca reverter a série de desgastes em pesquisas recentes — e, segundo o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, fundador do Ipespe, tem surtido efeito. “Há uma tendência de erosão substancial da confiança nos EUA”, afirmou ele.

A Atlas/Bloomberg também detectou crescimento da rejeição pessoal a Trump no Brasil: sua imagem negativa subiu de 52% para 63,2% em apenas seis meses, especialmente após a carta em que o ex-presidente dos EUA vinculou tarifas à defesa de Bolsonaro.

A iniciativa, considerada por analistas como um erro tático, contribuiu para o fortalecimento político de Lula diante do eleitorado e para um novo isolamento da direita bolsonarista.

Na mesma sexta-feira (18) em que a Polícia Federal (PF) determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro para evitar fuga, o governo Trump anunciou a suspensão dos vistos de ministros do STF. A medida foi amplamente criticada. “Um erro básico de misturar justificativa econômica com a questão judicial”, definiu Lavareda.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Quaest: 82% dos brasileiros acreditam que emendas parlamentares são alvo de corrupção

Apenas 9% dos brasileiros acreditam que as emendas chegam de fato às cidades para as quais são direcionadas

      Congresso Nacional - 16/09/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (21) pela Genial/Quaest revela um elevado nível de desconfiança da população brasileira em relação ao uso das emendas parlamentares. Segundo o levantamento, 82% dos entrevistados acreditam que esses recursos são alvo de corrupção e não chegam aos seus destinos finais. As informações são da CNN Brasil.

A pesquisa, realizada entre os dias 10 e 14 de julho com 2.004 pessoas, tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. A informação foi publicada originalmente pela Genial/Quaest em boletim de opinião pública.

Apenas 9% dos brasileiros acreditam que as emendas chegam de fato às cidades para as quais são direcionadas. Outros 9% disseram não saber ou preferiram não responder à pergunta.

Além da percepção negativa sobre o uso das emendas, o levantamento também aponta um desconhecimento generalizado sobre o volume de recursos sob controle dos parlamentares. Ao serem questionados se sabiam que deputados e senadores têm, juntos, R$ 50 bilhões em emendas para destinar a municípios, 72% responderam que não sabiam, enquanto 27% afirmaram ter conhecimento do valor. Apenas 1% não respondeu ou não soube opinar.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Bolsonaristas tramam novas medidas contra o STF envolvendo os EUA

Embora ainda não haja anúncio oficial, as tratativas ocorrem de forma silenciosa

      Ministro Alexandre de Moraes, do STF 09/06/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

Aliados de Jair Bolsonaro vivem dias de expectativa e cautela diante da possibilidade de uma nova investida internacional contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo informações divulgadas pela coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, o movimento parte de congressistas estrangeiros alinhados à direita global e que mantêm laços com o bolsonarismo.

Esses parlamentares articulam a imposição de sanções contra ministros do STF, em um gesto que busca reagir às decisões da Corte relacionadas aos atos de 8 de janeiro e à prisão de figuras influentes do bolsonarismo, como o próprio ex-presidente, que está inelegível, e aliados como Silvinei Vasques e Anderson Torres.

Nos bastidores, o clima entre os bolsonaristas é descrito como de “respiração presa”, à espera da confirmação das medidas. Embora ainda não haja anúncio oficial, as tratativas ocorrem de forma silenciosa, com envolvimento de figuras do legislativo de países como os Estados Unidos e a Itália.

A aposta é que uma nova ofensiva internacional possa servir como instrumento de pressão e amplificação da narrativa de perseguição política, frequentemente usada por integrantes do campo bolsonarista. A expectativa é que eventuais sanções se tornem munição política no discurso contra o STF, especialmente em plataformas digitais e nos círculos conservadores fora do país.

O Supremo, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre o possível movimento. Nos últimos meses, ministros da Corte têm sido alvo de críticas intensas de apoiadores de Bolsonaro, que questionam as decisões judiciais que resultaram em prisões e condenações de participantes dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.Caso as sanções sejam anunciadas oficialmente, a ofensiva representará mais um capítulo da crescente tensão entre o bolsonarismo e o Judiciário, agora com ecos além das fronteiras brasileiras.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Brasil pode chegar a agosto sem resposta dos EUA, diz Haddad

Ministro afirma que o governo brasileiro trabalha com vários cenários

     Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias / Ministério da Fazenda)

Em meio à crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (21) que o governo brasileiro ainda não recebeu qualquer resposta oficial de Washington sobre os pedidos de negociação em relação às tarifas impostas recentemente por Donald Trump a produtos brasileiros. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com Haddad, até o momento não houve qualquer contato formal por parte do representante de negócios americano no Brasil. “A pedido do presidente Lula, desenhando os cenários possíveis, tanto da abertura de negociações por parte dos Estados Unidos, o que não aconteceu ainda, uma resposta eventual às duas cartas que nós mandamos (...), [percebemos que] há um diálogo sempre aberto com o encarregado que está no Brasil e que não procurou ainda as autoridades brasileiras para se manifestar sobre os pedidos do Brasil de resposta às proposições feitas pelo país”, declarou o ministro.

O ministro não descartou que o Brasil chegue a agosto sem qualquer resposta dos Estados Unidos. “Podemos chegar no dia 1º sem resposta? Esse é um cenário que nós não podemos, nesse momento, desconsiderar. E nós estamos considerando, inclusive, este cenário. Mas ele não é o único cenário que está sendo considerado por nós”, afirmou.

Haddad também chamou atenção para o impacto negativo das tarifas sobre a economia americana, especialmente para os consumidores. Segundo ele, os aumentos de preços já são perceptíveis nos Estados Unidos em itens básicos de exportação brasileira. “Você tem hoje o suco de laranja mais caro nos Estados Unidos, o café mais caro nos Estados Unidos, a carne mais cara nos Estados Unidos. Uma série de coisas acontecendo, tem embarques dos Estados Unidos para o Brasil, que também estão suspensos”, explicou.

O ministro destacou ainda que a medida tarifária afeta cadeias produtivas bilaterais, citando o setor aeronáutico como exemplo. “Quando se fala da Embraer, por exemplo, 45% dos componentes dos aviões da Embraer, a origem é dos Estados Unidos da América, entende? Então, eles precisam exportar os componentes para cá, para a Embraer montar um avião e exportar para o mundo inteiro, inclusive para lá”, afirmou.

Haddad classificou a decisão de Trump como economicamente irracional e contraproducente: “Então, veja que é uma decisão tão difícil de compreender do ponto de vista da racionalidade econômica, que está encarecendo o café da manhã do americano e está inviabilizando importações brasileiras de produtos americanos”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Projeto quer garantir desconto de até 30% para idosos na compra de veículos novos


     Homem idoso dirige carro moderno – Foto: Reprodução

Um projeto de lei em análise no Congresso Nacional propõe conceder desconto de até 30% na compra de carros novos para pessoas com 60 anos ou mais. A proposta (PL 2937/2020) prevê o benefício para veículos de até R$ 70 mil, com objetivo de ampliar a mobilidade e a autonomia da população idosa. No entanto, o texto ainda está em fase inicial de tramitação, aguardando relator na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Caso aprovado, o desconto poderá ser aplicado em modelos vendidos por concessionárias autorizadas, desde que dentro do valor estipulado. Na época da redação do projeto, modelos de entrada como Fiat Mobi e Renault Kwid atendiam ao critério, mas atualmente, com a alta dos preços, poucos veículos se enquadram abaixo de R$ 70 mil, o que pode levar à necessidade de atualização do teto.

Atualmente, a isenção de impostos na compra de veículos é restrita a pessoas com deficiência. Idosos sem qualquer condição de saúde que limite a mobilidade não têm esse direito. A proposta, se avançar, ainda precisará definir como será a comprovação da idade, os documentos exigidos e o processo de concessão do benefício.

Fonte: DCM

PL ignora recesso parlamentar e convoca comissões da Câmara para votar apoio a Bolsonaro

A decisão contraria determinação do presidente da Câmara, Hugo Motta

Deputado federal Sóstenes Cavalcante, que protocolou o pedido de urgência para o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Em uma movimentação que contraria a orientação da presidência da Câmara dos Deputados, o Partido Liberal (PL) agendou reuniões em duas comissões da Casa para votar moções de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As sessões estão previstas para esta terça-feira (22), às 10h, mesmo durante o recesso parlamentar de julho, que oficialmente suspende as atividades legislativas até 4 de agosto. As informações são da CNN Brasil.

O PL, que atualmente comanda a Comissão de Relações Exteriores e a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, decidiu manter os trabalhos dos colegiados com o objetivo de demonstrar solidariedade a Bolsonaro, alvo de medidas cautelares impostas desde a última sexta-feira (18). Dentre as restrições determinadas pela Justiça, estão o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato com embaixadores, diplomatas, investigados no mesmo processo e o veto ao uso de redes sociais.

A decisão do partido contraria nota divulgada recentemente pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que reafirmou a suspensão das atividades legislativas. "O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, informa que o recesso parlamentar de julho está confirmado, conforme previamente estabelecido. Durante esse período, não serão realizadas votações em plenário nem reuniões das comissões permanentes da Casa", afirma o comunicado.

Apesar da discordância, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), defendeu a legalidade das reuniões e minimizou um possível atrito com o presidente da Casa. "Para nós é muito importante votar as moções de louvor ao Jair Bolsonaro. Os presidentes [das comissões] são autônomos, eleitos e as comissões estão convocadas", declarou.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

“O bullying de Trump contra o Brasil está saindo pela culatra”, diz Washington Post

Jornal dos EUA aponta que ataques de Trump ao Brasil fortalecem Lula e prejudicam a credibilidade norte-americana

O presidente dos EUA, Donald Trump - 27/06/2025 (Foto: REUTERS/Ken Cedeno)

Em análise publicada nesta semana, o colunista Ishaan Tharoor, do jornal The Washington Post, avaliou que a recente ofensiva comercial e diplomática do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil está tendo o efeito contrário ao desejado. “O bullying de Trump contra Brasil está saindo pela culatra”, resume Tharoor, ao descrever as tarifas de 50% impostas a produtos brasileiros e a escalada de tensões com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do g1.

Segundo o jornal norte-americano, embora o objetivo da administração Trump seja pressionar o Brasil a proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro e retaliar o Supremo Tribunal Federal (STF), as ações acabaram por fortalecer politicamente Lula.“O Papai Noel chegou cedo para o presidente Lula, e o presente foi enviado por Trump por meio desse ataque desajeitado à soberania do Brasil, a fim de proteger um aspirante a ditador e um claro perdedor”, afirmou um diplomata brasileiro ao jornal.

O artigo destaca que, ao contrário do que Trump alega, os Estados Unidos mantêm um superávit comercial expressivo com o Brasil. Ainda assim, Washington anunciou na última sexta-feira (18) a suspensão dos vistos de entrada nos EUA para o ministro do STF Alexandre de Moraes, outros membros da Corte e o procurador-geral Paulo Gonet, como retaliação às decisões judiciais que envolvem Bolsonaro.

Para o Washington Post, essa postura representa um ataque direto à democracia brasileira e aos princípios jurídicos internacionais. “É difícil conceber uma ação que o governo Trump possa tomar na relação EUA-Brasil que seja mais prejudicial à credibilidade dos EUA na promoção da democracia do que sancionar um juiz da Suprema Corte de um país estrangeiro por não gostarmos de suas opiniões judiciais”, declarou um funcionário do Departamento de Estado a Tharoor.

Segundo o artigo, a tentativa de intimidação acabou beneficiando politicamente o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. O colunista aponta que "pesquisas mostram um apoio renovado ao seu governo diante da intimidação americana provocada por Bolsonaro", e que Lula "percebeu uma oportunidade na crise."

O Washington Post também observa que as tarifas prejudicam os interesses de setores empresariais, tradicionalmente mais alinhados com a oposição. "As tarifas também prejudicam os interesses das elites empresariais, que costumam ser os maiores impulsionadores da oposição conservadora a Lula", destaca o texto.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Governo federal garante acesso a alimentação saudável e digna para milhões de brasileiros

Com ações em todo o país, MDS fortalece segurança alimentar, amplia o acesso à água potável e valoriza a agricultura familiar e tradicional

Sob a bandeira de que “Comer bem é direito”, o Estado brasileiro reforça seu papel como garantidor do direito humano à alimentação adequada (Foto: Divulgação/André Oliveira/ MDS)

O governo federal está intensificando os esforços para garantir uma alimentação digna e saudável para toda a população brasileira, com o lançamento da campanha Brasil que Alimenta, sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). A ação tem como foco ampliar o acesso a alimentos de qualidade e água potável, com prioridade para os territórios mais vulneráveis e com altos índices de insegurança alimentar.

Sob a bandeira de que “Comer bem é direito”, o Estado reforça seu papel como garantidor do direito humano à alimentação adequada — um compromisso que se traduz em políticas públicas concretas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Cisternas, as Cozinhas Solidárias e a Estratégia Alimenta Cidades.

Somente nos últimos dois anos, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) investiu mais de R$ 2 bilhões na compra de 400 mil toneladas de alimentos frescos produzidos pela agricultura familiar. Esses alimentos são destinados a equipamentos públicos como restaurantes populares, cozinhas comunitárias, bancos de alimentos, instituições de ensino e saúde, entre outros. Ao mesmo tempo, mais de 2 mil Cozinhas Solidárias estão em funcionamento no país, preparando gratuitamente mais de 14 milhões de refeições em 2025, principalmente para populações em situação de rua ou vulnerabilidade extrema.

O ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias, destaca que a agenda do Brasil que Alimenta é interministerial, mobilizando ações integradas entre os ministérios do Desenvolvimento Social, do Desenvolvimento Agrário, do Meio Ambiente e do Trabalho e Emprego, bem como articulando o setor público e a sociedade civil. “Estamos mostrando que é possível construir um país em que todas as pessoas tenham, todos os dias, o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar com dignidade. É o Brasil que alimenta se tornando o Brasil que se alimenta bem”, afirma o ministro.

Acesso à água e combate à fome urbana ampliam alcance

O Programa Cisternas também tem gerado resultados significativos. Com mais de 1 milhão de famílias beneficiadas, o acesso à água potável promoveu impactos sociais e econômicos diretos: redução de 29% na mortalidade e de 26% nas internações hospitalares, além de aumento de 14% na chance de emprego formal e crescimento de 7,5% na renda de quem já estava empregado. A simples instalação das cisternas reduziu em quase 90% o tempo gasto para buscar água, liberando mulheres e crianças para outras atividades essenciais.

Outro destaque é a Estratégia Alimenta Cidades, que une os três níveis de governo no combate à fome nas grandes cidades — onde vive 85% da população brasileira. Em 2024, a iniciativa destinou R$ 15,5 milhões à compra e doação de alimentos para 27 municípios, viabilizou 410 cozinhas solidárias e promoveu ações estruturantes como a modernização de bancos de alimentos, a criação de ambientes alimentares saudáveis nas escolas e a formação de lideranças locais em agricultura urbana.

A atuação do MDS também tem se mostrado sensível à diversidade cultural e alimentar brasileira. A política pública de segurança alimentar reconhece 29 segmentos distintos de povos e comunidades tradicionais — como indígenas, quilombolas e ribeirinhos — e fortalece suas práticas alimentares como parte do patrimônio nacional. A agricultura urbana, cada vez mais relevante diante da crise climática, já implantou 231 hortas urbanas desde 2018 e distribuiu mais de 5 mil kits com sementes, insumos e ferramentas. “Essas ações salvam vidas, fortalecem a agricultura familiar, geram renda e criam um novo ciclo de cidadania nos territórios onde antes havia fome”, ressalta o ministro Wellington Dias.

Em um país que é uma potência na produção de alimentos, a prioridade do governo federal agora é assegurar que essa riqueza chegue a todos os lares — com dignidade, justiça social e respeito à diversidade.

Fonte: Brasil 247

Preta Gil se preparava para voltar ao Brasil neste domingo, mas morreu a caminho do aeroporto

A cantora Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, nos Estados Unidos

      Preta Gil (Foto: Instagram/Reprodução)

A cantora Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, nos Estados Unidos, antes de conseguir retornar ao Brasil, como desejava. Segundo informações da coluna de Fábia Oliveira, do portal Metrópoles, a artista estava com o retorno programado para o próprio domingo, em uma UTI aérea, mas faleceu dentro de uma ambulância, a caminho do aeroporto.

A decisão de voltar ao país natal foi tomada após o agravamento do seu quadro de saúde. Fontes próximas relataram que Preta pediu para retornar ao Brasil depois de ser informada de que o câncer havia se espalhado mesmo com o tratamento. “Ela queria voltar para a terra dela”, disseram pessoas próximas à cantora.A piora teve início na quarta-feira (16), quando familiares e amigos próximos viajaram aos Estados Unidos para acompanhá-la. Apesar da gravidade, Preta ainda demonstrava forças e chegou a realizar sessões de quimioterapia nos dias finais. No entanto, durante uma dessas sessões, sentiu-se mal e morreu a caminho do aeroporto, sem conseguir embarcar.

A assessoria da cantora confirmou a morte à coluna Fábia Oliveira. Ainda segundo o portal, o pai da artista, Gilberto Gil, teve a pressão arterial elevada ao ser informado sobre o falecimento da filha.Preta Gil lutava contra um câncer colorretal desde janeiro de 2023. Após um período de remissão no fim daquele ano, a doença voltou de forma mais agressiva, com metástases em órgãos como linfonodos, peritônio e ureter. Ela se submetia a um tratamento experimental nos Estados Unidos, após declarar que havia esgotado as possibilidades terapêuticas no Brasil.A morte da cantora causou grande comoção entre fãs, amigos e artistas. A família ainda deve divulgar informações sobre o velório e a repatriação do corpo nos próximos dias.

Fonte: Brasil 247

Mercado financeiro reduz estimativa de inflação pela 8ª semana consecutiva, diz Boletim Focus

Estimativa do IPCA recuou para 5,10%

Prédio do Banco Central em Brasília 25/08/2021 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O mercado financeiro revisou para baixo, pela oitava semana consecutiva, a expectativa para a inflação de 2025, segundo dados do Relatório Focus divulgados nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central. A nova estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 5,17% para 5,10%. De acordo com o Infomoney, o relatório também manteve a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,23%. Para 2026, o dólar segue estimado em R$ 5,65. Já a taxa básica de juros (Selic) permanece em 15% para 2025, sem alterações há quatro semanas.

Além da revisão para o IPCA de 2025, o Focus também registrou queda na expectativa para os anos seguintes. A inflação prevista para 2026 passou de 4,50% para 4,45%, enquanto a projeção para 2027 foi mantida em 4,00%. Para 2028, houve uma leve redução, de 3,81% para 3,80%.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado principalmente para reajustes de aluguéis, também teve suas projeções revisadas. Para 2025, a estimativa recuou de 2,18% para 1,72%, e para 2026 passou de 4,50% para 4,45%. Já em 2027, a projeção permaneceu em 4,00% e, em 2028, subiu discretamente de 3,96% para 3,98%.

No caso dos preços administrados — itens com valores regulados, como energia elétrica e combustíveis — a expectativa para 2025 subiu de 4,40% para 4,64%. Para os anos seguintes, as projeções caíram de 4,29% para 4,19% (2026), foram mantidas em 4,00% (2027) e permaneceram em 3,70% (2028).

A taxa de câmbio estimada para 2026 foi mantida em R$ 5,70, mesma projeção agora aplicada também a 2028 — antes, o valor era de R$ 5,76. Em relação ao PIB, a projeção para 2026 teve leve baixa, de 1,89% para 1,88%, enquanto as estimativas para 2027 e 2028 permaneceram em 2,00%. Esta última projeção se mantém estável há 71 semanas consecutivas.

A taxa Selic projetada para 2026 segue em 12,50%, e para 2027, em 10,50%. Para 2028, o mercado mantém há 30 semanas a previsão de 10,00% ao ano, sinalizando estabilidade nas expectativas sobre a política monetária no longo prazo.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Morto “assina” documento e ONG usa verba de emenda de deputado bolsonarista

Documento usado por ONG para justificar gastos de emenda de R$ 4,8 milhões traz assinatura de homem que morreu três meses antes

Carlos Jordy (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Um homem que morreu em 30 de novembro de 2023 aparece como signatário de um documento datado de 23 de fevereiro de 2024, usado na justificativa de gastos com locação de carros e combustível pelo projeto Mais Rio em Movimento, financiado por uma emenda parlamentar de R$ 4,8 milhões do deputado Carlos Jordy (PL-RJ). A informação foi revelada em reportagem publicada pelo portal UOL.

O Instituto Realizando o Futuro apresentou à empresa Transtar uma proposta assinada por Edson Diniz Ângelo — que havia falecido três meses antes — como parte do processo de pesquisa de preços para serviços do projeto. O episódio levanta suspeitas sobre o uso de “cartas marcadas” por ONGs contratadas por meio de emendas parlamentares, possivelmente para direcionar recursos a empresas previamente escolhidas.

Desde 2021, a Transtar participou de ao menos 40 processos de pesquisa de preço em projetos com verbas públicas, mas nunca venceu uma licitação, o que reforça indícios de simulação de concorrência. Situação semelhante foi identificada com outras ONGs beneficiadas por emendas, como Carioca de Atividades, Fair Play, Brasil Social e Con-tato.

O deputado Carlos Jordy afirmou, por meio de sua assessoria, que não tem qualquer interferência na execução dos projetos ou na escolha dos fornecedores, e declarou ter “total interesse na apuração dos fatos”. Além do Realizando o Futuro, Jordy destinou cerca de R$ 13 milhões a outras ONGs que passaram a ser investigadas. Parte desse valor, aproximadamente R$ 9 milhões, foi posteriormente realocado para outras entidades.

O Instituto Realizando o Futuro alegou que não tem controle sobre os documentos apresentados por empresas não contratadas e que a responsabilidade por eventuais irregularidades é dos próprios proponentes. Já a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), parceira no projeto, declarou que a assinatura de uma pessoa falecida “causa estranheza” e que caberá às autoridades competentes verificar se houve falsidade ideológica ou uso indevido de identidade.

No fim do processo, a ONG contratou a empresa Telecoop Cooperativa de Transporte por R$ 8.320 mensais durante 16 meses. No entanto, as notas fiscais não informam quantos veículos foram utilizados nem a quantidade de combustível adquirida. A prestação de contas ainda não foi finalizada.

A Unirio afirmou que poderá solicitar a devolução dos recursos, caso sejam constatadas irregularidades.Apesar das suspeitas, nem a ONG, nem a universidade, nem os parlamentares envolvidos reconheceram indícios de fraude. A expectativa é que a fiscalização oficial ocorra durante a análise final das prestações de contas pelos órgãos competentes.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Barroso, presidente do STF, se torna o novo alvo preferencial do bolsonarismo

Bolsonaristas intensificam campanha nos Estados Unidos contra ministros do Supremo e celebram possíveis sanções com apoio do presidente Donald Trump

Luís Roberto Barroso (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Bolsonaristas ampliaram seus ataques ao Supremo Tribunal Federal, colocando o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, como novo alvo prioritário. A movimentação foi revelada em reportagem da Folha de S.Paulo e ocorre após o governo dos Estados Unidos, sob comando do presidente Donald Trump, revogar vistos de ministros do STF e seus familiares. A investida ganhou força após novas operações da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro e decisões judiciais que atingiram diretamente o ex-presidente.

A ofensiva é liderada nos Estados Unidos pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo comentarista Paulo Figueiredo, neto do último presidente da ditadura militar, João Figueiredo. Em suas redes sociais, Eduardo comemorou abertamente as sanções aplicadas, além de prometer mais ações vindas do governo Trump. “Glória a Deus pela arrogância de meus adversários, ela liberou o caminho para que nós pudéssemos trabalhar sem obstáculos”, escreveu na sexta-feira (18), completando: “E anotem: ESTE É SÓ O COMEÇO!”.

★ Eduardo Bolsonaro celebra retaliações contra ministros do Supremo

As manifestações de Eduardo Bolsonaro surgiram após uma semana marcada pela intensificação da ofensiva contra o STF. Na sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca na casa de Jair Bolsonaro, e o ministro Alexandre de Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica contra o ex-presidente. Coincidentemente, no mesmo dia, o governo dos Estados Unidos anunciou a revogação de vistos de ministros da Suprema Corte, o que foi tratado como vitória pessoal por Eduardo Bolsonaro. “Quem diria que o fritador de hambúrguer seria recebido [no Departamento de Estado dos EUA] e a embaixadora do Brasil não?”, provocou em publicação no sábado (19), fazendo referência à tentativa frustrada de ser indicado embaixador em Washington.

Eduardo ainda insinuou que novas medidas podem ser aplicadas: “Ainda há muito por vir”, afirmou. Em outra publicação, ironizou a decisão judicial contra Bolsonaro, dizendo: “Sem sinal de GPS funcionariam as tornozeleiras eletrônicas?”, referindo-se à possibilidade de sanções tecnológicas que possam impactar o funcionamento de satélites.

Em entrevista à CNN Brasil, o deputado licenciado foi mais direto: “Espero que Deus ilumine a cabeça das autoridades brasileiras, principalmente da elite econômica, que tem muito poder, para que façam pressão nas pessoas corretas, notoriamente Alexandre de Moraes, e a gente consiga mudar esse cenário atual”, declarou. E finalizou: “Dos Estados Unidos, não falo em nome de ninguém, mas posso garantir: não haverá recuo. Se tudo der errado, pelo menos, nós estaremos vingados”.

★ STF desmente fake news sobre filha de Barroso

Barroso tornou-se também alvo de fake news, com a circulação de informações falsas sobre sua filha. Postagens nas redes afirmavam que Luna van Brussel Barroso moraria nos Estados Unidos e poderia ser deportada. O Supremo Tribunal Federal emitiu nota oficial desmentindo: “É falsa a informação publicada em blogs e redes sociais sobre a filha do ministro presidente do STF, Luís Roberto Barroso, estudar e advogar nos Estados Unidos. Também é mentira que ela será deportada. A única filha de Barroso mora no Brasil”.

Durante o mês, Barroso esteve em Miami em viagem particular, cuja entrada foi monitorada pelas autoridades americanas, segundo fontes ouvidas pela reportagem. Nem o ministro nem o STF comentaram oficialmente as revogações de visto determinadas pelo governo norte-americano.

★ Paulo Figueiredo cita Lei Magnitsky e prevê mais retaliações

Paulo Figueiredo, que apareceu ao lado de Eduardo em frente ao Departamento de Estado, também indicou que novas sanções podem ser anunciadas. “É bastante seguro afirmar que esse é só o começo. As coisas que eu tenho ouvido são assustadoras”, disse em vídeo nas redes. Ele ainda mencionou a possibilidade de uso da Lei Magnitsky, legislação que permite punições unilaterais a estrangeiros acusados de corrupção ou de violar direitos humanos, como base jurídica para futuras ações contra ministros brasileiros.

Apesar da retórica agressiva, Figueiredo se distanciou dos ataques a familiares. “Quero deixar claro aqui que reprovo a postagem de fotos dos filhos do Barroso”, afirmou. Mas reconheceu que “infelizmente, terão sim seus vistos cassados, mas não por culpa deles”.

★ Críticas à direita e ameaça de novas punições

A mobilização nos Estados Unidos não se limitou ao STF. Eduardo e Figueiredo também atacaram lideranças da direita brasileira, criticando a falta de apoio explícito a Bolsonaro. Foram alvos o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o senador Hamilton Mourão, o deputado Nikolas Ferreira e outros governadores conservadores. Paulo Figueiredo ainda sugeriu que os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, poderiam ser sancionados em breve, segundo ele, poupados momentaneamente por intervenção direta de Eduardo Bolsonaro. “Todos terão a oportunidade de fazer a coisa certa e uma última chance de escolher o lado do Brasil ou o lado do Alexandre. Com a escolha, virão as consequências”, afirmou.

★ Departamento de Estado não confirma detalhes das sanções

O governo americano, por meio do Departamento de Estado, não se manifestou sobre o alcance das sanções. Não há confirmação sobre deportações de familiares, nem lista oficial dos atingidos. Relatos provenientes de aliados bolsonaristas indicam que apenas três ministros do Supremo teriam sido poupados: Kássio Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux. Esses nomes constariam em relatórios entregues por bolsonaristas às autoridades dos Estados Unidos.

Até mesmo o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi citado em documentos como aliado de Alexandre de Moraes e possível alvo de futuras sanções.

A escalada promovida pelo bolsonarismo indica uma estratégia coordenada para internacionalizar a pressão contra o Supremo Tribunal Federal, tendo como aliado o governo do presidente Donald Trump.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da Folha de S. Paulo

Lula lamenta morte de Preta Gil: “extremamente querida e admirada”


Presidente prestou solidariedade a Gilberto Gil e à família da artista, destacando seu talento, generosidade e força durante o tratamento contra o câncer

     Preta Gil (Foto: Reprodução/Instagram)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais na noite deste domingo (20) para manifestar pesar pela morte da cantora e empresária Preta Gil, vítima de câncer aos 50 anos. A informação foi publicada originalmente no perfil oficial do presidente na plataforma X (antigo Twitter).

“Estou profundamente triste em saber que Preta Gil nos deixou nesta noite de domingo”, escreveu o presidente em sua conta. Na mensagem, Lula exaltou a trajetória da artista, destacando sua força e seu otimismo mesmo durante os períodos mais duros de sua luta contra a doença. “Preta seguiu espalhando a alegria de viver mesmo nos momentos mais difíceis de seu tratamento”, declarou.

O presidente também fez questão de lembrar o carinho do público e o legado cultural deixado pela artista. “Preta era uma pessoa extremamente querida e admirada pelo público e pelas pessoas que tiveram a felicidade de conviver com ela. Os palcos e os carnavais que ela tanto animou sentirão sua falta.”

Lula relatou ainda ter ligado pessoalmente para o músico Gilberto Gil e sua esposa, Flora Gil, pais de Preta, com o objetivo de prestar condolências. “Assim que soube da triste notícia, liguei para o companheiro Gilberto Gil e para Flora para confortá-los nesse momento de dor.”

O presidente finalizou a nota com uma homenagem à família da cantora. “À toda a família de Preta, Sandra, o filho Francisco e à neta Sol de Maria, quero deixar um abraço amigo e carinhoso. Que o amor que Preta compartilhou em sua vida siga acalentando os seus corações – e os corações de todas as pessoas que tanto a admiravam.”

Fonte: Brasil 247

Lula participa hoje de cúpula no Chile em defesa da democracia

Diante da ofensiva de Trump contra o Brasil, o encontro no Chile adquire um caráter ainda mais estratégico para o governo Lula

     Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta segunda-feira (21), em Santiago, no Chile, de uma cúpula internacional que reúne líderes progressistas da América Latina e da Europa para debater a defesa da democracia, o combate à desinformação e a redução das desigualdades sociais. O encontro conta com a presença de Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha), Gustavo Petro (Colômbia) e Yamandú Orsi (Uruguai), e representa um esforço conjunto de países comprometidos com o multilateralismo e a justiça social.

A reunião dá continuidade à iniciativa "Em DEfesa da Democracia", lançada recentemente, e tem como eixos principais o fortalecimento das instituições democráticas, o enfrentamento das fake news e a regulação das tecnologias emergentes. Além dos compromissos diplomáticos, a agenda também inclui um almoço oficial na chancelaria chilena e um encontro com representantes da sociedade civil organizada.

O evento acontece em meio à crescente tensão diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos. No dia 9 de julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano. Trata-se da taxa mais alta entre mais de 20 países atingidos pelas novas barreiras comerciais, que passam a vigorar a partir de 1º de agosto.

A decisão de Trump repercutiu de forma contundente em Brasília. Em pronunciamento em rede nacional na última quinta-feira (17), Lula condenou as medidas adotadas por Washington e classificou a decisão como "chantagem inaceitável". O presidente brasileiro também aproveitou a ocasião para criticar duramente setores políticos internos que, segundo ele, apoiam as imposições unilaterais da Casa Branca: “Traidores da pátria não vacilam em aplaudir quem agride o Brasil”, declarou.

A expectativa é que o tema das tarifas comerciais impostas por Trump ganhe espaço nos bastidores e nas falas oficiais da cúpula em Santiago. A reação coordenada dos países participantes poderá influenciar futuras negociações multilaterais, sobretudo no campo da diplomacia econômica e da governança global.

Além disso, os líderes pretendem elaborar propostas que serão levadas para o próximo grande encontro do grupo, previsto para acontecer durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, em Nova York. O objetivo é apresentar uma frente ampla de resistência às ameaças autoritárias e às políticas unilaterais que comprometem a ordem internacional baseada na cooperação entre os povos.

Com o acirramento da retórica antibrasileira por parte do governo norte-americano e os ataques ao Supremo Tribunal Federal por figuras próximas a Trump, o encontro no Chile adquire um caráter ainda mais estratégico para o governo Lula. O Brasil busca reafirmar sua posição em favor do diálogo, da paz e da soberania dos países do Sul Global.

A presença de lideranças como Boric, Petro e Sánchez reforça o alinhamento entre os governos progressistas da região, que enxergam a defesa da democracia não apenas como um princípio institucional, mas como uma agenda concreta de enfrentamento às desigualdades e de promoção dos direitos sociais. Nesse contexto, o evento em Santiago se projeta como um importante fórum de articulação política em meio a um cenário internacional marcado por tensões comerciais, polarização ideológica e desafios globais compartilhados.

Fonte: Brasil 247