terça-feira, 29 de julho de 2025

Não cabe à Câmara deliberar sobre a prisão de Zambelli, diz Hugo Motta

“Importante lembrar que as providências que cabem à Casa já estão sendo adotadas, por meio da Representação que tramita na CCJC", disse o parlamentar

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta - 18/06/2025 (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enfatizou nesta terça-feira (29) que a Casa Legislativa não tem competência para deliberar sobre a prisão de Carla Zambelli (PL-SP), que foi detida mais cedo na Itália.

Em mensagem publicada no X, Hugo Motta destacou que a Câmara está adotando as medidas cabíveis por meio de uma Representação que tramita na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), conforme previsto no Regimento Interno e na Constituição Federal. Segundo ele, compete à Câmara decidir apenas sobre a perda do mandato parlamentar.

“Importante lembrar que as providências que cabem à Câmara já estão sendo adotadas, por meio da Representação que tramita na CCJC, em obediência ao Regimento e à Constituição. Não cabe à Casa deliberar sobre a prisão — apenas sobre a perda de mandato”, escreveu.

O deputado também afirmou que está aguardando as manifestações oficiais do Ministério da Justiça e do governo italiano sobre o caso.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro participa de motociata em Brasília e apoiadores distribuem postagens nas redes

Inelegível, ex-presidente desfila em carro de som com Michelle e Flávio Bolsonaro e vira alvo de novas mobilizações bolsonaristas pelo país

Jair Bolsonaro participa de motociata em Brasília - 29/07/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente Jair Bolsonaro esteve presente nesta terça-feira em motociata convocada por aliados em seu apoio em Brasília, e vídeos do evento foram compartilhados por apoiadores, inclusive pelo filho dele Carlos Bolsonaro.

O ex-presidente, que está proibido de utilizar as redes sociais e está usando tornozeleira eletrônica por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, participou da motociata de cima de um trio elétrico. Ele não fez discurso.

Bolsonaro não tem dado entrevista e alega não poder falar com a imprensa após uma decisão de Moraes que proibiu "transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros, não podendo o investigado se valer desses meios para burlar a medida, sob pena de imediata revogação e decretação da prisão".

Na semana passada, o ministro do STF considerou como descumprimento de sua ordem uma publicação do deputado Eduardo Bolsonaro nas redes sociais de um vídeo do momento em que Bolsonaro mostrou a tornozeleira eletrônica aos jornalistas e fez um rápido discurso durante visita ao Congresso.

Na ocasião, Moraes aceitou as explicações da defesa e não determinou a prisão de Bolsonaro, mas ressaltou que nova desobediência às restrições levaria à prisão do ex-presidente.

No ato desta terça em Brasília, Bolsonaro chegou pouco antes das 15h ao local de encontro da motociata e deu uma volta de carro em meio aos apoiadores. Em seguida, subiu no trio elétrico, mas não fez discursos. Quem falou aos apoiadores foi a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Imediatamente, diversos perfis bolsonaristas nas redes sociais distribuíram vídeos do ex-presidente cumprimentando apoiadores no trio elétrico, mas sem falas. O vídeo distribuído por Carlos Bolsonaro mostra apenas imagens da motociata, sem exibir seu pai, mas marca Bolsonaro com a legenda "O homem chegou".

Diversos apoiadores do ex-presidente, como o deputado federal Carlos Jordy e o youtuber Fernando Lisboa, também distribuíram imagens do ex-presidente no evento.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

Lenir de Assis comemora prisão de Carla Zambelli: “Vitória da democracia”

“Acabou o tempo da imunidade: o cerco está se fechando para os golpistas. É sem anistia", disse a deputada federal do PT

        Lenir de Assis (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

A deputada federal Lenir de Assis (PT-PR) celebrou a prisão da ex-parlamentar Carla Zambelli (PL-SP) nesta terça-feira (29), detida em Roma, na Itália, após quase dois meses foragida. Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por participação na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli agora deve ser extraditada para cumprir pena em regime fechado no Brasil.

Lenir classificou a detenção como mais um passo rumo à responsabilização dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro.

“A prisão de Carla Zambelli é uma vitória da democracia!”, afirmou a petista. “Acabou o tempo da imunidade: o cerco está se fechando para os golpistas. É sem anistia.”

Segundo a Polícia Federal, Zambelli foi detida em um apartamento. O deputado italiano Angelo Bonelli afirmou que foi ele quem informou à polícia local sobre o paradeiro da ex-deputada. Em entrevista à GloboNews, disse ter se indignado ao ver a brasileira declarar que se sentia "intocável" por possuir cidadania italiana.

“Eu fiz uma interpelação, porque, quando escutei a Carla Zambelli dizendo que tem cidadania italiana e que estava intocável, eu disse: ‘Não é possível que uma pessoa possa falar assim’”, disse.

Segundo a nota oficial do Ministério da Justiça, a extradição seguirá os trâmites da legislação italiana e dos acordos internacionais assinados pelo Brasil.

Fonte: Brasil 247

Com políticas integradas, Brasil é novamente referência mundial no combate à fome

Decisão da FAO retira o país do Mapa da Fome e reconhece avanços promovidos por programas sociais e políticas de inclusão produtiva

Presidente Lula durante o relançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) (Foto: Ricardo Stuckert )

O Brasil foi oficialmente retirado do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), conforme anúncio feito nesta segunda-feira (28), durante a Cúpula dos Sistemas Alimentares, realizada em Adis Abeba, Etiópia. A informação foi publicada no site oficial do Governo Federal (Secom).

O reconhecimento internacional se baseia na média trienal de 2022 a 2024, que posicionou o Brasil abaixo do índice de 2,5% da população em risco de subnutrição — o patamar mínimo considerado pela FAO para exclusão do Mapa da Fome. Trata-se de uma das mais significativas conquistas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato, impulsionada por políticas públicas articuladas entre diversos ministérios e voltadas à redução da pobreza, estímulo à geração de renda e fortalecimento da agricultura familiar.

☆ Políticas sociais e o papel estratégico do Bolsa Família

Entre os principais fatores responsáveis pelo feito está a reestruturação do programa Bolsa Família, que voltou a atuar como eixo central na política de combate à pobreza. Ao lado dele, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi decisivo ao garantir acesso a alimentos saudáveis e valorizar a produção local. Esses programas foram complementados por ações de crédito rural, irrigação e inclusão produtiva.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, celebrou o resultado e destacou a rapidez da resposta do governo: “Entre 2023 e 2024, reduzimos em 85% o número de pessoas em insegurança alimentar grave. Agora, o resultado de diversas políticas públicas nos retira dessa trágica estatística. Esse trabalho é motivo de muito orgulho e mostra que aprendemos lições importantes, porque, no passado, levamos 11 anos para retirar o Brasil do Mapa da Fome.”

Dias também relembrou que a meta estabelecida pelo presidente Lula era atingir esse marco até 2026. “Cumprimos antes do previsto. Nosso objetivo agora é garantir alimentação digna a 100% dos brasileiros, além de fortalecer a segurança e a soberania alimentar.”

☆ Microcrédito rural e apoio à produção local

Outro destaque é o novo AgroAmigo, programa de microcrédito rural relançado em dezembro de 2024 e operado pela Caixa Econômica Federal, sob coordenação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). O programa já movimentou mais de R$ 100 milhões e tem previsão de chegar a R$ 1 bilhão até o final deste ano.

“O microcrédito é um instrumento decisivo que garante às pessoas das mais distintas atividades participarem do processo de desenvolvimento que o país está passando”, afirmou o ministro Waldez Góes. O AgroAmigo atende, prioritariamente, agricultores familiares, ribeirinhos, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária.

Além disso, o governo tem fortalecido os Arranjos Produtivos Locais (APLs) e as Rotas de Integração Nacional, priorizando cadeias produtivas com vocação regional, como leite, mel, castanha, pesca artesanal, agroecologia e turismo comunitário. Essas rotas promovem acesso a mercados, organização da produção e geração de renda nas próprias comunidades.

☆ Irrigação e combate à estiagem

A expansão dos Polos de Agricultura Irrigada também tem papel essencial para assegurar produção constante, mesmo durante períodos de seca. A iniciativa, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, já contempla 18 polos em funcionamento e visa liberar o potencial de irrigação em até 53,4 milhões de hectares.

“Com irrigação bem planejada, conseguimos produzir mais, com menos desperdício, o ano inteiro. Isso significa comida na mesa do povo, emprego no campo e desenvolvimento nas regiões mais vulneráveis”, explicou Antônio Guimarães Leite, coordenador-geral de Sustentabilidade de Polos e Projetos de Irrigação do MIDR.

☆ Reconhecimento internacional e novo compromisso

A conquista brasileira foi celebrada pelo diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, como um exemplo global de políticas eficazes em países em desenvolvimento. Em conversa telefônica com o presidente Lula, Dongyu afirmou: “O senhor pode ser um soldado, mas é, na verdade, um comandante-chefe”. Ele também anunciou que, em 2026, a FAO visitará o Brasil para conhecer as experiências nacionais de combate à fome durante o Fórum CELAC, que reúne países da América Latina e do Caribe.

O presidente Lula, emocionado, celebrou a vitória com humildade e renovou o compromisso com a causa: “Para que a gente acabe com a fome e a pobreza, é preciso colocar o povo pobre no orçamento do país, no orçamento de estados e municípios. O dia em que os governantes fizerem isso, a gente vai resolver esse problema crônico da humanidade.” E completou: “Sou o homem mais feliz do mundo, mas também sou um soldado do Brasil, um soldado da FAO, um soldado mundial”.

☆ Próximos passos: do marco ao ponto de partida

Para o Governo Federal, sair do Mapa da Fome não é o ponto final, mas um novo começo. A meta agora é consolidar os avanços e seguir promovendo inclusão produtiva, qualificação dos sistemas alimentares e fortalecimento das redes locais de produção e distribuição. O Plano Brasil Sem Fome seguirá como eixo estratégico, articulando ações entre ministérios, estados e municípios.

A nova fase da luta contra a fome coloca o Brasil novamente como referência internacional. Mais do que números, a conquista representa dignidade, justiça social e o compromisso contínuo de um país que, uma vez mais, mostrou ao mundo que é possível enfrentar e vencer a fome com vontade política, planejamento e solidariedade.

Fonte: Brasil 247 com Secom do Governo Federal

Em vídeo, Zambelli afirma que se entregou e ataca Alexandre de Moraes

Presa em Roma, deputada afirma que cumprirá eventual pena apenas na Itália e ataca Alexandre de Moraes e o STF

     Carla Zambelli. Foto: Pablo Valadares / Agência Câmara


A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) declarou em vídeo sua intenção de entregar a autoridades italianas, e criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, em especial o ministro Alexandre de Moraes.

As declarações foram divulgadas pelo advogado Fabio Pagnozzi, responsável por sua defesa, após a prisão da parlamentar em Roma. A informação foi inicialmente divulgada pelo portal G1 e confirmada pelo Ministério da Justiça do Brasil.

“Vou me apresentar às autoridades italianas e estou muito segura em fazê-lo, porque aqui temos justiça e democracia. Não temos um ditador no poder. Não temos a autoridade ditatorial de Alexandre de Moraes e de seus comparsas da Suprema Corte. Estou calma e tranquila de que aqui buscarei justiça pro meu caso”, afirmou Zambelli, em mensagem publicada nas redes sociais do advogado.

A parlamentar foi detida na capital italiana após colaboração das autoridades locais com o deputado italiano Angelo Bonelli, que comunicou à polícia o paradeiro da brasileira. A prisão ocorreu em meio ao processo de execução da pena determinada pelo STF no Brasil, do qual Zambelli diz discordar completamente.

No vídeo, a aliada de Jair Bolsonaro reitera que não retornará ao Brasil para cumprir qualquer sentença. “Se eu tiver que cumprir qualquer pena, vai ser aqui na Itália, que é um país justo e democrático. Estou segura que, analisando todos os processos de cabo a rabo, eles vão perceber que eu sou inocente”, declarou.

Zambelli também afirmou não se considerar foragida. “Não estou aqui fugindo, estou aqui resistindo”, disse, reforçando sua narrativa de perseguição política. Condenada pelo STF, a deputada buscava permanecer na Europa para evitar o cumprimento da sentença em território brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Zambelli se escondia em apartamento de brasileira perto do Vaticano

Deputada está na lista da Interpol e já foi alvo de prisão preventiva determinada por Alexandre de Moraes

    Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ EBC)

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi localizada pela polícia italiana em Roma, nesta segunda-feira (29), vivendo no sexto andar de um prédio nos arredores do Vaticano, conforme revelou a Revista Piauí.

Agentes da Digos, divisão italiana especializada em investigações e operações especiais, conduziram a parlamentar até uma delegacia para coleta de informações ao anoitecer, na capital do país europeu. Segundo o Ministério da Justiça do Brasil, Zambelli foi presa.

As autoridades italianas investigavam pistas sobre a localização da deputada em outras cidades, como Siena, e na região da Campânia, mas só agora conseguiram confirmar sua presença em Roma, na residência de uma brasileira.

◉ Condenação e fuga

Em maio deste ano, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Carla Zambelli a dez anos de prisão, além da perda de mandato, por ter contratado um hacker para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Já no início de junho, o ministro Alexandre de Moraes determinou sua prisão preventiva. Porém, antes que a ordem fosse cumprida, Zambelli deixou o Brasil rumo aos Estados Unidos e, na sequência, partiu para a Itália, utilizando documentos que atestam sua cidadania italiana. Desde então, passou a integrar a lista de procurados da Interpol.

Mesmo após a ordem judicial que mandou bloquear suas redes sociais, Zambelli continuou se manifestando pela internet. Com uma nova conta no Instagram, ela publicou conteúdos nos quais chamava sua estadia na Itália de “exílio” e fazia ataques ao Supremo Tribunal Federal.

◉ Defesa e cassação

Em entrevista à GloboNews, na véspera da localização da deputada, o advogado Fábio Pagnozzi alegou que sua cliente estava “aguardando apenas um pedido formal das autoridades italianas para se apresentar”. No entanto, a prisão ocorreu de forma direta, por ação da polícia italiana em cooperação com autoridades brasileiras.

Apesar da condenação à perda de mandato, a cassação de Zambelli ainda está em curso na Câmara dos Deputados. Em junho, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou o processo à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que ainda não concluiu a análise. Se o relatório for aprovado, o caso seguirá para votação no plenário.

◉ Ascensão e queda

Zambelli se tornou figura conhecida nacionalmente ao participar dos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2015 e 2016. Ligada ao bolsonarismo desde a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, filiou-se ao PSL e se elegeu deputada federal por São Paulo. Em 2022, foi reeleita com cerca de 950 mil votos — a segunda maior votação do estado.

Entretanto, sua trajetória política sofreu forte abalo na reta final daquele pleito. Dias antes do segundo turno, Zambelli foi filmada empunhando uma arma de fogo durante uma discussão nas ruas do bairro dos Jardins, em São Paulo. A cena, que viralizou, expôs a parlamentar perseguindo um homem com a pistola em punho, tornando-se um episódio incômodo para a campanha de Bolsonaro.

Desde então, o ex-presidente e aliados a responsabilizam pela derrota nas urnas. “A Carla Zambelli tirou o mandato da gente”, declarou Bolsonaro recentemente a um podcast.

Por conta do episódio da arma, Zambelli responde ainda a um processo no STF por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. A Corte já formou maioria para sua condenação nesse caso, embora a votação ainda não tenha sido finalizada.

Fonte: Brasil 247

Ministério da Justiça confirma que Zambelli será submetida ao processo de extradição

Extradição seguirá os trâmites da legislação italiana e dos acordos internacionais assinados pelo Brasil

     Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil )

A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, será submetida ao processo de extradição após ser presa em Roma, na Itália, nesta terça-feira (29). A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça, que destacou que a prisão é resultado de uma operação conjunta entre a polícia brasileira, autoridades italianas e a Interpol.

Zambelli havia fugido do Brasil após ser sentenciada por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo a nota oficial, a extradição seguirá os trâmites da legislação italiana e dos acordos internacionais assinados pelo Brasil.

"A presa era procurada por crimes praticados no Brasil e será submetida ao processo de extradição, conforme os trâmites previstos na legislação italiana e nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário", diz o comunicado.

Fonte: Brasil 247

"Liguei e informei o endereço exato": confira o relato do deputado italiano que denunciou Zambelli

Em entrevista à Globonews, Angelo Bonelli descreveu ação que levou à prisão da ex-deputada brasileira foragida na Itália

Angelo Bonelli e Carla Zambelli (Foto: Reprodução/Globonews | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O deputado italiano de oposição Angelo Bonelli afirmou nesta terça-feira (29) ter sido o responsável por alertar a polícia da Itália sobre o paradeiro da ex-deputada federal brasileira Carla Zambelli (PL-SP), presa horas depois em um apartamento no bairro Aurelio, em Roma.

Em entrevista à GloboNews, Bonelli contou que fez a denúncia por telefone no fim da tarde: "Às 18h, no horário da Itália, Zambelli foi localizada num bairro de Roma que se chama Aurelio. Eu liguei para a Polícia Nacional para informar o endereço exato de onde ela estava. Depois de 2h30, a polícia me confirmou que no apartamento estava Carla Zambelli e, consequentemente, foi aplicado o pedido da lista vermelha da Interpol", disse o parlamentar.

Antes mesmo da confirmação oficial da prisão, Bonelli já havia publicado nas redes sociais: “Carla Zambelli está em um apartamento, em Roma. Forneci o endereço à polícia, neste momento a polizia está identificando Zambelli”.

Zambelli foi presa após ser considerada foragida pela Justiça brasileira. Ela teve o mandato cassado e foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão por envolvimento em ataques cibernéticos contra o Judiciário, no contexto de uma organização criminosa digital. Após a condenação, fugiu para a Itália, onde possui cidadania.

Bonelli já vinha pressionando o governo italiano sobre o caso. Em junho, o deputado apresentou uma interpelação formal aos ministros das Relações Exteriores, da Justiça e do Interior da Itália, cobrando uma posição oficial em relação à situação de Zambelli. O documento pedia que as autoridades italianas esclarecessem se pretendiam cooperar com o Brasil para garantir o cumprimento do tratado de extradição entre os dois países, firmado pela Lei nº 144/1991.

Na entrevista à GloboNews, Bonelli lembrou o motivo de sua iniciativa: "Eu fiz uma interpelação porque, quando escutei ela falar que estava 'intocável' por ter cidadania italiana, eu falei 'não é possível que uma pessoa possa falar assim'. Depois eu apresentei a interpelação."

Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews

Prefeitura fortalece a segurança pública e doa terreno avaliado em R$ 3 milhões para construção da sede própria da Polícia Científica



O prefeito Rodolfo Mota assinou, na tarde desta terça-feira (29/7), a lei nº 94/2025 que utoriza o Executivo Municipal a proceder à doação de um terreno do município avaliado em 3 milhões de reais para o Governo do Estado do Paraná. No local, será construída a sede própria da Polícia Científica no município. A área doada possui 4.152 metros quadrados e está situada entre a rodovia BR-376 e a Rua Serra do Cadeado, no Núcleo Habitacional Adriano Correia. A doação do terreno é um marco histórico e significa comprometimento com a segurança pública de Apucarana e região, contribuindo para o avanço do trabalho realizado pela Polícia Científica. A sede própria irá garantir melhores condições de trabalho da equipe de peritos com reflexo direto no atendimento à população e aumentará a sensação de segurança. A Polícia Científica de Apucarana atende 24 municípios da região. As obras de construção previstas na Lei deverão ser iniciadas no prazo máximo de 01 (um) ano e terminadas em 03 (três), contados da data da publicação da lei.

Atualmente, os serviços da Polícia Científica em Apucarana são prestados em dois imóveis alugados e com estrutura limitada. O Instituto Médico Legal (IML) está instalado em um prédio na Rua Erasto Gaetner, enquanto o Instituto de Criminalística funciona na Rua Marcel Cassandre. “São imóveis pequenos e com infraestrutura precária. Estamos muito satisfeitos por realizar esta doação, que garantirá uma sede digna à Polícia Científica e melhores condições de atendimento à população,” declarou o prefeito Rodolfo Mota.

O prefeito lembrou que essa é uma luta da Polícia Científica de mais de três anos. “Precisa de muito esforço político para garantir que a sede de uma polícia tão importante como essa seja feita em Apucarana. Agradeço os nossos deputados estaduais, nosso governador Ratinho Júnior, nosso secretário de Segurança Pública, coronel Hudson Leôncio Teixeira, a câmara de vereadores, a Francine e em nome dela toda a equipe da Polícia Científica do Estado de Paraná. Muito obrigado por acreditarem que a gente daria o desfecho que nós estamos dando hoje, são menos de sete meses de mandato, e isso tudo foi encaminhado, afirmou Rodolfo Mota”.

A perita Francine Matias de Paula, chefe adjunta da Polícia Científica, explicou que a construção seguirá um modelo de projeto modular já existente. “O projeto está pronto e precisará de ajustes para se adequar ao terreno. Assim que a escritura estiver em nome do Estado, iniciaremos o processo licitatório. A previsão para o início das obras, segundo nossa Gestão de Obras, é para 2026”, informou.

O coordenador do IML, Áureo Francisco Silva Filho, ressaltou a relevância da nova sede. “Atendemos muitas pessoas diariamente, mas a estrutura atual é extremamente limitada. Além disso, o prédio do IML está localizado em área central, o que dificulta o manejo de casos delicados, como a recepção de corpos para exames”, comentou.

O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, destacou a importância do trabalho pericial para os inquéritos da Polícia Civil. “Desde que o Instituto de Criminalística foi implantado em Apucarana, em 2020, houve um avanço expressivo na qualidade da segurança pública. Os laudos e exames que eles realizam contribuem de forma significativa para os nossos inquéritos. Eu vejo o sacrifício que a equipe da Polícia Científica faz para executar um serviço de excelência. Tenho certeza de que, com a construção da nova sede, a qualidade do serviço melhorará cada dia mais”, afirmou.

Além do terreno para a Polícia Científica, a Prefeitura de Apucarana adquiriu recentemente outro lote, localizado na Avenida Minas Gerais, que será destinado à construção da nova sede do Corpo de Bombeiros. “Com a doação desses dois terrenos, o município soma mais de R$ 20 milhões investidos diretamente no fortalecimento das forças de segurança”, acrescentou o prefeito.

A cerimônia de assinatura contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o vice-prefeito Marcos da Vila Reis; o presidente da Câmara Municipal, Danylo Acioli; os vereadores Moisés Tavares, Eliana Rocha, Odarlone Orente, Adan Lenharo e Guilherme Livoti; o comandante do 11º Batalhão de Bombeiros Militar, major Leandro José Callegari; o comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Robson Falk Vieira; o subcomandante do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado, major João Batista Woll Severo; o chefe regional da Polícia Penal, Nilton César Santos Garcia; o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Vicente Batista Júnior; o secretário municipal de Segurança, major Vilson Laurentino da Silva; e o comandante da Guarda Civil Municipal, Pablo Rocha Pereira.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Autoridades têm 48 horas para definir extradição de Carla Zambelli

A informação partiu de Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

      Carla Zambelli (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Autoridades italianas têm um prazo de até 48 horas para dar encaminhamento ao processo de Carla Zambelli (PL-SP). A ex-deputada federal foi presa no país europeu depois de fugir do Brasil.

De acordo com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, "a cooperação internacional foi fundamental, entre a PF e a polícia italiana". "Agora, tem 48 horas para a autoridade judiciária de lá dar encaminhamento. Se vai soltar, se vai extraditar, se vai ser prisão domiciliar", afirmou o dirigente em entrevista ao blog da Andréia Sadi.

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal decretou a prisão da ex-parlamentar bolsonarista em junho deste ano. Carla Zambelli foi condenada a dez anos de prisão em regime fechado, inicialmente, e à perda do mandato, por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

As denúncias apontaram que a ex-deputada queria usar o sistema do CNJ com o objetivo de inserir um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações do blor da Andréia Sadi, do G1

INSS: Mais de 1,2 milhão de beneficiários recebem devolução de descontos ilegais até esta quinta-feira

Ressarcimento inclui valores corrigidos pela inflação (IPCA) e é feita de forma integral, diretamente na conta onde o benefício é depositado

     INSS (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O Governo Federal atingiu nesta semana um marco significativo no processo de reparação a aposentados e pensionistas que sofreram descontos associativos indevidos em seus benefícios. Até quinta-feira (31), 1.238.779 beneficiários terão recebido os valores de volta — o que representa 91,4% dos que já aderiram ao acordo de ressarcimento.

A devolução inclui valores corrigidos pela inflação (IPCA) e é feita de forma integral, diretamente na conta onde o benefício é depositado, sem necessidade de envio de dados bancários. O processo é gratuito, seguro e permanece aberto para novas adesões.

“O governo que investigou a fraude agora está devolvendo o dinheiro que foi roubado dos aposentados e pensionistas. Estamos fazendo uma força-tarefa para que ninguém fique no prejuízo”, afirmou o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz.

Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller, o pagamento está sendo feito com “rapidez e segurança” a todos que formalizam a adesão. “Se você tem direito, procure os canais oficiais e faça valer o que é seu por direito.”

☆ Como aderir ao acordo

Podem aderir ao ressarcimento os beneficiários que contestaram descontos indevidos entre março de 2020 e março de 2025 e não receberam resposta da entidade envolvida em até 15 dias úteis. O processo pode ser feito por dois canais:

    ● Aplicativo Meu INSS (na aba "Consultar Pedidos" > "Cumprir Exigência")
     ● Agências dos Correios (mais de 5 mil unidades em todo o país)

Não é possível aderir por telefone ou pela Central 135.

Quem já ingressou com ação judicial também pode participar, desde que ainda não tenha recebido os valores. Nesses casos, o INSS pagará até 5% de honorários advocatícios, desde que a ação tenha sido protocolada até 23 de abril de 2025.

☆ Entidades devem apresentar documentação válida

Caso a entidade responsável pelo desconto tenha respondido à contestação, o processo ainda está em análise. O beneficiário será notificado e poderá aceitar os documentos, contestar por falsidade ideológica ou declarar que não reconhece a assinatura.

Para comprovar vínculo, a entidade deve apresentar:

● Documento com foto do beneficiário;
● Termo de filiação;
● Termo de autorização do desconto.

Gravações de áudio não são aceitas como prova. Se for constatado que o vínculo é inexistente ou fraudulento, a entidade será intimada a devolver o valor em até cinco dias úteis.

☆ Nova fraude identificada: falsificação de assinaturas

O INSS identificou um novo golpe envolvendo falsificação de assinaturas digitais por parte de ao menos dez entidades. A fraude está sendo investigada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Dataprev.

A expectativa é que o governo abra a adesão ao acordo também para as vítimas dessa nova modalidade de golpe nos próximos meses.

☆ Comunicação segura e oficial pelo WhatsApp

Desde o dia 25 de julho, o governo está enviando mensagens pelo canal oficial do GovBR no WhatsApp, com selo de verificação, para orientar os beneficiários que ainda não aderiram. A mensagem não pede dados pessoais nem envia links.

⚠️ O INSS reforça: não envia mensagens por SMS com links ou solicitações de dados bancários. Toda comunicação oficial ocorre pelo app Meu INSS, site gov.br/inss, Central 135 e agências dos Correios.

Fonte: Brasil 247

Lula desmascara Eduardo Bolsonaro: ‘traidor do Brasil demonstra total sem vergonhice’

'Está agarrado nas botas de Trump', criticou o presidente. Vídeo

     Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desmascarou nesta terça-feira (29) o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que faz articulações junto ao governo Donald Trump, com o objetivo de estimular sanções contra o Brasil por causa do inquérito da trama golpista envolvendo Jair Bolsonaro (PL), réu na investigação e alvo de medidas cautelares.

“Utilizavam a camisa da seleção e a bandeira... agora estão agarrados nas botas do presidente dos EUA pedindo intervenção no Brasil, numa total falta de patriotismo e sem vergonhice, traição”, disse Lula durante a Cerimônia de Inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu. Centro de Visitantes do Porto do Açu – São João da Barra (RJ).

Em 9 de julho, o presidente Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras. O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) atendeu a um pedido feito pelo chefe da Casa Branca e iniciou uma investigação comercial contra o Brasil.

O motivo para a guerra comercial dos EUA é a investigação da trama golpista conduzida pelo Supremo Tribunal Federal e que tem 31 réus, incluindo Jair Bolsonaro, aliado de Trump, que representa a extrema direita norte-americana.

O presidente Lula afirmou que o Brasil adotará a Lei de Reciprocidade Econômica como resposta ao aumento de 50% nas tarifas anunciado pelos Estados Unidos. Essa legislação estabelece mecanismos para suspender benefícios comerciais, investimentos e compromissos relacionados a propriedade intelectual quando um país ou bloco econômico tomar medidas unilaterais que prejudiquem a competitividade do Brasil no cenário internacional.


◈ Impacto do tarifaço na economia brasileira

Um estudo da Gerência de Economia e Finanças Empresariais da FIEMG estima que a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, caso efetivada por Donald Trump, poderá provocar um impacto econômico expressivo ao Brasil, resultando em prejuízos de até R$ 175 bilhões no longo prazo. De acordo com a análise, o Produto Interno Bruto (PIB) pode sofrer retração de 1,49%, e mais de 1,3 milhão de postos de trabalho podem ser eliminados.

Se o Brasil optasse por adotar medidas tarifárias equivalentes contra mercadorias vindas dos Estados Unidos, os danos seriam ainda mais severos: a economia nacional poderia registrar uma queda de 2,21% no PIB — ou R$ 259 bilhões —, com uma perda estimada de quase 2 milhões de empregos. Haveria ainda uma redução de R$ 36,18 bilhões na massa salarial e queda de R$ 7,21 bilhões na arrecadação de tributos.

Atualmente, os Estados Unidos ocupam o segundo lugar entre os principais destinos das exportações brasileiras, atrás apenas da China. Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 40,4 bilhões em bens para o mercado norte-americano, volume que corresponde a 1,8% do PIB nacional. Os principais produtos enviados incluem:

  ☉ Derivados de petróleo e outros combustíveis minerais
  ☉ Produtos de ferro e aço
  ☉ Equipamentos industriais e máquinas
  ☉ Aeronaves
  ☉ Café

Em contrapartida, o Brasil figura entre os dez maiores mercados para os produtos e serviços norte-americanos, absorvendo aproximadamente US$ 60 bilhões em exportações dos EUA por ano.

Essa relação bilateral sustenta diretamente:

 ☉ 6.500 pequenas empresas dos EUA que dependem de matérias-primas ou insumos provenientes do Brasil;
  ☉   3.900 companhias americanas com investimentos diretos em território brasileiro.

◈ Trama golpista

O STF determinou algumas medidas cautelares contra Bolsonaro, por risco de fuga para o exterior e por obstrução judicial. O político foi submetido a uma série de medidas cautelares determinadas pela Justiça, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de circulação. Ele está obrigado a permanecer em casa durante a noite, das 19h às 6h, de segunda a sexta-feira, além de ficar em regime de recolhimento total aos fins de semana e feriados.

Entre as proibições impostas, estão:

   ☉ Contato com autoridades estrangeiras – Bolsonaro não pode se comunicar com embaixadores ou representantes de outros países.
    ☉ Restrição ao uso de redes sociais – Ele está impedido de postar diretamente ou por meio de terceiros.
   ☉ Afastamento de embaixadas e consulados – O ex-presidente não pode se aproximar desses locais.

As medidas estão relacionadas à investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro responde por cinco crimes, entre eles:

    ☉ Tentativa de golpe
    ☉ Ataque ao Estado Democrático de Direito
    ☉ Organização criminosa armada
    ☉ Danos a patrimônio público com uso de violência
    ☉ Destruição de bens tombados

Embora ainda não tenha sido condenado – seu julgamento está pendente –, as acusações são graves e, se comprovadas, podem resultar em uma pena superior a 40 anos de prisão. Analistas jurídicos avaliam que as chances de absolvição são mínimas, dado o volume de evidências apresentadas.

O caso marca um dos episódios mais polêmicos da política recente, colocando em xeque o legado do político de extrema direita.

Fonte: Brasil 247

Carla Zambelli é presa na Itália


         Carla Zambelli, deputada bolsonarista que fugiu após ser condenada. Foto: reprodução

A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália, segundo o Ministério da Justiça brasileiro. A informação sobre sua localização havia sido divulgada anteriormente pelo deputado italiano Angelo Bonelli, que afirmou ter repassado o endereço da brasileira às autoridades locais.

“Carlas Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, escreveu Bonelli em publicação nas redes sociais na terça-feira (29).

Zambelli é considerada foragida da Justiça brasileira desde que teve seu mandato cassado e foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão. A sentença foi aplicada após a ex-parlamentar ser acusada de integrar organização criminosa digital responsável por ataques aos sistemas do Poder Judiciário.


O Ministério da Justiça brasileiro já havia formalizado o pedido de extradição de Zambelli, que possui cidadania italiana e se mudou para o país europeu após a condenação. O caso está sendo acompanhado pela Interpol e pelas autoridades dos dois países.

A bolsonarista foi condenada a 10 anos de prisão e à perda do mandato pelo STF, por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Primeira Turma da Corte rejeitou, por unanimidade, um recurso da defesa, e o caso já transitou em julgado. Ou seja, não cabem mais recursos.

Após a condenação, a parlamentar fugiu do país e está atualmente na Itália e seu nome foi incluído na lista da Interpol.

O pedido formal de extradição foi feito pelo STF ao governo da Itália no dia 11 de junho. Segundo o embaixador brasileiro no país europeu, o processo pode levar meses, já que envolve etapas jurídicas e decisão política.

Enquanto isso, Zambelli segue afastada da Câmara. Ela solicitou uma licença de 127 dias por “interesse particular”, e sua cadeira foi assumida temporariamente pelo suplente Coronel Tadeu (PL-SP), que já tomou posse.

Fonte: DCM

Eduardo Bolsonaro pode ser alvo de novo processo disciplinar por ameaças a delegado da PF

Deputado licenciado atacou novamente o delegado Fabio Shor e o ministro do STF Alexandre de Moraes durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais

     Eduardo Bolsonaro (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A Corregedoria da Polícia Federal avalia se instaurará um novo processo administrativo disciplinar (PAD) contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), após o parlamentar, que é escrivão da corporação, voltar a ameaçar autoridades públicas durante uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube. As informações são do Metrópoles.

Eduardo já responde a um PAD aberto em fevereiro deste ano, por conta de ameaças feitas ao delegado Fabio Alvarez Shor no plenário da Câmara dos Deputados. Shor é o responsável por conduzir inquéritos contra Jair Bolsonaro (PL), pai do parlamentar, no caso que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Durante a nova transmissão, Eduardo Bolsonaro voltou a hostilizar o delegado da PF, além de lançar ataques diretos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. “Cachorrinho da Polícia Federal que tá me assistindo, deixa eu saber, não. Se eu ficar sabendo quem é você… Ah, eu vou me mexer aqui. Pergunta ao tal delegado Fabio Alvarez Shor se ele conhece a gente”, afirmou. Na sequência, disse: “O couro é duro, a guerra não acabou, vai vir mais sacrifício aí pela frente. Eu sei disso, mas eu estou disposto a ir até as últimas consequências. Será que o Barroso está?”.

Diante do novo episódio, de acordo com a reportagem, integrantes da cúpula da Polícia Federal informaram ao Metrópoles que há uma discussão na Corregedoria sobre se será necessário abrir um novo PAD ou apenas anexar os fatos ao processo já existente. “A equipe da Corregedoria vai avaliar se é caso de juntar ou abrir novo”, disse uma das fontes. Outro investigador completou: “a conduta do investigado é reprovável. A situação tem sido analisada”.

A live foi transmitida no contexto do encerramento da licença parlamentar de Eduardo Bolsonaro. No vídeo, ele relembra a carta publicada após seu pai ser alvo de operação da PF e de medidas impostas pelo Supremo Tribunal Federal. Na gravação, o deputado insiste em ataques a Moraes. “O tempo todo, a gente tem que expor o nível de várzea que é o Moraes com a caneta do STF. O ideal seria ele fora do STF. Trabalharei para isso também, tá, Moraes? Então, quando a gente fala que o visto foi só o começo, é porque o nosso objetivo será te tirar da Corte. Você não é digno de estar no topo do Poder Judiciário. E eu estou disposto a me sacrificar para levar essa ação adiante”.

Durante o vídeo, o parlamentar também afirmou que preferia “morrer no exílio” a ser preso por determinação do ministro do STF. Em tom mais informal, Eduardo interagiu com a filha de quatro anos, que aparecia com bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos. “O papai é o quê?”, perguntou. “Animal”, respondeu a menina. Após a risada do pai, ela completou: “Herói”. Na sequência, os dois entoaram: “O papai é o herói. É o melhor papai. É o melhor de todos que eu já vi”. “Vocês acham mesmo que eu vou forçar minha família a entrar numa cadeia? Prefiro morrer aqui no exílio”, afirmou Eduardo após a cena com a filha.

O deputado é investigado no Supremo Tribunal Federal pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles