“Chega a ser um escárnio levar bandeiras do Brasil para os atos de apoio aos traidores da pátria”, disse a ministra
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou duramente, em publicação nas redes sociais, os atos organizados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (3). Segundo ela, os manifestantes usaram de forma indevida símbolos nacionais em defesa de figuras que considera responsáveis por ataques à democracia brasileira.
A declaração foi publicada após os protestos pró-Bolsonaro que ocorreram em 62 cidades do país, com pautas que incluíram críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), defesa de anistia para os réus do 8 de janeiro e ataques ao ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais contra Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.
“Chega a ser um escárnio levar bandeiras do Brasil para os atos de apoio aos traidores da pátria. Uma ofensa ao símbolo do país, que está sendo chantageado pelo tarifaço de Bolsonaro e pelos ataques de Trump ao Judiciário e à soberania nacional. Nunca foram patriotas, e isso está cada vez mais claro”, disse Gleisi.
As manifestações foram organizadas por parlamentares e apoiadores do ex-presidente. Bolsonaro, proibido pela Justiça de sair de casa nos fins de semana e monitorado por tornozeleira eletrônica, não compareceu presencialmente, mas participou por videochamadas. No Distrito Federal, acompanhou a manifestação por meio de uma assessora. Em outros estados, foi representado por familiares: no Rio de Janeiro, pelo filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ); em Belém, pela esposa, Michelle Bolsonaro.
Os atos incluíram pedidos de anistia não apenas a Bolsonaro, mas também aos demais réus e condenados pelos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. A ação penal em curso no STF afirma que Bolsonaro tentou se manter no poder mesmo após perder as eleições de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em Brasília, a manifestação foi realizada no Eixão Sul, próximo ao Banco Central. Devido à proximidade com o Hospital de Base, trios elétricos não foram autorizados, e os organizadores usaram carros de som com volume reduzido.
Fonte: Brasil 247
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