Grupo afirma ter superado número mínimo de apoios exigido pela Justiça Eleitoral para criar o partido "Missão", que pode disputar as eleições de 2026
Live do MBL que registrou o alegado alcance de assinaturas para abertura de partido próprio - 26/06/2025 (Foto: Reprodução/Youtube via G1)
O Movimento Brasil Livre (MBL) informou nesta quinta-feira (26), em reportagem divulgada inicialmente pela CNN Brasil, que alcançou o número mínimo de apoios exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para oficializar a criação de um novo partido político, o "Missão".
Segundo o grupo, foram registradas 547.110 assinaturas válidas no Sistema de Apoiamento a Partido em Formação (SAPF), superando por margem estreita o mínimo necessário de 547.042 apoios.
Desde 2023, o MBL tem se mobilizado para sair da condição de grupo de pressão e consolidar-se como legenda própria, com presença nas urnas. Ao longo desse processo, os integrantes do movimento alegam ter reunido mais de 800 mil assinaturas em todo o país, embora somente parte delas tenha sido validada pelo TSE até o momento.
◉ Live para celebrar e formalização no TSE
A confirmação do marco foi comemorada em uma transmissão ao vivo nas redes do movimento. Durante a live, realizada por volta das 13h30, o secretário-geral da futura legenda, Victor Couto, apresentou um documento emitido pela Justiça Eleitoral. "É com esse documento que a gente pode ir para o TSE", declarou, enfatizando a nova etapa do processo.
Agora, o grupo poderá protocolar o pedido de registro formal do partido junto ao TSE. A criação oficial depende da aprovação do estatuto e do registro do órgão de direção nacional pela Corte Eleitoral.
Se autorizado, o Missão será a 30ª legenda política oficialmente registrada no Brasil. A última sigla a obter esse reconhecimento foi a Unidade Popular, em 2023.
◉ Planos para 2026 e reunificação interna
A expectativa do MBL é concluir a formalização do Missão a tempo das eleições gerais de 2026. Embora não tenha direito aos recursos plenos do fundo partidário — que são distribuídos com base no desempenho eleitoral —, a nova sigla poderá lançar candidatos tanto para o Legislativo quanto para o Executivo.
O grupo também anunciou que pretende organizar prévias internas para escolher um nome à Presidência da República. Outro objetivo declarado é reunir, sob o novo partido, todos os seus membros que atualmente estão filiados a diferentes siglas, promovendo uma centralização de forças e estratégias.
A legenda pretende usar o número 14 nas urnas — algarismo que já foi símbolo de partidos de esquerda no passado, o que pode gerar disputas jurídicas pela numeração.
Fonte: Brasil 247
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