sábado, 2 de agosto de 2025

Datafolha: 47% aprovam revogação de visto de Moraes por Trump

Levantamento também apontou que as decisões judiciais do magistrado contra Jair Bolsonaro são bem vistas pela maioria dos brasileiros

Presidente dos EUA Donald Trump em Doha 15/5/2025 (Foto: REUTERS/Brian Snyder)

Uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (1º), revela que a decisão do governo do presidente Donald Trump de revogar o visto americano do ministro Alexandre de Moraes, de seus familiares e de outros integrantes do Supremo Tribunal Federal, é aprovada por 47% dos brasileiros. Outros 42% se dizem contrários à medida.

A sanção estadunidense foi motivada por decisões de Moraes contra Jair Bolsonaro, no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado. O ministro determinou medidas cautelares para impedir que o ex-presidente deixasse o país antes de ser julgado – entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar noturno.

O mesmo levantamento, por outro lado, aponta que essas decisões judiciais do magistrado contra o ex-mandatário são bem vistas pela maioria dos brasileiros: 55% dos entrevistados disseram aprová-las, enquanto 41% se mostraram contrários às restrições.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas em 130 municípios, nos dias 29 e 30 de julho, e tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Como a inclusão de Moraes na Lei Magnitsky – que prevê o congelamento de bens nos EUA por supostas violações de direitos humanos – só foi anunciada no dia 30, o levantamento não captou a repercussão dessa nova fase da ofensiva trumpista.

Fonte: Brasil 247

STF retomará julgamento de Zambelli por porte ilegal de arma de fogo

Esta poderá ser a segunda condenação da parlamentar na Corte. Ela já foi condenada pela invasão ao sistema eletrônico do CNJ, em 2023

      Carla Zambelli (Foto: Reprodução/Twitter)

André Richter, repórter da Agência Brasil - O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 15 de agosto a retomada do julgamento virtual que pode condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pela segunda vez na Corte. A parlamentar já foi condenada a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido em 2023.

O plenário voltará a julgar o processo no qual Zambelli foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

A parlamentar é ré no STF pelo episódio em que ela sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição começou após Zambelli e Luan trocarem provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.

Até o momento, o Supremo tem maioria de 6 votos a 0 para condenar a parlamentar a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto. Os ministros que votaram pela condenação também se manifestaram pela perda do mandato em função da condenação criminal.

Desde março deste ano, o julgamento estava suspenso por um pedido de vista feito pelo ministro Nunes Marques, que devolveu o processo para deliberação nesta sexta-feira (1°).

Os ministros que já votaram seguiram o entendimento do relator, Gilmar Mendes, para quem a reação armada diante de ofensas não encontra amparo no Estado Democrático de Direito.

"Ao adentrar no estabelecimento comercial com a arma em punho apontada para Luan, determinando repetidas vezes que o mesmo deitasse no chão, a ré claramente forçou-o a fazer ato contrário a sua vontade, utilizando-se da arma de fogo para subjugá-lo, mediante grave ameaça, restringindo sua liberdade momentaneamente", afirmou Mendes.

Além do relator, votaram pela condenação os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin.

Prisão

A deputada foi detida na última terça-feira (29), em Roma, onde tentava escapar do cumprimento de um mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes pela condenação no caso do CNJ.

Mais cedo, a Justiça da Itália decidiu manter a prisão de Carla Zambelli.

Por ter dupla cidadania, Zambelli deixou o Brasil em maio deste ano para buscar asilo político em terras italianas após ser

Após a fuga para a Itália, o governo brasileiro solicitou a extradição da deputada para o Brasil. Não há prazo para decisão final sobre a extradição, que será avaliada pela justiça italiana.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Datafolha: prisão de Bolsonaro divide brasileiros, e 51% duvidam que ela vá ocorrer

Pesquisa mostra empate entre os que defendem a prisão e os que querem o ex-presidente livre, enquanto Trump pressiona com sanções contra o Brasil

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes no STF - 10/06/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)

A nova pesquisa do Datafolha, divulgada pela Folha de S.Paulo, revela que a sociedade brasileira está profundamente dividida sobre o destino de Jair Bolsonaro (PL) diante do julgamento que apura sua participação na trama golpista de 2022. Segundo o levantamento, 48% dos entrevistados defendem que o ex-presidente seja preso, enquanto 46% querem que ele permaneça em liberdade. No entanto, a percepção predominante é de que Bolsonaro escapará da cadeia: 51% dos brasileiros acreditam que ele não será preso.

O levantamento foi realizado na terça (29) e na quarta-feira (30), com 2.044 entrevistados, e possui margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Em comparação à pesquisa de abril, houve uma inversão dentro do limite da margem de erro: antes, 52% defendiam a prisão de Bolsonaro e 42% eram contrários. Agora, há um empate virtual, refletindo uma mudança momentânea de ânimos.

◈ Contexto internacional e pressão dos EUA

A divulgação da pesquisa ocorre em meio à crise diplomática entre Estados Unidos e Brasil. O presidente americano Donald Trump, em seu segundo mandato desde 2025, encampou o discurso de que Bolsonaro é vítima de perseguição política. O republicano chegou a usar esse argumento para justificar tarifas mais altas sobre produtos brasileiros, aumentando a tensão bilateral.

A ofensiva de Trump é sustentada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que se mudou para os Estados Unidos para liderar uma campanha em favor da anistia do pai. Paralelamente, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator do processo, tornou-se alvo direto do presidente americano. Moraes teve o visto americano revogado e, recentemente, foi incluído em uma lista de sanções dos EUA que congela bens de estrangeiros acusados de violar direitos humanos — uma norma originalmente desenhada para ditadores e criminosos internacionais. A medida deve ser contestada na Justiça por ilegalidade.

◈ Julgamento e acusação no Brasil

Bolsonaro será julgado no Supremo Tribunal Federal sob acusação de ter fomentado uma conspiração para se manter no poder após ser derrotado pelo presidente Lula (PT) no segundo turno de 2022. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, a articulação envolveu políticos e militares, mas fracassou e desaguou nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Se condenado, o ex-presidente pode enfrentar uma pena que varia de 12 a 43 anos de prisão. Bolsonaro nega todas as acusações e mantém o discurso de perseguição política, que encontrou eco junto à base bolsonarista e na articulação internacional liderada por Trump.

◈ Quem quer ver Bolsonaro preso

A pesquisa Datafolha também mostrou divisões regionais e sociais. Os que mais defendem a prisão do ex-presidente são eleitores que ganham até dois salários mínimos, nordestinos e apoiadores do PT. Já o apoio à inocência de Bolsonaro é maior entre evangélicos, moradores do Sul e integrantes da classe média mais baixa que se identificam com o bolsonarismo.

Apesar das tensões políticas e internacionais, a expectativa majoritária segue a de que o julgamento em setembro não levará à prisão do ex-presidente, reforçando a percepção de impunidade que persiste em parte da opinião pública.

Fonte: Brasil 247

Haddad confirma intenção de mudar lei federal para que Estados comprem produtos que não serão exportados aos EUA

A ideia é utilizar os produtos alimentícios, como frutas e peixes, na merenda escolar

    Ministro da Fazenda, Fernando Haddad - 10/07/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou, nesta sexta-feira (1º), que o governo federal avalia propor mudanças na legislação para permitir que Estados brasileiros comprem produtos que correm o risco de não serem exportados devido à nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos. A informação é do Valor Econômico.

A proposta foi apresentada pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), durante reunião com Haddad em Brasília. A ideia é utilizar os produtos alimentícios, como frutas e peixes, na merenda escolar.

Segundo Haddad, a sugestão de redação para alterar a lei já foi encaminhada e está sendo analisada pela equipe econômica. Ele ressaltou que a autorização seria voltada exclusivamente para essa situação emergencial, provocada pelo tarifaço anunciado pelo governo do presidente Donald Trump.

"Eu não acredito num grande impacto macroeconômico. Nós estamos muito mais preocupados com o micro do que com o macro nesse momento", avaliou o ministro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Valor Econômico

Amoêdo ataca silêncio de governadores sobre sanção a Moraes: 'não são políticos assim que precisamos'

Críticas foram dirigidas aos governadores Tarcísio de Freitas , Ronaldo Caiado, Ratinho Jr., e Romeu Zema

    João Amoêdo (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

O empresário João Amoêdo usou as redes sociais para criticar o silêncio dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Ratinho Jr. (PSD-PR) e Romeu Zema (Novo-MG) em torno da aplicação da Lei Magnitsky pelo governo dos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“Tarcísio, Caiado, Ratinho Jr. e Zema seguem em silêncio sobre a aplicação da Lei Magnitsky contra um ministro do STF. Em vez de defender a autonomia do Brasil, a nossa Constituição e o cumprimento das leis, os governadores, com medo de perder o apoio de eleitores bolsonaristas, optaram pela omissão. Depois de uma postura de submissão a Bolsonaro em inúmeras ocasiões, agora dão uma demonstração de covardia.
Não são políticos assim - incapazes de liderar e de colocar princípios acima do cálculo eleitoral - que precisamos para presidir o Brasi”, escreveu Amoêdo no X (antigo Twitter).

A sanção do governo dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes foi anunciada em 30 de julho, com a justificativa de que o magistrado estaria envolvido em “censura opressiva, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”. Bolsonaro está inelegível até 2030 e é réu em uma ação penal que tramita no STF pela suposta participação em uma trama de golpe de Estado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou solidariedade ao ministro do STF e classificou como “inaceitável a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira”.
Fonte: Brasil 247

Governo autorizará estados a comprar alimentos afetados por tarifaço

Segundo o ministro da fazenda, Fernando Haddad, a União está disposta a mudar legislação

     (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil - O governo federal está disposto a alterar a legislação para que governos locais comprem alimentos que deixarem de ser exportados aos Estados Unidos para compor a merenda escolar, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele reuniu-se nesta sexta-feira (1º) com o governador do Ceará, Elmano de Freitas, que apresentou a sugestão de que o estado nordestino compre peixes e frutas, afetados pela tarifa de 50%.

“O governador [Elmano] apresentou um plano mais amplo, não só para a merenda escolar. Ele apresentou um plano mais amplo. Essas compras seriam feitas pelo Executivo estadual, mas dependem de uma lei federal, de uma autorização federal. Ele está mandando a sugestão de redação, nós vamos processar”, declarou Haddad na saída do Ministério da Fazenda.

Mais cedo, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que o governo está aberto a comprar alimentos de setores afetados pelo tarifaço e distribuí-los às escolas públicas, reforçando a merenda escolar ou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A medida faria parte do plano de contingência em discussão no governo.

A mudança na legislação, que pode ocorrer por meio de medida provisória ou projeto de lei, é necessária porque exigiria mudanças na regulação de compras governamentais. Em vez de seguir a lógica tradicional, com pregões eletrônicos pelo menor preço, com margem de preferência para produtos nacionais e cota de pelo menos 30% para produtos da agricultura familiar (no caso do PAA), as compras passariam a beneficiar exportadores.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Ações conjuntas de municípios buscam proteção de mananciais e o saneamento rural

 

Fotos: Divulgação 


Ao participar nesta sexta-feira de evento técnico na 16ª Regional de Saúde de Apucarana, o secretário de estado da saúde, Beto Preto, enalteceu a proposta dos municípios da região em defesa da qualidade da água e do saneamento na zona rural. “A proposta serve de exemplo para as demais regiões do Paraná, considerando a importância da qualidade da água para consumo humano e também mais qualidade de vida com o saneamento no meio rural”, destacou Beto Preto.

O secretário lembrou que o governo Ratinho Junior avançou muito em saneamento urbano. “Agora é preciso olhar com mais carinho para a zona rural”, frisou, acrescentando que é inadiável melhorar a qualidade de vida e conter a migração das famílias para as cidades.

O evento técnico reuniu prefeitos e secretários municipais do meio ambiente, da saúde e da agricultura de quase todos municípios da região. Também participaram técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura; do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR); da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar); e da Sanepar, além de equipes da Vigilância Sanitária e da Atenção Primária à Saúde.

Durante o evento foram ministradas três palestras com os temas: “Qualidade da Água e Saneamento Rural”, por André Romagnoli (Sesa) e Claudinei Janjacomo (Sesa); “Soluções Tecnológicas para o Saneamento Rural”, por Ilson dos Santos Moreira (IDR); e “Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar”, por Cecília Tomaz de Aquino (SIP/POA/ADAPAR).

MAIS SAÚDE NO CAMPO - O diretor da 16ª Regional de Saúde, Lucas Leugi, agradeceu a participação do secretário Beto Preto, de prefeitos, secretários e técnicos dos municípios da região. “Faço questão de enaltecer a iniciativa deste movimento lançado pelo médico veterinário da SESA, Dr. André Romagnoli, que deve acelerar os resultados do Programa Mais Saúde no Campo”, assinalou Leugi, emendando que “o foco das ações pelos municípios é garantir melhores condições de renda, saneamento e qualidade de vida no meio rural.


O agrônomo, Cristovon Ripol, chefe do Núcleo Regional da Seab em Apucarana, enfatizou que são relevantes a adoção de medidas para garantir a qualidade da água para consumo humano e a produção de alimentos. “Precisamos do empenho de todos para manter as famílias no campo, sob risco de redução drástica da população rural e queda na produção de alimentos”, avaliou Ripol.

O médico veterinário André Romagnoli citou alguns erros cometidos por agricultores, que comprometem mananciais e minas. “Um exemplo disso são fossas sépticas instaladas junto a nascentes e rios. Vamos monitorar e orientar as famílias para a preservação e qualidade da água”, assinalou Romagnoli. Segundo ele, a partir de agora, será criado um grupo técnico para o encaminhamento prático de um plano de saneamento ambiental no meio rural.

O Programa“Mais Saúde no Campo” vai envolver trabalhos das equipes das secretarias de estado da saúde e da Agricultura, além de órgãos técnicos do Governo do Estado, como Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

Fonte: Assessoria de imprensa

Michelle nega participação em ato bolsonarista e irrita aliados


Michelle em manifestação bolsonarista. Foto: reprodução

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) decidiu não comparecer ao ato bolsonarista marcado para o próximo domingo (3) na Avenida Paulista, em São Paulo, mantendo sua agenda prévia no Pará. A decisão causou mal-estar entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e membros do PL, que esperavam sua presença como representante do marido no evento.

O protesto, que pedirá o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do presidente Lula (PT), além da anistia a Bolsonaro pelo Congresso, ocorrerá sem a participação do ex-presidente, que está impedido de deixar Brasília por decisão judicial. Ele também não pode sair de casa aos finais de semana.


A expectativa era que Michelle assumisse o papel de principal voz da família Bolsonaro no ato, mas ela manteve seu compromisso com um encontro do PL Mulher em Marabá (PA), que começa no sábado (2).

Descontentamento entre aliados

A postura de Michelle gerou reações fortes no campo bolsonarista, segundo a Folha de S.Paulo. Um parlamentar do PL, que preferiu não se identificar, classificou a decisão como “um absurdo”.

“Não dá para imaginar o que a ex-primeira-dama poderia ter de mais importante para fazer no próximo domingo do que representar o marido, que é também o maior líder da direita no Brasil, num evento que vai protestar contra a provável prisão dele”, afirmou.

Jair Bolsonaro mostrando a tornozeleira eletrônica. Foto: reprodução

Outros apoiadores do ex-presidente especulam que Michelle estaria buscando se distanciar do marido em um momento de desgaste político, especialmente após as recentes tarifas impostas pelo presidente estadunidense Donald Trump contra o Brasil. “Ela pode estar pensando que, neste momento, o melhor é se preservar”, disse um bolsonarista envolvido na organização do ato.

A decisão de Michelle não é vista como totalmente inesperada por alguns aliados. Um apoiador de Bolsonaro lembrou que a ex-primeira-dama nem sempre esteve presente em momentos críticos da trajetória política do ex-presidente. “Embora incompreensível, não é exatamente uma surpresa”, afirmou à Folha.

Tantas ausências deixam o ato sem figuras de destaque do bolsonarismo no palanque principal.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Eliane Cantanhêde é demitida da GloboNews


     Eliane Cantanhêde

A jornalista Eliane Cantanhêde foi demitida da GloboNews nesta sexta-feira (1º), após 15 anos como comentarista política do canal.

A saída, oficialmente tratada como “em comum acordo”, foi, segundo apuração do site TV Pop, uma decisão da emissora motivada por desgastes internos, culminando com um comentário polêmico feito pela analista em junho durante o programa Em Pauta.

Na ocasião, Cantanhêde questionou por que mísseis disparados pelo Irã causavam menos mortes do que os ataques de Israel contra Gaza. A fala gerou críticas intensas nas redes sociais, ela foi atacada pelos colegas e a GloboNews foi obrigada a divulgar uma nota pública de desculpas.

Desde então, sua permanência na emissora tornou-se insustentável.

Sem saber da decisão da emissora, Eliane participou normalmente de seu último dia de trabalho, na quinta-feira (31), e até foi alvo de uma brincadeira do apresentador Marcelo Cosme durante o programa.

Após ser informada de seu desligamento, a jornalista se despediu nas redes sociais: “Depois de 15 anos felizes e de muita energia na GloboNews, é hora de parar e reservar as noites para meus livros, séries e um bom vinhozinho”.

Fonte: DCM

8/1: STF forma maioria para condenar golpista que sentou na cadeira de Moraes


Fábio Alexandre de Oliveira sentado na cadeira de Alexandre de Moraes no 8/1. Foto: reprodução

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (1º) para condenar o mecânico Fábio Alexandre de Oliveira, de 45 anos, a 17 anos de prisão por participação nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Durante os atos golpistas, ele foi filmado sentado em uma cadeira do STF, insultando o ministro Alexandre de Moraes e dizendo: “Cadeira do Xandão aqui. Aqui, ó vagabundo. É o povo que manda nessa p…a, ca…lho”.

Moraes, relator do caso, votou pela condenação por cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. Ele também propôs multa de R$ 30 milhões em danos morais coletivos.

“É extremamente grave a conduta de participar de concerto criminoso para aniquilar os pilares do estado democrático”, afirmou Moraes. Os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam o voto, com Zanin fixando pena menor: 15 anos.

A defesa de Oliveira, morador de Penápolis (SP), pediu absolvição por falta de provas, argumentando que mensagens e vídeos não comprovam associação criminosa. O mecânico afirmou em depoimento que sentou na cadeira do STF como “brincadeira” e que o vídeo seria uma “lembrança”, sem intenção criminosa.

Fonte: DCM

STM retoma sessões com ato de desagravo ao STF e crítica a sanções dos EUA

Artur Vidigal fez duro pronunciamento contra o que classificou como “tentativas de intimidação institucional”

     Sessão do Superior Tribunal Militar (Foto: Divulgação)

Na retomada dos trabalhos após o recesso forense, o Superior Tribunal Militar (STM) realizou nesta sexta-feira (1) a primeira sessão de julgamento do mês de agosto. Em pauta, quatro processos envolvendo crimes como importunação sexual, estelionato contra idoso, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Mas o momento de destaque da sessão foi a manifestação do ministro Artur Vidigal de Oliveira, que apresentou um ato de desagravo ao Supremo Tribunal Federal (STF) em reação às sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes pelo governo dos Estados Unidos.

Intitulada “A Defesa Inegociável da Independência Judicial”, a fala de Vidigal foi um duro pronunciamento contra o que classificou como “tentativas de intimidação institucional”. O ministro afirmou que ataques ao STF são também agressões à ordem constitucional e alertou para os riscos que isso representa à democracia brasileira.
“Não podemos permanecer inertes diante de ataques que, sob falsa retórica, buscam deslegitimar magistrados e subverter a ordem constitucional. Quando se tenta pautar o Judiciário pela força ou pela ameaça, substitui-se a balança da justiça pela vontade da turba. Isso é inaceitável”, declarou.

Segundo Vidigal, o desagravo representa um “escudo em defesa da dignidade da justiça e da segurança jurídica”. O ato foi registrado em ata por determinação do vice-presidente da Corte, ministro Francisco Joseli Parente Camelo, que presidiu a sessão.

A manifestação de apoio ao STF também foi endossada pelo procurador-geral de Justiça Militar, Clauro Roberto de Bortolli, que destacou a autonomia do Judiciário como um valor fundamental que deve ser defendido contra qualquer tipo de pressão externa.

Apoio reiterado

O posicionamento do STM reforça apoio já manifestado anteriormente. Em 14 de julho, a presidente do tribunal, ministra Maria Elizabeth Rocha, publicou nota oficial em defesa do STF, em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump sobre produtos brasileiros.

Na ocasião, Rocha classificou como “altiva e pedagógica” a carta do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e enfatizou que “sem um Poder Judiciário forte e independente, não se pode falar em Estado Democrático de Direito nem em segurança jurídica”.

Fonte: Brasil 247

EUA deportam segunda fugitiva dos atos golpistas

Foi a terceira fuga de Rosana Maciel Gomes desde que deixou o Brasil

      Atos Golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

Os Estados Unidos deportaram nesta sexta-feira (29) a segunda brasileira fugitiva condenada pelos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. A autônoma Rosana Maciel Gomes, 52 anos, condenada a 14 anos de prisão. Foi a terceira fuga de Rosana desde que deixou o Brasil, em janeiro de 2024.

O avião com dezenas de brasileiros deportados chegará por volta das 20h ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. A bolsonarista fugiu do Brasil em janeiro de 2024. Com seus bens bloqueados no Brasil, Rosana afirmou que não tinha dinheiro para pagar pelos telefonemas de dentro da prisão. Eles custavam US$ 0,37 (R$ 2,05) por minuto.

No processo dos atos golpistas, o advogado Hélio Ortiz Júnior disse que não havia provas contra sua cliente. Ela negou ter participado de golpe ou depredado patrimônio: "Quando entrou no Palácio do Planalto, viu que os bens públicos estavam danificados e não danificou qualquer bem, tanto que ficou em estado de choque de ver uma situação daquela".

O Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu sentenças contra 643 indivíduos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. Os dados foram consolidados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que encaminhou as denúncias ao tribunal.

Entre os crimes atribuídos aos condenados estão associação criminosa armada, dano qualificado, destruição de patrimônio tombado, tentativa de golpe de Estado e atentado contra o Estado Democrático de Direito. As penas variam de três a 17 anos de prisão.

Além da prisão, os réus terão que arcar, solidariamente, com uma indenização de R$ 30 milhões pelos prejuízos causados durante as invasões. O valor refere-se à depredação de mobiliário histórico, obras de arte, equipamentos eletrônicos e outras estruturas danificadas nos prédios públicos.

Fonte: Brasil 247

"Que os traidores entendam: o Brasil é um país soberano, assim como suas instituições", diz Gleisi

Ministra reagiu às sanções dos EUA a Moraes e disse que Judiciário não se curvará a pressões externas

       Gleisi Hoffmann (Foto: Jose Cruz/Agência Brasil)

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta sexta-feira (1) que “o Brasil é um país soberano, assim como suas instituições”, em reação às recentes sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita nas redes sociais após a abertura da primeira sessão plenária da Corte neste segundo semestre, marcada por manifestações firmes de defesa da soberania nacional e do próprio STF.

“A sessão de abertura do STF foi um grande momento de afirmação da dignidade da Corte e da soberania nacional”, escreveu Gleisi. “Os ministros Barroso, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes reagiram com firmeza às chantagens e deixaram claro que o Judiciário não vai se curvar a ingerências externas.”

A ministra destacou ainda a solidariedade expressa ao ministro Moraes pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, em nome do governo federal. Ao final da publicação, mandou um recado: “Que os traidores entendam: o Brasil é um país soberano, assim como suas instituições.” A mensagem foi acompanhada da hashtag #BrasilcomSTF.


Sessão marcada por defesa do Judiciário

Na sessão do STF, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, abriu os trabalhos com um discurso duro contra as ameaças à democracia e em defesa de Moraes. Barroso mencionou episódios recentes de violência política, ataques institucionais e tentativas de golpe de Estado, como a invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, o STF, ao lado da sociedade civil e da imprensa, teve papel decisivo para conter o colapso das instituições.

Alexandre de Moraes também falou. Ele classificou como “atos de traição à pátria” as articulações de brasileiros junto ao governo Trump para impor sanções contra ele e o Brasil. Sem citar nomes, o ministro associou diretamente essas ações a “milicianos do submundo do crime”, e destacou que o objetivo das manobras seria gerar instabilidade econômica e social, criando o ambiente para novo ataque às instituições.

Gilmar Mendes reforçou o tom. Disse que aqueles que “se dizem patriotas” mas trabalham contra os interesses do país serão alvos de uma “resposta à altura” do Estado brasileiro. Em referência ao deputado Eduardo Bolsonaro, sem citá-lo diretamente, Gilmar falou em “ato de lesa-pátria” cometido por quem “fugiu do país para covardemente difundir aleivosias contra o STF”.

Fonte: Brasil 247

Em nova ofensiva contra o STF, Eduardo Bolsonaro pede aos EUA bloqueio total de contas de Moraes

Deputado levou à gestão Trump tradução de reportagens brasileiras e ouviu que bloqueio financeiro por meio da Lei Magnitsky se aplicaria a qualquer moeda

          Deputado Eduardo Bolsonaro - 24/02/2024 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reuniu-se com representantes do Departamento de Estado dos Estados Unidos para discutir a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, Eduardo apresentou traduções de matérias da imprensa brasileira que abordam a interpretação dos bancos em relação à sanção imposta a Moraes pelo governo do presidente Donald Trump. Segundo as reportagens compartilhadas pelo parlamentar, o entendimento predominante entre as instituições financeiras no Brasil seria de que a restrição se limitaria a transações em dólar, mantendo liberadas as operações em moeda nacional.

Contudo, conforme relato de interlocutores de Eduardo, os representantes do governo norte-americano contradisseram essa visão. Segundo eles, a sanção deveria implicar a proibição de movimentações bancárias em qualquer moeda. Nesse cenário, Alexandre de Moraes estaria, na prática, impedido de realizar qualquer operação financeira no sistema bancário.

Ainda segundo o relato feito por Eduardo a aliados, os representantes da administração Trump estariam considerando emitir um comunicado direto aos bancos brasileiros para esclarecer os efeitos da sanção ou, eventualmente, adotar medidas punitivas contra as instituições que descumprirem as restrições previstas.

A atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos foi duramente criticada por ministros do Supremo durante a reabertura dos trabalhos do Judiciário, nesta sexta-feira (1). Sem citar nomes, o decano da Corte, Gilmar Mendes, afirmou que "não é segredo para ninguém que os ataques à nossa soberania foram fomentados por radicais", acrescentando que "um deputado, na linha de frente do entreguismo, fugiu covardemente" aos Estados Unidos para fomentar ataques ao Supremo, o que caracterizaria, segundo ele, "um verdadeiro ato de lesa-pátria".

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também se manifestou de forma enfática em defesa de Moraes. Em discurso de abertura da sessão, afirmou que o colega agiu com "bravura" e pagou "altos custos pessoais" para conter o avanço do autoritarismo e preservar a democracia no país.

O próprio ministro Alexandre de Moraes abordou o tema em sua fala. Sem mencionar diretamente o nome de Eduardo, o ministro associou as investidas atuais contra ele a um padrão já conhecido. Segundo Moraes, os autores dessas ações "repetem o modus operandi da tentativa de golpe" registrada nos ataques de 8 de janeiro de 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Trump depois de lançar guerra comercial contra o Brasil: 'Lula pode falar comigo quando quiser'

Na avaliação feita pelo representante da extrema direita norte-americana, "as pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada"

     Lula e Donald Trump (Foto: ABR | Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (1º) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ligar para o norte-americano "quando quiser". O chefe da Casa Branca concedeu as declarações após o governo dos Estados Unidos anunciar na última quarta (30) um tarifaço de 50% contra as exportações brasileiras e uma lista de sanções aplicadas sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

"Ele pode falar comigo quando quiser", disse Trump, que também voltou a cutucar o país sul-americano. "As pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada", continuou ele ao defender Jair Bolsonaro (PL), réu na investigação da trama golpista. O inquérito conduzido no Supremo foi o motivo para as sanções contra a economia brasileira e contra o magistrado. O presidente americano deu entrevista à repórter Raquel Krähenbühl, da TV Globo.

Ao comentar sobre o tarifaço, Trump preferiu não dar maiores detalhes da medida, mas voltou a cutucar o governo brasileiro e o STF. "As pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada".

Após fazer sua crítica, o presidente norte-americano disse que "ama o povo do Brasil" e evitou antecipar alguma outra medida contra o país sul-americano. "Vamos ver o que acontece".

O motivo para o tarifaço e para as sanções contra Moraes é a investigação da trama golpista conduzida pelo STF. Aliado de Trump, Jair Bolsonaro (PL) é réu no inquérito e corre sério risco de ser preso. Somadas, as penas para os cinco crimes atribuídos ao ex-mandatário ultrapassam os 40 anos de prisão.

Conforme as sanções anunciadas pelos EUA, quaisquer ativos ou valores financeiros do magistrado que estejam sob jurisdição norte-americana serão congelados e reportados ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC). O magistrado está proibido de fazer qualquer operação financeira em instituições norte-americanas.

Em resposta, o ministro afirmou a pessoas próximas que a decisão "não terá impacto" em sua situação, já que ele não possui contas, investimentos ou propriedades em território estadunidense.

Fonte: Brasil 247 com informaçõesa da TV Globo

PF prendeu 73 CACs em 2025 por crimes como homicídio, estupro e milícia

Segundo balanço obtido pela Folha, crimes incluem tráfico de drogas, feminicídio e lavagem de dinheiro; SP e MG concentram mais prisões

PF prende 73 CACs em 2025 por crimes como homicídio, estupro e milícia (Foto: REUTERS/Diego Vara)

A Polícia Federal prendeu, desde o início de 2025, ao menos 73 caçadores, atiradores e colecionadores — os chamados CACs — acusados de envolvimento em crimes como homicídio, estupro, roubo e participação em milícias. Os dados constam de um balanço concluído nesta sexta-feira (10) e revelado pela Folha de S.Paulo.

Entre os presos, há acusados por estelionato, feminicídio, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, organização criminosa e estupro de vulnerável. São Paulo (com 19 prisões) e Minas Gerais (com 12) lideram os números, conforme o levantamento da PF.

Entre os casos mais graves, um dos detidos já havia sido condenado por tráfico, homicídio e envolvimento com facções criminosas há mais de duas décadas. Outro possuía três mandados de prisão em aberto por crimes similares, além de estupro. Como consequência, seis CACs tiveram seus certificados de registro suspensos, e dois processos de cassação foram instaurados.

◈ Exército perdeu competência após falhas apontadas pelo TCU

Desde julho, a PF assumiu oficialmente a responsabilidade sobre a emissão dos certificados de registro e o cadastro de armas dos CACs — funções antes desempenhadas pelo Exército. A mudança foi determinada por decreto presidencial em 2023, após o Tribunal de Contas da União (TCU) constatar falhas graves na fiscalização militar.

Um relatório do TCU revelou que, entre 2019 e 2022, ao menos 5.200 pessoas com condenações criminais conseguiram obter, renovar ou manter seus registros de CAC por meio do Exército. Muitos estavam condenados por porte ilegal de armas, lesão corporal ou tráfico de drogas.

A nova legislação estabeleceu um processo de recadastramento, inclusive para armas de uso restrito, que devem ser apresentadas fisicamente à autoridade policial.

◈ Explosão de armas sob Bolsonaro e retração com Lula

Com a mudança de governo, o cenário do armamento civil no Brasil também foi alterado. A gestão de Jair Bolsonaro, presidente dos Estados Unidos e então chefe do Executivo brasileiro, ficou marcada pela liberação ampla de armas. O número de novos registros disparou até 2022.

Sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, as regras ficaram mais rígidas e houve queda de 91% nas compras de armas. Segundo os dados mais recentes, foram adquiridas 39.914 armas em 2024, contra 448.319 no último ano de Bolsonaro à frente do Planalto.

Apesar da queda, o perfil das compras se manteve. As pistolas continuam sendo as preferidas pelos CACs, seguidas por carabinas, espingardas, revólveres e fuzis.

◈ Números da nova fiscalização

Nos primeiros 30 dias de atuação da PF na fiscalização direta dos CACs, foram iniciados 100.450 requerimentos de guias de tráfego — documento necessário para transporte de armas e munições. Também foram registrados 54.067 recolhimentos de Guia da União (relacionada ao pagamento de taxas e multas), dos quais 51.472 foram deferidos.

Hoje, estima-se que existam cerca de 1,3 milhão de armas em posse de CACs no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo