quinta-feira, 19 de junho de 2025

Lula diz que disputará reeleição para derrotar a extrema-direita em 2026

Em entrevista ao podcast Mano a Mano, presidente critica desmonte institucional deixado por Bolsonaro e anuncia novas medidas sociais para este ano

Presidente Lula concede entrevista ao rapper Mano Brown e à jornalista Semayat Oliveira (Foto: Reprodução 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que pretende disputar a reeleição em 2026, caso entenda que sua candidatura é necessária para enfrentar a direita no país. “Podem procurar o candidato que quiserem, se eu for candidato é para ganhar as eleições”, afirmou durante entrevista ao podcast Mano a Mano, apresentado pelo rapper Mano Brown e pela jornalista Semayat Oliveira. O episódio foi publicado na madrugada desta quinta-feira (19) no Spotify.

Em um tom mais pessoal e descontraído, Lula comentou os movimentos de nomes da direita que despontam como possíveis adversários eleitorais, como os governadores Romeu Zema (Novo, MG), Tarcísio de Freitas (Republicanos, SP) e Ratinho Júnior (PSD, PR). O presidente citou os três diretamente, reagindo à articulação de candidaturas que buscam ocupar o espaço deixado por Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030.

A conversa com Mano Brown, que teve mais de duas horas de duração, abordou também temas como governabilidade, reconstrução institucional e novas ações do governo federal. Em sua segunda participação no programa, Lula criticou duramente o que chamou de “destruição proposital” promovida pelo governo anterior. “De vez em quando eu olho para a destruição na Faixa de Gaza e fico imaginando o Brasil que encontramos. Não temos mais ministério do Trabalho, de Igualdade Racial, de Direitos Humanos, de Cultura. Foi uma destruição proposital”, afirmou.

Lula defendeu as articulações políticas feitas por seu governo com partidos de centro e centro-direita para garantir maioria no Congresso. “Para que as pessoas compreendam, eu elegi 70 deputados do meu partido. O Congresso Nacional tem 513 deputados. É só analisar para saber que preciso fazer composições políticas para governar o país, senão não consigo”, explicou, em resposta à jornalista Semayat Oliveira, que também participou do episódio.

Ao falar sobre as prioridades do governo, o presidente anunciou que deve lançar, ainda neste mês, uma linha de crédito para reforma de moradias e outra para a compra de motos elétricas por entregadores de aplicativos. Prometeu ainda, até o fim do ano, incluir o gás de cozinha na cesta básica, o que permitiria, segundo ele, fornecer o produto gratuitamente a cerca de 17 milhões de famílias brasileiras.

Outro ponto abordado foi a regulação das redes sociais, tema que Lula considera fundamental para a preservação da democracia. “Se não regularmos, estamos vulneráveis”, afirmou, defendendo um novo marco regulatório para combater a desinformação e o discurso de ódio.

Ouça a entrevista do presidente Lula ao Mano a Mano:
Fonte: Brasil 247

Lula reconhece impacto das fraudes do INSS na popularidade do governo: 'cabe a nós dizer quem fez aquilo'

“É normal que as pessoas pensem que foi no governo Lula, porque fomos nós que descobrimos”, avaliou o presidente, responsabilizando Bolsonaro

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

As denúncias de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) provocaram desgaste na imagem do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista ao podcast “Mano a Mano”, conduzido por Mano Brown e Semayat Oliveira, Lula reconheceu que os escândalos contribuíram para a queda de sua popularidade, apontada por pesquisas recentes. A conversa foi gravada no último domingo (15) no Palácio da Alvorada e publicada na madrugada desta quinta-feira (19), informa o Valor Econômico.

“Eu sempre acho que pesquisa é uma fotografia do momento”, afirmou Lula, ao comentar os números desfavoráveis. “Até o segundo semestre deste ano, eu dizia para as pessoas: não há por que ainda terem a afirmação de que o governo está indo muito bem, porque a gente não está entregando as coisas que nós temos que entregar. Este é o ano da colheita. Nós vamos entregar".

Nos últimos dias, os institutos Datafolha e Ipsos-Ipec divulgaram levantamentos apontando a insatisfação crescente com a gestão federal. Segundo o Datafolha, 40% consideram o governo ruim ou péssimo, enquanto 28% o avaliam como ótimo ou bom. A pesquisa Ipsos-Ipec mostra cenário semelhante: 43% de avaliação negativa e apenas 25% positiva.

Lula associou diretamente as denúncias no INSS ao impacto nos índices de aprovação. Ele enfatizou que as irregularidades vieram à tona graças à atuação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal, que detectaram um esquema envolvendo entidades criadas durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

“Quando sai uma denúncia de corrupção no meu governo, é normal que, no momento, as pessoas pensem que foi no governo Lula, porque fomos nós que descobrimos. Então, cabe a nós dizer em alto e bom som por que aconteceu aquela corrupção, quem foi que fez aquilo, quem é a quadrilha que estava por trás daquilo”, afirmou o presidente. “Eles sempre vão dizer que fomos nós, e nós sempre vamos dizer a verdade".

Lula detalhou o funcionamento do esquema, revelando que os aposentados tinham seus nomes utilizados como sócios fraudulentos e eram lesados com descontos indevidos. “Eles facilitaram para que os caras pudessem cobrar dos aposentados, colocar seus nomes como se fossem os sócios, mandaram o nome do aposentado como se fosse para o INSS, o INSS mandava para o Serpro e o Serpro autorizava o pagamento de um desconto". Segundo ele, as investigações continuam e “certamente” os responsáveis serão presos.

Escolha de Alckmin e defesa da governabilidade - Questionado sobre a escolha de Geraldo Alckmin (PSB) como vice-presidente, Lula avaliou a decisão como estratégica, tanto para o equilíbrio político quanto para a estabilidade institucional. “Eu, sinceramente, acho que fiz um acerto em trazer o Alckmin para ser vice, porque senão, poderia trazer outra pessoa que, como o [Michel] Temer, desse um golpe na Dilma [Rousseff]. Ele não é esse tipo de gente”, disse o petista.

Ele também elogiou o desempenho do atual ministro da Indústria, destacando a atuação de Alckmin na reativação do setor produtivo. “Ele tem feito um trabalho extraordinário para reaquecer a indústria brasileira".

Comparação com Gaza e crítica ao governo Bolsonaro - Durante a entrevista, Lula voltou a criticar a herança deixada por Jair Bolsonaro, comparando a situação do país ao cenário de devastação na Faixa de Gaza. “De vez em quando, olho para a destruição na Faixa de Gaza e fico imaginando o Brasil que encontramos”, disse o presidente. Ele afirmou que encontrou uma estrutura estatal desmantelada: “aqui a gente não tinha mais Ministério do Trabalho, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, da Cultura. Tinha sido uma destruição proposital".

O presidente reforçou que Bolsonaro atuava contra instituições fundamentais para a democracia: “o presidente não gostava de nenhum ministério que pudesse ser uma alavanca de organização da sociedade".

2026 no horizonte - Indagado sobre uma possível candidatura à reeleição, Lula disse que ainda é cedo para bater o martelo, mas deixou claro que, caso decida concorrer, será para vencer. “Eu não sou um candidato meu, se eu estiver no momento eleitoral com a saúde que estou hoje, com a vontade que estou hoje, e com a disposição que eu tenho, eu serei candidato a ganhar as eleições".

Por fim, mandou um recado direto aos adversários: “a extrema direita está procurando candidato, eu vejo todo dia nomes, não tem problema, pode procurar quanto quiser: se eu for candidato é para ganhar as eleições. Se depender de meu esforço, a extrema direita não volta a governar este país".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

Bolsonaro era o principal destinatário de ações ilegais da Abin, diz relatório da PF

Relatório entregue ao STF detalha evidências de que Bolsonaro recebeu diretamente conteúdos de espionagem produzidos pela Abin sob comando de Ramagem

        Jair Bolsonaro no STF (Foto: Antonio Augusto / STF)


A Polícia Federal (PF) afirmou, em relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Jair Bolsonaro era o “principal destinatário do produto das ações clandestinas e da instrumentalização da Abin”, informa o jornal O Globo.

Apesar das conclusões da PF, Bolsonaro não foi incluído na lista de indiciados no caso da "Abin paralela", uma rede ilegal de espionagem montada na Agência Brasileira de Inteligência durante sua gestão. A exclusão se deve ao fato de o ex-presidente já responder por acusações semelhantes no Supremo, no âmbito da ação penal sobre a trama golpista de 2022.

De acordo com o relatório final da PF, diversos documentos apreendidos com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, estavam endereçados diretamente a Bolsonaro. Alguns arquivos levavam títulos como “Bom dia Presidente” e “Presidente TSE informa”, este último com críticas ao sistema eleitoral. Um trecho desse arquivo, por exemplo, foi enviado via WhatsApp a um contato identificado como “JB 01 8”, cuja foto de perfil era de Bolsonaro.

A Polícia Federal afirma que “Jair Messias Bolsonaro figura como o principal destinatário do produto das ações clandestinas e da instrumentalização da ABIN, ao tempo dirigida por Alexandre Ramagem, conforme se depreende das próprias anotações do então Diretor da ABIN”.

A PF detalha que essas anotações revelam que o material de espionagem era repassado diretamente ao então presidente da República, configurando o uso da estrutura estatal para fins alheios ao interesse público. Para os investigadores, trata-se de uma instrumentalização da máquina pública voltada para os interesses do núcleo político bolsonarista, com ataques direcionados a adversários políticos e ao sistema eleitoral.

Além do uso da Abin, o relatório também revela indícios de que Bolsonaro tentou interferir na Receita Federal. O objetivo seria dificultar ou impedir a produção de relatórios de inteligência que envolviam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente. Segundo depoimento do ex-secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, ele foi procurado por Flávio e, posteriormente, pressionado pelo próprio Jair Bolsonaro a não nomear o corregedor escolhido para o órgão.

Tostes relatou que Bolsonaro desejava nomear Dagoberto Lemos, auditor aposentado e ex-dirigente sindical, que havia conduzido apurações contra os auditores envolvidos no relatório sobre Flávio. Como Lemos já estava aposentado, um decreto presidencial chegou a ser editado para permitir sua nomeação, mas, diante dos impedimentos legais e da resistência de Tostes, este optou por pedir exoneração do cargo.

Apesar dos indícios levantados, a Polícia Federal justificou a não inclusão de Bolsonaro na lista de indiciados no caso da Abin paralela com o argumento de que ele já responde a acusações semelhantes em outra ação penal no STF.

Ao final do relatório, a PF conclui que “as ações clandestinas tinham seus produtos delituosos destinados ao interesse do núcleo político” do bolsonarismo. As práticas descritas, segundo os investigadores, configuram o uso indevido da inteligência estatal para fins eleitorais e pessoais, com potencial para abalar as bases republicanas do Estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Veja a lista dos 35 indiciados pela PF na Abin Paralela

A Polícia Federal identificou mais de 60 mil consultas ilegais de geolocalização feitas pela Abin entre 2019 e 2021, no governo Bolsonaro

       Fachada da Abin (Foto: Reprodução/Abin)

A Polícia Federal indiciou 35 pessoas no inquérito sobre o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro para espionagem contra lideranças tidas como opositoras do bolsonarismo.

A PF identificou 60.7 mil consultas ilegais de geolocalização feitas pela Abin entre 2019 e 2021. O esquema usou o sistema "First Mile", adquirido por dispensa de licitação por R$ 5,7 milhões e sem autorização judicial.

Bolsonaro não chegou a ser indiciado na Abin Paralela, porque já é réu no inquérito da trama golpista, uma investigação mais ampla e que tem como um de seus eixos de apuração o uso da agência para o monitoramento ilegal.

No caso das apurações sobre o plano golpista, o STF analisa o inquérito e tornou 31 réus, que estão respondendo a uma ação penal.

Veja os indiciados pela PF na Abin Paralela, conforme lista publicada no blog do Fausto Macedo:

  1. Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin
  2. Alexandre Ramalho Ferreira, policial federal cedido à Abin, onde foi lotado no gabinete de Ramagem
  3. Alan Oleskovicz, oficial de Inteligência da Abin
  4. Alessandro Moretti, ex-diretor-adjunto da Abin 
  5. Alexandre de Oliveira Pasiani, coordenador de Meios Técnicos da Abin
  6. Alexandre do Nascimento Cantalice, ex-diretor do Departamento de Operações de Inteligência da Abin
  7. Bruno de Aguiar Faria, ex-diretor substituto do Departamento de Operações de Inteligência da Abin
  8. Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro
  9. Carlos Magno de Deus Rodrigues, policial federal cedido à Abin, onde chefiou a Coordenação de Análise e Integridade Corporativa e depois a Coordenação de Análise de Redes Criminosas Transnacionais
  10. Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, diretor do Departamento de Inteligência Estratégia, depois transformado em Centro de Inteligência Nacional, e ex-diretor adjunto da Abin
  11. Daniel Ribeiro Lemos, analista político legislativo recentemente nomeado para gabinete da liderança do PL
  12. Eduardo Arthur Izycki, oficial de Inteligência da Abin e indiciado
  13. Felipe Arlotta Freitas, policial federal que atou como coordenador-geral de Contrainteligência da Abin
  14. Frank Márcio, diretor-adjunto da Abin na gestão Ramagem
  15. Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército cedido à Abin
  16. Henrique César Zordan, policial federal cedido à Abin e assessor direto de Ramagem
  17. José Matheus Salles Barros, assessor de Carlos Bolsonaro, Alexandre Ramagem e da Presidência da República durante governo Bolsonaro
  18. José Fernando Chuy, corregedor da Abin
  19. Lucio de Andrade Vaz Parente, servidor da Abin
  20. Luiz Fernando Corrêa, atual diretor-geral da Abin
  21. Luiz Felipe Barros Felix, policial federal cedido à Abin
  22. Luiz Gustavo da Silva Mota, oficial de Inteligência da Abin
  23. Luiz Carlos Nóbrega Nelson, chefe de gabinete da Abin
  24. Marcelo Bormevet, policial federal que atuou como coordenador geral do Centro de Inteligência da Abin
  25. Mateus de Carvalho Sposito: ex-assessor da Presidência da República da Secretaria de Comunicação
  26. Marcelo Furtado, oficial de Inteligência da Abin que atuou no Departamento de Operações de Inteligência
  27. Eriton Lincoln Pompeu, oficial de Inteligência da Abin
  28. Paulo Maurício Pinto, ex-diretor do Departamento de Operações de Inteligência da Abin e ex-secretário de Planejamento e Gestão do órgão
  29. Paulo Magno de Melo Rodrigues Alves, oficial de Inteligência da Abin que ocupou posições de chefia no Departamento de Operações de Inteligência
  30. Richards Dyer Pozzer, apontado como responsável pela difusão e produção de campanhas de desinformação
  31. Rogério Beraldo de Almeida, responsável pelo perfil "DallasGinghinniReturn"
  32. Ricardo Wright Minussi, assessor parlamentar no Senado
  33. Rodrigo Augusto de Carvalho Costa, delegado da Polícia Federal
  34. Rodrigo Colli, oficial de Inteligência da Abin e indiciado
  35. Victor Felismino Carneiro, ex-diretor-adjunto da Abin: prevaricação, corrupção passiva, violação de sigilo funcional.
Fonte: Brasil 247 com informação publicada no blog do Fausto Macedo

STF: Google diz que não tem dados sobre quem publicou minuta do golpe


Logo do Google. Foto: Reuters/Arnd Wiegmann/Direitos reservados

Por André Richter, em Agência Brasil

O Google informou nesta quarta-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não tem condições de cumprir a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou o envio de dados sobre quem publicou uma cópia da minuta do golpe em um domínio público na internet.De acordo com o escritório de advocacia que representa a plataforma no Brasil, o provedor de buscas não possui os dados, que, segundo a empresa, são de responsabilidade das páginas que divulgaram a minuta.

“A Google informa a impossibilidade de processamento da ordem de fornecimento de dados que lhe foi direcionada, sem prejuízo de que informações e dados referentes a publicações em sites de terceiros sejam requeridas diretamente a seus administradores”, disse a empresa.

Segundo a plataforma, o buscador não é responsável pela hospedagem de páginas de terceiros. Além disso, o Google afirmou que Moraes não indicou a URL de conteúdo hospedado ou vinculado com os serviços da empresa.

“De forma específica, a busca do Google é uma ferramenta gratuita que apenas organiza informações, conteúdos já disponíveis na internet, de modo a torná-las mais acessíveis aos seus usuários”, completou a empresa.

                    Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, em depoimento ao STF. Foto: Reprodução

O envio de dados foi solicitado pelo ministro após pedido da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele é um dos réus do núcleo 1 da trama golpista.

Em 2023, uma cópia da minuta foi encontrada na casa de Torres durante busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF). Segundo as investigações, o documento seria de conhecimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A defesa de Torres busca minimizar a importância da minuta para as investigações e sustenta que o documento está disponível na internet.

Após receber as informações, os advogados pretendem solicitar uma perícia para demonstrar que a minuta encontrada na casa do ex-ministro não tem relação com o documento apresentado pelo ex-presidente aos ex-comandantes da Forças Armadas.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Governador assina ordem de serviço para construção de sede da UFPR em Jandaia do Sul

Investimento será de R$ 31,4 milhões, sendo metade do Governo do Estado. Parceria envolve a uso dos laboratórios da UFPR por alunos e professores da rede estadual de ensino. Também foi inaugurada a Avenida da Amizade, que liga a cidade ao futuro campus.

       Foto: Ari Dias/AEN

A sede própria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí, vai se tornar realidade. O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o reitor Marcos Sunye assinaram nesta quarta-feira (18) a ordem de serviço para o início dos projetos e execução da obra, que terá investimento total de R$ 31,4 milhões, sendo praticamente metade do valor, de R$ 15,5 milhões, do Governo do Estado.

Durante o evento, Ratinho Junior também inaugurou a pavimentação da Avenida da Amizade, que teve investimentos de R$ 8,6 milhões e que liga a parte urbana da cidade com a região do futuro campus da UFPR. Ele também autorizou a licitação para a compra de três radares meteorológicos de última geração, com investimento de R$ 70,4 milhões, fazendo com que o Paraná tenha a melhor e mais completa cobertura meteorológica do Brasil.

O convênio entre o Governo do Estado e a UFPR foi assinado em dezembro de 2024 e engloba a utilização dos laboratórios da nova sede por parte dos alunos e professores da rede estadual de ensino, potencializando o processo de aprendizagem e despertando um interesse maior pela ciência. Somente no ano passado, mais de mil estudantes de escolas públicas participaram de atividades na UFPR de Jandaia do Sul.

“Além de dar oportunidade para os jovens, filhos da nossa terra, se formarem e terem uma profissão, como engenheiros, médicos, advogados e tantas outras carreiras, uma universidade também atrai indústrias. O setor produtivo se aproxima de uma instituição de ensino porque é ali que está o cérebro: nossos doutores, professores e todo um centro de pesquisa que ajuda a desenvolver novos projetos, produtos e tecnologias”, afirmou Ratinho Junior.

“Um centro universitário com o selo da UFPR, que é um selo de excelência, com os melhores quadros de professores e doutores, sem dúvida alguma é uma transformação. Com esse novo campus, teremos a possibilidade de ter mais alunos estudando aqui. É um campus que vai comportar de 3 a 5 mil estudantes, além de professores, pesquisadores e doutores que vão fazer parte desse grande projeto”, acrescentou.

O Consórcio Conex JPM foi o vencedor da licitação pública na modalidade contratação integrada, que inclui a elaboração dos projetos e execução da obra do novo campus em Jandaia do Sul por uma única empresa. De acordo com o cronograma estipulado em edital, serão 540 dias para a conclusão dos projetos e outros 600 dias para a execução da obra, resultando em um prazo final de pouco mais de três anos.

O campus avançado de Jandaia do Sul é o único da UFPR na região Norte do Estado e foi implantado em 2014, funcionando de maneira provisória na Faculdade de Jandaia do Sul (Fafijan), local que há muito tempo é incompatível com a realidade da instituição de ensino superior.

Incertezas jurídicas sobre a permanência no prédio e impedida de realizar melhorias na atual instalação são algumas das limitações encontradas pela universidade para ampliar suas atividades na região.

Os recursos estaduais para a execução da obra serão repassados pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), enquanto que a fiscalização ficará a cargo do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), vinculado à pasta.

ESTRUTURA – Nesta primeira fase, serão 3.490 metros quadrados de área construída. A nova estrutura contará com dois pavilhões com 32 espaços, entre salas de aula e laboratórios das áreas de engenharias, como física e química, e também de licenciaturas, que poderão ser utilizados pelos estudantes da rede estadual de ensino.

As obras incluem terraplenagem e infraestrutura, como elétrica, hidráulica e arruamento — já pensando em uma segunda fase de expansão, que compreenderá outros dois blocos e a parte central, com auditório, biblioteca e restaurante universitário. Também serão feitas guarita, reservatório de água e área de circulação coberta.

O reitor Marcos Sunye destacou a importância de a instituição contar com uma estrutura própria no município. “O campus de Jandaia do Sul cresceu muito. Criamos dois novos cursos muito importantes: o de Inteligência Artificial e o de Agronomia, que vão expandir ainda mais essa nossa unidade. Tornou-se inviável continuar apenas no prédio antigo da Fafijan. Agora estamos iniciando o projeto e a construção do novo campus de Jandaia da nossa UFPR”, celebrou.

“O investimento é de quase R$ 16 milhões por parte do governo federal e R$ 15,5 milhões por parte do governo estadual. É uma parceria muito bonita entre os dois governos para viabilizar essa nova sede, mas o investimento do Estado foi fundamental. Se não houvesse esse apoio, não teríamos conseguido viabilizar essa obra. Desde o começo, o governador deixou muito claro que, se conseguíssemos recursos federais, ele faria a contrapartida, e foi exatamente isso que aconteceu”, finalizou.

CAMPUS – A UFPR no campus de Jandaia do Sul tem seis cursos de graduação e um curso de especialização. São eles: Engenharia Agrícola, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Produção, Inteligência Artificial e Engenharia de Software, Licenciatura em Ciências Exatas e Licenciatura em Computação, além da Especialização em Tecnologias Educacionais e Ensino de Computação.

A UFPR também já anunciou mais três cursos de graduação no campus: Agronomia, Licenciatura em Matemática e Tecnologias Digitais e Física Computacional, com foco na potencialidade do Norte paranaense, seja na agricultura ou em áreas como inovação digital, tecnologia e ciências exatas. Atualmente a instituição conta com cerca de 500 alunos.

        Foto: UFPR

AVENIDA – Como parte da contrapartida do Governo do Estado para viabilizar a construção da unidade própria da universidade, Ratinho Junior também inaugurou nesta quarta-feira a pavimentação da Avenida da Amizade, que faz ligação do Contorno Norte com a futura sede da UFPR. O investimento total foi de R$ 8,6 milhões, sendo que R$ 7,3 milhões foram do Tesouro do Estado e o restante de contrapartida municipal.

Foram pavimentados 1,2 quilômetro de via com concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), com uma área de 22.633,83 m². Foram realizados serviços preliminares; terraplenagem; base e sub-base; revestimento; meio-fio e sarjeta; serviços de urbanização; sinalização de trânsito; iluminação pública; drenagem; e ensaios de controle tecnológico.

A avenida conta com duas faixas em cada sentido da via, estacionamento nas laterais, calçada para pedestres e canteiro central com ciclovia e iluminação em LED. A obra foi executada pela Secretaria de Estado das Cidades (Secid).

“Estamos inaugurando esse acesso até a futura sede da UFPR, com um investimento já pensando no futuro. Fizemos todo ele duplicado, que vai dar vida para essa região e que crescerá bastante nos próximos 20, 30 anos”, ressaltou o governador. “Hoje estamos lançando a universidade, mas amanhã, ao lado, virá uma indústria, um condomínio, loteamentos e toda uma urbanização que fará a cidade crescer no entorno dessa avenida.”

O secretário de Estado das Cidades, Guto Silva, salientou que a avenida conectará de um lado a cidade e, de outro, a educação de ponta. “É uma estrada emblemática para o futuro de Jandaia, consolidando a cidade como um polo de educação. Temos simbolizados nesta obra dois pontos importantes que o Brasil tanto precisa: primeiro a infraestrutura, que gera emprego e melhora a vida das pessoas; e segundo a educação, com o novo campus da UFPR”, disse.

Para o prefeito de Jandaia do Sul, Ditão Pupio, o apoio do Estado foi determinante para que tanto a pavimentação quanto a instituição de ensino saíssem do papel. “É motivo de muita satisfação essa Avenida da Amizade inaugurada hoje e também a ordem de serviço para o início das obras da Universidade Federal do Paraná, dentro de uma parceria do Governo do Estado com o governo federal. Somos muito gratos, pois faz 10 anos que estamos esperando o início dessa obra da universidade e agora, finalmente, ela vai sair”, comentou.

        Foto: Arnaldo Neto/AEN

PRESENÇAS – Participaram do evento os secretários estaduais João Carlos Ortega (Casa Civil), Alex Canziani (Inovação e Inteligência Artificial), Beto Preto (Saúde), Marcio Nunes (Agricultura e Abastecimento), Rafael Greca (Desenvolvimento Sustentável) e Sandro Alex (Infraestrutura e Logística); o subchefe da Casa Civil, Lúcio Tasso; o chefe da Casa Militar, coronel Marcos Tordoro; a deputada federal Luísa Canziani; o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi; os deputados estaduais Anibelli Neto, Pedro Paulo Bazana e Soldado Adriano José; prefeitos da região e demais autoridades.

Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)

Copom eleva mais uma vez a taxa de juros e aumenta a Selic para 15%

O novo percentual é o maior patamar em quase duas décadas



Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Apesar do recuo recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano.

Embora houvesse divisões, a decisão surpreendeu parte do mercado financeiro, que esperava a manutenção em 14,75% ao ano.

Essa foi a sétima elevação seguida dos juros básicos. A Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Esse deve ser o último aperto monetário, antes da interrupção no ciclo de alta, no segundo semestre.

De setembro do ano passado a maio deste ano, a Selic foi elevada seis vezes. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual e uma de 0,5 ponto.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial, recuou para 0,26%, mesmo com a pressão de alguns alimentos e da conta de energia. Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação.

Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em junho de 2025, a inflação desde julho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em julho, o procedimento se repete, com apuração a partir de agosto de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 5,1% a previsão do IPCA para 2025, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,25%, quase 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,5%.

Crédito mais caro

O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2025.

O mercado projeta crescimento melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,2% do PIB em 2025.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Fonte: Brasil 247

Quem é Marcelo Costa Câmara, o ex-assessor de Bolsonaro preso por decisão de Alexandre de Moraes

    O coronel da reserva Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

O coronel da reserva Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro, foi preso nesta quarta-feira, 18 de junho, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A decisão atendeu a um pedido da Polícia Federal, que apontou que Câmara descumpriu medidas judiciais e tentou acessar informações sigilosas da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.

Câmara, que integrou a equipe mais próxima de Bolsonaro durante o governo, foi autorizado em 2024 a cumprir prisão domiciliar com restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de usar redes sociais e de manter contato com outros investigados. Segundo a PF, ele violou essas regras ao manter comunicação indireta com Mauro Cid por meio de um perfil de terceiros no Instagram, identificado como “GabrielaR702”.

As mensagens, reveladas por seu advogado, Eduardo Kuntz, continham áudios e trocas de informações nas quais se discutia uma possível tentativa de anular a delação de Cid. O material foi anexado a um pedido da defesa para questionar a legalidade do acordo de colaboração premiada. No entanto, o teor das conversas chamou a atenção do STF e resultou na ordem de prisão preventiva.

Para Moraes, Câmara demonstrou completo desprezo pelas determinações judiciais e tentou interferir diretamente nas investigações. O ministro apontou que o coronel representa risco à ordem pública e determinou ainda a abertura de novo inquérito contra ele e seu advogado, por possível obstrução de justiça.

            O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal – Foto: Adriano Machado/Reuters

Câmara é citado nas investigações da Operação Tempus Veritatis como integrante do chamado “núcleo dois” da trama golpista, que teria atuado para manter Bolsonaro no poder mesmo após sua derrota nas eleições de 2022. Esse núcleo era formado por auxiliares civis e militares que buscavam desestabilizar o processo eleitoral e articular movimentos contrários à democracia.

Nas redes, embora proibido de manter perfis ativos, o suspeito teria continuado a usar contas atribuídas a familiares ou terceiros para se comunicar. O monitoramento digital feito pela PF e os prints entregues pela própria defesa mostraram que ele continuava envolvido em articulações paralelas às apurações do Supremo.

Fonte: DCM

Toffoli anula processos da Operação Lava Jato contra ex-vice-presidente dos Correios: 'conluio entre Sergio Moro e procuradores'

O ministro do STF atendeu a um pedido feito pela defesa que representa Nelson Luiz Oliveira de Freitas

      Dias Toffoli (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli determinou na terça-feira (17) a anulação de todos os processos da Operação Lava Jato contra Nelson Luiz Oliveira de Freitas, ex-vice-presidente dos Correios. Com a determinação, o magistrado atendeu a um pedido feito pela defesa do ex-dirigente.

Ao justificar sua decisão, o ministro apontou um “conluio” entre o ex-juiz Sergio Moro, sob suspeita, e os procuradores da Lava Jato, que eram integrantes do Ministério Público Federal (MPF-PR).

“No caso, de várias fases da 'Operação Pixuleco' - decorrente da Lava Jato -, tendo sido reconhecida a existência de conluio entre o ex-Juiz Sérgio Moro e integrantes do Ministério Público a partir de circunstância objetiva envolvendo o prévio acerto entre acusação e magistrado para deflagração de operações policiais que tinham como alvos o ora requerente”, afirmou o ministro do Supremo na decisão.

O ex-dirigente chegou a ser preso em 2016 durante a 18ª fase da operação, batizada de "Pixuleco II". Na época, o Ministério Público acusou Freitas de participação em um esquema que teria desviado mais de R$ 100 milhões em contratos de crédito consignado.

Fonte: Brasil 247

PF aponta Braga Netto como figura central em disseminação de fake news para minar eleições

Novos dados extraídos de telefones celulares revelam articulação com ex-deputado e coronéis para espalhar desinformação e criar ambiente pró-golpe

       Braga Netto (Foto: Antonio Augusto/STF)

Relatório da Polícia Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal reforça o envolvimento do general da reserva Walter Braga Netto na difusão de informações falsas com o intuito de descredibilizar as eleições de 2022. Segundo o g1, o documento aponta que novas evidências obtidas a partir da extração de dados do celular do coronel da reserva Flávio Botelho Peregrino revelam que Braga Netto teve papel central na estratégia de desinformação utilizada para enfraquecer a confiança no processo eleitoral. Ele já é réu por participação em uma tentativa de golpe de Estado.

A investigação da PF identificou a existência de um grupo no WhatsApp intitulado “Eleicoes 2022@”, composto por Braga Netto, o ex-deputado federal Osmar Serraglio, além de Franco Duarte e Angelo Denicoli. A análise das mensagens demonstra que o grupo atuava de forma coordenada para criar e distribuir conteúdo falso sobre o funcionamento das urnas eletrônicas e supostas fraudes no sistema.

Para os investigadores, Braga Netto desempenhou papel essencial na formulação e execução da ofensiva contra o sistema eleitoral. O relatório descreve que as mensagens “confirmaram a atuação do general Braga Netto como uma figura central para a implementação das estratégias visando desacreditar o sistema eleitoral e o pleito de 2022”. O objetivo, segundo a PF, era insuflar apoiadores a promover atos em frente a quartéis e instalações militares, fomentando um ambiente propício à tentativa de ruptura institucional.

Ainda de acordo com a reportagem, a atuação do grupo não se limitava à troca de mensagens entre si. Os dados mostram que os integrantes também produziam materiais digitais falsos e os repassavam para influenciadores alinhados com pautas golpistas, como Fernando Cerimedo e Alfredo Rodrigues. A intenção era disseminar essas narrativas por meio das redes sociais, de forma massiva.

Além disso, a PF destaca que Braga Netto, Denicoli e Peregrino tentaram obter acesso a informações sigilosas da delação premiada de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Essa tentativa é apontada como mais uma evidência da atuação conjunta entre os envolvidos na organização criminosa investigada no inquérito 12.100, que trata da tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Fonte: Brasil 247

STF quebra sigilo: Carlos e Jair Bolsonaro eram os articuladores da Abin Paralela

O Supremo também mencionou Alexandre Ramagem como outro aliado do bolsonarismo com atuação direta no esquema criminoso

                     Jair, Carlos Bolsonaro, Alexandre Ramagem e a Abin (Foto: Divulgação)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou nesta quarta-feira (18) o sigilo da investigação sobre o uso de um programa secreto de monitoramento pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. Participantes do esquema criminoso faziam o monitoramento ilegal de pessoas tidas como opositoras do bolsonarismo.

De acordo com a Polícia Federal (PF), o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foi o idealizador da estrutura paralela. O ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) era o líder operacional do esquema criminoso. Já Jair Bolsonaro era o beneficiário direto das operações, conforme apontaram as investigações da PF.

Segundo o documento entregue pela corporação ao STF, o grupo era formado por "figuras de alto escalão do governo à época, incluindo potencialmente o então Presidente da República Jair Messias Bolsonaro e seu filho, Vereador Carlos Nantes Bolsonaro".

Policiais federais descreveram o núcleo como "o responsável por definir as diretrizes estratégicas" do esquema, por "determinar os alvos das ações clandestinas (opositores, instituições, sistema eleitoral) e se beneficiar politicamente das operações". A PF indiciou Jair e Carlos Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247

Ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara é preso por tentativa de obstruir investigação sobre o golpe

O ministro Alexandre de Moraes decretou, nesta quarta-feira, a prisão preventiva do coronel

       Marcelo Câmara. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou, nesta quarta-feira (18), a prisão preventiva do coronel Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, por tentativa de obstruir a investigação sobre a trama golpista. A medida já foi cumprida, e o réu se encontra sob custódia da Polícia Federal (PF).

Na mesma decisão, Moraes determinou a abertura de um inquérito para investigar Marcelo Câmara e seu advogado, Eduardo Kuntz, por suposta obstrução de Justiça. O motivo seriam conversas mantidas entre Kuntz e Mauro Cid com o objetivo de acessar informações sigilosas da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

“O réu (Câmara), por intermédio de seus advogados, tentou 'a obtenção de elementos de informação complementares e destinados à construção de acervo probatório e instrutório', consistindo, no caso concreto, na obtenção de informações sigilosas acerca do acordo de colaboração premiada do corréu Mauro César Barbosa Cid”, diz decisão do magistrado.

Moraes determinou que Câmara, Kuntz e Cid sejam ouvidos pela PF no prazo de 15 dias.

Moraes também destacou que o coronel, réu do "núcleo dois" da trama golpista, havia descumprido medidas cautelares anteriores, como a proibição de uso de redes sociais e de contato com outros investigados. Segundo o ministro, o comportamento demonstra “completo desprezo pelo Poder Judiciário” e representa risco à ordem pública.

Fonte: Brasil 247

Serviços essenciais funcionarão normalmente durante feriado prolongado em Apucarana



Em razão do feriado de Corpus Christi, celebrado nesta quinta-feira (19/06), não haverá expediente nas repartições públicas municipais de Apucarana também na sexta-feira (20/06). A medida, que abrange os órgãos da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Município, está prevista no Decreto nº 250/2025, assinado pelo prefeito Rodolfo Mota.

Os serviços públicos de natureza essencial — como saúde emergencial, segurança patrimonial, limpeza pública e outros que, por sua característica, não podem ser interrompidos — funcionarão normalmente. “Determinei aos secretários municipais a definição de escalas e plantões para assegurar a continuidade e a qualidade na prestação dos serviços à população”, afirmou o prefeito Rodolfo Mota.

Na área da Saúde, além da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e da Farmácia 24 horas — que, por sua natureza, funcionam ininterruptamente — a Unidade Básica de Saúde (UBS) Romeu Milani, localizada na área central, também estará aberta na quinta e sexta-feira, com atendimento das 8 às 17 horas. Já a Clínica Infantil estará fechada na quinta-feira, mas funcionará normalmente na sexta-feira, das 7 às 22 horas.


Na rede municipal de educação, haverá recesso escolar tanto na quinta quanto na sexta-feira, com retorno das atividades na segunda-feira.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Apucarana chega a 46% de cobertura e supera média nacional de vacinação contra Influenza em grupos prioritários


Cerca de 10 mil pessoas foram imunizadas contra o vírus da Influenza em Apucarana entre os dias 14 de abril e 14 de junho. Além da aplicação nas unidades básicas de saúde (UBSs), a Autarquia Municipal de Saúde (AMS) adotou, a partir de meados de abril, estratégias de busca ativa com a instalação de postos volantes de vacinação em locais de grande circulação de pessoas.

Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (18/06) pelo prefeito Rodolfo Mota, somente nos últimos 30 dias foram aplicadas 7.224 doses em pessoas de todas as faixas etárias, elevando o índice de cobertura vacinal de Apucarana — que até então era inferior a 20% entre os grupos prioritários (crianças de seis meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias, gestantes e idosos) — para os atuais 46,24%, patamar superior à média do Brasil (39,18%) e em empate técnico com a média do Paraná (46,23%).

“Além destas mais de 7,2 mil pessoas vacinadas em ações executadas na área central, terminal urbano, Espaço das Feiras, comércio e indústrias (Trabalhador Vacinado), colégios, escolas, CMEIs, supermercados, feira do produtor, entre outros locais, estima-se que pelo menos outras 3 mil foram imunizadas diretamente na atenção básica, nas UBSs com sala de vacina”, informa o prefeito Rodolfo Mota.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, médico Guilherme de Paula, a eficácia das ações de busca ativa ficou evidente ao ponto de quase zerar o estoque da autarquia.

“Nesta quinta-feira, nossa equipe da Vigilância em Saúde esteve na 16ª Regional de Saúde para buscar um novo lote com 5 mil doses, garantindo a continuidade das ações volantes”, relata o secretário.

Ele alerta, no entanto, que a cobertura vacinal entre os grupos-alvo ainda está abaixo do ideal. “Solicitamos que pais e responsáveis levem as crianças com idade até 5 anos, 11 meses e 29 dias para serem imunizadas. O apelo também se estende às gestantes e aos idosos”, reforça de Paula.

O coordenador da Vigilância em Saúde da AMS, enfermeiro Luciano Simplício Sobrinho, informa que, apesar do reforço no estoque da autarquia, que contava com apenas 200 doses, todas as 28 unidades básicas com sala de vacinação estão abastecidas.

Segundo ele, devido ao feriado de Corpus Christi, as ações de busca ativa estarão pausadas nesta semana, retornando na próxima semana. “Nos dias 26 e 27 de junho, das 18 às 20h30, haverá vacinação nos supermercados Muffato, Amigão e Max Atacadista.
No sábado, dia 28 de junho, das 13 às 17 horas, a imunização será realizada nas UBSs Antônio Sachelli (Colonial), Eunice Penharbel (Sumatra) e Leopoldo Hartwig Jr. (Vila Nova)”, informa o coordenador.

Ele destaca ainda que, seguindo determinação do prefeito Rodolfo Mota e do secretário Guilherme de Paula, a AMS tem intensificado a busca ativa dos não vacinados, principalmente dos grupos prioritários, além de estreitar parcerias com escolas, igrejas, conselhos locais, CRAS e outros segmentos.

Fonte: Prefeitura de Apucarana