segunda-feira, 7 de julho de 2025

Caças da FAB interceptam três aviões em área restrita durante Cúpula do BRICS

    FAB escoltou aeronaves que entraram sem autorização em zona de exclusão no Rio de Janeiro

            (Foto: Divulgação)

    Durante a realização da Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou três aeronaves que violaram o espaço aéreo restrito estabelecido em função do evento. A ação foi confirmada neste domingo (6) pelo tenente-coronel Deoclides Fernandes, comandante do Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), em entrevista à CNN Brasil.

    As interceptações ocorreram no sábado (5) e também no domingo (6). Para realizar a operação, a FAB acionou os A-29 Super Tucano, caças em uso desde 2004, que integram o aparato de defesa aérea em grandes eventos. Segundo Fernandes, as aeronaves não autorizadas adentraram áreas de exclusão criadas para proteger a reunião de chefes de Estado.

    “Elas foram orientadas a sair das áreas de exclusão e obedeceram a ordem. Os caças atuaram no sentido de acompanhar essas aeronaves”, explicou. O oficial ressaltou que os voos eram da aviação geral e entraram inadvertidamente na zona proibida. “Talvez por uma inobservância, isso está sendo investigado, e escoltamos no sentido que saíssem das áreas previstas”, acrescentou o comandante do CGNA, de acordo com a reportagem.

    A FAB intensificou o monitoramento do espaço aéreo durante a Cúpula do BRICS, que ocorre neste domingo (6) e segunda-feira (7). A estrutura adotada segue os protocolos implementados na Cúpula do G20, realizada em 2024, incluindo o uso de armamentos reais nas aeronaves mobilizadas.

    Entre os recursos empregados estão caças F-5M equipados com mísseis — uma novidade no atual esquema de proteção. Conforme declarou o tenente-brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, comandante de Operações Aeroespaciais, o objetivo é agilizar a resposta a qualquer eventual ameaça. “A medida visa reduzir o tempo de reação em caso de eventual ataque”, justificou.

    Como parte do plano de segurança, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) delimitou zonas de exclusão no entorno do Museu de Arte Moderna (MAM), local das reuniões da cúpula. Essas áreas foram ativadas uma hora antes e permanecerão em vigor até uma hora após os encontros.

    A zona de maior raio abrange 150 km e proíbe voos de instrução, turismo, acrobacias, pulverização agrícola, além da circulação de drones e parapentes. Outras duas zonas de restrição mais próximas ao evento também foram definidas:

  • Raio de 10 km: somente aeronaves da organização ou participantes do evento podem operar;
  • Área de 1.350 x 955 metros: localizada entre o MAM e o Aeroporto do Galeão, será acessada exclusivamente pelo helicóptero de resgate da FAB.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

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