quinta-feira, 26 de junho de 2025

Por justiça social e fiscal, Lula decide não ceder ao Congresso e governo deve acionar o STF após votação do IOF

Presidente vê articulação do Congresso com setores econômicos para desidratar seu governo e empurrá-lo para a derrota eleitoral em 2026

          Supremo Tribunal Federal e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação I Ueslei Marcelino / Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) optou por não ceder às pressões do Congresso Nacional em relação às medidas que classifica como de justiça social, mesmo após a derrota sofrida na quarta-feira (25). A avaliação do governo é de que a derrubada de suas propostas representa uma estratégia coordenada de grupos econômicos com influência parlamentar para retirar recursos da administração federal e comprometer suas chances eleitorais em 2026.

Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, contrariando expectativas de que poderia adotar uma postura mais defensiva, o presidente autorizou estudos para que o governo recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada do decreto que elevava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O Ministério da Fazenda ainda analisa os aspectos jurídicos da medida.

Pessoas que mantiveram contato com Lula nas últimas horas relatam que o presidente permaneceu tranquilo e demonstrou bom humor mesmo diante do revés legislativo. O mandatário sinalizou que a administração federal não adotará uma posição defensiva.

Ainda conforme a reportagem, o presidente manifestou a percepção de que a derrota parlamentar pode se transformar em uma oportunidade para o governo expandir o debate nacional sobre distribuição de renda, desigualdade social e a resistência dos setores mais abastados em contribuir com maior carga tributária.

Na visão de Lula, essa discussão beneficia tanto o Partido dos Trabalhadores quanto as legendas que integram a base governista, criando um cenário político favorável para a sustentação de suas políticas sociais.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário