A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), acusou a Folha de S. Paulo de promover desinformação ao tratar do cenário fiscal do governo Lula (PT). Em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira (20), Gleisi contestou diretamente a manchete do jornal que afirma que os gastos federais “crescem em ritmo de quase o dobro da receita”, o que levaria a um colapso da máquina pública em 2027.
Segundo ela, a reportagem omite informações essenciais sobre a execução orçamentária do governo federal, distorce os dados brutos e ignora os limites impostos pelo novo arcabouço fiscal. “A manchete da Folha hoje é uma enorme desinformação sobre as contas públicas. Manipula números brutos para esconder que a despesa primária do governo federal caiu de 19,6% do PIB em 2023 para 18,6% em 2024”, escreveu a ministra.
Gleisi também rechaçou o uso do termo “gastança”, dizendo ser incorreto diante do cumprimento rigoroso das metas fiscais. “É falso falar em ‘gastança’ quando o arcabouço fiscal cria limites para as despesas, que estão sendo cumpridos rigorosamente, ao contrário do que acontecia com a Lei do Teto de Gastos, que foi ignorada em todo o período de Bolsonaro e Guedes".
“O que estrangula o orçamento são os juros da dívida” - Ao aprofundar sua crítica, Gleisi destacou que os gastos que pressionam o orçamento federal têm origem nas despesas financeiras provocadas pelas elevadas taxas de juros no Brasil. “O que a manchete também esconde é que o motor do crescimento das despesas são os juros da dívida, as despesas financeiras que devem chegar a R$ 1 trilhão este ano por causa dos juros estratosféricos”, afirmou.
Ela responsabilizou diretamente os interesses do setor financeiro pelo estrangulamento orçamentário: “são os interesses do sistema financeiro que estrangulam o orçamento, e não os investimentos em educação, saúde, previdência, políticas sociais, financiamento da produção e infraestrutura para o crescimento”.
Gleisi também lembrou o esforço fiscal da gestão Lula para reequilibrar as contas públicas. “A responsabilidade e o esforço fiscal do governo presidente Lula são inegáveis, ou não teríamos reduzido o déficit primário de 2,3% para 0,09% do primeiro para o segundo ano do governo”, escreveu.
Fonte: Brasil 247
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