domingo, 22 de junho de 2025

Com 45% contrários, maioria dos americanos rejeitou ataque ao Irã antes da ofensiva dos EUA

Apenas um em cada quatro americanos (25%) apoiava o ataque, enquanto 30% estavam indecisos

    Presidente dos EUA, Donald Trump, no Capitólio, em Washington - 20/05/2025 (Foto: REUTERS/Ken Cedeno)

Três dias antes dos Estados Unidos, em conjunto com Israel, bombardearem instalações nucleares iranianas, uma pesquisa de opinião publicada pelo jornal The Washington Post revelou que a maioria dos americanos se opunha a esse tipo de ofensiva militar. O levantamento, divulgado em 18 de junho, apontava que 45% dos entrevistados eram contra o uso de força aérea contra o Irã.

Apenas um em cada quatro americanos (25%) apoiava o ataque, enquanto 30% estavam indecisos. A ofensiva militar foi lançada neste sábado (21), quando os EUA atacaram três instalações nucleares iranianas, em uma operação realizada com apoio de Israel. As ações marcaram uma nova escalada nas tensões entre os dois países do Oriente Médio, em meio à crescente preocupação internacional com o programa nuclear iraniano.

O apoio à ofensiva variava significativamente conforme a filiação partidária. Entre os republicanos — partido do presidente Donald Trump — a divisão era mais equilibrada: 47% eram favoráveis à ação, enquanto 24% se declararam contrários. Ainda assim, quase um terço (29%) dos republicanos entrevistados se mostraram indecisos.

Já entre os eleitores democratas, a rejeição ao ataque era muito mais expressiva: 67% se posicionaram contra a operação militar, enquanto apenas 9% disseram apoiar a ideia. Os outros 24% não tinham opinião formada.O cenário também refletia incerteza entre os eleitores independentes, que não se identificam com nenhum dos dois principais partidos políticos. Entre eles, 44% eram contrários ao uso de força aérea, 20% a favor e 36% não sabiam ou preferiram não opinar.

Outro dado relevante da pesquisa diz respeito à percepção sobre o programa nuclear do Irã. Para 22% dos entrevistados, o projeto representava uma “ameaça imediata e grave”. A maioria — 48% — o considerava uma ameaça relativamente grave, enquanto 23% o viam como uma ameaça menor. Apenas 7% dos americanos afirmaram que o programa não representa qualquer tipo de ameaça.Entre os lares com integrantes das Forças Armadas, a divisão de opiniões também ficou evidente. Nesses domicílios, 39% dos entrevistados disseram ser contra os ataques, 37% a favor e 24% permaneciam indecisos.

O levantamento foi realizado com 1.008 entrevistados em 18 de junho e possui margem de erro de 3,6 pontos percentuais para mais ou para menos. A divulgação dos dados torna ainda mais evidente o abismo entre a decisão do governo e a opinião pública americana, que, em sua maioria, demonstrava cautela diante de mais uma intervenção militar no Oriente Médio.

Fonte: Brasil 247

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