Aliados apontam “conformismo” de Bolsonaro, que já vê sua inelegibilidade como irreversível e sua prisão como iminente: “caiu a ficha”
Em um momento decisivo para seu futuro político e jurídico, Jair Bolsonaro (PL) demonstrou uma inflexão inédita em seu discurso durante manifestação realizada no domingo (29) na Avenida Paulista. Segundo Andréia Sadi, do g1, aliados mais próximos enxergam na fala do ex-mandatário um sinal de “conformismo” diante do cenário considerado irreversível de sua inelegibilidade e da possibilidade concreta de prisão após o desfecho do julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Diferente de atos anteriores, Bolsonaro evitou destacar a própria candidatura à Presidência em 2026 e concentrou sua fala na necessidade de eleger uma maioria no Congresso Nacional. “Se vocês me derem, por ocasião das eleições do ano que vem, 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil”, declarou, ao lado de governadores, parlamentares e correligionários.
☆ Foco no Congresso e proteção familiar - A nova estratégia, segundo interlocutores, indica uma readequação de rota. Bolsonaro estaria agora priorizando a formação de uma bancada fiel no Legislativo como forma de proteger a si mesmo e sua família das consequências jurídicas e políticas do processo em curso. A ideia é que seus filhos — e eventualmente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro — disputem mandatos parlamentares, considerados mais viáveis eleitoralmente e capazes de assegurar foro privilegiado.
Nos bastidores, líderes do centrão demonstram receio quanto ao impacto negativo de uma eventual tentativa de emplacar membros do clã Bolsonaro como candidatos a cargos majoritários, como a Presidência ou a Vice. A avaliação é que a associação direta pode gerar transferência de rejeição ao cabeça de chapa, prejudicando nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ronaldo Caiado (União Brasil) ou Ratinho Júnior (PSD). A prioridade, portanto, passou a ser o fortalecimento do PL nas urnas para o Congresso em 2026.
☆ Pressão por sucessão conservadora - O gesto de Bolsonaro ao direcionar seu apelo ao Legislativo foi lido por lideranças da direita como o início da transição de protagonismo no campo conservador. Com o julgamento no STF avançando e a inelegibilidade já imposta, cresce a expectativa de que o cenário jurídico do ex-presidente esteja completamente definido ainda em 2025 — o que abriria caminho para que um novo nome dispute a liderança do bolsonarismo rumo à eleição presidencial de 2026.
“Caiu a ficha”, resumiu um aliado ao descrever a percepção de que Bolsonaro compreendeu a gravidade da situação e está ajustando sua conduta pública com base nisso.
☆ Manifestação na Paulista mobilizou apoiadores - O ato, que reuniu apenas 12 mil pessoas no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, contou com a presença de figuras centrais do bolsonarismo, como o governador paulista Tarcísio de Freitas, Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ) e Jorginho Mello (SC). Também participaram os senadores Flávio Bolsonaro (RJ), Marcos Rogério (RO) e Magno Malta (ES), além dos deputados Marco Feliciano, Bia Kicis, Gustavo Gayer e André do Prado — todos do PL.
Valdemar Costa Neto, presidente do partido, e o vice-prefeito de São Paulo, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), também estiveram entre os presentes. O evento começou por volta das 14h e teve como foco principal o apelo por representatividade no Congresso.
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Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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