quinta-feira, 26 de junho de 2025

Após derrubada do aumento do IOF pela Câmara, Lula diz que governo busca "justiça fiscal"

Presidente Lula afirma que os “super-ricos” devem contribuir “de forma mais justa com o país”

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Diante da ampla derrota na Câmara dos Deputados, que derrubou o decreto de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender mudanças tributárias com foco na equidade. Em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (26), Lula reafirmou que a meta do governo é combater desigualdades no sistema fiscal e garantir que os mais ricos contribuam proporcionalmente com a arrecadação.

A manifestação do presidente ocorre em um momento de tensão entre o Executivo e o Congresso, após 383 deputados votarem contra o decreto de aumento do IOF. Apenas 98 foram favoráveis. A medida, considerada essencial pela equipe econômica para manter o equilíbrio fiscal, foi rejeitada inclusive por partidos com ministérios no governo, o que acentuou a percepção de fragilidade da articulação política do Planalto.

“Muita gente está falando em imposto no Brasil nos últimos dias. É importante entender o que de fato está sendo proposto”, escreveu Lula na legenda de uma tirinha publicada em seu perfil no Instagram. “O governo quer fazer mudanças tributárias combatendo privilégios e injustiças. É tornar o sistema mais justo".

Na sequência, o presidente explicou, de forma didática, o princípio que orienta a proposta de justiça fiscal defendida pelo governo:

“É simples: quem tem mais, paga — proporcionalmente — mais. Quem tem menos, paga menos. Assim, corrigimos uma injustiça histórica, equilibramos o sistema e garantimos que os super-ricos contribuam de forma mais justa com o país".
“Justiça fiscal é isso. Essa é a mudança que queremos construir”, concluiu.

Nos bastidores, o governo avalia possíveis respostas à derrota, que vão desde a reedição do decreto em nova versão até uma eventual judicialização no Supremo Tribunal Federal. No entanto, interlocutores reconhecem que há risco de agravamento da crise institucional se o STF for acionado para questionar a decisão do Congresso.

Em paralelo, a mobilização nas redes sociais aparece como estratégia prioritária para disputar corações e mentes da sociedade sobre os rumos da política fiscal.
Fonte: Brasil 247

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