terça-feira, 29 de julho de 2025

INSS: Mais de 1,2 milhão de beneficiários recebem devolução de descontos ilegais até esta quinta-feira

Ressarcimento inclui valores corrigidos pela inflação (IPCA) e é feita de forma integral, diretamente na conta onde o benefício é depositado

     INSS (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O Governo Federal atingiu nesta semana um marco significativo no processo de reparação a aposentados e pensionistas que sofreram descontos associativos indevidos em seus benefícios. Até quinta-feira (31), 1.238.779 beneficiários terão recebido os valores de volta — o que representa 91,4% dos que já aderiram ao acordo de ressarcimento.

A devolução inclui valores corrigidos pela inflação (IPCA) e é feita de forma integral, diretamente na conta onde o benefício é depositado, sem necessidade de envio de dados bancários. O processo é gratuito, seguro e permanece aberto para novas adesões.

“O governo que investigou a fraude agora está devolvendo o dinheiro que foi roubado dos aposentados e pensionistas. Estamos fazendo uma força-tarefa para que ninguém fique no prejuízo”, afirmou o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz.

Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller, o pagamento está sendo feito com “rapidez e segurança” a todos que formalizam a adesão. “Se você tem direito, procure os canais oficiais e faça valer o que é seu por direito.”

☆ Como aderir ao acordo

Podem aderir ao ressarcimento os beneficiários que contestaram descontos indevidos entre março de 2020 e março de 2025 e não receberam resposta da entidade envolvida em até 15 dias úteis. O processo pode ser feito por dois canais:

    ● Aplicativo Meu INSS (na aba "Consultar Pedidos" > "Cumprir Exigência")
     ● Agências dos Correios (mais de 5 mil unidades em todo o país)

Não é possível aderir por telefone ou pela Central 135.

Quem já ingressou com ação judicial também pode participar, desde que ainda não tenha recebido os valores. Nesses casos, o INSS pagará até 5% de honorários advocatícios, desde que a ação tenha sido protocolada até 23 de abril de 2025.

☆ Entidades devem apresentar documentação válida

Caso a entidade responsável pelo desconto tenha respondido à contestação, o processo ainda está em análise. O beneficiário será notificado e poderá aceitar os documentos, contestar por falsidade ideológica ou declarar que não reconhece a assinatura.

Para comprovar vínculo, a entidade deve apresentar:

● Documento com foto do beneficiário;
● Termo de filiação;
● Termo de autorização do desconto.

Gravações de áudio não são aceitas como prova. Se for constatado que o vínculo é inexistente ou fraudulento, a entidade será intimada a devolver o valor em até cinco dias úteis.

☆ Nova fraude identificada: falsificação de assinaturas

O INSS identificou um novo golpe envolvendo falsificação de assinaturas digitais por parte de ao menos dez entidades. A fraude está sendo investigada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Dataprev.

A expectativa é que o governo abra a adesão ao acordo também para as vítimas dessa nova modalidade de golpe nos próximos meses.

☆ Comunicação segura e oficial pelo WhatsApp

Desde o dia 25 de julho, o governo está enviando mensagens pelo canal oficial do GovBR no WhatsApp, com selo de verificação, para orientar os beneficiários que ainda não aderiram. A mensagem não pede dados pessoais nem envia links.

⚠️ O INSS reforça: não envia mensagens por SMS com links ou solicitações de dados bancários. Toda comunicação oficial ocorre pelo app Meu INSS, site gov.br/inss, Central 135 e agências dos Correios.

Fonte: Brasil 247

Lula desmascara Eduardo Bolsonaro: ‘traidor do Brasil demonstra total sem vergonhice’

'Está agarrado nas botas de Trump', criticou o presidente. Vídeo

     Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desmascarou nesta terça-feira (29) o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que faz articulações junto ao governo Donald Trump, com o objetivo de estimular sanções contra o Brasil por causa do inquérito da trama golpista envolvendo Jair Bolsonaro (PL), réu na investigação e alvo de medidas cautelares.

“Utilizavam a camisa da seleção e a bandeira... agora estão agarrados nas botas do presidente dos EUA pedindo intervenção no Brasil, numa total falta de patriotismo e sem vergonhice, traição”, disse Lula durante a Cerimônia de Inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu. Centro de Visitantes do Porto do Açu – São João da Barra (RJ).

Em 9 de julho, o presidente Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras. O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) atendeu a um pedido feito pelo chefe da Casa Branca e iniciou uma investigação comercial contra o Brasil.

O motivo para a guerra comercial dos EUA é a investigação da trama golpista conduzida pelo Supremo Tribunal Federal e que tem 31 réus, incluindo Jair Bolsonaro, aliado de Trump, que representa a extrema direita norte-americana.

O presidente Lula afirmou que o Brasil adotará a Lei de Reciprocidade Econômica como resposta ao aumento de 50% nas tarifas anunciado pelos Estados Unidos. Essa legislação estabelece mecanismos para suspender benefícios comerciais, investimentos e compromissos relacionados a propriedade intelectual quando um país ou bloco econômico tomar medidas unilaterais que prejudiquem a competitividade do Brasil no cenário internacional.


◈ Impacto do tarifaço na economia brasileira

Um estudo da Gerência de Economia e Finanças Empresariais da FIEMG estima que a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, caso efetivada por Donald Trump, poderá provocar um impacto econômico expressivo ao Brasil, resultando em prejuízos de até R$ 175 bilhões no longo prazo. De acordo com a análise, o Produto Interno Bruto (PIB) pode sofrer retração de 1,49%, e mais de 1,3 milhão de postos de trabalho podem ser eliminados.

Se o Brasil optasse por adotar medidas tarifárias equivalentes contra mercadorias vindas dos Estados Unidos, os danos seriam ainda mais severos: a economia nacional poderia registrar uma queda de 2,21% no PIB — ou R$ 259 bilhões —, com uma perda estimada de quase 2 milhões de empregos. Haveria ainda uma redução de R$ 36,18 bilhões na massa salarial e queda de R$ 7,21 bilhões na arrecadação de tributos.

Atualmente, os Estados Unidos ocupam o segundo lugar entre os principais destinos das exportações brasileiras, atrás apenas da China. Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 40,4 bilhões em bens para o mercado norte-americano, volume que corresponde a 1,8% do PIB nacional. Os principais produtos enviados incluem:

  ☉ Derivados de petróleo e outros combustíveis minerais
  ☉ Produtos de ferro e aço
  ☉ Equipamentos industriais e máquinas
  ☉ Aeronaves
  ☉ Café

Em contrapartida, o Brasil figura entre os dez maiores mercados para os produtos e serviços norte-americanos, absorvendo aproximadamente US$ 60 bilhões em exportações dos EUA por ano.

Essa relação bilateral sustenta diretamente:

 ☉ 6.500 pequenas empresas dos EUA que dependem de matérias-primas ou insumos provenientes do Brasil;
  ☉   3.900 companhias americanas com investimentos diretos em território brasileiro.

◈ Trama golpista

O STF determinou algumas medidas cautelares contra Bolsonaro, por risco de fuga para o exterior e por obstrução judicial. O político foi submetido a uma série de medidas cautelares determinadas pela Justiça, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de circulação. Ele está obrigado a permanecer em casa durante a noite, das 19h às 6h, de segunda a sexta-feira, além de ficar em regime de recolhimento total aos fins de semana e feriados.

Entre as proibições impostas, estão:

   ☉ Contato com autoridades estrangeiras – Bolsonaro não pode se comunicar com embaixadores ou representantes de outros países.
    ☉ Restrição ao uso de redes sociais – Ele está impedido de postar diretamente ou por meio de terceiros.
   ☉ Afastamento de embaixadas e consulados – O ex-presidente não pode se aproximar desses locais.

As medidas estão relacionadas à investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro responde por cinco crimes, entre eles:

    ☉ Tentativa de golpe
    ☉ Ataque ao Estado Democrático de Direito
    ☉ Organização criminosa armada
    ☉ Danos a patrimônio público com uso de violência
    ☉ Destruição de bens tombados

Embora ainda não tenha sido condenado – seu julgamento está pendente –, as acusações são graves e, se comprovadas, podem resultar em uma pena superior a 40 anos de prisão. Analistas jurídicos avaliam que as chances de absolvição são mínimas, dado o volume de evidências apresentadas.

O caso marca um dos episódios mais polêmicos da política recente, colocando em xeque o legado do político de extrema direita.

Fonte: Brasil 247

Carla Zambelli é presa na Itália


         Carla Zambelli, deputada bolsonarista que fugiu após ser condenada. Foto: reprodução

A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália, segundo o Ministério da Justiça brasileiro. A informação sobre sua localização havia sido divulgada anteriormente pelo deputado italiano Angelo Bonelli, que afirmou ter repassado o endereço da brasileira às autoridades locais.

“Carlas Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, escreveu Bonelli em publicação nas redes sociais na terça-feira (29).

Zambelli é considerada foragida da Justiça brasileira desde que teve seu mandato cassado e foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão. A sentença foi aplicada após a ex-parlamentar ser acusada de integrar organização criminosa digital responsável por ataques aos sistemas do Poder Judiciário.


O Ministério da Justiça brasileiro já havia formalizado o pedido de extradição de Zambelli, que possui cidadania italiana e se mudou para o país europeu após a condenação. O caso está sendo acompanhado pela Interpol e pelas autoridades dos dois países.

A bolsonarista foi condenada a 10 anos de prisão e à perda do mandato pelo STF, por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Primeira Turma da Corte rejeitou, por unanimidade, um recurso da defesa, e o caso já transitou em julgado. Ou seja, não cabem mais recursos.

Após a condenação, a parlamentar fugiu do país e está atualmente na Itália e seu nome foi incluído na lista da Interpol.

O pedido formal de extradição foi feito pelo STF ao governo da Itália no dia 11 de junho. Segundo o embaixador brasileiro no país europeu, o processo pode levar meses, já que envolve etapas jurídicas e decisão política.

Enquanto isso, Zambelli segue afastada da Câmara. Ela solicitou uma licença de 127 dias por “interesse particular”, e sua cadeira foi assumida temporariamente pelo suplente Coronel Tadeu (PL-SP), que já tomou posse.

Fonte: DCM

Eduardo Bolsonaro pode ser alvo de novo processo disciplinar por ameaças a delegado da PF

Deputado licenciado atacou novamente o delegado Fabio Shor e o ministro do STF Alexandre de Moraes durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais

     Eduardo Bolsonaro (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A Corregedoria da Polícia Federal avalia se instaurará um novo processo administrativo disciplinar (PAD) contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), após o parlamentar, que é escrivão da corporação, voltar a ameaçar autoridades públicas durante uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube. As informações são do Metrópoles.

Eduardo já responde a um PAD aberto em fevereiro deste ano, por conta de ameaças feitas ao delegado Fabio Alvarez Shor no plenário da Câmara dos Deputados. Shor é o responsável por conduzir inquéritos contra Jair Bolsonaro (PL), pai do parlamentar, no caso que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Durante a nova transmissão, Eduardo Bolsonaro voltou a hostilizar o delegado da PF, além de lançar ataques diretos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. “Cachorrinho da Polícia Federal que tá me assistindo, deixa eu saber, não. Se eu ficar sabendo quem é você… Ah, eu vou me mexer aqui. Pergunta ao tal delegado Fabio Alvarez Shor se ele conhece a gente”, afirmou. Na sequência, disse: “O couro é duro, a guerra não acabou, vai vir mais sacrifício aí pela frente. Eu sei disso, mas eu estou disposto a ir até as últimas consequências. Será que o Barroso está?”.

Diante do novo episódio, de acordo com a reportagem, integrantes da cúpula da Polícia Federal informaram ao Metrópoles que há uma discussão na Corregedoria sobre se será necessário abrir um novo PAD ou apenas anexar os fatos ao processo já existente. “A equipe da Corregedoria vai avaliar se é caso de juntar ou abrir novo”, disse uma das fontes. Outro investigador completou: “a conduta do investigado é reprovável. A situação tem sido analisada”.

A live foi transmitida no contexto do encerramento da licença parlamentar de Eduardo Bolsonaro. No vídeo, ele relembra a carta publicada após seu pai ser alvo de operação da PF e de medidas impostas pelo Supremo Tribunal Federal. Na gravação, o deputado insiste em ataques a Moraes. “O tempo todo, a gente tem que expor o nível de várzea que é o Moraes com a caneta do STF. O ideal seria ele fora do STF. Trabalharei para isso também, tá, Moraes? Então, quando a gente fala que o visto foi só o começo, é porque o nosso objetivo será te tirar da Corte. Você não é digno de estar no topo do Poder Judiciário. E eu estou disposto a me sacrificar para levar essa ação adiante”.

Durante o vídeo, o parlamentar também afirmou que preferia “morrer no exílio” a ser preso por determinação do ministro do STF. Em tom mais informal, Eduardo interagiu com a filha de quatro anos, que aparecia com bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos. “O papai é o quê?”, perguntou. “Animal”, respondeu a menina. Após a risada do pai, ela completou: “Herói”. Na sequência, os dois entoaram: “O papai é o herói. É o melhor papai. É o melhor de todos que eu já vi”. “Vocês acham mesmo que eu vou forçar minha família a entrar numa cadeia? Prefiro morrer aqui no exílio”, afirmou Eduardo após a cena com a filha.

O deputado é investigado no Supremo Tribunal Federal pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Tebet diz que Brasil não conseguiu dialogar com EUA e culpa família Bolsonaro: "Trump está sendo induzido ao erro por mentiras"

Ministra informou que o governo brasileiro já tem medidas preparadas para responder ao tarifaço

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em cerimônia no Banco Central, em Brasília - 02/04/2025 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (29) que o governo brasileiro sequer conseguiu abrir um canal de diálogo com Donald Trump para tentar barrar o tarifaço sobre produtos nacionais, previsto para entrar em vigor em 1º de agosto. Segundo ela, o governo norte-americano estaria sendo “induzido ao erro” por mentiras propagadas pela família Bolsonaro.

Em entrevista à GloboNews, Tebet declarou que a gestão de Lula “não saiu da mesa de negociação porque não conseguiu nem sequer sentar à mesa” e criticou a falta de interlocução com o governo Trump.

Com o tempo curto e a indefinição no ar, a ministra informou que o governo brasileiro já tem medidas preparadas para responder ao tarifaço, mas a execução dependerá dos próximos passos dos EUA.

"Nós temos hoje a constatação de que vamos ter que esperar o 1º de agosto, com tudo pronto, obviamente. Todas as medidas estão na mesa do presidente, a depender do seguinte: vai haver prorrogação, como houve com a China? Vão diminuir a alíquota tarifária de alguns produtos que eles não produzem lá e que impactam a inflação na mesa do americano?", disse Tebet.

O Brasil tem buscado saídas diplomáticas para evitar ou mitigar os impactos da medida, com esforços envolvendo o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mas, segundo Tebet, os Estados Unidos parecem priorizar negociações com blocos e países economicamente mais relevantes para sua balança comercial.

Fonte: Brasil 247 com GloboNews

Tarifaço: Lula está disposto a negociar, mas ligar para Trump “não é simples”, diz Gleisi


Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais. Foto: Ton Molina/Estadão

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (29) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está “indisposto” a negociar diretamente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as tarifas anunciadas contra o Brasil. No entanto, qualquer conversa depende de uma sinalização do governo estadunidense.

“O presidente Trump já disse que não quer conversar agora. Uma conversa entre dois chefes de Estado demanda toda uma preparação, não é uma coisa tão simples. Mas é importante dizer que o presidente Lula nunca ficou indisposto a conversar”, disse a ministra após participar da abertura de uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, com representantes da União Europeia.

Durante o encontro, o presidente do Comitê Econômico e Social Europeu (CESE), Oliver Röpke, destacou a importância da aproximação entre o bloco europeu e o Brasil, especialmente no atual cenário geopolítico. Sem citar diretamente o aumento de tarifas imposto pelos EUA, Röpke classificou como “inaceitável” a “chantagem econômica” sofrida pelo país, demonstrando solidariedade ao governo brasileiro.

Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: reprodução
Gleisi reforçou que a situação torna ainda mais urgente a entrada em vigor do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, já anunciado, mas ainda pendente de ratificação. Segundo ela, o acordo tem relevância não apenas econômica, mas também política.

“Trata-se de uma iniciativa que ultrapassa os interesses comerciais: é também um compromisso político com valores democráticos, com padrões sustentáveis de produção e com a integração de regiões que historicamente mantêm laços de amizade e de colaboração”, afirmou a ministra.

Questionada sobre as tratativas lideradas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin para resolver a questão tarifária, Gleisi disse que ainda não há informações oficiais sobre possíveis progressos. Enquanto isso, uma comitiva de senadores brasileiros está em Washington para tentar mediar o diálogo com autoridades americanas.

A ministra também comentou as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que afirmou que, “no que depender dele”, os parlamentares brasileiros não terão acesso a representantes dos EUA. Gleisi o chamou de “traíra” e defendeu que ele perca o mandato.

Fonte: DCM

Apucarana realiza oficinas para elaboração do Plano Municipal de Saúde

 A iniciativa, realizada na semana passada, contou com a participação de profissionais de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município


Prefeitura de Apucarana promoveu quatro oficinas voltadas à elaboração do Plano Municipal de Saúde (PMS) para o quadriênio 2026–2029. A iniciativa, realizada na semana passada, contou com a participação de profissionais de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias e auxiliares de serviços gerais. Durante os encontros, os servidores contribuíram com sugestões e propostas voltadas à qualificação do atendimento prestado à população.

O prefeito Rodolfo Mota esteve presente em uma das oficinas. Na ocasião, ele ressaltou os avanços conquistados na área da saúde durante sua gestão. “Já liberamos aproximadamente 40 mil consultas com médicos especialistas que estavam represadas e realizamos cerca de 400 mil exames laboratoriais e de imagem. O Pronto Atendimento Infantil, uma demanda aguardada há mais de duas décadas, já atendeu três mil crianças. Atualmente, o tempo médio de espera no PAI é de 28 minutos. Com a transferência do atendimento pediátrico para a nova unidade, conseguimos também reduzir em aproximadamente uma hora o tempo de espera na UPA. São dados que demonstram o impacto positivo das nossas ações”, afirmou.

O secretário municipal de Saúde, Dr. Guilherme de Paula, enfatizou a relevância da escuta ativa dos profissionais das UBS. “No início do ano, durante visitas a algumas unidades, mencionei que nosso objetivo era justamente esse: ouvir todos os colaboradores, compreender suas necessidades e, a partir disso, desenvolver soluções. As oficinas foram extremamente produtivas. Muitas das ideias apresentadas pelos profissionais de saúde estão alinhadas com o planejamento da atual gestão”, destacou.

O Plano Municipal de Saúde (PMS) é o principal instrumento de planejamento do município na área da saúde. Ele define as ações e metas para os próximos quatro anos, com base nas necessidades da população local e nas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Vou analisar cuidadosamente todas as propostas recebidas durante as oficinas. Algumas ações poderão ser implementadas de forma rápida; outras exigirão mais tempo e planejamento. É gratificante constatar que o pensamento dos nossos profissionais está em sintonia com o propósito da gestão: cuidar das pessoas e construir um futuro melhor para Apucarana”, finalizou o prefeito.

Fonte: Prefeitura de Apucarana 

VÍDEO: Após virar alvo de Eduardo Bolsonaro, Nikolas Ferreira volta a atacar Erika Hilton

O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL). Foto: Reprodução

Para se afastar do embate com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) mudou o foco dos ataques e voltou a mirar na deputada Erika Hilton (PSOL-SP), após ser superado por ela na votação popular do Congresso em Foco, que elege os melhores parlamentares da Câmara.

Nikolas gravou um vídeo deitado na cama, sem camisa, e publicou nas redes sociais um discurso em tom infantil, insinuando fraude no resultado da votação, que havia lhe colocado na frente até ser ultrapassado pela deputada, que triplicou a quantidade de votos em relação ao mineiro.

O bolsonarista ainda usou de forma pejorativa o termo “deputade”, em uma referência transfóbica ao pronome neutro adotado por Erika Hilton.

“Vão falar que é coincidência eu estar em primeiro lugar, depois a ‘deputade’ que contrata maquiador virou, está em primeiro, magicamente. Congresso em Foco não precisa fazer isso, é feio, fica feio”, choramingou o deputado conhecido como “chupetinha”.


Eduardo x Nikolas

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também voltou a atacar publicamente Nikolas Ferreira. Desta vez, o “bananinha” afirmou que o deputado mineiro defende a sua prisão e a de sua família.

A declaração foi feita no perfil de Eduardo no X e ocorreu em resposta a uma publicação do blogueiro Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira.

Allan questionava se Nikolas teria interagido com um perfil que se identifica como ex-bolsonarista. “Isso aconteceu mesmo? Se sim, o Nikolas é canalha”, escreveu. Eduardo respondeu em seguida: “Ela é uma pessoa abjeta, que defende a minha prisão e a de minha família. É triste ver a que ponto o Nikolas chegou.”

Não foi a primeira vez que Eduardo criticou Nikolas nos últimos dias. Na semana anterior, ele já havia demonstrado insatisfação ao acusar o colega de ser “pouco ativo” na defesa de aliados de Jair Bolsonaro (PL). “É decepcionante”, afirmou na ocasião.

Fonte: DCM

Fogo no parquinho: Malafaia dá chilique e ataca Tarcísio, Zema, Ratinho e Caiado


            O pastor Silas Malafaia ataca governadores bolsonaristas. Foto: Reprodução

O pastor bolsonarista Silas Malafaia partiu para o ataque contra os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Jr. (PR) e Ronaldo Caiado (GO), em meio à crise causada pelo tarifaço de Donald Trump contra o Brasil.

Em vídeo divulgado na noite de segunda-feira (28), Malafaia acusou os aliados da “direita tradicional” de omissão e traição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que os quatro governadores se recusam a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes.

“Não é só Lula, não. Vou falar aqui de quatro governadores: Tarcísio, de São Paulo; Zema, de Minas; Caiado, de Goiás; e Ratinho, do Paraná. Vocês já viram esses governadores alguma vez criticar Alexandre de Moraes e criticar a omissão do Supremo Tribunal Federal? Nunca! Só bravata política”, acusa.

Segundo Malafaia, o grupo evita confronto com as instituições enquanto tenta se viabilizar como alternativa a Bolsonaro em 2026.

Malafaia, que também leu trechos da carta divulgada por Trump, afirmou que a medida é uma retaliação direta ao processo movido pelo STF contra o ex-presidente e incitou os apoiadores a pressionarem os governadores: “Falar de Lula é mole. Quero ver botar o dedo na ferida”.


Os ataques de Eduardo

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também teve um chilique nas redes sociais neste domingo (27) e atacou os governadores.

Em publicação no X, o “bananinha” reagiu a falas de Ratinho Jr. durante o evento Expert XP. O governador do Paraná afirmou que “Trump não pegou o Brasil por causa de Bolsonaro” e que a relação entre os países “não pode ser afetada por uma única pessoa”.

Eduardo, então, rebateu: “Trump postou diversas vezes citando Bolsonaro, fez uma carta onde falou de Bolsonaro, fez declarações para a imprensa defendendo nominalmente o fim da perseguição a Bolsonaro e seus apoiadores. Desculpe-me, governador Ratinho, mas ignorar esses fatos não vai solucionar o problema, vai apenas prolongá-lo ao custo do sofrimento de vários brasileiros.”

O parlamentar ainda ironizou as tentativas de moderação: “Imagino os americanos olhando para este tipo de reação e pensando: o que mais podemos fazer para estas pessoas entenderem que é sobre Jair Bolsonaro, seus familiares e apoiadores?”.

Em outra publicação, Eduardo voltou a mirar em Tarcísio, que também participou do evento da financeira. Sem mencionar o governador paulista diretamente, escreveu: “É hora dos homens tirarem os adultos da sala.”

Fonte: DCM

Amoêdo cobra cassação urgente de Eduardo Bolsonaro

Eduardo afirmou que trabalha para que a comitiva de senadores que tenta negociar a tarifa sobre as exportações brasileiras não encontre diálogo

      João Amoêdo (Foto: Divulgação)

O empresário e ex-candidato à Presidência da República João Amoêdo criticou duramente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nesta terça-feira (29), após declarações do parlamentar contrárias à missão de senadores brasileiros nos Estados Unidos. A comitiva está em Washington tentando negociar a suspensão do chamado “tarifaço” — uma sobretaxa de até 50% sobre os produtos brasileiros exportados aos EUA, prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto.

“O que falta para a Câmara dos Deputados cassar o mandato desse parlamentar, que, pago com o nosso dinheiro, trabalha contra o nosso país?”, escreveu Amoêdo. A cobrança veio após o deputado afirmar, em entrevista ao SBT News, que está empenhado em minar os esforços diplomáticos da comitiva parlamentar brasileira.

“Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo”, declarou Eduardo, referindo-se ao grupo de senadores liderado por Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. A missão inclui congressistas da base do governo e da oposição e busca interlocução com parlamentares norte-americanos tanto do Partido Republicano quanto do Democrata.

Enquanto a sabotagem do deputado gera reações no Brasil, a comitiva brasileira segue com encontros agendados com parlamentares dos EUA. De acordo com o senador Nelsinho Trad, ao menos seis congressistas norte-americanos já confirmaram participação nas reuniões. Ainda não há previsão de conversa direta com a Casa Branca, mas Trad acredita que os diálogos podem abrir portas.

Na segunda-feira (28), os senadores reuniram-se com empresários e representantes da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Participaram do encontro executivos dos setores de energia, tecnologia, farmacêutico, transporte, siderurgia e químico. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também está em Washington, mas até o momento não foi convidado formalmente pelo governo Trump para abrir uma frente de negociação.

 

Fonte: Brasil 247

Venezuelanos marcham para comemorar 71 anos de Chávez e celebrar vitória eleitoral

Ex-presidente construiu legado político no país caribenho e é lembrado como liderança até os dias de hoje

Venezuelanos vão às ruas para celebrar os 71 anos de Hugo Chávez - Lorenzo Santiago

Prestar homenagens e lembrar de uma das maiores lideranças da América Latina. Foi com esse pensamento que os venezuelanos saíram as ruas nesta segunda-feira (28), data em que o ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, completaria 71 anos.

Para quem acompanhou a trajetória do ex-mandatário, o 28 de julho se tornou uma celebração tradicional. Esse é o caso de Luis Briceño. Hoje aposentado, ele trabalhava em uma loja de material de construção em 1992, quando conheceu Chávez. Naquele momento, o militar liderava um movimento para tentar derrubar o então presidente Carlos Andrés Pérez.

Apesar de derrotado, o movimento foi um ponto de virada para Briceño, que passou a seguir a política de Chávez até votar por ele pela primeira vez em 1998, nas eleições presidenciais vencidas pelo militar.

Ele afirma que um dos elementos mais importantes do ex-presidente foi resgatar de maneira simbólica e política os libertadores da Venezuela e da América.

“Hoje eu saio para comemorar mais um ano do comandante eterno que nos deixou um legado e resgatou Simón Bolivar como imagem e como referência. Sempre votei por Chávez. Ele deu outra cara e outra visão ao país. E a partir de então segui o seu legado”, afirmou ao Brasil de Fato.

Para a geração que cresceu nos anos 1990, a eleição de 1998 foi marcante por ter sido a primeira vitória de Hugo Chávez. Yvelice Marcano é chefe de rua do PSUV e votou pela primeira vez naquele ano. Ela afirma que aquele foi um ponto de virada para a Venezuela e lembrar da morte do ex-presidente como um choque para a esquerda venezuelana.

“Saímos hoje para lembrar a imagem de Chávez, que trouxe uma nova visão da Venezuela, uma nova percepção. Chávez não morreu, ele se multiplicou entre nós. Eu conheci Chávez na campanha de 1998. E ali me identifiquei com as ideias e a política proposta por ele. Foi a morte de um dos maiores da história desse país. Mas ele estará vivo nos nossos corações”, afirma.

Chávez morreu enquanto tratava um câncer em 5 de março de 2013. Briceño também se lembra do momento em que foi anunciada em rede nacional a morte do ex-mandatário. Para ele, aquele foi um baque que desorientou a militância naquele momento.

“Foi muito triste, um baque para nós. Ele trouxe uma visão nova para os venezuelanos e a morte foi como perder a referência não só como militante, mas como venezuelano. Ele foi um norte para a Venezuela e construiu toda uma institucionalidade para o país”, disse.

Celebração para eleições

A celebração para Chávez acontece um dia depois das eleições municipais que tiveram o Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) como grande vencedor. A sigla fundada por ele ganhou em 285 municípios dos 235 em disputa. Ana Cristina Torreyes é professora e também acompanhou o crescimento de Chávez. Ela destaca que o pleito foi marcado por uma estratégia eficiente do governo: colocar a consulta popular das juventude no mesmo dia da disputa.

“Ontem arrasamos, ganhamos bem e vamos avançando com mais consultas para o povo. Essa é uma autêntica democracia com essa consulta. Foi parte da estratégia, porque nós chavistas sempre vamos votar por Chávez, mas com a consulta pudemos atrair mais eleitores, principalmente dos jovens”, celebrou.

O dia 28 de julho também marca um ano da reeleição de Nicolás Maduro para o terceiro mandato como presidente. O pleito presidencial foi marcado pela contestação da oposição de extrema direita, que protagonizou uma série de atos violentos no país.

Doze meses depois, a eleição municipal encerrou um ciclo que teve também uma vitória acachapante no pleito regional e Legislativo de maio.

“A vitória de ontem foi uma reafirmação de tudo que os revolucionários construíram desde Chávez. Este projeto revolucionário que agora está sendo liderado por Maduro ganhou ainda mais força agora”, disse.

Maduro celebra

A marcha começou na zona Leste de Caracas e terminou no Palácio Miraflores, sede do Executivo venezuelano, e foi acompanhada por um discurso do presidente Nicolás Maduro. Ele contou parabéns para Chávez e também celebrou as vitórias eleitorais do PSUV no último ano, especialmente a eleição dos prefeitos de cidades que antes eram administrados por opositores.

Ele lembrou das tentativas de golpes e ataques da extrema direita desde 2002, fez uma retrospectiva das eleições regionais e municipais das últimas décadas e celebrou a “porrada” que a oposição levou nessas últimas eleições.

Ainda de acordo com Maduro, o governo conseguiu desarticular todas as tentativas de ataques da oposição de extrema direita.

Em seu discurso, Maduro também reforçou a importância do desenvolvimento e do protagonismo das comunas do país. Ele destacou que os próximos anos devem ser orientados por um governo “cada vez mais popular e cada vez mais de rua e menos de escritório”. O presidente afirmou que a meta é aprofundar um governo que “seja feito a partir da base”.

Editado por: Maria Teresa Cruz
Fonte: Brasil de Fato